Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 26 de maio de 2013

Trigo de Deus - Mt 13: 24 e segs

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 26 de maio de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Por volta do ano 107, na cidade de Antioquia, um idoso bispo, Inácio, foi condenado à morte pelo crime de ser cristão. Então foi enviado a Roma a fim de ser lançado às feras para a diversão do povo, como parte das comemorações das conquistas romanas sobre os dácios.
Enquanto era levado pelos soldados através da Ásia menor até a capital do império, Inácio de Antioquia escreveu sete cartas às igrejas da região, que se tornaram importantes documentos sobre aquele período da História da Igreja, e também o testemunho da dedicação de muitos crentes que sofreram o martírio por causa de sua fé em Jesus.
E numa destas cartas Inácio escreveu: “Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de moer-me, para que possa ser oferecido como limpo pão de Cristo”.[1]
“Trigo de Deus”. Na parábola que temos em nosso texto, o Senhor Jesus nos conta que
“o reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi”. (Mt 13:24, 25 – NVI)
O joio, ou cizânia, é uma erva daninha que ate certo estágio de crescimento é muito parecida com o trigo. Só que suas raízes são mais emaranhadas na terra. Mas quando surge o fruto, é bem diferente: é um grão cinzento, amargo e tóxico, que não serve para alimentação; ao contrário, faz mal à saúde.
Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu. Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio’?‘Um inimigo fez isso’, respondeu ele. “Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que o tiremos”?“Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo” (vs. 24-29).
Isto por dois motivos: um deles, é que antes da colheita, joio e trigo são muito parecidos. Pode acontecer de serem confundidos um com o outro. O outro motivo é que, mesmo identificando o joio, ao arrancar suas raízes da terra, que são muito mais fortes que as do trigo, eles podem ser arrancados juntos. A separação só deve ser feita no dia da colheita, quando se pode observar a plena diferença entre os frutos de um e de outro.
“Então, deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro” (v. 30). Depois ele deixou a multidão e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e pediram: “Explica-nos a parábola do joio no campo”. Ele respondeu: “Aquele que semeou a boa semente é o Filho do homem. O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o Diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos.“Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça. (vs. 36-43).
O propósito de Jesus é nos ensinar que, neste mundo que pertence a Deus, existem filhos do reino de Deus e existem filhos do maligno. Existem justos e injustos. Existe mistura do bem e do mal. Mas que um dia haverá separação, uma separação que não pode acontecer agora, que não temos como fazer, mas que o Senhor, que conhece os que são seus, irá fazer no dia do juízo.
Agora, para que haja fruto naquele dia, é necessário ser trigo desde agora. No v. 38 ele diz que o trigo são os filhos do reino. Por isto foi que, ao ser conduzido para a morte em Roma, Inácio de Antioquia escreveu: “Sou trigo de Deus...”
Vamos meditar no significado disto.
1º. Jesus nos ensina o que é ser trigo de Deus
Isto porque, aqui no v. 38, ele diz que a boa semente são os filhos do reino, em contraste com os filhos do maligno, caracterizados pelos maus frutos de vidas iníquas. E no v. 43 ele os chama “justos”. Justos que resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.
Mas, além disto, em outro lugar ele se refere a si mesmo desta maneira:
Jo 12:23, 24
23 Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. 24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.
André e Filipe haviam dito a Jesus que alguns gregos queriam vê-lo. Os fariseus, por sua vez estavam se queixando de que o mundo inteiro queria segui-lo. Então Jesus respondeu: chegou a hora do Filho do Homem ser glorificado.
Só que, ao contrário do que o homem pensaria normalmente, naquele momento a glorificação de Jesus não constituiria em ser colocado num trono, e sim numa cruz. Não seria receber uma coroa de ouro, mas de espinhos. Não seria receber um cetro de domínio, mas o arremedo de um cajado com o qual seria humilhado. Por isto, no v. 24 ele diz que deveria ser como um grão de trigo, que precisa morrer para dar fruto.
Isto trás à minha mente aquelas pequenas experiências que fazíamos quando éramos crianças, colocando uma sementinha, um grão de feijão, por exemplo, num pedaço molhado de algodão, para vê-lo germinar. Depois de alguns dias aquele grão se partia ao meio, e dali saia aquela nova plantinha que se multiplicaria em muitos outros grãos.
Assim precisava acontecer com Jesus. Para nos dar vida, seu corpo precisava ser moído, ele precisava morrer. Se ele não morresse, ficaria só, isto é, não conduziria qualquer pessoa ao céu, não salvaria qualquer pessoa. Mas se morresse, produziria “muito fruto”. Veria o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficaria satisfeito.
Mas agora leiamos também os vs. 25e 26.
25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.
Isto é, assim como o Senhor estava entregando sua vida, para com sua morte nos trazer ao reino de Deus, diz que todo aquele que o serve deve seguir nos mesmos passos que ele. É outra maneira de dizer que cada um de nós, se quer seguir a Jesus, precisa tomar dia a dia a sua cruz. Precisa ter a mesma atitude que há em Cristo Jesus. O grão de trigo precisa morrer para que possa dar fruto.
Agora, antes de dizer como alguém é transformado em trigo de Deus, vejamos que...
2º. Ser trigo de Deus é algo que toca toda a nossa vida
Pois ser trigo de Deus é morrer para si mesmo, a fim de viver para Deus
2.1. É morrer para si mesmo, a fim de fazer a vontade de Deus
Leiamos as palavras de Jesus em Jo 6:38
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”.
Agora, meus irmãos, quando falamos de fazer, não a própria vontade, isto não quer dizer uma vida triste, infeliz e amargurada. Ao contrário, como disse Jesus, quando nós deixamos de fazer nossa própria vontade, quando deixamos de buscar nossos próprios desejos, para colocar em primeiro lugar a vontade de Deus, então, em vez de perdermos a nossa vida, em vez de a desperdiçarmos, aí é que estamos encontrando a vida verdadeira, a vida em abundância, a verdadeira felicidade.
Jesus nunca foi infeliz. Nunca foi derrotado; mesmo na cruz, quando parecia ser a suprema derrota, ali foi a suprema vitória. Assim que todo aquele que diz: “Senhor, quero viver a cada dia para fazer a tua vontade”, nesta vontade de Deus encontra alegria e prazer de viver. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.
Eu gosto de contar que, nos dias de minha conversão, tinha medo de me consagrar a Deus para fazer sua vontade, pois poderia ser que ele me mandasse para um lugar “no fim do mundo”, como o Amazonas, para pregar o Evangelho. Mas um dia venci o medo e me consagrei ao Senhor. Dois anos depois eu estava no Amazonas pregando o Evangelho. E foram tempos, não de frustração e tristeza, mas de alegria, prazer e realização. De fruto de vidas convertidas e consagradas ao Senhor. A vontade de Deus não entristece.
2.2. Ser trigo de Deus também é morrer para si mesmo, a fim de viver para o povo de Deus
Na carta aos Filipenses Paulo nos ensina que cada um de nós não deve ter em vista o que é propriamente seu.
Fp 2:3-5
3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. 5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.
E segue dizendo que Jesus foi obediente ao Pai sendo um servo humilde até à morte na cruz. E neste contexto Paulo diz que, como Jesus, não devemos viver em função dos nossos próprios interesses, e sim no interesse de nossos irmãos. Que devemos morrer para nosso orgulho, nossa vaidade, para nossos próprios projetos, a fim de edificar nossos irmãos.
Um dos homens que eu mais amo na Bíblia é alguém que em nossa mente é sempre um jovem, um querido discípulo de Paulo. Neste mesmo capítulo o apóstolo dá testemunho sobre o caráter de Timóteo.
Fp 2:19-21
19 Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação. 20 Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; 21 pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.
Buscar o que é de Cristo Jesus significa negar-se a si mesmo esforçando-se para o bem da igreja de Deus. É ter para com a igreja o mesmo amor, a mesma dedicação que há no Senhor
2.3. Ser trigo de Deus é morrer para si mesmo a fim de alcançar vidas para o céu
1ª Co 9:19-23
19 Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.20 Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei.21 Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.23 Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.
Com isto Paulo não quer dizer que se amoldou aos padrões pecaminosos da vida de algumas pessoas. Ele não se fez drogado para ganhar os drogados. Não se fez homossexual para ganhar os homossexuais.
Mas naqueles aspectos culturais que não prejudicavam sua conduta cristã, que não entristeciam o Espírito Santo que habitava em seu coração, ele simplesmente abriu mão de suas tradições e costumes, abriu mão de seus próprios gostos, a até mesmo de sua própria liberdade, a fim de libertar a outros, a fim de ganhar para Jesus o máximo número de pessoas que pudesse.
Passou anos de sua vida preciosa na prisão, por causa do Evangelho. E na prisão continuava a pregar, continuava a escrever às igrejas, continuava a servir a Deus. Passou necessidades, privações. Passou humilhações. Foi mal compreendido, tido como falso apóstolo, injuriado, difamado. Mas permaneceu até o fim, selando seu testemunho com a própria vida.
Ser trigo de Deus é morrer para si mesmo, a fim de viver para Deus. Como é que isto acontece? Será que alguém pode, de si mesmo, fazer-se uma pessoa assim? Será que ser trigo é olhar para Jesus apenas como um grande mestre, um exemplo digno de ser seguido, e imitá-lo?  Será que nisto consiste a nossa redenção? Uma decisão moral que nos leve a uma imitação de Jesus?
De maneira alguma. É claro que seguir a Jesus também significa seguir seu exemplo. Mas antes disto, é preciso que aconteça algo muito mais profundo. É necessário que haja uma transformação na própria natureza do ser humano interior, do coração, da alma.
3º. Jesus é quem nos faz trigo de Deus
Voltemos ao texto de Mateus
Mt 13:37, 38
37 E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem;38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno...
Quem nos faz boa semente é o Filho do Homem, Jesus. Pois de outra maneira, com nossa inclinação natural para o pecado, para o tropeço, para a transgressão da lei, seríamos todos filhos do maligno. Pois todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus.[2] Tornar-nos boa semente, então, é obra de Jesus.
3.1. Jesus nos torna boa semente através de sua morte em nosso favor
Como já vimos anteriormente, ele disse que, se não morresse, ficaria só, mas se morresse daria muito fruto.[3] Preste atenção: seguir a Cristo não é simplesmente tê-lo como um exemplo digno de ser imitado. A nossa salvação não consiste em seguir o exemplo dele neste sentido. Um cristianismo que fale de Jesus apenas como um exemplo, um grande mestre, não é o cristianismo bíblico. Ao contrário, é um perigo terrível e diabólico.
O cristianismo revelado nas Escrituras é baseado na cruz. Não uma cruz retórica, paradigma da fé, mas uma cruz real, histórica, palpável. Jesus morreu de verdade. E ressuscitou de verdade. E nesta morte e ressurreição está a nossa salvação.
Gl 3:1-3
1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? 2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?
Seguir a Cristo, antes de mais nada, é olhar para a cruz, e ver que nela Jesus realmente levou sobre si o castigo que era nosso; que ele levou sobre si os nossos pecados. Que o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados. É depositar a nossa fé em Jesus. Quando cremos em Jesus recebemos o Espírito dele em nosso coração, e somos transformados em nova criação. Criação do céu.
3.2. Jesus nos torna boa semente ao nos unir a si mesmo, através da fé em sua morte por nós
Quando entendemos que Jesus morreu por nós, entendemos também que na cruz nós morremos com ele. Morreu nosso velho homem, para que assim como ele ressuscitou, nós também agora andemos em novidade de vida.
Gl 2:19, 20
19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Através da fé em sua morte e ressurreição, por mim, estou unido a Jesus Cristo. O Espírito dele habita em mim. E por este poder que habita em mim, que eu posso considerar crucificado meu velho homem, dizer não ao meu egocentrismo, e fim de viver para Deus.
Só para ilustrar, de maneira bem simples: penso, por exemplo, em certa ocasião que estava com um irmão nas dependências de uma faculdade aqui em São Paulo. Tínhamos ido ali para evangelizar. Mas eu não estava me sentindo muito animado.
Eu olhei para um jovem, e depois disto disse ao meu amigo: “Prá dizer a verdade, não estou com vontade alguma de evangelizar aquele rapaz”. Então subiu uma pergunta à minha mente: “Morto tem vontade?”
Eu “entendi o recado” imediatamente, e sem dizer mais nada, saí do lugar em que estava, seguido pelo meu companheiro, fui até o universitário e partilhei com ele o plano da salvação ensinado na Bíblia.
No dia seguinte o meu amigo perguntou o que tinha acontecido naquela hora, e eu contei. Então ele me disse: “Eu te perguntei por que enquanto você falava com aquele moço, me parecia que o amor transpirava pelos seus poros”.
Sem Jesus eu apenas viveria uma vida de religiosidade externa, de regras de homens, de boas obras, esforçando-me para obedecer. Lutaria contra o pecado “na marra”, evangelizaria “na marra”, viria na igreja “na marra”, amaria minha família “na marra”. Seria apenas um arremedo de cristianismo.
Mas unido a Jesus pela fé, a fé que faz o amor acontecer, então vivo no poder do Espírito Santo, e assim, somente assim, o fruto do Espírito se manifesta.
Gl 5:22, 23
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Ser trigo de Deus é estar unido a Jesus.  E ter em Jesus a nossa redenção, a nossa justificação, a nossa santificação. É ter o Espírito dele habitando em nosso coração. E por este Espírito experimentar o poder do seu amor. Se pela fé estamos unidos a ele, como ele mesmo diz: “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer”.[4]
Conclusão
O campo é o mundo. O que semeia a boa semente é o Filho do homem. A boa semente são os filhos do reino... Na consumação do século, o Filho do Homem enviará os seus anjos para a colheita. Então, os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai.
Na parábola do joio e do trigo, Jesus nos ensina que o trigo são os filhos do reino de Deus. São pessoas que, unidas a Jesus pela fé, morrem para si mesmos a fim de viver para Deus, e nisto encontram a verdadeira vida. O propósito deles é frutificar no reino, andando em amor, ganhando almas e edificando a igreja.
Aplicações
Eu gostaria de fazer duas aplicações:
1. Você está unido a Jesus através da fé? Você o recebeu em seu coração? Crê que ele perdoou seus pecados na cruz?
Se for assim, você é filho do reino. É trigo de Deus. Creia nisto de todo o seu coração. Considere-se morto para o pecado, e vivo para Deus. Creia no poder do Espírito de Cristo habitando em seu coração. Confesse a Jesus como teu Senhor. Confesse a si mesmo como servo de Jesus, trigo de Deus.
Aja de acordo com isto. Deixe que Jesus viva sua vida ressurreta através de você: que ele ame com seu coração, que ele fale com seus lábios, que ele use você para abençoar sua casa, sua igreja, e todos os irmãos no mundo inteiro; que ele use você para alcançar vidas por seu intermédio.
2. Você ainda não recebeu a Jesus como seu Salvador e Senhor?
Querido, sem Jesus você não pode dar bons frutos. Sem ele você nada pode fazer. Você não acha que a melhor maneira de uma pessoa viver, é vivendo para Deus? Do contrário, sua vida será desperdiçada, aqui e na eternidade. Como joio, dará apenas frutos amargos. E frutos amargos não verão o reino de Deus. Não jogue sua vida fora. Confie em Jesus, receba-o como seu Salvador, pela fé, e ele transformará sua existência.


[1] Gonzales, Justo, Uma História Ilustrada do Cristianismo, vol. 1, A era dos mártires (São Paulo, Vida Nova, 1980), págs. 66-69
[2] Rm 3:23
[3] Jo 12:23, 24
[4] Jo 15:4

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