Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 12 de maio de 2013

A família mais honrada da Terra - Mt 12:46-50


Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 12 de maio de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler Mateus 12:46-50
46 Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.47 E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.48 Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?49 E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos.50 Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.
Nos versículos anteriores ao nosso texto lemos que estava se desenvolvendo uma situação muito tensa entre Jesus e os fariseus e intérpretes da lei, diante de muitas pessoas. Isto porque, tendo Jesus libertado e curado um homem possesso por espírito imundo, os “lideres espirituais” de Israel disseram que ele fizera isto pelo poder de Satanás (vs. 22-24). Então Jesus lhes respondeu que estavam dizendo uma grande blasfêmia, e que este tipo de pecado não poderia ser perdoado, eternamente (v. 32). E o clima foi se tornando cada vez mais pesado.
O Evangelho de Marcos acrescenta mais detalhes: conta que enquanto os fariseus e escribas diziam estas coisas, os parentes de Jesus comentavam que eles estava fora de si, e a multidão, muito provavelmente influenciada pelos “doutores”, dizia que ele estava endemoniado.[1]
Nós podemos imaginar a cena: nosso Senhor dentro de uma casa, argumentando contra aquela geração perversa que não queria crer nele. Muitas pessoas aglomeradas no interior, e também do lado de fora. Então chegam a mãe e os irmãos de Jesus, muito provavelmente desejosos de “resgatá-lo daquela situação”, e queriam falar com ele.
Agora veja: no interior da casa, Jesus fazendo ousadas asseverações contra os fariseus, cercados de pessoas assistindo, e todos comentando que “ele não deveria estar bem”. Os irmãos e mãe de Jesus o chamam à parte, certamente com o propósito de dissuadi-lo a continuar com aquilo.
Mas Jesus não poderia sair dali daquela maneira, porque ele estava bem lúcido, e não havia erro no que fazia. Além disto, se ele saísse daquela maneira, certamente muitos pensariam que os fariseus estavam certos em sua avaliação.
Então, embora amasse sua mãe e seus irmãos, mas sem atender ao pedido deles, o Senhor tomou a ocasião como mais uma oportunidade de manifestar os pensamentos de Deus. Quando lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te”, ele estendeu a mão em direção aos discípulos, e disse: “Eis minha mãe e meus irmãos”. E acrescentou: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
Com efeito, em contraste com os escribas e fariseus, e grande parte das multidões, em meio àquela geração que o Senhor chamava adúltera e má, havia um grupo de pessoas, pequeno ainda, mas que se tornaria imenso, que fizeram a vontade do Pai celeste: pessoas que haviam recebido a Jesus, crido no seu nome, e que como diz o apóstolo João, receberam o direito de serem chamados filhos de Deus.[2]
Todo aquele que faz a vontade de meu Pai celeste, diz o Senhor, este é meu irmão, irmã, e mãe. Que grande honra, o ser referido pelo Senhor desta maneira!!! Jesus diz aqui que ele tem uma família constituída de seres humanos; homens e mulheres que fazem a vontade de Deus, e portanto são seus irmãos espirituais.
É uma declaração admirável, em todos os sentidos. Em nossa meditação de hoje vamos falar sobre ela.
1. Ela revela um “antigo” propósito de Deus
Quando digo antigo, naturalmente estou me referindo ao fato de que dar uma família humana a Jesus é um propósito que sempre esteve no coração do Pai celestial.
Eu quero trazer à nossa memória duas referências bíblicas essenciais a este assunto:
Ef 1:3-5
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade...
Desde antes de criar o universo, desde antes de criar a nós, Deus já nos conhecia, pois para ele não há dificuldade alguma em conhecer o passado, o presente e o futuro. Isto quer dizer que, ali na “eternidade passada”, o Senhor já nos tinha diante dos seus olhos. Então o apóstolo Paulo escreve que, antes de criar o mundo, Deus já havia nos escolhido e predestinado para que fossemos feitos seus filhos espirituais, por meio de Jesus Cristo.
Paulo usa uma palavra bem escolhida para dizer que somos filhos pela vontade de Deus: a palavra “adoção”. Um filho adotado é aquele que não nasceu de acordo com a ordem natural, mas que foi deliberadamente escolhido para fazer parte da família. Com isto o Espírito Santo quer dizer que o Pai celeste decidiu fazer-nos seus filhos, não apenas por ser o nosso criador, mas também seus filhos espirituais. Ele fez isto por amor. E fez isto de acordo com o bom propósito de sua vontade, a fim de que nossa vida fosse para o seu louvor.
Rm 8:28-30
28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
A doutrina ensinada pelo apóstolo aqui é a mesma de nosso texto anterior. Há um plano eterno de Deus, no sentido de que ele nos conheceu e predestinou para que sejamos seus filhos através de Jesus. Estes que amam a Deus, a quem ele conheceu e predestinou, tem um destino certo, infalível:  eles foram chamados por Deus mediante o Evangelho falando em seus corações; foram justificados por meio da fé em Jesus. O destino deles é serem conformes à imagem de Jesus, a fim de que ele seja o primogênito, o Filho mais proeminente entre muitos irmãos. Então, diz o Espírito, todas as coisas cooperam para o bem deles, porque todas as coisas estão sendo trabalhadas por Deus, para que eles sejam como seu Filho.
Eu quero perguntar: você ama a Deus? Você faz a vontade do Pai celestial, isto é, você crê em Jesus? Você segue a Jesus? Então isto quer dizer que Deus, desde antes de criar o mundo, escolheu você, e tem um propósito para a sua vida: que você seja, começando a crescer aqui, e por toda a eternidade, semelhante a Jesus. E Deus trabalha em tudo o que acontece com você, para que você cresça espiritualmente em direção a este propósito eterno.
Agora, note também que a Palavra de Deus diz: nos escolheu, nos predestinou em amor, a fim de que Jesus seja o primogênito entre muitos irmãos. Isto nos faz voltar às palavras de Jesus: Todo aquele que faz a vontade de meu Pai celeste é meu irmão, irmã, e mãe.
2. Ela revela quem somos aos olhos de Deus
E neste contexto, fazer a vontade do Pai é crer em seu Filho, é receber a Jesus como seu Deus e Salvador. Isto quer dizer que quando ele olha do céu, em meio a tantas pessoas que não creem, ele também vê uma multidão imensa de pessoas que creem, e nelas, uma grande família.
Vejamos Ef 2:18-20
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. 19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.
Há duas coisas que desejo destacar: a primeira, é que esta família exclui muitas pessoas. Não há como pertencer à família de Deus a não ser em união com Jesus por meio da fé. É por ele que temos acesso a Deus Pai. É por meio da fé em Jesus que nos tornamos concidadãos dos santos e nos tornamos família de Deus. Jesus é a pedra fundamental desta casa que é a família de Deus.
Por outro lado, fazer parte desta família é um convite que o Evangelho faz a todas as pessoas que o ouvem. Quando Jesus diz: qualquer pessoa que fizer a vontade de meu Pai é meu irmão, irmã e mãe, coloca diante de todos o convite para que se tornem sua família.
E assim, meus amados, nós vemos que o Evangelho tem feito muitos filhos de Deus: pessoas de todas as nações, de todos os grupos étnicos, de todos os idiomas e dialetos. A família de Deus é constituída de um número incontável como as estrelas do céu: homens e mulheres, ricos e pobres, cultos e incultos, brancos, negros, ameríndios, asiáticos; não há exclusão de qualquer raça, de qualquer continente, de qualquer idade, de qualquer temperamento, de qualquer formação.
E apesar de tantas diferenças, todas estas pessoas têm uma coisa em comum: foram lavadas de seus pecados, foram justificadas, foram santificadas pelo Espírito do nosso Deus, em nome de Jesus.
Por isto, a família de Deus também é constituída de pessoas de todas as denominações religiosas que creem no Evangelho de Jesus. Por causa da liberdade de consciência que temos diante de Deus, o Senhor da Igreja tem concedido que historicamente sejamos muitas denominações eclesiásticas: presbiterianos, batistas, pentecostais, metodistas, luteranos, enfim, eu não tenho como fazer um rol de todas as denominações, pois a liberdade que temos em Cristo nos permite ser muitas.
Mas que ao mesmo tempo somos um só corpo, um só pão, uma só família, tendo a mesma esperança da volta de Jesus, a mesma fé na Bíblia, o mesmo Espírito Santo habitando cada coração. Embora tenhamos certas diferenças, o propósito de todos nós é o de honrar a Deus através de uma vida que lhe agrade, o de ganhar almas para Jesus, o de adorá-lo sempre em tudo o que fazemos.
Quando Deus olha do céu, ele nos vê como uma grande família: a família de Jesus. E isto nos conduz ao terceiro aspecto que desejo destacar.
3. Esta declaração de Jesus revela o amor que ele sente por nós
Há um texto no Evangelho de João que nos mostra a grande ternura de Jesus para conosco.
Jo 20:17
Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.
Este foi um momento de grande alegria, o reencontro de Jesus com Maria Madalena, depois que ele ressuscitou. Mas antes que ela pudesse sentar-se para conversar tantas coisas que o coração dela devia estar perguntando, o Senhor lhe disse:  – “Não podemos ficar aqui agora. Eu preciso que você vá ao encontro dos meus irmãos para contar a notícia. Diga-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, o meu Deus e vosso Deus”.
Você não acha que é uma honra o ser chamado de irmão pelo Senhor Jesus? De ele dizer que o seu Pai é o teu Pai? Que o Deus dele é o teu Deus? Ainda mais:
Hb 2:11-13
11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos ,12 dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. 13 E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu.
Tanto o que santifica, isto é, Jesus, como os que são santificados, quer dizer, os redimidos por ele, todos vêm de um só: Deus, o Pai. Por isto Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos.  
Na verdade, como em Romanos 1:16, onde Paulo diz que não se envergonha do Evangelho, o escritor está usando uma linguagem onde afirma uma coisa pela negação do contrário.[3] O que Paulo quer dizer é que se gloria no Evangelho, pois o Evangelho é o poder de Deus para a nossa salvação. Da mesma forma, ao dizer que não se envergonha de nós, o Senhor está afirmando que nós somos a sua glória. E que tem prazer em estar em nosso meio quando estamos juntos, adorando a Deus como família dele que somos.
Eu sei, meus irmãos, que muitas vezes somos infantis, limitados, que cometemos pecados. Que muitas vezes não nos comportamos como irmãos de Jesus. Como podemos ver até mesmo no comportamento dos apóstolos registrado na Bíblia, e de muitos outros irmãos.
Mas Jesus diz uma coisa a nosso respeito, e de toda a sua igreja: ele não se envergonha de ser nosso irmão. O mundo pode zombar dos crentes, mas Jesus não se envergonha. O mundo pode dizer que os crentes são tolos, simples, pode escarnecer da igreja, mas Jesus não se envergonha. O mundo pode perseguir os crentes, mas Jesus não os abandona.
Vamos ler as palavras de Jesus a Saulo, quando este ainda não conhecia o caminho de Deus.
At 9:1-5
1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor,4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Quando alguém persegue um crente, é a Jesus que está perseguindo. Você pensam que é contra os crentes que o mundo luta quando nos chama de intolerantes, mentalmente atrasados, ignorantes?
Mais do que ninguém, Jesus diz:
– É a mim que estão chamando. É a mim que estão perseguindo. É de mim que estão escarnecendo.
E quando alguém ajuda um crente, é a Jesus que está servindo. Pois Jesus não se envergonha de ser nosso irmão. Ele tem para com a sua família um amor eterno, cheio de ternas misericórdias.
Conclusão
Estendendo a mão em direção aos seus discípulos, o Senhor disse: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu pai celeste é meu irmão, irmã, e mãe.
Antes mesmo de criar o universo, o Senhor planejou criar uma grande família de pessoas de todas as nações, de todas as raças, de todas as classes: a família dos crentes em Jesus. Não importa a denominação eclesiástica. Não importa o nível cultural. Não importa a diversidade de temperamentos.
A todos nós o Pai dá a honra de sermos chamados seus filhos. Para todos nós o Pai tem um mesmo propósito: que sejamos semelhantes ao seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. “Família unida somos, família amada de Jesus”.
Aplicações
Vamos ver algumas implicações destas verdades para nossas vidas?
Nós não somente podemos, mas precisamos olhar para nós mesmos, e uns para os outros, “do ponto de vista” de Deus.
1. Confiança
Com isto quero dizer que devemos ter uma atitude otimista
1.1. Em relação ao tempo presente: nós somos Filhos de Deus
Cada um de nós, crente em Jesus, pode olhar para si mesmo e para seus irmãos com uma firme convicção: Deus me (nos) ama, Deus me (nos) aceita, Deus me (nos) acolhe em sua família. O conhecimento disto nos faz pessoas alegres, tranquilas, amorosas. Nos faz pessoas de alma leve, sem carregar pesos de culpa por nossos pecados, livres.
Vejam o sentimento que somos convidados a nutrir uns pelos outros:
Cl 3:12-15
12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.15 Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.
Irmãos, acima de todas as diferenças, o amor de Deus foi derramado em nossos corações, e por este amor amamos uns aos outros.
1.2. Em relação ao futuro: seremos semelhantes a Jesus.
1ª Jo 3:1-3
1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.
Fp 1:6
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Não somente podemos, mas devemos olhar para nós mesmos e uns para os outros, como aqueles em que Deus começou boa obra. E quando Deus começa uma obra, ele não a deixa inacabada. Os planos de Deus não podem ser frustrados; são infalíveis.
2. Amor
Estas verdades nos devem fazer profundamente amorosos para com a família de Deus. Assim como Jesus. Na noite em que ele foi traído, os discípulos estavam discutindo entre eles quem parecia ser o maior. Então Jesus se levantou, cingiu-se com uma toalha, tomou uma vasilha com água, ajoelhou-se, e pôs-se a lavar os pés dos discípulos. Amor. Paciência diante das infantilidades. Perseverança.
Com isto não quero dizer que os erros e pecados não devam ser corrigidos. Mas corrigidos com o mesmo espírito que vemos em Jesus, que vemos em Paulo. Paulo escrevia contra os pecados das igrejas, mas com o espírito de um pai amoroso e paciente, orientando, sofrendo, e confiando na obra de Deus na vida dos crentes. Estava plenamente certo de que aquele que começou boa obra há de aperfeiçoá-la.
Jesus não se envergonha de sua família, antes a defende. Jesus se alegra em cantar louvores a Deus no meio dos seus irmãos. Jesus deu a vida por sua família.
3. Dedicação
Paulo escreveu que Timóteo serviu o Evangelho com ele, Paulo, não buscando os seus próprios interesses, mas como um filho junto ao seu pai.[4]
Também escreveu sobre a mãe de Rufo, que era para ele, Paulo também como uma mãe.[5] Enquanto pensava nesta passagem, pensei em quantas vezes eu já ouvi pastores, missionários, seminaristas, em quantas vezes eu mesmo já falei sobre muitas mulheres das igrejas, que são para nós verdadeiras mães. Mas levando em conta que todo o bem que alguém faz a nós está fazendo ao Senhor, toda aquela que nos trata como filhos está como que sendo uma verdadeira mãe para Jesus.
Sobre os crentes da Macedônia, Paulo testemunhou como se dedicaram primeiramente ao Senhor, depois aos irmãos, motivados pela graça de Deus a cooperarem para o bem estar das igrejas da Judéia.[6] Quando nos dedicamos à igreja, aos nossos irmãos na fé, quando cooperamos para o seu bem, trazemos grande alegria ao coração do Senhor.
4. Evangelização e discipulado
Qualquer que fizer a vontade de meu pai celeste... É uma declaração que exclui muitas pessoas, mas que também se oferece a muitas pessoas. Então anuncie a Jesus, pois este é o caminho de serem gerados novos filhos de Deus pela fé. O Evangelho da salvação é oferecido a todos, está à disposição de todo aquele que crer.



[1] Mc 3:21, 22, 30
[2] Veja Jo 1:11-14
[3] F. F. Bruce, Romanos, Introdução e Análise (São Paulo, Vida Nova e Mundo Cristão), 1979, pág. 65 [4] Fp 2:22
[5] Rm 16:13
[6] 2ª Co 8:1-5

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