Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 24 de novembro de 2013

A vinda de Jesus - 2ª Pe 3

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 23 de novembro de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Queridos irmãos, vamos ler 2ª Pedro cap. 3.
Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, 2 para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, 3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões 4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.  5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, 6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.  7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.  8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.  9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.  10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.  11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, 12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.  13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.  14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, 15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.  17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; 18 antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.
Certa vez ouvi um comentário que dizia o seguinte: “No mundo existem três tipos de pessoas: os que fazem a história acontecer, os que assistem a história acontecer, e os que nem sabem o que está acontecendo”.
Eu concordo, e especialmente quando se trata de falar da história do ponto de vista de Deus.
Porque do ponto de vista de Deus, que deve ser também o nosso ponto de vista, a história da terra e do universo caminham para um final e um propósito desconhecido da maioria das pessoas.
E o final da história do mundo tal como o conhecemos agora, isto é, a volta do Senhor Jesus Cristo, o julgamento dos homens e dos anjos, o início de uma nova era, não somente é desconhecido, mas até mesmo deliberadamente esquecido, ignorado, diz o apóstolo Pedro, pois os homens, em sua maioria, impulsionados pelos prazeres carnais, não desejam e não acreditam nele.
Mas Pedro não está escrevendo para pessoas assim. No começo do capítulo ele diz que está se dirigindo a pessoas cujas mentes foram esclarecidas; não são pessoas que não sabem o que está acontecendo.
Está escrevendo para gente que sabe qual o sentido da história, qual o rumo que o mundo está tomando.
Sabem que o destino do universo é ser transformado e restaurado no dia da volta do Senhor.
Sabem que este dia está perto, pois embora pareça tão demorado aos olhos humanos, está muito perto aos olhos de Deus, o Senhor da história.
Sabem que este dia está perto porque são gente que têm também aprendido a olhar a vida com os olhos de Deus, e então vivem à luz da eternidade, com os olhos voltados para lá, e à luz da eternidade percebem como o tempo, tal como o temos agora, está passando rapidamente, como passa a neblina da manhã.
Mas o propósito dele é que estas pessoas esclarecidas, que sabem o rumo que a história está tomando, não fiquem apenas assistindo - é uma exortação e encorajamento para que estas pessoas façam parte desta história de Deus, sejam gente que, com Deus, façam a história acontecer.
Isto nos leva então ao nosso propósito nesta mensagem.
Se eu sei que Jesus Cristo irá voltar, que atitudes e comportamento isto deve causar em mim, isto é, como isto deve se traduzir em vida para mim no dia de hoje?
Com base neste texto eu desejo partilhar texto três consequências que o conhecimento da vinda de Jesus deve trazer para nossa vida de agora.
1. O conhecimento da vinda de Jesus deve provocar em nós uma intensa expectativa de que este dia chegue logo
Para muitos, o dia da volta de Cristo não é um dia exatamente “desejável”.
Isto porque têm medo deste dia: não conhecem a graça de Deus no evangelho, não têm conhecimento do caminho da salvação, não vivem sob o ensino transformador do Espírito Santo, e então sabem que se Jesus voltar será para eles um dia de muito terror, pois é dia de julgamento dos ímpios.
Mas quando se convertem, e passam a desfrutar das grandes alegrias da salvação, este dia deixa de causar uma expectação de horror, e sim de bem-aventurança.
Mas precisamos confessar que há outros, embora crentes, que também não se sentem confortáveis com a ideia da vinda do Senhor.
Pois pensam: “Se Jesus voltar logo eu não vou ter tempo de fazer as coisas que gosto, ou não vou ter tempo de realizar meus sonhos”.
E é claro que assim pensam porque neste mundo podemos desfrutar legitimamente coisas mais maravilhosas que Deus proporciona aos homens: o casamento, a realização profissional e muitas outras.
Mas ao mesmo tempo, na mente destas pessoas não há a ideia clara de que, por mais prazerosa, por maravilhosa que seja, qualquer bênção que experimentemos nesta vida, não é nada, se comparada com as maravilhas da eternidade
Como Paulo cita em sua primeira carta aos coríntios:
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1ª Co 2:9)
Sendo assim, este dia deve ser para nós um dia de alegria imensurável. Eu quero citar três razões para os irmãos:
1.1. É o dia de Deus, como é chamado no v. 12. É o dia do Senhor, como é chamado no v. 10.
É o dia em que Deus se manifestará. É o dia da volta do Senhor.
1ª Co 13:12
“Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido”.
No presente, nós amamos Jesus Cristo, temos prazer nele, queremos ser como ele, mas nunca o vimos – ali o veremos, em toda a sua perfeição.
Estaremos para sempre com o amado da nossa alma, aquele que é o nosso bem e prazer supremo; aquele que é a nossa maior alegria e deleite.
Então, nosso conhecimento de Deus será o mais completo que o um ser humano completo pode ter.
Conforme o apóstolo João nos ensina, quando Jesus voltar e nós o virmos assim, diante dos nossos olhos, seremos transformados totalmente, em santificação (1ª Jo 3:2).
Seremos aperfeiçoados. Nossos traumas, nossas inconstâncias, nossas fraquezas, as divisões da vontade, serão superados de uma vez por todas.
Seremos completamente transformados em amor, justiça, domínio próprio, alegria e bondade. Todas as qualidades maravilhosas do caráter de Jesus serão finalmente, e plenamente vistas em nós.
Será um mundo de justiça, de filhos de Deus.
1.2. É o dia do aniquilamento do mal
Pedro emprega várias expressões tiradas da linguagem apocalíptica para descrever a destruição do mal.
No v. 10 ele diz que os elementos do universo: a terra, o ar, as águas serão atingidos, com estrepitoso estrondo, como o estalar de um raio seguido pelo trovão, os céus e a terra serão abalados.
No v. 7, que será um dia purificação pelo fogo, dia do juízo e destruição dos ímpios.
São maneiras próprias de Pedro falar sobre a aniquilação do mal.
Dia em que os próprios anjos serão julgados. Satanás, suas obras serão destruídos para sempre.
E os que amam o pecado, os obreiros da injustiça, os ladrões, os assassinos, os soberbos, e todos os que vivem na iniquidade serão igualmente banidos da presença de Deus e do seu povo.
Pense em quantas coisas horríveis, quantas iniquidades, quantas injustiças que acontecem, e que nos entristecem, e nos deixam indignados, e tantas vezes com um sentimento enorme de impotência, diante de situações que não podemos mudar.
Quando nosso Jesus vier, toda a forma de mal será destruída, e se tornará coisa do passado, das quais já nem nos lembraremos mais.
1.3. É o dia da plena manifestação do reino de Deus
v. 13
Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
A Bíblia ensina que o pecado humano, em suas consequências, atingiu também a criação.
Rm 8:20-22
Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.  22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora.
O v. 20 nos faz lembrar da sentença de Deus quando nossos primeiros pais pecaram no Éden: “maldita é a terra... produzirá cardos e abrolhos...”
O v. 22, “geme e suporta angústias”, nos faz pensar nos animais extintos, nas outras espécies desaparecendo, nas florestas destruídas, nos rios poluídos.
O v. 21 diz que a natureza aguarda nossa redenção.
Assim como nós que estamos em Cristo somos nova criação, este céu e esta terra que agora existem, diz Pedro, passarão, e serão renovados, habitados por “novas criaturas” que praticam a justiça.
O pecado já não existirá, já não existirá iniquidade de espécie alguma.
Não haverá mais crime, nem morte, nem enfermidade, nem fome, nem necessidades, já não haverá choro.
Então Pedro conclui no v. 12: “esperem e apressem a vinda do dia de Deus...” - ame o dia da volta de Jesus, deseje este dia.
2. O conhecimento da volta de Jesus Cristo deve nos motivar a que estejamos preparados
v. 11
Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade...
v. 14
Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis
Será dia de julgamento, de crise e de transformação do universo, a nova ordem será estabelecida, o mal será banido.
Mas nem todos irão experimentar esta tão grande salvação.
Pedro fala que para muitos será um dia de juízo e castigo.
E também Daniel. E também o livro do Apocalipse, que contém a mais bela descrição da renovação do universo, contém ao mesmo tempo o retrato mais forte e vívido do castigo eterno que irão sofrer aqueles que não buscaram salvação em Jesus Cristo.
Por isto precisamos nos preparar para a vinda de Jesus.
Nosso Senhor mesmo, por meio de muitas parábolas, nos alertou quanto à necessidade de estarmos preparados.
Mas veja: o estar preparado para a vinda do Senhor não é de modo algum um terrível fardo a ser suportado. Pois não somente é possível, mas é também viver um modo de vida muito abençoado, muito agradável, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 12.
E aqui em nosso texto o apóstolo Pedro nos ensina de que modo viveremos nos preparando alegremente para a vinda de Jesus.
2.1. Ele nos mostra qual o caminho para a salvação de nossa alma
v. 15
E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada.
Salvação é uma palavra usada na Bíblia para resumir tudo quanto o Senhor faz por nós para nos conduzir ao céu.
Salvação significa perdão dos pecados, significa o dom do Espírito Santo, que Deus nos concede para que tenhamos uma vida nova, na qual seguimos a Jesus cada dia.
Salvação significa comunhão com Deus; significa ir morar com Deus na eternidade.
E Pedro diz aqui qual é a base da nossa salvação: a longanimidade de Deus.
É outro modo de descrever a bondade de Deus para conosco, em nos salvar, não mediante as nossas perfeições, pois somos pecadores, mas somente por causa de seu imenso amor para conosco.
Eu quero me dirigir nesta hora especialmente a você que não conhece ainda o caminho da salvação conforme revelado nas Escrituras.
A coisa mais importante do mundo é a tua alma – “De que adianta um homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”?
Mas Jesus se importa com sua alma.
A Bíblia sagrada expressamente nos assegura que...
Deus prova o seu amor para conosco, pelo fato de haver Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8)
E também nos diz que...
Pela graça (somos) salvos, mediante a fé, e isto não vem de nós, é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2:8:9)
Jesus diz que está à porta do nosso coração e bate. Se alguém ouvir a sua voz e abrir a porta, ele entrará (Ap 3:20).
Tudo pela graça, pela bondade, pela longanimidade de Deus. Então, se você percebe que não está preparado para a volta de Jesus, o tempo de se preparar é agora: abra seu coração, creia em Jesus e passe a segui-lo já.
Não perca seu tempo com coisas que são passageiras.
2.2. Ele nos encoraja a um modo de vida do ponto de vista de Deus
Novamente:
v. 11
Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade...
v. 14
Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis
Há duas palavras que vamos destacar
Primeira: um viver santo
E esta palavra “santo”, que tem a ver aqui com o nosso procedimento, por sua vez, tem duas denotações:
Negativamente, esta palavra tem a ver com o nos abstermos de tudo quanto é contrário à lei de Deus, e assim o desagrada, faz mal à nossa alma e faz mal às pessoas à nossa volta.
Significa nos abstermos das paixões que fazem guerra contra nossa alma.
Significa abandonar os pecados: a inveja, a ira, os ciúmes, as brigas, as palavras destrutivas, as impurezas morais, tais como adultério, lascívia, prostituição, desonestidade no falar, cobiçar aquilo que pertence a outra pessoa, idolatrias, feitiçarias – significa abandonar tudo o que não presta.
Significa não amar o mundo e o que é do mundo: abstermos-nos de diversões ou outras atividades que não nos edificam espiritualmente, que nos levam a esfriar espiritualmente.
Positivamente, significa abraçar uma vida superior: amor ao nosso próximo, amor em santidade, em pureza, sem malícia, falar sempre a verdade, ser um trabalhador honesto, um pai, uma mãe, um irmão, filho, marido gentil, amoroso – aprender a cada dia um estilo de vida semelhante ao de Jesus, como filhos de Deus que nós somos.
Um modo de vida assim nos traz a alegria que vem de Deus.
A outra palavra é piedade.
E piedade significa amar e respeitar a Deus, amar sua Palavra, ter prazer nele, obedecer-lhe, andar com ele em oração diariamente, adorá-lo, cantar louvores, agradecer-lhe em todas as circunstâncias, por todas as coisas, estar em sua casa, ter comunhão com os irmãos – devoção a Deus.
Significa ter fé em Deus, confiar nas promessas de sua Palavra para nós e viver na certeza de que tudo quanto Deus nos diz ele cumpre. Então significa também conhecer a Palavra de Deus, para saber o que ele nos diz.
Piedade significa esperar sempre em Deus, mesmo que tudo à nossa volta nos diga que já não nos resta esperança alguma.
Significa crer e obedecer ao Senhor, mesmo que isto resulte para nós em aparente prejuízo terreno. Significa crer e saber que todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus, e então continuar amando a Deus, custe o que custar. Amar o nosso próximo, custe o que custar.
Se você sabe que Jesus está voltando, prepare-se para este dia.
Negue-se a si mesmo, abandone cada pecado conhecido, lute pelo que é bom.
Viva em comunhão com Deus: oração, meditação em sua palavra, comunhão com os irmãos, adoração publica e particular.
Persevere na santidade, persevere no amor, na pureza, na fé, na esperança – tudo isto vale a pena.
2.3. Pedro nos diz que devemos nos preparar crescendo espiritualmente
vs. 17, 18
Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; 18 antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.
Aqui Pedro está se referindo ao fato de que muitas pessoas não têm o respeito devido com a Palavra de Deus, a Bíblia sagrada, e lidam com ela segundo seu bel prazer, interpretando-a de acordo com seus próprios desejos, fazendo a Bíblia dizer o que ela não diz apenas para justificar seu comportamento errado.
Ele diz que isto é terrível, letal, pois os que procedem assim, fazem-no para sua própria destruição espiritual.
Então Pedro nos alerta; não sigam no caminho destes insubordinados; façam ao contrário – cresçam na graça e no conhecimento de Deus, isto é, a cada dia conheçam mais a bondade de Deus, o caminho de Deus, a vontade de Deus.
A cada dia desenvolvam-se espiritualmente.
E deste modo vocês estarão preparados para a volta de Jesus.
3. O conhecimento de que Jesus está voltando deve levar-nos a buscar que este dia chegue logo
Há um sentido em que este dia já está marcado, pois Deus já determinou quando será.
Mas há um sentido em que cada um de nós deve se empenhar para que este dia seja em breve.
v. 12
Esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
Uma comparação: sabemos que Deus já sabe o dia de nossa morte – pense no Salmo 139 – , mas não deixamos de cuidar de nossa saúde, e de orar por ela.
Assim também em relação à volta de Jesus Cristo.
Certas coisas precisam acontecer para que Jesus venha logo, e nós somos ensinados a trabalhar para que elas aconteçam.
3.1. Nós precisamos falar das boas notícias do amor de Deus aos homens
v. 9
Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
A grande razão para a aparente demora: a longanimidade de Deus, o desejo que ele tem de que muitas pessoas sejam salvas.
Agora, o caminho para a salvação as pessoas só podem conhecer através da pregação do evangelho. Como crerão, se não há quem pregue?
E o Senhor Jesus, falando a respeito de sua vinda e do final dos tempos, nos ensina que antes que ele volte o evangelho precisa ser pregado no mundo inteiro (Mt 24:14).
Então nós precisamos nos engajar na evangelização: no local de trabalho, na escola, em casa, na vizinhança.
Precisamos falar “a tempo e fora de tempo” – a todos quantos tivermos oportunidade, procurando leva-los à fé.
3.2. Precisamos também orar
Orar no sentido de que muitos venham à fé em Jesus, pois Deus tem prazer na salvação dos homens.
1ª Jo 5:14,15
E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.  15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.
De posse desta promessa, dediquemo-nos a orar por conversões.
Precisamos também orar pedindo que Jesus volte logo. Veja o pedido de Paulo:
1ª Co 16:22
Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata! (isto é, “Vem, Senhor!”)
E de João:
Ap 22:20
Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!
Conclusão
Amados irmãos, nosso Senhor Jesus está voltando. Está voltando para nós, a sua igreja.
E quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, também seremos manifestados com ele em glória.
Assim, o conhecimento da vinda de Jesus:
1. Deve provocar em nós um intenso desejo de que este dia chegue logo
Pois será o dia de toda a consolação que nossa alma.
Em que toda a injustiça será aniquilada. Em que todo o mal cessará, e viveremos para sempre perante a face do Senhor.
Não deixe que as aflições desta vida te dominem, mas, como disse Jesus, erga sua cabeça para o alto, pois a sua redenção se aproxima (Lc 21:28).
E pense nas coisas lá do alto, onde Cristo vive à direita de Deus, e de onde também virá para nós (Cl 3:1, 2).
2. Deve nos motivar a que estejamos preparados
Se você ainda não tem certeza de sua salvação, não saia deste lugar sem ter se entregado a Jesus, sem ter começado uma vida nova.
Se você, crente em Jesus, têm vivido de modo carnal e mundano, não saia deste lugar sem um recomeço, sem novo compromisso com Deus: confesse a Deus seus pecados, abandone-os, volte ao primeiro amor.
Se precisa reconciliar-se com Deus, faça-o, se com alguém, faça-o.
Não cultive no coração as coisas que são próprias deste mundo decaído: a inveja, a ira, o orgulho, as vaidades da carne, os desejos da carne; faça morrer a sua natureza terrena e busque as coisas que são do céu: a justiça, a misericórdia, a bondade, o domínio próprio, a alegria no Senhor.
3. Deve levar-nos a buscar que este dia chegue logo
Decida-se a evangelizar. Decida-se a orar pela volta de Jesus.

domingo, 17 de novembro de 2013

Jesus e Maria de Betânia - Jo 12:1-8

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 17 de novembro de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Meus amados, vamos ler João 12:1-8
Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.  2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.  3 Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.  4 Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: 5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?  6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.  7 Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; 8 porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Isto aconteceu cerca de uma semana antes da morte de Jesus.
Ele estava numa pequena aldeia perto de Jerusalém, chamada Betânia, onde moravam três queridos amigos, na casa de quem ele costumava se hospedar: Lázaro, Marta e Maria.
Mas neste momento eles não estavam na casa de Lázaro, e sim, conforme nos contam os evangelhos de Mateus e Marcos, na casa de um amigo em comum, um crente conhecido como Simão, o leproso.
Uma ceia estava sendo oferecida a Jesus: Lázaro estava com ele à mesa, e Marta, como gostava de fazer, estava servindo à mesa, mas desta vez, do jeito que Jesus tem prazer, isto é, sem se queixar de que sua irmã Maria não a estava ajudando.
E Maria, bem, mais uma vez Maria demonstra a devoção que tinha para com Jesus: ela tomou um vaso de nardo, um perfume caro, muito cheiroso, e foi até o lugar à mesa onde estava o nosso Salvador.
Então, muito graciosamente derramou aquele perfume sobre os pés do Senhor, e os enxugou com seus cabelos (Mateus e Marcos nos dizem que ela também derramou do perfume sobre a cabeça de Jesus). Foi um gesto muito semelhante ao praticado algum tempo antes, por uma outra mulher, em outro lugar, conforme Lucas cap. 7.
A reação de Judas foi imediata. Ele demonstrou indignação. Segundo a opinião que emitiu, o gesto de Maria fora um verdadeiro desperdício. Fazer aquilo com um perfume tão caro que, se vendido, renderia trezentos denários, o salário de quase um ano de trabalho de um homem comum, e esse dinheiro poderia ser usado em favor dos necessitados!
João nos explica que Judas disse aquilo não porque de fato se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e roubava a bolsa que os apóstolos tinham em comum.
Mas tanto Mateus quanto Marcos acrescentam que todos os outros discípulos concordaram com Judas.
Todos acharam um desperdício. Assim como muitas pessoas acham um desperdício o gastar dinheiro com as coisas de Deus, ou os bens materiais, ou o tempo, ou os talentos. Há daqueles que dizem que o verdadeiro cristianismo não é “religioso”, daquele que se preocupa com devoções espirituais, que o verdadeiro cristianismo é o que se dedica a minimizar os males sociais.
Amados, nada contra aqueles que se dedicam a trabalhar para o bem da sociedade, mas na história que temos aqui menos uma pessoa houve uma pessoa que não achou um desperdício a atitude de Maria: Jesus.
Diante daquela pretensa preocupação social revelada pelos discípulos, ele responde:
- “Deixem-na; que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem. Quanto aos pobres, vocês sempre terão oportunidade de ajudá-los, mas a mim, vocês nem sempre terão por perto”.
Ao olhar para esta narrativa tão bonita, eu gostaria de fazer duas observações sobre Jesus e Maria, e partindo delas, trazer também inspiração para a nossa vida, em nosso viver com Deus: Maria conhecia o coração de Jesus, e Jesus conhecia o coração de Maria, ou, Maria amava a Jesus, e Jesus amava Maria.
1. Digo que Maria conhecia o coração de Jesus, e que Maria amava a Jesus
Eles estão juntos novamente, como em muitas outras vezes em que Jesus vai a Jerusalém, que ficava próxima, para as festas religiosas.
Desta vez, Jesus sabe, será a última. Maria não sabe ainda, mas, como Jesus disse tão claramente, conforme veremos no evangelho de Marcos, ela estava como que antecipando o que iria acontecer.
À mesa estavam Jesus, seu amigo Lázaro, com certeza o dono da casa, Simão, os doze discípulos, e Marta servindo.
Então surge um desejo no coração de Maria: o desejo de mais uma vez, de alguma forma, honrar o Senhor, demonstrar sua devoção para com ele.
Assim ela toma um frasco (mais ou menos uns 300 ml) de um perfume muito gostoso, e como Judas enfatiza, caríssimo.
Ela se aproxima do Senhor e derrama aquele perfume sobre seu corpo: mais especificamente sobre sua cabeça e seus pés.
Os discípulos, ali presentes, mostram-se contrariados:
- “Que gesto mais absurdo! Que exagero! Não é assim que devem proceder os discípulos, estas pessoas sensatas, com a cabeça no lugar! Jogar dinheiro fora, quando tem tantas pessoas passando fome, sofrendo necessidade!”
E comentam isto como que cheios de justiça, de certeza de que Jesus concordaria com eles.
Aliás, não foi a primeira vez que isto aconteceu em relação a Maria.
Em Lucas cap. 10 nós lemos que numa outra ocasião, estava Jesus na casa destes três.
Então Marta, insatisfeita com o comportamento de Maria, pede ao Senhor que faça justiça:
Lc 10:39-42
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos.  40 Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me.  41 Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas.  42 Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.
E veja que tanto nesta ocasião quanto naquela, Jesus fica do lado de Maria, dizendo aos murmuradores que Maria estava fazendo o que ele preferia que ela fizesse.
Maria gostava de agradar Jesus, e sabia o que o agradava. Ela conhecia o seu coração.
E me parece que aqui neste texto está o segredo de Maria, do modo como ela conhecia o coração do Senhor: é que ela ficava sentada aos seus pés, e ouvia o que ele dizia.
Isso me faz pensar num contraste que Jesus faz, em relação ao comportamento dos discípulos, em certa ocasião, conforme registrado em Mc 8:18. Ali ele pergunta aos doze: “Vocês, tendo olhos não enxergam? Tendo ouvidos não ouvem”?
Sim: existem muitas pessoas que seguem a Jesus, mas que estão muito ocupadas para poder parar e ouvir a sua Palavra, para escutar e saber o que ele têm no coração, e então, ainda que ouçam suas palavras intelectualmente, elas não descem para o coração deles, elas não se tornam o que eles pensam, elas não se tornam o que eles sentem, e estas pessoas então não fazem o que mais agradaria ao Senhor.
Maria de Betânia não era assim: ela não era uma mulher “muito prática”, talvez não tenha vindo a ser uma “senhora dona de casa”, e talvez não tenha vindo a ser uma “assistente social” (é claro: nada tenho contra estas duas coisas, nem o Senhor), mas era uma mulher cujo coração sabia o que ia no coração de Jesus.
Eu tenho certeza de quanto a este gesto não deve ter havido uma consulta a Jesus. Não foi nada intelectual, no sentido de que ela se aproximou dele e perguntou-lhe o que ele gostaria que ela fizesse. E isto por que ela o amava, ela o ouvia sempre. Fico imaginando que muitas coisas um dizia para o outro só através do olhar.
Assim, eles se conheciam tão bem que ela sabia, em si mesma, o tipo de coisas que ele gostava.
E naquele dia, o que se passou dentro dela, senão em forma de palavras mas na forma de sentimento foi isto: “Como posso honrar ao meu Salvador? Vou presenteá-lo com um frasco de nardo”. E ela o fez, e ele teve prazer.
2. Digo que Jesus conhecia o coração de Maria, e Jesus amava Maria
E quando afirmo que Jesus amava Maria, não estou me referindo em primeiro lugar àquele grande amor que ele tem para com todos os seus eleitos.
Pois há este amor em geral, amor que é muito grande, que é infinito, que Jesus tem para com todos os de sua igreja.
Jeremias nos diz que o Senhor se deixou ver por ele, e por ele disse a Israel: “Com amor eterno eu te amei, por isto com benignidade te atraí” (Jr 31:3).
E aqui neste evangelho de João 13:1 está escrito: “Tendo Jesus amado aos seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Jesus, portanto, ama a todos os que são seus.
Mas há um sentido, na Palavra de Deus, em que Jesus ama de modo ainda muito mais especial àqueles que são mais achegados a ele.
Desejo citar algumas mostras disto na Palavra de Deus:
Jo 13:23
Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava.
Em quatro outros lugares, o autor deste evangelho, João, refere-se a si mesmo como o discípulo amado (19:26; 20:2; 21:7; 21:20).
Isto quer dizer que Jesus não amava aos demais? Não, mas que, em relação a João, era um relacionamento muito mais estreito, a ponto de este discípulo poder reclinar-se sobre o seio de Jesus.
Em 2ª Co 9:7 lemos que “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.”
Em Jo 14:21 também lemos: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”.
Nestas passagens, quando Deus nos diz que ele ama certas pessoas que preenchem certas condições, o que ele está nos ensinando é o fato de que ele tem uma satisfação toda especial em pessoas que são segundo o seu coração, que estas pessoas são o seu deleite, a sua alegria, que ele tem prazer nelas. Como também está escrito em outro lugar: “A oração dos retos é o contentamento do coração de Deus” (Pv 15:8).
É deste modo que então lemos que estes três, Marta, Maria e Lázaro eram muito especiais para Jesus
Jo 11:5
Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Interessante isto: “Jesus amava Marta...” Ela era aquela a quem Jesus havia repreendido por que havia reclamado de Maria. Marta era agitada, ocupada, operosa, diferente de Maria.
Mas por que Jesus a amava também? Eu acho que nesta cena da unção de Jesus por parte de Maria nós temos a resposta:
Marta está aqui, fazendo o que? Servindo. Se fosse outra pessoa, ao ser repreendia por Jesus, ela diria: “Então não vou fazer mais nada”. E cruzaria os braços, “emburrada”, de cara feia. E nunca mais Jesus iria comer aquele “feijãozinho” preparado por ela.
Mas ela não faz isto: ela entende o que Jesus quer dizer, ela aprende a lição, e passa a trabalhar, mas sem murmuração, com um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus (1ª Pe 3:4).
Jesus amava Maria.
Então a defende – “Deixai-a”. A NVI traduz: “Deixe-a em paz”.
O Evangelho de Marcos nos trás alguns comentários adicionais de Jesus em defesa de Maria.
Mc 14:6
Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo.
Mc 14:8 – Ele reconhece o que ela fez
Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura.
Mc 14:9 – Jesus a honra
Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
Veja: nós estamos aqui, hoje, ouvindo o que ela fez, para aprender com Deus pela vida dela. E desta maneira a memória dela é honrada.
Conclusão e Aplicação
Este é mais um de uma série de personagens bíblicos que temos estudado, que revelam o que Deus ama e o que ele deseja de nós.
Lembra-se de Moisés, aquele homem que aprendeu a depender totalmente do Senhor, a andar com o Senhor, a fazer do jeito do Senhor? Intimidade com Deus.
Lembra-se de Maria, mãe de Jesus, aquela mulher discreta, silenciosa, que colocava as promessas de Deus no coração e serenamente obedecia, aguardando o cumprimento da Palavra de Deus? Intimidade com Deus.
Lembra-se de Abraão a quem o Senhor disse: “Anda na minha presença e sê perfeito”? Intimidade com Deus.
Lembra-se também de Eliseu, que tinha sempre em mente, no dizer de suas palavras “o Senhor meu Deus, perante cuja face estou continuamente”? Intimidade com Deus.
Maria de Betânia: Intimidade com Deus.
É para isto que o Senhor nos chama continuamente: para andar com ele, para ouvir sua voz, para conhecer o coração dele, para amá-lo e conhecer seu amor.
Maria buscava esta intimidade, devotando-se a Jesus. Ouvir a Jesus era a coisa mais importante para ela.
Pare para ouvir a Jesus. Vá para o seu quarto, para algum lugar silencioso, ore, adore, leia a Palavra, ouça com a sua mente e com o seu coração; deixe Jesus falar com você. Só para vocês estarem juntos, só para se conhecerem.
No seu dia a dia, procure ouvir a Jesus falando na igreja, falando através das pessoas com quem você convive, falando nos cânticos, nos hinos, falando em casa, através de seus familiares.
Procure ouvir Jesus falando nos problemas, nas vitórias, nas circunstâncias.
Aprenda a ouvir a voz de Jesus, aprenda a discernir a voz de Jesus, pois ele diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz e ele as conhecem, mas as ovelhas não conhecem a voz do diabo, e por isto não o ouvem, não o obedecem.
Assim, aprenda a discernir também quando a Palavra é Deus e quando não é: quando é a voz do orgulho, da autocomiseração, do egoísmo, da murmuração. Peça: Senhor, quero ouvir tua doce voz, que ilumina, que cura, que trás quebrantamento, que restaura.
Entregue-se a Jesus: entregue seu tempo, seus bens, tudo o que você é e tudo o que você tem.
E aí você vai experimentar assim: você conhece o coração de Jesus, e Jesus conhece o seu coração; você ama a Jesus, e faz o que ele gosta, e Jesus se deleita em você. E se algum irmão não gostar que você sirva ao seu Redentor da maneira que ele se apraz, perdoe. Um dia essa pessoa cresce.

domingo, 3 de novembro de 2013

As faculdades espirituais dos nossos filhinhos – Mt 19:13-15

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 3 de novembro de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Meus amados, vamos ler Mateus 19:13-15
13 Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.  14 Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.  15 E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali. 
Em seu livro “Senhor, em que posso te servir?”, o conhecido cantor Marcos Witt conta sobre a importância das reuniões da igreja em sua formação espiritual.
Seus pais dirigiam uma instituição voltada para a edificação da igreja, em que havia um conjunto de instalações nas quais os pregadores eram abrigados.
Ele diz:
“Este complexo humilde de edifícios foi muito importante na minha infância. Foi neste lugar que tive os meus primeiros encontros com Deus... Em uma dessas ocasiões, quando tinha 8 anos de idade, senti fortemente o chamado de Deus de uma maneira absoluta e definitiva. Sentado por muitas horas naqueles bancos duros e frios desse lugar (meus pais me obrigavam a ficar ali), ouvia um pregador depois do outro – por muito tempo – até perceber que desejava ser um deles no futuro. Com oito anos não me preocupava como chegaria ser um pregador, nem onde, nem quando; a única coisa que sabia era que havia um ardor e uma urgência em meu pequeno coração: o mundo tinha que saber das boas novas da salvação em Cristo Jesus”.[1]
A experiência deste então menino é uma ilustração muito boa de certas verdades que aprendemos na Palavra de Deus acerca do valor que nossos pequeninos têm aos olhos dele, e das responsabilidades que temos de conduzi-los em seu relacionamento com o Senhor.
No texto de hoje, lemos que algumas pessoas levaram algumas crianças para que Jesus as abençoasse.
Porém os discípulos, que sempre demonstravam zelo, mas nem sempre entendimento, começaram a repreender estas pessoas.
Talvez pensassem que as crianças não eram tão importantes quanto os adultos, ou que poderiam atrapalhar, com suas “criancices”.
Mas o fato é que Jesus se indignou com a atitude dos discípulos, e os repreendeu.
Pois ele queria abençoar as crianças, às quais ele ama, e além disto, as descreveu como gente com alma, a quem pertence o reino dos céus.
Em nossa tradição evangélica, sempre reconhecemos a importância de ensinar aos nossos filhos o caminho pelo qual eles devem andar, de maneira que nunca venham a se desviar.[2]
Isto inclui o nosso ensino informal e também formal, a partir de nossos lares, e também as atividades da igreja, específicas para crianças.
Mas muitas pessoas, diante destas coisas, não consideram que seja também importante a participação de nossos pequeninos nos cultos.
Pensam que na primeira infância eles não têm a capacidade necessária, seja intelectual, seja a disciplina, para se assentarem e participar com os adultos.
Mas será que isto é verdade?
A minha resposta é que este é um pensamento errado, por várias razões, e entre elas, esta na qual vamos nos concentrar: nossos filhinhos são possuidores de faculdades espirituais, e pela graça de Deus operando em suas vidas, têm capacidade de receber das coisas do Senhor, e também servi-lo.
Por isto, devem participar dos cultos conosco.
Antes de considerar as capacidades de nossos filhos, gostaria de enfatizar o que eles representam aos olhos do Senhor
1. Nossos filhinhos pertencem a Deus
Há um sentido, naturalmente, que todas as crianças pertencem a Deus, pois ele é o Deus de todos os viventes [3]; e todas as crianças têm necessidades e faculdades espirituais; mas hoje eu gostaria de citar algumas palavras do Senhor que chamam nossa atenção para o que a Bíblia diz sobre os filhos do povo da aliança.
Nossos filhinhos pertencem a Deus num sentido muito especial.
Nos dias do profeta Ezequiel o Espírito Santo repreendeu o povo de Jerusalém por um pecado horrendo: eles haviam oferecido seus filhos aos deuses pagãos.
Ez 16:20, 21  
Demais, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que me geraste, os sacrificaste a elas, para serem consumidos. Acaso, é pequena a tua prostituição?  21 Mataste a meus filhos e os entregaste a elas como oferta pelo fogo”.
Veja a que ponto podem chegar as abominações daqueles que se afastam de Deus.
Por causa deste e de outros pecados, o Senhor enviou sua amorosa, mas terrível disciplina contra a cidade de Jerusalém, entregando-a a inimigos ainda mais perversos do que eles.
Mas eu desejo destacar a maneira como o Senhor se refere aos filhos do povo da aliança – no v. 20 ele diz: “teus filhos”. No v. 21 ele diz: “meus filhos”.
Meus irmãos, que altíssima honra nós, pais cristãos, temos ao saber que nossos filhos são assim tão amados por Deus.
São crianças que têm o privilégio de aprender as sagradas letras desde a infância, de crescer num ambiente de fé, amor, proteção, justiça, santidade, de valorização da igreja e da família. Um ambiente cristão é tudo de bom na vida de uma criança.
Crianças assim se tornam espiritual e emocionalmente seguras.
Aprendem a viver com o propósito de amar e servir a Deus, seja qual for a sua vocação.
Por isto o apóstolo Paulo escolheu uma palavra muito forte para descrever o pensamento de Deus a respeito dos nossos filhos.
1ª Co 7:14
“Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos”.
O cônjuge incrédulo é santificado no sentido de que é colocado sob a benção de Deus por causa da convivência com o crente.
Naturalmente não entendemos que o texto está ensinando o casamento entre crentes e incrédulos, mas apenas levando em consideração que muitas vezes apenas um dos cônjuges se converte a Jesus.
Mas, o que ele diz a respeito dos filhos dos crentes, mesmo que apenas um dos pais o seja? Que seus filhos são santos, isto é, são pessoas separadas das demais, para pertencerem ao Senhor.
No sentido mais especial que pudermos dar a este conceito, de uma forma que não pode ser superestimada, nossos filhos pertencem a Deus.
Isto é o que reconhecemos quando os apresentamos ao batismo e fazemos nossos votos solenes, no sentido de orar com eles e por eles, de trazê-los à igreja, de ensiná-los com nossas palavras e com nosso exemplo, a amar e confiar e na Bíblia, de educá-los amorosamente na disciplina e na admoestação do Senhor.
E por outro lado, se formos negligentes no cuidado com nossos filhos, estaremos sendo negligentes no cuidado com pequeninos que pertencem a Deus.
2. Nossos filhinhos têm faculdades espirituais
2.1. Uma criancinha tem capacidade de louvar a Deus
Mt 21:15, 16
Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe:  16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor”?
Eram os últimos dias de Jesus antes de ser crucificado.
E quando estava entrando em Jerusalém, muitas pessoas o aclamaram como o Messias prometido por Deus, louvando a Deus, clamando: “Hosana nas maiores alturas”... 
Hosana era uma palavra de entusiasmo religioso, que provavelmente derivava da palavra “salvar”[4], algo parecido com o nosso uso de “aleluia”, que deriva de “louvai a IAVÉ”.
E as crianças diziam: “Hosana ao Filho de Davi...”.
Os sacerdotes e escribas, aquela gente tão amarga que criticava tudo o que era bom, ficaram indignados.
Mas a resposta de Jesus revela o prazer que ele teve com o louvor dos pequeninos.
Ele cita as Escrituras, dizendo que aquele louvor dos pequeninos havia sido colocado por Deus nos lábios deles.
Assim percebemos que era um louvor aceitável a Jesus, no qual ele se deleitou.
Quando estamos adorando a Deus com nossos hinos e cânticos, certamente que o Senhor tem prazer em nós. Será que ele não teria prazer ao contemplar o cântico de nossos pequeninos unidos a nós como famílias de Deus?
2.2. Uma criancinha pode ser cheia do Espírito Santo
Lc 1:15
“Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno”.
Em muitos sentidos, João Batista, a respeito de quem a Escritura está falando aqui, foi uma pessoa excepcional, pois ele era o cumprimento de antigas profecias, onde o Senhor falava sobre aquele que viria antes de Jesus, preparando os corações para receberem sua Palavra.
Mas permanece o fato de que era também um ser humano comum. E este ser humano comum foi cheio do Espírito Santo desde o ventre materno.
Quando um bebezinho está ainda dentro do ventre de sua mãe, ele já tem a capacidade de receber certas influências que “vêm de fora”.
Sempre que penso nisto, eu me lembro de que quando minhas três filhas estavam ainda no ventre da Tequinha, eu gostava de ficar conversando e cantando prá elas.
E depois que elas nasceram, todas manifestavam que as músicas haviam sido ouvidas.
Por exemplo, desde os primeiros meses de vida, às vezes a Rutinha estava chorando, com aquelas coisas de bebê, que demoram um pouco a gente perceber o motivo.
Então eu a colocava nos braços, e começava a cantar:
Ó Pai bondoso, vem nos guiar
No bom caminho nos faze andar
Ou então:
Eu abri meu coração, e Jesus veio habitar
De manso bateu, logo a porta abri eu
E ele veio aqui morar
Quando eu começava a cantar, era a coisa mais linda. Com os olhinhos ainda marejados ela olhava pra mim e começava a sorrir. Era uma delícia de se ver.
Se desde o ventre nossos filhinhos podem receber as nossas influências, quanto mais as influencias de nosso Deus todo poderoso!
E depois que nascem, da mesma forma como aprendem a falar, a engatinhar, a andar, a se comportar convenientemente e tudo o mais, também podem aprender das coisas de Deus.
Eu nunca me esqueço de certa ocasião, a Rutinha tinha cerca de 5 anos de idade, e eu estava pregando num domingo à noite.
Ela estava “dormindo” no colo da Terezinha.
No dia seguinte, ele pediu que eu contasse uma história.
E eu comecei: “Era uma vez um homem cego, que se chamava...”
- Bartimeu!, ela respondeu.
Então eu perguntei: “Como você sabe”?
- É que esta história você contou ontem na igreja!
E eu pensara que ela estivesse dormindo.
2.3. Uma criancinha pode servir a Deus e ouvir sua voz
1º Sm 2:18, 19
“Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho.  19 Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e, de ano em ano, lha trazia quando, com seu marido, subia a oferecer o sacrifício anual”.
Que mãe maravilhosa a de Samuel, que consagrou seu filho ao Senhor e o ajudou a viver de acordo com esta consagração desde pequenino. Então ele ministrava, isto é, servia ao Senhor desde menininho.
1º Sm 3:10
“Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve”.
Desde pequenino Samuel também aprendeu a ouvir a voz de Deus e anunciar sua mensagem.
Orlando Boyer nos conta que assim também era com Carlos Spurgeon:
O avô de Spurgeon era pastor, e todos os domingos o pequenino estava lá, ouvindo as pregações.
Um dia, quando tinha cinco anos de idade, Spurgeon viu um membro da igreja que dava muito trabalho ao seu avô, na companhia de outros, fumando e bebendo.
Então o menino se aproximou e perguntou ao homem: “Que fazes aqui, Elias”?, numa alusão ao texto bíblico.[5]
O homem contou ao pastor que no começo ficou bravo com Spurgeon, mas que depois se sentiu quebrantado e arrependido. Desde aquele dia passou a andar mais perto de Deus. [6]
2.4. Uma criancinha pode conhecer os ensinamentos de Deus
2ª Tm 3:14, 15
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste 15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”.
Embora Paulo o considerasse como um “verdadeiro filho na fé” [7], o fato é que desde a infância Timóteo aprendera a crer em Deus, pelos ensinamentos de sua mãe e sua avó [8].
Foi delas que ele recebeu a boa semente, que a seu tempo veio germinar e dar fruto.
Os que, pela graça de Deus, fomos criados em lares piedosos, sabemos de experiência própria como muitos dos ensinamentos que recebemos na infância simplesmente tem sido a nossa crença e nossa proteção em muitos momentos de nossa vida, contra muitos males que afligem aqueles que não receberam a mesma herança.
Como fomos livrados, pela graça de Deus, das drogas, da promiscuidade, das más companhias, das falsas doutrinas, e de tantas outras coisas ruins.
Mesmo aqueles que em certos tempos foram grandemente tentados, graças ao Espírito Santo falando através do que recebemos de nossos pais, voltamos aos caminhos do Senhor.
Por outro lado, temos visto como é difícil para alguns pais o educar seus filhos nos caminhos do Senhor quando estes pais se convertem na adolescência de seus filhos.
Então os que têm filhos pequenos devem se esforçar ao máximo para criar neles hábito de participar dos cultos, da leitura bíblica, da oração, e todos os outros “meios de graça”, instrumentos pelos quais o Espírito Santo incute em nós os princípios e modo de vida do reino de Deus nesta terra.
Eu me lembro de que certo tempo atrás, nós decidimos que não teríamos mais um culto em separado para nossos filhinhos, mas que eles deveriam participar conosco.
E alguns irmãos encorajaram aos seus pequeninos que já sabiam ler, a fazer anotações sobre as mensagens. Como ficamos surpresos ao ver que eles realmente estavam seguindo as exposições e aprendendo o que ouviam.
Me lembro de que quando o Gustavo nasceu, nalgumas ocasiões a Leninha não pode vir à igreja.
Mas num desses dias em que não veio, ela perguntou a uma das filhinhas (só não me lembro qual das duas), o que havia sido pregado.
E a filhinha respondeu que foi sobre “os ídolos do coração” (foi no dia 8 de maio de 2005), e “explicou direitinho”.
Nossos filhos são capazes de entender, aprender e praticar a Palavra de Deus.
Conclusão
Nossos filhos são filhinhos de Deus, pela aliança que temos com ele na fé em Cristo Jesus.
Com isto não quero dizer que são, “automaticamente crentes e salvos”, pois eles é que precisam crer, individualmente, mas estou dizendo que eles estão dentro da aliança que Deus fez conosco, de ser o nosso Deus e de nossos filhos.
Se somos povo da aliança, significa que temos certos compromissos com nosso Deus, e entre eles, o de criar amorosamente nossos filhos de acordo com os ensinamentos da Bíblia, para que eles, através destes meios de graça, venham a crer, a amar e a servir a Deus.
Aplicações
Eu gostaria de encerrar citando dois pontos importantes em nosso cuidado da vida espiritual de nossos filhos.
1º. É claro que nosso dever não se limita em trazê-los à igreja, sem ao mesmo tempo ensiná-los por nossas próprias palavras e maneira de viver.
Alguns anos atrás, um presbítero que conheço estava ministrando aula a uma classe de adolescentes, e dizendo sobre como é gostosa e abençoada a vida da família cristã.
Então um de seus alunos, cujos pais eram líderes na igreja, contestou ao presbítero, dizendo que este não era o caso de sua família. Que na igreja, os seus pais eram uma coisa, mas na igreja, outra.
Sim, irmãos: é muito ruim quando os pais dão mau exemplo de cristianismo para os filhos.
2º Além de ensiná-los com nossas palavras e exemplo, a Bíblia diz que precisamos discipliná-los em amor.
Isto não quer dizer somente repreensão, ou alguma forma de castigo, mas também, e principalmente, “treinamento bom comportamento”.
Isto é um pouco (nalguns casos, muito) trabalhoso, mas sempre trás bons resultados.
Eu sei que muitas pessoas dizem que está errado incutir crenças religiosas nas crianças, que elas é que devem, ao crescer, escolher no que crer, ou não.
Mas esse pensamento, é certo que o tem as pessoas que não dão à religião o valor que nós damos, e com certeza não pensam do ponto de vista bíblico.
Se acreditamos que dessa fé depende a salvação de nossos filhos, é claro que temos o dever de incutir neles os ensinos de nossa fé.
Há crianças que não gostam de tomar banho. Seus pais deixam que eles fiquem sem tomar banho?
Há crianças que não gostam de estudar. Há crianças que gostam de mexer onde não devem, que gostam de comer o que faz mal à saúde, e tantas outras coisas semelhantes. Pais amorosos e responsáveis deixam-nas entregues à sua própria vontade?
Você se lembra do testemunho que lemos no início de nossa mensagem? É com gratidão que Marcos Witt se recorda de que seus pais o obrigavam a participar dos cultos.
A estultícia está ligada ao coração da criança (e não só da criança, mas de todo ser humano entregue a si mesmo), mas a vara da disciplina a afastará dela.[9]


[1] São Paulo, W4ENDOnet Comunicação e Editora Ltda., 2004, págs. 10, 11.
[2] Pv 22:6
[3] Jr 32:27
[4] J. D. Douglas, ed., Novo Dicionário da Bíblia (São Paulo, Vida Nova, 1988, 7ª reimpr.), pág. 725
[5] 1º Rs 19:9
[6] Orlando Boyer, Heróis da Fé (Rio de Janeiro, CPAD, 2005, 31ª edição), pág. 188
[7] 1ª Tm 1:2
[8] 2ª Tm 1:5
[9] Pv 22:15
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