Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

sábado, 28 de dezembro de 2019

Noite de Natal, noite de Evangelho - Lc 2:1-20

Mensagem pregada na 2ª IPC de Guarulhos, em 21 de dezembro de 2019
Pr. Plínio Fernandes

Amados irmãos, vamos ler o Evangelho de Lucas, cap. 2, versículos 1 a 20.
Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.  2 Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.  3 Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.  4 José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,  5 a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.  6 Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,  7 e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.  8 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.  9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.  10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:  11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.  12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.  13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:  14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.  15 E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.  16 Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.  17 E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.  18 Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores.  19 Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.  20 Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.
Em certo sentido, esta noite sobre a qual a Bíblia nos conta aqui, foi uma noite comum no mundo inteiro.

A mesma agitação, de gente vinda de fora, procurando lugar para se hospedar, estava acontecendo em milhares de outras cidades do vasto Império Romano, pois o César Augusto havia ordenado que cada habitante voltasse à sua cidade de origem a fim de alistar-se num recenseamento de todos os cidadãos.

Então, os vindos de fora estavam espalhados  em hospedarias, ou casas de parentes, e a vida, neste sentido, seguia normal, como sempre. Em alguns lugares do mundo era noite, em outros era dia; e as pessoas trabalhavam, comiam, bebiam, as crianças brincavam; em alguns lugares havia festa; em outros, as pessoas enterravam seus mortos; em  outros as pessoas estavam dormindo.

Mas na cidadezinha de Belém, na Judéia, e seus arredores, algo que o mundo inteiro não soube de imediato, mas extraordinário, estava acontecendo.

E os primeiros judeus a receberem a notícia foram uns pastores de ovelhas, que estavam nos arredores da cidade, onde viviam e guardavam o seu rebanho.

Quando nós lemos o Antigo Testamento, aprendemos que Deus é o nosso Pastor, o Pastor de nossas almas, e nós somos suas ovelhinhas. E aprendemos a dizer: – O Senhor é o meu pastor, e nada me faltará.

Mas nos dias em que Jesus nasceu, os pastores de ovelhas não eram tidos como boas pessoas. Ao contrário, eram gente de quem se pensava mal, pois tinham a fama de serem desonestos. Pois foram justamente homens tidos como pecadores entre os judeus os primeiros a receber a notícia.

De repente, durante a noite, um anjo de Deus desceu do céu, à vista deles, e uma luz esplendorosa tomou conta do lugar, envolvendo a todos. Acho que se eu estivesse ali teria ficado muito espantado, assim como ele ficaram.

Mas o anjo de Deus disse aos pastores:

– Não tenham medo. Estou trazendo a vocês uma boa-notícia (a palavra grega é “evangelho”); uma boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que na cidade de Davi, isto é, em Belém, hoje nasceu para vocês o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

O anjo estava falando de uma promessa feita por Deus ao povo de Israel desde tempos antigos; na verdade, uma promessa feita desde os primeiros dias, logo depois que entrou o pecado na história do mundo, e o Senhor disse que da descendência da mulher nasceria um Salvador, um Salvador para todos os povos da terra, que nos salvaria dos nossos pecados.

Esta promessa foi reafirmada, desenvolvida, esclarecida através dos profetas, com o passar dos séculos, de forma que agora ela era a grande esperança do povo de Israel: a chegada do Salvador.

E a promessa chegou.

Por isto o anjo disse: – A notícia é boa!

E prosseguiu:

– E este será o sinal para que vocês reconheçam o Salvador recém-nascido: na cidade, vocês encontrão a criança envolta em faixas, e deitada numa manjedoura.

E apareceu uma multidão do exército de anjos do céu, dizendo:

– Glória a Deus nas alturas. Paz na terra aos homens, a quem Deus quer bem.

Quando os anjos se ausentaram, os pastores fizeram como haviam sido instruídos, e encontraram o menino Jesus.

Contaram o que havia acontecido, louvaram a Deus, e deixaram todos admirados.

Irmãos, esta foi a primeira noite de Natal.

Uma noite que se tornou conhecida, e tem sido celebrada no mundo através dos séculos, do Oriente ao Ocidente.

Nós a celebramos cantando: – “Noite Feliz. Noite de paz! Noite de amor. Noite jubilosa! Noite Portentosa!”.

Natal é noite assim porque Natal é boa notícia. Natal é Evangelho.

Hoje eu desejo meditar com vocês sobre este evangelho que foi pela primeira vez anunciado pelo anjo do céu, conforme o v. 11.

“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.

Nasceu para nós o Salvador, que é Cristo o Senhor.

Há três aspectos que desejo destacar:

Natal é boa notícia sobre o nosso Senhor.

Natal é boa notícia para nós, pecadores.

Natal é boa notícia que promove a glória de Deus entre nós.

1. O Natal é a boa notícia sobre Jesus, o Senhor

O anjo diz que o menino que nasceu é o Salvador, que ele é Cristo, que ele é o Senhor.

Cada uma destas designações descreve um aspecto grandioso de quem é Jesus.

Mas no momento eu quero enfatizar o nome pelo qual ele é chamado eternamente: o Senhor.

É a maneira singular como, no Novo Testamento, o Espírito Santo levou os escritores sagrados a falarem de Jesus, apontando para sua eterna divindade.

Neste sentido, no Novo Testamento o nome “Senhor” é o equivalente ao nome “Jeová”, ou “Javé”, no Antigo Testamento. E aponta não semente para o fato de que Jesus é o dono da nossa vida, o que dirige o nosso destino, o que tem toda a autoridade nos céus e na terra.

Mas também aponta para o fato de que ele, juntamente com seu Pai eterno, e com o Espírito Santo, é Deus. Ele é um, em essência, com o Pai e com o Espírito Santo de Deus.

Por exemplo, em Romanos 10:9, falando sobre a salvação eterna das nossas almas, o apóstolo Paulo escreveu assim:
Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
– Eu sou salvo quando creio que Jesus é o Senhor. Quando creio que ele morreu pelos meus pecados e ressuscitou de entre os mortos.

Agora, no v. 13, Paulo nos diz por que o nome de Jesus é assim tão poderoso, que é capaz de nos salvar do inferno:
Por que: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Aqui Paulo está citando uma promessa, feita através do profeta Joel, e que é repetida em vários lugares do Novo Testamento, em relação a Jesus como nosso Senhor.

Mas o texto hebraico, em que Joel escreveu a sua profecia diz assim:
Jl 2:32 – E acontecerá que todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.
Deus nos amou! E Deus se encanou!

Este menino deitado num “berço de palhas”, envolto em faixas, é o Criador do Universo, é o Senhor Jeová, é a segunda pessoa da Santíssima Trindade,  que se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade.

Ele é o resplendor da glória de Deus, a expressão exata do seu Ser.

Por isto ele também é chamado Emanuel; Deus conosco.

Agora, por favor, veja: O Filho eterno do Deus eterno, por assim dizer, “morava no céu”; ali era o lugar da sua habitação, num alto e sublime lugar, cercado de um número incontável de anjos que o serviam, adoravam, obedeciam velozmente às suas ordens.

Mas ele despiu-se de sua glória e majestade, “desceu do céu” e veio “morar aqui”.

Assumiu a forma humana. Encarnou-se numa mulher. Nasceu como um bebezinho que precisava ser vestido, amamentado.

Que precisava dormir, que tinha sede. Um menininho frágil, sujeito à morte, pobre, que precisou crescer, trabalhar,  e ser tentado como nós somos tentados.

Ainda mais: que precisou morrer, como nós morremos, mas não porque ele tenha pecado.

Morreu no nosso lugar, levando sobre si o castigo que era nosso.

Qual a razão disto tudo?

A razão está neste segundo ponto que desejo destacar: Jesus nasceu (isto é, se fez homem), para nós. Por isto...

2. O Natal é a boa notícia para nós, pecadores

– Hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo.

Estas duas palavras, “Salvador” e “Cristo”, dizem respeito ao que o Senhor veio fazer por nós.
2.1. Jesus (em hebraico, Josué) significa “Jeová salva”; era o nome escolhido por muitos israelitas para os seus filhos, pois descrevia a esperança que eles tinham em Deus, nosso Salvador.

E agora, Maria e José deram ao seu menino este nome por ordem divina, pois ele cumpriu literalmente o seu significado.

Salvar significa livrar de um grande perigo, como o da morte.

E nós estávamos em grande perigo. Estávamos mortos em nossos pecados. Estávamos condenados ao inferno por causa dos nossos pecados, diante da justa ira de Deus. E estávamos sujeitos a todas as consequências do pecado em nossas vidas; a sentença que o apóstolo Paulo escreve é: “todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus”.

Estávamos separados de Deus, e uns dos outros, como seres humanos, infelizes, enfermos de alma e de corpo.

Cercados de misérias, escravos do mundo, do pecado e do Diabo.

E Jesus veio para nos salvar de todas estas coisas.
2.2. A palavra Cristo, por sua vez, aprofunda o significado da salvação que temos em Jesus.

“Cristo” é uma palavra grega; a palavra hebraica é “Messias”, e em português é “Ungido”.

Nas Escrituras do Antigo Testamento, era usada para descrever alguns homens especialmente escolhidos por Deus, para servirem ao povo de Israel em nome do Senhor: os profetas, os sacerdotes e os reis.

Quando um homem era escolhido de Deus para ser um rei, ele deveria ser ungido com óleo, simbolizando assim que o Senhor o revestia com seu Espírito Santo, dando-lhe autoridade e poder para agir em nome de Deus.

Da mesma forma quando alguém era consagrado para ser um sacerdote, e ministrar perante o Senhor em favor dos homens. Ou um profeta, que falava da parte de Deus aos homens.

Quando o Novo Testamento descreve a Jesus, o nosso Senhor e Salvador como o Cristo, está nos ensinando que, além de ele ser o nosso rei, é também o nosso Sumo sacerdote, que intercede por nós diante do trono do seu Pai, e o Supremo profeta, que trouxe a Palavra do Pai a nós.

Mas eu quero citar uma passagem do profeta Isaías, que é lida por Jesus aqui em Lucas cap. 4:17-21. Vamos primeiramente ler aqui em Lucas.
Lc 4:17-21 – Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito:  18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,  19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.  20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.  21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
O Senhor Jesus, agora já é adulto, no início do seu ministério profético. Na cidade de Nazaré, onde foi criado. É um sábado, e como costuma fazer, vai à sinagoga da cidade. Já é conhecido como Mestre. Por isto lhe passam às mãos o livro do profeta Isaías.

Ele abre o livro naquele texto que em nossas Bíblias corresponde ao Cap. 61:1-3.

E diz: – O Espírito do Senhor está sobre mim. Pois o Senhor me ungiu para evangelizar, para trazer libertação, para curar, para restaurar vidas. Hoje está se cumprindo esta promessa. 

Mas aqui nós temos um resumo. Então vamos ler também no profeta Isaías
O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;  2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram  3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.
Jesus é o Ungido de Deus, a fim de, pelo poder do Espírito de Deus, trazer o evangelho do perdão dos nossos pecados.

Para nos libertar das algemas do pecado, da opressão do Diabo.

Para abrir os nossos olhos para as realidades do reino de Deus.

Para nos consolar em nossas tribulações.

Para nos ungir com óleo de alegria, tirar nossas angústias.

E nos fazer gente forte, que anda no caminho da justiça, gente forte como um carvalho plantado por Deus, para a glória de Deus.

Isto nos conduz ao terceiro ponto...

3. O Natal é a boa notícia que promove a glória de Deus

Neste último texto que lemos, no profeta Isaías, está escrito que somos chamados carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor, para a sua glória. Quando Jesus promove a nossa salvação, o nome de Deus é glorificado.

Agora, quando estamos falando da glória de Deus, estamos falando da manifestação das excelências de quem ele é.

Estamos falando da excelência do seu poder, da sua majestade, da sua santidade, da sua graça, da sua justiça, do seu amor e bondade, da sua sabedoria.

Todas as coisas que o nosso Pai é, e todas as coisas que ele faz, são gloriosas, excelentes, perfeitas. E quando nós reconhecemos quem ele é, e o que ele faz, então nós o glorificamos, isto é, damos a ele o devido louvor, e honra.

Quando nós vivemos como pessoas que foram tocadas pela sua salvação, pelo seu Espírito, então o nome dele é glorificado em nossas vidas.

A Bíblia fala muito sobre a glória de Deus, nosso Pai.

Mas há dois pontos que eu quero destacar brevemente.

O primeiro, é que, depois que o pecado entrou em nossa história, nós, seres humanos, fomos privados, fomos separados da presença gloriosa de Deus, e por isto também deixamos de manifestar esta glória em nossas vidas.

Pois como escreveu o apóstolo Paulo...

Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.
Mas em segundo, veja o que aconteceu quando o anjo desceu do céu na presença dos pastores: a glória do Senhor brilhou ao redor dos pastores (v. 9).

Depois, no v. 14, a multidão dos anjos cantou:

Glória a Deus nas maiores alturas...
E no v. 20, os pastores, depois de conhecer a Jesus, voltaram para os campos glorificando e louvando a Deus.

O que eu desejo destacar é que, onde o Evangelho da nossa salvação é anunciado, a glória de Deus se manifesta, volta a ser percebida. A glória de Deus resplandece em nossas vidas.

Mais precisamente, Paulo diz que quando cremos no Evangelho, a luz da glória de Deus está resplandecendo em nosso coração.
2ª Co 4:3-6 – 3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto,  4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.  5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.  6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
Note especialmente o v. 6, que fato maravilhoso: assim como lá no início da criação, Deus disse,  “Haja luz”, a houve luz, assim agora, por meio do Evangelho, Deus disse ao nosso coração em trevas:  – Haja luz!; E a luz resplandeceu.

Assim nós vivemos para a glória de Deus.

Deus é glorificado através de vidas livres do pecado, do mundo e do diabo.

Deus é glorificado através de vidas amorosamente consagradas a ele.

Deus é glorificado através de vidas alegres, satisfeitas, cujos lábios dizem: – O Senhor Jesus é o meu pastor; e se eu tenho Jesus, eu tenho tudo o que preciso!

Conclusão

Natal, irmãos, é Evangelho; é boa notícia.

É boa notícia sobre Jesus, o Senhor.

É boa notícia para nós, pois Jesus é o nosso Salvador, o Ungido de Deus para nos perdoar, curar, libertar, restaurar.

É boa notícia que promove a glória de Deus.

Aplicações
1. Creia no amor de Jesus, o Senhor.

Creia no amor de Deus por você. Creia no amor do Espírito Santo. Pois a Santíssima Trindade planejou e realizou tudo o que era necessário para a nossa salvação.

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Creia, pois a fé em Jesus é o meio que Deus estabeleceu para nos salvar.

Fé é uma atitude de confiança no que Deus diz, confiança de que Deus tem bom caráter, que ele não mente, que ele é real, que ele é bom. Fé é a atitude de coração que reconhece com justiça a quem Deus é, e desta maneira o honra e o agrada. Creia em Deus.

2. Viva sem medo

Alguém que contou, disse que esta palavra do anjo aos pastores, “Não temais”, é repetida por Deus nas mais variadas circunstâncias, tempos e lugares na Bíblia, para todo tipo de gente crente, 366 vezes.

Jesus nos diz que não devemos ter medo quanto ao futuro nesta vida, pois o Pai celestial tem cuidado de nós.

Ele diz que não devemos ter medo do Diabo, pois o príncipe deste mundo já está derrotado.

Ele diz que não devemos ter medo da eternidade, pois ele foi para nos preparar um lugar na casa do Pai.

3. Seja feliz

O Evangelho é boa nova de grande alegria. Não existe alegria maior do que a certeza do amor de Deus, de andar na presença de Deus, da certeza do perdão, da salvação, do Espírito Santo sobre nós, nos ungindo com óleo de alegria.

De saber que todos os sofrimentos deste mundo não são nada para se comparar com a glória que há de ser revelada em nós.

De saber que há um dia, preparado por Deus, conquistado pelo sangue de Jesus, garantido pelo Espírito Santo, um dia em que o pecado, de uma vez para sempre, terá ficado para trás.

Que serão enxugadas todas as lágrimas dos nossos olhos. Que as tentações passarão. Que não haverá mais enfermidades, nem dor, nem morte, nem mal de espécie alguma.

E que veremos o nosso Redentor face a face.

4. Viva em paz

Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens, a quem ele quer bem.
Não é sem motivo que o profeta Isaías chama a Jesus de “Príncipe da paz”.

Pois o castigo que nos trás a paz caiu sobre ele, e pelos seus ferimentos na cruz nós fomos sarados.

Então, por meio da fé em Jesus temos paz com Deus.

Temos paz de consciência, e paz uns com os outros.

Viva em paz.

5. Viva para a glória de Deus

Adore ao Senhor na Igreja, como sua grande família.

Mas também glorifique a Deus em tudo o que você faz. Deixe a glória de Deus habitar seu coração. Na família, no trabalho, nos estudos, das diversões, nas férias, em tudo.

Afinal, a razão pela qual você existe é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre.

domingo, 20 de outubro de 2019

Ele nos deu vida - Ef 2:1-10

Terceira IPC de Guarulhos 
Domingo, 13 de outubro de 2019 
Pr. Plínio Fernandes
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,  2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;  3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.  4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,  5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,  6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;  7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.  8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;  9 não de obras, para que ninguém se glorie.  10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
No cap. 11 do Evangelho de João nós temos a narrativa de um dos mais notáveis milagres do nosso Senhor Jesus Cristo.
João nos conta que, certa ocasião, Jesus recebeu a notícia de que um grande amigo seu, Lázaro, irmão de Marta e Maria, estava enfermo.
Dois dias depois, já sabendo que seu amigo falecera, o Senhor, levando consigo os seus discípulos, foi até a pequena aldeia de Betânia, onde moravam os três irmãos.
Ali chegando ele encontrou-se primeiramente com Marta. E fez uma promessa a ela: – “Teu irmão há de ressurgir... Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá, eternamente...”.
E depois, a fim de nos ensinar que estava falando a verdade, dirigiu-se até o túmulo de Lázaro, e ordenou que fosse retirada a pedra que o selava.
E ainda que já fosse o quarto dia depois da morte de Lázaro, a pedra foi tirada.
E Jesus, depois que orou ao Pai celestial ordenou: – Lázaro, vem para fora!
E o morto ressuscitou. Jesus então ordenou que fossem tiradas as faixas e o lençol que envolvia o ressurreto e ele pudesse ir.
Irmãos, assim como a ressurreição de Lázaro, o texto que lemos aqui nos fala do poder de Deus de até ressuscitar os mortos, mas agindo em nossas vidas, a saber, a vida dos que cremos em Cristo Jesus como nosso Senhor e Deus.
Nos vs. 1 a 3 de Efésios 2, o apóstolo Paulo descreve como, de um modo bem real, antes de conhecer a Jesus Cristo, cada um de nós estava espiritualmente morto e sob a condenação de Deus por causa dos nossos pecados.
Depois, do v. 4 ao 6, ele também nos ensina que, por causa do grande amor que Deus tem por nós, apesar de sua justa ira, ele também veio a nós, e por meio de Jesus Cristo nos ressuscitou, nos tirou daquela morte espiritual em que estávamos.
E nos vs. 7 a 10 ele fala dos resultados desta grande manifestação do amor de Deus por nós: agora vivemos.
Eu desejo meditar com vocês a respeito deste assunto maravilhoso, quando, falando através do apóstolo, o Espírito Santo nos ensina que Ele nos deu vida.
Vamos começar então considerando os vs. 1 a 3, onde se diz que nós...
1. Estávamos espiritualmente mortos
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,  2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;  3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.  
Primeiramente notemos, irmãos, que ao referir-se aos seres humanos, Paulo usa pronomes que abrangem todas as pessoas: no v. 1 ele fala “vós”, isto é, os seus leitores.
Depois, no v. 3 ele usa “nós”, referindo-se a si mesmo, aos que estavam com ele, e possivelmente e todo o povo judeu, do qual ele fazia parte, e que foram os primeiros a receber a mensagem do Evangelho.
E no final do v. 3, ele se refere a todos os demais.
Então ele diz que ele, e os seus leitores, e também todos os demais seres humanos, estavam (e muitos ainda estão!), mortos em seus delitos e pecados.
Quando nós lemos isto, claramente entendemos que esta morte da qual Paulo fala aqui não é apenas no sentido físico da palavra, esta morte à qual toda a raça humana foi destinada desde que o pecado entrou no mundo, e com o pecado a morte.
Se os seres humanos estão mortos em delitos e pecados a referencia aqui é à morte no sentido espiritual: mortos em relação à vida espiritual, de comunhão com Deus.
Para ilustrar isto, e entender um pouco mais, eu gostaria de contar uma estória que aconteceu em Manaus alguns anos atrás.
Um missionário holandês, muito querido, chamado Frederico Orr, nos contou que estivera num velório.
E no velório ouviu uma jovem irmã falando do Evangelho de Jesus para um professor ateu, que ali estava.
Enquanto a jovem falava, o professor zombava das ideias da moça; ele simplesmente não conseguia acreditar.
Então o Pr. Frederico, que tinha um modo muito peculiar de impressionar as pessoas com a verdade do Evangelho,  levantou-se, inclinou-se sobre o morto, e batendo palmas perto dos ouvidos do morto, disse: – “Acorde!” E é claro, o morto não acordou. Ele fez isto duas ou três vezes.
E o professor incrédulo, rindo mais uma vez, disse: – Já percebeu que ele não pode te ouvir? Ele está morto.
Ao que o pastor respondeu: – E esta é a razão porque você também não consegue ouvir as verdades que esta jovem está lhe dizendo. Espiritualmente, você está morto.
Este, meus irmãos, é o estado espiritual, por natureza, de cada pessoa que nasce neste mundo. Já nasce espiritualmente morta, por já nascer pecadora.
Esta é a natureza de todos os seres humanos, desde que nossos primeiros pais, Adão e Eva, lá no Éden, tornaram-se pecadores, e passaram esta herança para todos os seus descendentes.
Somos pecadores não somente porque nossos primeiros pais, que diante de Deus representavam toda a humanidade, fracassaram e nós com eles, mas também porque esta natureza inclinada ao mal que eles adquiriam tem passado de pais para filhos, de geração em geração.
Eu não preciso elaborar muito este ponto, pois vocês, sendo seres humanos, sabem isto de experiência própria: já nasceram propensos ao egoísmo, à cobiça, à ira, à inveja, às supertições, à sensualidade e coisas semelhantes a estas.
Todos já nascemos moralmente inclinados para o mal, para a injustiça de todas as formas.
Então Paulo diz que éramos espiritualmente mortos.
Mas não somente isto; no v. 2 ele diz que, uma vez mortos, nós estávamos andando de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora tua nos filhos da desobediência.
Este espírito maligno é aquele anjo caído a quem a Bíblia chama Diabo e Satanás.
Depois, no v. 3, ele diz que naquele tempo em que andávamos de acordo com Satanás, andávamos também fazendo a vontade da nossa própria carne e dos pensamentos.
Em outras palavras, não estávamos somente mortos em relação à voz de Deus, mas escravos do pecado e do Diabo, cujo espírito governava nossa maneira de viver, desde o nosso coração.
Então perceba: por um lado, para com Deus, estávamos mortos: não podíamos falar com Deus, não podíamos ouvir a Deus, não podíamos andar com Deus nem fazer a sua vontade. Podíamos até ser religiosos, mas éramos escravos de falsas ideias religiosas.
E escravos de Satanás, do pecado e do mundo.
Resultado? Também estávamos condenados;  v. 3 – éramos, “por natureza, filhos da ira”.
O cap. 5:5 e 6 nos ajuda o entender um pouco mais o que significa ser “filho da ira”.
Ef 5:5,6 – Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.  6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
Estar sob a ira de Deus é estar fora do reino de Cristo, é estar condenado a viver governado pelo Diabo e pelo pecado.
Ou como Paulo diz em outro lugar: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.[1]
Mortos em relação a Deus. Escravizados ao mundo, ao Diabo e ao nosso próprio pecado. Condenados.
Totalmente incapazes de nos voltar para Deus, de nos arrependermos, de crermos, de mudar de vida, de salvar-nos desta morte.
Veja o veredito de Deus sobre as nossas melhores obras, neste estado de pecado.
Is 64:6 – Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.
A esta completa incapacidade, em que tudo o que fazíamos era contaminado pelo pecado, nós chamamos “depravação total”. Também poderíamos chamar incapacidade total. Nada podíamos fazer para nos salvar.
Mas irmãos, que mensagem maravilhosa é o Evangelho. Porque, primeiramente, o Evangelho nos fala da nossa condenação.
Mas esta não é a mensagem toda. O Evangelho que diz que estávamos mortos, o Evangelho que diz que Deus estava irado conosco por causa dos nossos pecados, também diz que Deus nos amou.
2. Mas Deus nos ressuscitou
vs. 4-7 – Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,  5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, -- pela graça sois salvos,  6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;  7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.  
No livro dos salmos há um versículo que diz assim a respeito de Deus, em seu amor por seus escolhidos: “A sua ira não passa de um momento, mas o seu favor dura a vida inteira”.[2]
No começo da nossa meditação eu disse que, assim como o Senhor Jesus levantou a Lázaro de entre os mortos, agora também o Pai nos levantou a nós, que estávamos espiritualmente mortos.
Mas aqui Paulo está indo muito além, ao nos ensinar como isto aconteceu: quando Jesus morreu na cruz, ele estava morrendo por nós. E quando Jesus ressuscitou, nós fomos ressuscitados com ele.
Ele já havia falado algo a respeito em sua oração no cap. 1.
Ef 1:19-20 – ... iluminados os olhos do vosso coração para saberdes... 19 qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder;  20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais...
O poder com o qual Deus nos ressuscitou é o mesmo com o qual ele agiu na ressurreição de Cristo.
E assim, se de um lado, a morte de Adão foi a nossa morte também, a ressurreição de Cristo também foi a nossa ressurreição. Não apenas no sentido de que Cristo nos representou diante de Deus, morrendo a nossa morte, e ressuscitando, mas nos outorgando verdadeira vida espiritual, de comunhão com o Pai celestial.
Agora estamos vivos. Agora Deus nos tirou daquela horrível situação em que não o conhecíamos. Não somos mais escravos do mal. Não estamos mais condenados. Estamos salvos.
Mas veja também as palavras usadas para descrever o coração de Deus em relação aos seus eleitos; o que motivou o Senhor a nos salvar:
v. 4 – Deus é rico em misericórdia, isto é, ele tem prazer em nos aliviar das nossas misérias: dos castigos que nós merecíamos por causa do nosso pecado e desobediência.
v. 4 – Deus nos amou com grande amor.
Aliás, meus irmãos, a Bíblia não poupa palavras para descrever o amor de Deus por nós:
Em Jeremias 31:3 ele diz que nos amou com amor eterno.
Em João 17:23 ele diz que somos amados da mesma maneira que o Pai ama o seu Filho Jesus.
Romanos 5:8 diz que Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de haver Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
v.7 – Fala do propósito que Deus tem, de mostrar através dos séculos vindouros, isto é, através da eternidade, a bondade dele para conosco.
Deus é misericordioso, Deus nos ama, Deus é bom. Estas coisas podem ser resumidas numa pequena, mas grande, profunda, larga, maravilhosa palavra: graça.
v. 8 – Pela graça sois salvos...
Assim como cada um de vocês, crentes em Jesus, sabe por experiência própria, o que é ser pecador, sabe também por experiência própria, o que é ouvir a voz de Deus dizendo: – “Levanta-te de entre os mortos!”
As circunstâncias externas são as mais variadas. Há pessoas que ouvem a pregação do evangelho vinda de um púlpito, e aí ouvem a voz de Deus. Há pessoas que ouvem através de uma conversa amiga. Há pessoas que ouvem quando um dia estão lendo a Bíblia, ou um livro.
Eu conheço algumas pessoas que ouviram através de um hino.
Estou pensando num querido irmão, que um dia, em sua incredulidade, passou na frente de um templo, e lá dentro ouviu um menininho cantando.
Foi na cruz, foi na cruz, que um dia eu vi
Meu pecado castigado em Jesus
Foi ali, pela fé, que os meus olhos abri,
E hoje salvo me alegro em sua luz
E através disto Deus falou com ele. Meu querido amigo “ressuscitou dentre os mortos”.
Agora, sabe o que acontece quando um morto ressuscita? Ele ouve. Não tem como não ouvir. Ele enxerga. Não tem como não enxergar. Ele não consegue deixar de ouvir, de ver, de andar, de falar.
Por isto nós dizemos que a graça de Deus é irresistível. Ela é infalível. Isto é o que chamamos “graça irresistível”.
O que acontece quando esta graça irresistível nos alcança?
3. Agora estamos vivos
Vejamos os vs. 8-10
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.  10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Primeiramente, agora temos fé.
Veja, a fé não é uma graça que nos era própria. Estávamos espiritualmente mortos, e morto não tem fé. Mas precisávamos crer em Deus para receber a salvação.
Então Deus nos ressuscitou e nos deu fé.
A fé, ele diz, não vem, de vós, é dom de Deus. E se Deus te dá fé, você não consegue deixar de crer.
Além disto, Paulo escreve: pela graça sois salvos.
Agora estamos salvos da morte em pecados.
Estamos livres da escravidão ao mal.
Estamos livres da ira de Deus.
E por último, agora sim, podemos viver na prática da vida que Deus desejou para nós.
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras: obras de amor a Deus e ao nosso semelhante. Obras que são resultado do amor de Deus em nossos corações. Da fé em Jesus. Da vida de Deus em nossa vida.
E veja o resultado desta vida de boas obras:
Mt 5:13-16 – Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.  14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;  15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.  16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Nossas obras, fruto da fé em Jesus, de nossa ressurreição e união espiritual com ele, já não são mais “trapos imundos”. Glória somente a Deus
Conclusão
Em teologia, nós usamos estas duas frases para descrever duas verdades sobre a nossa eterna salvação.
A primeira delas refere-se à nossa total incapacidade de salvar a nós mesmos. A nossa vida não era vida: éramos mortos ambulantes. Incapazes. Depravados. A isto chamamos “depravação total”.
Mas a segunda destas frases descreve a graça de Deus agindo em nós, tirando-nos deste estado de morte, livrando da escravidão e da condenação, de modo que agora estamos vivos. A isto chamamos “graça irresistível”.
Aplicações
Queridos irmãos, crentes em Jesus, agora nós estamos vivos. Estamos vivos espiritualmente porque Deus nos ama.
Pensemos nalgumas implicações desta doutrina.
Que toda a nossa confiança esteja somente em Deus, para todas as coisas, iniciando com a nossa própria eterna salvação: não confiamos em nossas próprias obras, em nossos próprios esforços, em nossos próprios méritos. Confiemos em Jesus.
Saibamos que Deus, que é justo, e estava justamente irado conosco, também nos amou, teve misericórdia, e na cruz de seu Filho Jesus provou este amor.
Confiemos no amor de Deus.
E agora, ressurretos, vivamos para a glória de Deus. Agora, ainda que sejamos pecadores, o Senhor não mais considera nossas obras como um “trapo de imundície”, mas como boas obras, pois feitas pela fé, de acordo com sua Palavra, com amor, por gratidão àquele que nos salvou, e para a sua glória.
Vivamos esta vida abundante que Jesus veio nos dar por sua morte na cruz. Vivamos com fé, alegria, com humildade certeza de nossa salvação, do perdão dos pecados, de aceitação na presença de Deus.
Ef 5:14-16 – Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.  15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,  16 remindo o tempo, porque os dias são maus.
Mas eu não posso concluir nossa meditação sem dizer que esta graça é oferecida a todos. Por isto eu quero dizer a você que ainda não conhece esta tão grande salvação: você deseja conhecê-la? E se deseja, não será isto a evidência de que a Palavra de Deus está provocando anseios espirituais em você? Se for assim, venha a Cristo por meio da fé.
A promessa dele é que se você buscá-lo, você o encontrará. Eu desejo encerrar com as palavras de Jesus no Evangelho de João.
Jo 5:24, 25 – Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.  25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
Você está ouvindo Deus falar com você, na pregação do Evangelho? Então, levante-se de entre os mortos. Creia em Jesus, e viva.



[1] Rm 3:23
[2] Sl 30:5
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