Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 25 de junho de 2017

Servo bom e fiel - Mt 25:14-30

IPC de Pda de Taipas
Domingo, 25 de junho de 2017
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler Mateus 25:14-30
14 Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.  15 A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.  16 O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.  17 Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.  18 Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.  19 Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.  20 Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.  21 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  22 E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.  23 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  24 Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, 25 receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.  26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?  27 Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.  28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. 29 Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.  30 E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Intr.
Os capítulos 24 e 25 aqui do Evangelho de Mateus contém um sermão escatológico do nosso Senhor Jesus, isto é, um sermão em que ele nos ensina como serão os últimos dias, e o fim da história tal como a conhecemos agora.
Nós, os cristãos, de acordo com o ensino bíblico, cremos que há um dia, determinado por Deus Pai, em que o próprio Senhor Jesus voltará para julgar o mundo, pôr fim a todas as formas de pecado e maldade, e estabelecer um mundo renovado; novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça[1].
Nestes dois capítulos Jesus está nos ensinando sobre a sua vinda. Ele virá do céu pessoalmente, da mesma forma como subiu ao céu depois de sua ressurreição[2]. Estará cercado de seus anjos, em grande esplendor e glória, e todos os homens estarão diante dele.
Não somente os vivos, mas também os que estiverem mortos. Estes, serão chamados de seus túmulos, ou de onde quer que estejam[3].
Assim como Jesus disse ao irmão de Marta e Maria, que já estava morto e sepultado havia quatro dias: – “Lázaro, sai para fora”, e Lázaro reviveu[4], assim também ordenará que todos os mortos compareçam à sua presença.
Assim como no princípio da criação, quando Deus disse: –“Haja...”, e todas as coisas, do universo, “do nada” foram sendo trazidas à existência, apenas pelo poder de sua Palavra[5], pelo mesmo poder todos os que tiverem voltado ao pó, do pó tornarão.
Então, todos os seres humanos, de todos os tempos, de todos os lugares, comparecerão perante o tribunal de Cristo, e receberão o seu veredito a respeito de suas vidas.
Os que forem considerados justos, isto é, os escolhidos de Deus, que viveram com fé em Jesus, com amor para com o próximo, que perseveraram na prática do bem, com os olhos na eternidade, receberão a recompensa da vida eterna. Os que forem considerados injustos receberão o castigo eterno.
Diante disto, o Senhor conta uma série de quatro parábolas nas quais ele nos admoesta a que não vivamos de modo tolo, mas que sejamos sábios e nos preparemos para o dia da sua vinda.
O texto que lemos hoje contém a última destas quatro parábolas, que é conhecida como “A parábola dos talentos”.
Nela, o Senhor fala de um homem rico que saiu para uma longa viagem. Antes de sair, ele chamou três dos seus servos, e colocou certa quantia em dinheiro sob os cuidados de cada um.
O primeiro recebeu cinco talentos. O segundo, dois talentos, e o terceiro, um talento. Cada talento era uma quantia de dinheiro, normalmente em moedas de ouro ou de prata.
Os primeiros dois servos, tão logo o senhor se ausentou, puseram-se a trabalhar, e multiplicaram por dois os talentos a eles confiados.
Quando o senhor voltou, apresentaram os resultados do seu trabalho. E o senhor respondeu a cada um deles:
– Muito bem, servo bom e fiel. Você foi fiel no pouco. Então posso confiar em você para coisas maiores. Vamos comemorar juntos.
Mas o terceiro servo, na ausência do seu senhor, enterrou o seu talento e entregou-se à ociosidade.
Então, na volta do senhor, “inventou uma desculpa” pela sua negligência:
– Senhor, eu sei que o senhor é um homem severo. Que colhe onde não plantou, que ajunta onde não espalhou. Então fiquei com medo, e escondi na terra o talento que o senhor me deu para cuidar. Aqui está de volta.
Você vê: ele não quis trabalhar. Então não fez nada. E ainda tentou jogar a culpa de sua preguiça sobre o seu senhor: “Tu és severo. Tu colhes onde não plantaste”; em outras palavras, “tu és injusto”.
E o senhor, respondendo ao insensato de acordo com a sua insensatez[6], então disse:
Servo mau e negligente. Se você sabe que eu sou desse jeito, porque nem ao menos se deu ao trabalho de colocar o meu dinheiro no banco? E assim, ao voltar eu receberia o que é meu com juros.
Então ordenou que o talento lhe fosse tirado, e entregue ao que tinha dez; e ao servo inútil, que fosse lançado para fora, na escuridão.
Como eu já disse, esta parábola foi contada por Jesus como uma ilustração que ensina que devemos estar preparados para o dia da sua volta.
Naquele dia, os servos inúteis serão lançados fora da presença de Jesus; serão lançados nas trevas.
Mas, ao contrário destes, muitos ouvirão palavras de imensa alegria.
vs. 21 e 23:
Bem está, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor (A NVT traduz: “Venha celebrar comigo”, isto é, “Vamos comemorar”).
Estão entre as coisas mais doces que o crente em Jesus anela ouvir do Senhor seu Deus. Você quer ouvi-las quando Jesus vier?
Se você e eu queremos ouvir ouvi-las naquele dia, é necessário que as ouçamos desde agora.
Vamos, pois, meditar nesta bela descrição que Jesus faz, daqueles de quem o senhor se agradou ao voltar: servo bom e fiel. O que ela deve despertar em nós?
1. A consciência de que somos servos, e Jesus é nosso Senhor e Deus
O terceiro homem desta parábola, o que foi lançado nas trevas da noite, no v. 30, é chamado “servo inútil”, isto é, “servo que não serve”, e servo que não serve não é servo.
Uma característica dos que são eleitos por Deus para a vida eterna é que eles têm consciência de que são servos de Deus.
Veja, por exemplo, a maneira como Paulo inicia suas cartas aos romanos: “Paulo, servo de Jesus Cristo...”. Aos filipenses: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”. A Tito: “Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus...”.
Veja a maneira como Tiago começa sua carta: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo...”.
E Judas: “Judas, servo de Jesus Cristo...”.
O que é um servo?
A palavra grega (doulos) também pode ser traduzida como “escravo”. É uma pessoa que vive, não para si mesma, mas para outra. O servo é um homem que vive para o seu senhor. No seu dia a dia ela busca, em primeiro lugar, não fazer a sua própria vontade, mas a do seu senhor; não cuida primeiramente dos seus próprios bens (quando os possui), não cuida de sua própria vida, mas primeira e principalmente, cuida dos interesses do seu senhor.
Como José, no Egito, um escravo que cuidava das coisas da casa de seu senhor Potifar[7].
Ora, os crentes em Jesus tem exatamente esta postura diante dele: eu sou seu servo, e ele é o meu Senhor.
Vamos ler Romanos 14:7-9:
Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.  8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.  9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.
Aqui no cap. 14 de Romanos, Paulo está ensinando que nós, servos de Deus, não devemos nos julgar uns aos outros. No v. 4, ele pergunta: – “Quem és tu, que julgas o servo alheio?” (isto é, os servos de Deus).
É neste contexto que ele nos diz então que todos somos servos de Deus.
Sendo assim a grande característica que distingue a nossa vida é que não vivemos para nós mesmos. Nem quando morrermos será para o nosso próprio benefício. Ainda que a nossa vida seja muito boa e feliz, não vivemos primariamente para nós mesmos.
Quer, pois, vivamos, quer morramos, somos do Senhor, e vivemos para o Senhor, para a vontade dele, isto é, para conscientemente, fazer a vontade dele.
Foi para isto que Jesus Cristo deu a sua vida, ele diz no v. 9, e ressurgiu, para ser o Senhor, tanto dos que estão vivos, como daqueles que já morreram (e agora estão no céu[8]).
Assim sendo, em nosso dia a dia, em todas as coisas, o nosso primeiro compromisso é com o Senhor Jesus, com a vontade dele, com os mandamentos dele, com os ensinos dele, com a honra dele.
Vivemos para realizar os negócios dele, com os “talentos” dele (isto é, os recursos que ele tem colocado em nossas mãos).
Desta perspectiva, entendemos então que nada nesta vida pertence a nós mesmos: nossos bens materiais não são nossos, tudo vem das mãos dele[9]. O dinheiro em nossas mãos não é nosso, mas dele é o ouro e a prata[10], e devemos usar de acordo com a vontade dele.
Nosso cônjuge não é propriamente nosso, mas pertence ao Senhor, e devemos cuidar para o Senhor. Por isto, assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, assim também o marido crente deve cuidar bem da esposa, para que ela seja santificada para Deus[11].
Nossos filhos são herança do Senhor[12], foram gerados para Deus, e pertencem a Deus[13],
Nosso tempo neste mundo pertence a Deus. Não há como acrescentar um côvado à nossa existência aqui[14].
Nossos dons espirituais, nossas capacidades naturais, nossa inteligência, nosso coração, nada é para nós, tudo é para Deus[15].
Não é sem razão que os “milhões de milhões e milhares de milhares” de seres espirituais que João viu diante do trono de Deus, proclamam em grande voz que Jesus, o Cordeiro que foi morto para a nossa redenção, é “digno... de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” [16].
O crente é alguém que vive guiado pela consciência de que é um servo de Deus.
Mas não é uma servidão involuntária, irritada, obrigatória, sem alegria e sem disposição do coração.
Veja: quando dizemos que uma pessoa é serva de outra, no mais comum das vezes entendemos que esta servidão não é porque o servo desejou assim.
Nos tempos bíblicos, havia várias circunstâncias em que era possível um homem se tornar servo de outro: por exemplo, quando era vencido numa guerra, ou quando tinha uma dívida que não pudesse pagar. Neste último caso, a lei mosaica previa que o devedor se tornaria servo do seu credor, ou poderia ser comprado por um terceiro que pagaria a sua dívida. O servo então trabalharia por um período de seis anos, ganhando apenas metade de uma diária de serviço[17].
Na maior parte das vezes, a servidão então era involuntária, forçada.
Mas no caso dos servos de Jesus Cristo, não é assim. Reconhecer-se servo de Jesus é mais que uma obrigação. É uma alegria.
E isto nos leva à segunda característica mencionada pelo senhor na parábola:
2. Servo bom
É assim que o senhor o descreve primeiramente.
Esta palavra, bom, significa alguém “de boa constituição ou natureza, útil, saudável, agradável, amável, alegre, feliz, excelente, distinto, honesto, honrado” [18]. No contexto, significa alguém que agradou ao seu senhor, porque fez o melhor, porque fez com prazer e amor.
Eu já mencionei que, na lei mosaica, quando um homem se tornava devedor, e não tivesse recursos, ele pagaria sua dívida tornando-se servo do seu credor por um período de seis anos, ao fim dos quais deveria ser libertado.
Mas a mesma lei também fazia uma provisão para o caso de, terminados os seis anos, ainda assim o homem desejasse continuar servindo o seu senhor.
Vamos ler Deuteronômio 15:12-17:
Quando um de teus irmãos, hebreu ou hebreia, te for vendido, seis anos servir-te-á, mas, no sétimo, o despedirás forro.  13 E, quando de ti o despedires forro, não o deixarás ir vazio.  14 Liberalmente, lhe fornecerás do teu rebanho, da tua eira e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR, teu Deus, te houver abençoado, lhe darás.  15 Lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito e de que o SENHOR, teu Deus, te remiu; pelo que, hoje, isso te ordeno.  16 Se, porém, ele te disser: Não sairei de ti; porquanto te ama, a ti e a tua casa, por estar bem contigo, 17 então, tomarás uma sovela e lhe furarás a orelha, na porta, e será para sempre teu servo; e também assim farás à tua serva.
Veja: os hebreus não podiam maltratar aos seus servos, como os egípcios haviam feito antes com eles. Ao contrário, eles deveriam tratá-los bem, e quando chegasse o tempo da libertação, que seria ao final de seis anos, não poderiam ser despedidos de mãos vazias, mas deveriam ser despedidos na posse de gado e alimentos, para que tivessem com o que “recomeçar a vida” fora da casa do seu senhor.
Mas havia casos em que uma pessoa poderia continuar sendo serva de seu senhor, motivada pelo amor, pela gratidão, por estar bem com ele. O servo dizia: – “Não irei embora, mas quero servir-te para sempre”.
Se este fosse o caso, havia uma cerimônia que oficializaria e concretizaria este desejo: o senhor tomaria uma sovela (é um instrumento pontiagudo, utilizado pera perfurar couro), e perfuraria a orelha do servo, contra a porta da casa.
Esta era a marca da servidão voluntária, motivada pelo amor[19].
Já lemos em Romanos 14, que foi para este fim que Jesus morreu e ressuscitou, isto é, para que sejamos seus servos.
Mas não uma servidão obrigatória: é uma servidão de amor. Vamos ler 2ª aos Coríntios 5:14 e 15:
 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.  15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
A palavra constranger aqui tem um sentido positivo; significa que o amor de Cristo "me cerca por todos os lados, de maneira que eu não posso escapar". Na verdade, eu não desejo escapar deste amor.
Então, constrangido por este amor eu entendo que, se Jesus morreu por mim, significa que ali na cruz eu morri. E agora então eu já não vivo para mim mesmo, mas vivo para aquele que por mim morreu e ressuscitou.
Crentes em Jesus não servem a Deus porque têm “medo do fogo do inferno”, ou “das trevas exteriores”, mas servem motivados pelo amor. Porque sabem que na cruz o Senhor cancelou suas dívidas para com a justiça de Deus[20], e os libertou do poder de seus pecados[21].
Então, livres do domínio do pecado, eles alegremente se entregam ao Senhor, como instrumentos de justiça[22].
Crente em Jesus, sirva a Deus em cada área de sua vida. Em sua casa, no relacionamento com a esposa, seja um servo de Deus na vida dela: trate sua esposa como o amor que vem de Deus ao seu coração. Com amizade, companheirismo, discernimento de que ela deve ser bem cuidada[23]. Buscando o crescimento dela no conhecimento de Deus. Até nas relações íntimas, seja cuidadoso, carinhoso, pensando em promover segurança alegria e prazer; busque o bem estar de sua esposa[24]. É assim que convém a um servo de Deus.
Esposas, de modo semelhante, cuidem bem de seus maridos. Sejam amigas, companheiras, boas donas de casa, respeitem seus maridos, sejam submissas a eles, sejam dedicadas aos filhos, amigas deles. É assim que convém a servas de Deus. É assim que o Evangelho de Jesus é honrado diante do mundo[25].
Não provoquem seus filhos à ira, mas criem-nos como discípulos do Senhor[26].
Filhos, honrem seus pais: com palavras, com obediência, servindo[27].
Em seu trabalho secular, viva para servir a Deus. Seja você líder ou liderado, trabalhe com prazer, sirva com prazer, com alegria, motivado pelo amor ao Senhor. Faça sempre o melhor[28].
Na igreja, veja quantas oportunidades você tem de demonstrar amor a Deus: servindo com seus dons, cooperando financeiramente, participando das atividades para o crescimento do reino de Deus, convivendo em amor com seus irmãos.
Vocês, que são oficiais, têm o privilégio não apenas de serem considerados líderes, mas de servirem de bom exemplo para os demais[29].
Enfim, em todas as coisas, sejam servos de Deus que o amam.
3. Servo bom e fiel
A terceira palavra que descreve o crente em Jesus, aqui nesta frase, é fiel. Ela tem o sentido de "confiável, que cumpre com os seus compromissos".
Ao contrário do que fez o servo mau e negligente. Você já viu uma pessoa assim? Que você incumbiu de uma tarefa, e depois esta pessoa inventa um coisa qualquer e não cumpre sua obrigação, ou não faz o que se comprometeu?
Servos de Deus não devem ser pessoas irresponsáveis diante de seus deveres com a família, com o trabalho ou com a igreja. Não são irresponsáveis em qualquer área de suas vidas. Pois cada área de suas vidas pertence ao Senhor.
Eu quero apenas mencionar a fidelidade em três aspectos do que venho dizendo.
Fidelidade no serviço da igreja – 1ª Co 4:1,2
1Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.  2 Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.
Aqui, ser um despenseiro fiel significa cumprir com fidelidade o ministério que o Senhor lhe designou.
Fidelidade conjugal – Ml 2:13-16
13Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão.  14 E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.  15 Não fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.  16 Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.
Interessante, amados, é que até mesmo o divórcio é visto aqui como uma forma de infidelidade, pois é uma quebra de todos os compromissos feitos na presença de Deus.
Fidelidade no falar – 2ª Co 1:20
Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não.  
No contexto, Paulo explica que no Filho de Deus, Cristo Jesus, todas as promessas de Deus são confirmadas em nossa vida. E se Deus é um Deus de Palavra, que cumpre suas promessas, assim também os servos de Deus não são homens de palavra duvidosa, mas gente em que se pode confiar.
Foi por isto também que Jesus disse que por suas palavras você será justificado, ou será condenado[30].
Ser um servo bom e fiel a Deus significa, em todas as áreas de nossa vida, viver de acordo com os compromissos que ele requer de nós.
Conclusão e aplicação
Na parábola dos talentos, Jesus fala de um servo que não serviu. A desculpa é que ele achava o seu senhor um homem severo e injusto. Há muitas pessoas que são assim. Acham os mandamentos de Deus pesados, ruins, acham as coisas de Deus enfadonhas. Não querem servir a Deus.
Preferem a ociosidade espiritual. Mas sabe, as pessoas que pensam assim de Deus, os que não obedecem ao Evangelho[31], serão tratadas com severidade, como este servo mau que foi lançado nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.
Mas os que obedecem ao Evangelho, Deus revela sua bondade, na cruz de Jesus Cristo.
Os que, conscientes do que foi realizado na cruz, convertem-se a Deus, e passam a ser seus servos motivados pelo amor, receberão a recompensa por terem sido fiéis no pouco: serão colocados sobre o muito, o reino de Deus, na vinda de Jesus.
Então se prepare para este dia: você é um marido fiel? Uma esposa fiel? Você é fiel aos seus pais? Aos seus filhos? Você é fiel no seu trabalho? É fiel na igreja? Você é fiel nas suas palavras? Você é fiel a Deus? Pois, pelo poder da cruz agindo em sua vida, bondade e fidelidade é o que Deus deseja de você.


[1] 2ª Pe 3:13
[2] Também At 1:1-11
[3] Também Ap 20:11-15
[4] Jo 11:43, 44
[5] Gn 1:1-25
[6] Pv 26:5
[7] Gn 39
[8] Fp 1:23
[9] 1º Cr 29:12
[10] Ag 2:8
[11] Ef 5:22-33
[12] Sl 127:3
[13] Ez 16:20 e 21
[14] Mt 6:27
[15] 1ª Co 4:7
[16] Ap 5:9-12
[17] Dt 15:18
[18] Dicionário de Strong.
[19] À luz disto, me parece que a melhor tradução do Salmo 40, v.6, é a da versão Almeida Revista e Corrigida, onde o servo diz assim ao Senhor seu Deus: “furaste as minhas orelhas”, isto é, “sou teu servo, estou aqui para fazer a tua vontade, movido pelo amor”. As outras versões em português dizem: “abriste os meus ouvidos”, isto é, para eu ouvir a tua palavra.
[20] Cl 2:13-15
[21] Ef 1:7
[22] Rm 6:10-13
[23] 1ª Pe 3:7
[24] 1ª Co 7:1-5
[25] Tt 2:3-5
[26] Ef 6:4
[27] Ef 6:1-3
[28] Ef 6:5-9
[29] 1ª Tm 3:1-13
[30] Mt 12:37
[31] Rm 11:22

domingo, 18 de junho de 2017

Os familiares de Jesus - Mt 1:24, 25

Pr. Plínio Fernandes
Mt 1:24, 25

24 Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher.  25 Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.
Mateus 1:18 nos diz que Maria estava desposada com José, quer dizer, era sua noiva prometida em casamento.
Mas conforme o cap. 1 do Evangelho de Lucas nos informa, Maria foi passar uns tempos na casa de sua prima Isabel, que ficava nas montanhas, e quando voltou estava grávida, de pelo menos três meses.
Diante disto, José resolveu romper o contrato de noivado, mas secretamente, para que Maria não fosse difamada.
Mas um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, e o tranquilizou, dizendo que ele não fizesse isto, mas que recebesse Maria como sua esposa, pois o bebezinho que ela estava esperando havia sido gerado pelo Espírito Santo de Deus, e este menino seria Deus entre os homens, trazendo salvação, o perdão dos pecados do seu povo.
Os vs. 24 e 25 nos contam que, em obediência à palavra de Deus que lhe foi dada através do anjo, José recebeu Maria como sua mulher.
No entanto, mesmo sendo já sua esposa, aos olhos da lei, eles não consumaram a relação conjugal enquanto Maria não deu luz o seu filho.
Entre outras coisas, o texto está nos dizendo que, depois disto, o relacionamento conjugal entre José e Maria passou a ser o comum entre os casais.
E mais tarde a Bíblia também nos mostra que deste relacionamento houve os frutos da bênção que Deus colocou sobre a humanidade desde o Jardim do Éden, isto é, eles tiveram filhos.
Nós não temos um texto na Bíblia que tenha como alvo principal o falar sobre a família terrena de Jesus, especialmente seus irmãos.
Temos textos em que eles aparecem incidentalmente, pois faziam parte da cena como um todo.
Mas mesmo assim, creio que há lições importantes que podemos aprender com os poucos registros sobre eles.
Então desejo ler com os irmãos os textos que citam a família do Senhor, e depois destacar algumas breves lições para nós.
Os textos que nos falam dos irmãos de Jesus
Os filhos de José e Maria são chamados especificamente pelos nomes em dois textos: Marcos 6:3 e Mateus 13:55, 56. Os dois textos são paralelos. Eles nos dizem que Jesus estava na cidade de Nazaré, onde crescera.
Era um sábado. Ele entrou na sinagoga, e como era já conhecido como um pregador da Palavra de Deus, foi-lhe dada oportunidade.
Então ele leu o profeta Isaías, e começou a dizer que era o Cristo prometido nas profecias (Cf. Lucas 4:16 e segs.)
A reação das pessoas está descrita aqui Mc 6:3
Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
O sentido óbvio deste texto é no sentido de que estas pessoas aqui mencionadas são irmãos de Jesus, filhos de Maria. O texto paralelo em Mateus nos diz que o Senhor Jesus era filho do carpinteiro.
Agora, em João 7:5, nós lemos que, durante certo tempo, não somente os concidadãos, mas também os próprios irmãos de Jesus nutriam este sentimento de incredulidade em relação a ele.
Jo 7:1-5
Passadas estas coisas, Jesus andava pela Galiléia, porque não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá-lo.  2 Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima.  3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.  4 Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.  5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.
Os irmãos percebem o tom de provocação nas palavras dos irmãos de Jesus.
Acho que isto em grande parte era por causa da familiaridade: imagine que você crescesse ao lado de um irmão que, embora fosse sempre uma pessoa de boa índole, você sempre tivesse conhecido como seu irmão, de carne e osso, filho de seus pais.
E de repente, por volta dos trinta anos de idade, este irmão começa a dizer que ele é o Cristo, enviado por Deus para a salvação do mundo.
Penso que não é sem motivo que a certa altura os parentes de Jesus chegaram a pensar que ele estava fora de si (Mc 3:21).
Mas depois, tudo aconteceu como Jesus realmente dissera:
Ele foi a Jerusalém, foi crucificado e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao céu, diante de dezenas de pessoas, ordenando que ficassem em Jerusalém até que a promessa do Pai, o Espírito Santo, viesse sobre eles.
E os discípulos ficaram na cidade, como Jesus ordenou.
E Maria, e os irmãos de Jesus, estavam entre os que ficaram em Jerusalém, aguardando a promessa do Pai.
At 1:14
Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.
Exatamente quando se deu esta mudança a Bíblia não diz.
Mas em 1ª Co 15:7 Paulo escreve que depois de sua ressurreição, além dos doze, Jesus apareceu a muitos outros discípulos, e também para Tiago.
Dificilmente Jesus deixaria de se manifestar a Maria, a sua mãe a quem ele tanto amava, e aos seus irmãos.
Pode ser que Tiago tenha vindo a crer depois que Jesus ressuscitou; pode ser que tenha sido antes.
Mas o fato é que os irmãos de Jesus, assim como Maria, estavam lá, no dia do Pentecostes, quando o Espírito Santo foi enviado do céu.
E em 1ª Co 9:5 nós lemos que, assim como os apóstolos, eles se tornaram pregadores do Evangelho
1ª Co 9:3-5
3 A minha defesa perante os que me interpelam é esta: 4 não temos nós o direito de comer e beber?  5 E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?
E dos quatro irmãos do Senhor, Tiago, que pela ordem em que os nomes aparecem na Bíblia, deve ser o mais velho, tornou-se uma das pessoas mais proeminentes.
Vamos ler Gl 1:18, 19
 18 Decorridos três anos, então, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e permaneci com ele quinze dias; 19 e não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor.
Paulo está escrevendo sobre os primeiros contatos que teve com os crentes de Jerusalém, depois de sua conversão.
Foi nesta ocasião que se encontrou com Tiago, que estava entre os apóstolos.
Gl 2:9
E, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão
Tiago reputado, junto a Cefas (Pedro) e João, coluna da igreja em Jerusalém.
E este reconhecimento era algo que já vinha desde os primeiros dias:
Voltemos a Atos 12:16, 17
Entretanto, Pedro continuava batendo; então, eles abriram, viram-no e ficaram atônitos.  17 Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e acrescentou: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, retirou-se para outro lugar
No contexto anterior nós lemos que o rei Herodes havia mandado matar o apóstolo Tiago, irmão de João, e isto agradou o povo.
Então Herodes também mandou prender a Pedro, com o mesmo propósito.
Mas a igreja se dedicou a orar em favor de Pedro, e ele foi liberto, de modo miraculoso.
E quando se viu livre, uma das primeiras preocupações de Pedro era que Tiago fosse avisado. Isto já nos dá um pequeno vislumbre a importância de Tiago para Pedro.
A próxima referência é Atos 15, que relata a reunião de apóstolos em presbíteros em Jerusalém, para resolver uma controvérsia doutrinária: sobre como deveriam se comportar os gentios convertidos a Jesus.
 E a pessoa chave na solução da controvérsia foi Tiago.
At 15:13 (e segs.)
Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras:...
Depois o texto segue dizendo que ele expos os fatos à luz das escrituras, fez uma proposta no sentido de que fossem enviadas cartas às igrejas dos gentios esclarecendo a questão, a sua proposta foi aceita e seguida.
A última referência que temos de Tiago em Atos está no cap. 21
At 21:17-19
17 Tendo nós chegado a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria.  18 No dia seguinte, Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros se reuniram.  19 E, tendo-os saudado, contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério.
E depois que Paulo conta sobre o desenvolvimento de seu ministério, os irmãos, sob a liderança de Tiago, dão instruções sobre como ele deveria se conduzir em Jerusalém, para dirimir algumas dúvidas e cessar rumores contra ele que circulavam por ali.
De fato, Tiago era uma das colunas da igreja, como disse Paulo.
Eu quero ler apenas mais duas referências com os irmãos:
Tg 1:1
Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações
No tempo em que esta carta foi escrita, muitas pessoas estavam distorcendo a doutrina da salvação pela fé, e dizendo que independente do nosso comportamento, basta que tenhamos fé em Jesus, e estamos salvos.
Então esta carta foi escrita para dizer que a verdadeira fé em Jesus nos leva a uma vida de boas obras.
Bem, a esta altura da história, só havia um Tiago na igreja que bastava dizer o seu nome para as pessoas saberem de quem se tratava, e era Tiago, o irmão do Senhor.
Esta é uma das várias razões pelas quais desde os tempos mais antigos a igreja entende que foi ele que escreveu esta carta.
Mas veja como ele se apresenta: Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo.
A outra referência que eu quero citar é Jd 1:1, 2
Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, 2 a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicado.
Da mesma forma que Tiago, Judas escreveu para combater a falsa doutrina que destrói a graça, colocando em seu lugar uma vida sem lei para com Deus.
E Judas se apresenta como irmão de Tiago: da mesma forma, só havia um Tiago que poderia ser conhecido apenas pelo citar do seu nome.
E só há um lugar na Bíblia em que temos dois irmãos com estes nomes: é aquele em que são citados os nomes dos irmãos de Jesus.
Depois disto, a Bíblia não nos fala mais sobre os irmãos do Senhor. Eles são citados pelos historiadores como homens santos, dedicados à pregação e à oração.
E no decurso da história posterior, seus nomes desaparecem.
Não sabemos quem foram seus descendentes.
2. As lições que desejo destacar
1. A santidade do trabalho, mesmo os mais simples.
Jesus era carpinteiro. José, o pai de Jesus, era carpinteiro. Era um costume na antiguidade, o de os pais ensinarem sua profissão aos filhos, e assim se passava de geração em geração.
Há professor de Novo Testamento muito conceituado, o Prof. Joachim Jeremias, que diz que os carpinteiros estavam entre as profissões desprezadas entre a elite religiosa de Israel, assim como os pastores e outras profissões humildes.
Quando o Senhor Deus criou nossos pais no Jardim do Éden, criou-os para trabalhar. Pois criou-os à sua imagem e semelhança, e ele é um Deus que trabalha.
Quando trabalhamos, quer o nosso trabalho seja mais manual, ou mais intelectual (de qualquer forma usamos nosso corpo), estamos honrando a Deus, ao refletir a sua imagem em nosso modo de viver.
Então tenha prazer no seu trabalho, santifique o seu trabalho, honre o seu trabalho, por mais humilde que seja.
2. A santidade do relacionamento conjugal
José e Maria tiveram, além de Jesus, quatro filhos homens e pelo menos duas filhas.
Quando Deus criou nossos pais no jardim do Éden, ele os abençoou para que fossem fecundos, se multiplicassem, enchessem a terra e a governassem, cuidando das plantas e dos animais.
Assim como o trabalho, vida conjugal é uma coisas santa e abençoada por Deus. Fomos criados para as duas coisas, e nisto refletimos a imagem de Deus.
Então valorize a sua vida conjugal. Desfrute a vida conjugal. Alegre-se com o seu cônjuge, seu amigo e companheiro da tua aliança.
Se você é solteiro, não se envergonhe de desejos e de desejar a vida conjugal. Você foi criado por Deus desta maneira. Busque um casamento santo, como o de José e Maria.
Se você é filho, valorize a vida conjugal dos seus pais. Não queira a atenção deles toda voltada para você. Ajude-os a cultivar o seu santo relacionamento, permitindo-lhes tempo um para o outro.
3. A importância dos laços familiares
No começo, nem Judas, nem Tiago, nem qualquer de seus irmãos e irmãs, criam no Senhor Jesus; até o provocavam.
Mas nós vemos que mudaram.
No pentecostes, todos estavam lá, convertidos.
Todos se tornaram pregadores.
Tiago tornou-se uma das pessoas mais proeminentes na igreja, homem de oração.
E dois escreveram duas importantes epístolas. Eu acho muito interessante o estilo de Tiago falar em sua carta. Ela é muito parecida com o “Sermão do Monte” (Mateus capítulos 5 a 7). Parece que Tiago aprendeu com o modo de Jesus falar. Talvez ambos tenham aprendido de José, ou Maria.
Nas duas epístolas, de Tiago e Judas, nós vemos a unção do Espírito Santo, o conhecimento de Jesus, da Bíblia, e a humildade, tanto diante do Senhor Jesus, como da igreja. Pois ambos se apresentam servos de Jesus, e não revindicam algum grau de parentesco, a fim de reforçar sua autoridade. A autoridade deles vem do fato de serem servos de Jesus, e nada mais.
Ora, amado, não despreze os laços familiares. Talvez as pessoas de sua casa, ou de sua família, agora, não sejam ainda servos do Senhor. Mas podem vir a ser. Como aconteceu com os irmãos do Senhor Jesus.
Mas de qualquer forma, não se canse de fazer o bem aos seus familiares, de amá-los, de testemunhar da graça de Deus.
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