Igreja Evangélica
Presbiteriana
Domingo, 5 de maio de
2013
Pr. Plínio Fernandes
Amados, vamos ler Mateus
12:38-45
38 Então, alguns escribas
e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. 39
Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum
sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. 40 Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites
no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três
noites no coração da terra. 41 Ninivitas se
levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram
com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas. 42 A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração
e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de
Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão. 43 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares
áridos procurando repouso, porém não encontra. 44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E,
tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. 45 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores
do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se
pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.
Queridos irmãos, a
incredulidade e a hipocrisia são coisas espantosas! Desde o início de seu ministério, o Senhor Jesus havia
não somente ensinado e pregado muitas vezes, mas também realizado muitos
milagres, curando toda sorte de enfermidades, libertando oprimidos por
demônios, transformado água em vinho, e até ressuscitando mortos. Mas ainda assim, como se tudo o que Jesus tinha realizado
até aquele momento não fosse suficiente, alguns fariseus e escribas “pedem” a
ele:
– “Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal”.
Então o Senhor, com seu
inigualável discernimento, coragem, franqueza e sabedoria, responde que não
daria qualquer sinal para atender ao pedido daquela geração perversa.
Primeiro, porque seria
dado um grande sinal, mas não de acordo com os caprichos daquelas pessoas.
Seria dado um sinal estabelecido por Deus:
assim como Jonas ficou três dias e três noites no ventre do grande peixe, Jesus
estaria três dias e três noites no coração da terra.
Segundo, porque diante
de tudo quanto eles já tinham ouvido, deveriam ter crido. Pessoas como os
ninivitas e a rainha do Sul haviam crido através da pregação do profeta Jonas e
da sabedoria do Rei Salomão, e Jesus era muito maior do que Jonas ou Salomão.
Terceiro, porque nunca,
em toda a história de Israel, o reino de Deus se manifestara com tanta clareza:
através de Jesus, “Satanás tinha sido amarrado” (v. 29), os demônios estavam
sendo expulsos e o reino de Deus havia chegado (vs. 28). No entanto, em vez de
dar lugar ao Espírito Santo que agia por intermédio de Jesus, aquela geração
estava se fechando cada vez mais para ele. Então por causa disto os demônios
veriam a casa, isto é, Israel, limpa e arrumada, e voltariam com muito mais
força, com sete espíritos ainda piores.
Vale dizer, meus irmãos,
que estas palavras de Jesus não significavam uma condenação irrevogável sobre
Israel. Pois Jonas, quando foi
pregar em Nínive, simplesmente percorria as ruas da cidade proclamando:
– “Mais quarenta dias e Nínive será subvertida”!
Então os ninivitas creram,
arrependeram-se, buscaram a Deus, foram perdoados, e a cidade não foi destruída. História que todos os judeus bem conheciam. Mesmo quando as palavras do Senhor são “duras”, são as
repreensões de quem ama e deseja uma reação de fé. Infelizmente aquela geração à qual Jesus se dirigiu não
teve a mesma reação dos ninivitas, e o julgamento veio. E as palavras dele se
cumpriram.
Mas “a boca fala do que o coração está cheio”. Jesus tinha certas
convicções no coração, e falava “o que acreditava”. E acreditava, não com base
em certas inclinações piedosas, próprias de certo tipo de pessoas. Acreditava com base no conhecimento pessoal que tinha de
Deus, alicerçado em quem ele, Jesus, era: o Filho de Deus que se fez carne.
Em nossa meditação de
hoje eu gostaria de destacar uma série de convicções, de certezas íntimas que
vemos em Jesus. Convicções sobre as
quais ele se baseou não só para a resposta que deu aos fariseus e escribas, mas
também para tudo o que ele ensinava e fazia, que davam sentido a toda a sua vida,
que faziam com ele tivesse um propósito, um rumo certo do qual ele jamais se
desviou. Convicções que também
devemos ter todos nós, os discípulos de Jesus, os que estamos seguindo e
aprendendo com ele como deve ser o nosso modo de pensar, de falar, de viver.
1º. Jesus acreditava que a Bíblia diz a verdade
E quando uso esta
palavra, “verdade”, não estou me referindo à maneira como muitos a empregam nos
dias de hoje. Por exemplo, em janeiro
deste ano, a revista Época publicou o texto de um professor universitário norte
americano, segundo o qual
“os Evangelhos não são fonte confiável a respeito da história
em si... Os relatos sobre a vida de Jesus no Novo Testamento nunca foram
chamados de ‘histórias’, mas sim de ‘evangelhos’, o que quer dizer
‘proclamações de boas-novas’. Esses livros têm o objetivo de declarar verdades
religiosas, não fatos históricos”.[1]
O que este homem está
dizendo não é novidade. O mundo acadêmico é cheio de coisas assim e estende esta
maneira de raciocinar à Bíblia toda.
Mas não podemos
concordar com esta linha de pensamento porque ele próprio se contradiz: se os
evangelhos são boas novas, isto é, boas notícias, tem necessariamente que ser
reais, se não forem reais não são notícias.
Além disto os próprios
evangelhos afirmam que tratam de fatos históricos reais. Por exemplo, logo no início de seu Evangelho, Lucas nos
diz que escreveu tendo como propósito uma “narração coordenada de fatos que
entre nós se realizaram e que foram transmitidos por testemunhas oculares” do
que Jesus realizou.[2] Então não se pode dizer que a
intenção dos evangelistas não era transmitir história real.
Quando digo que, segundo
Jesus, a Bíblia diz a verdade, estou usando o sentido mais completo da palavra:
não somente verdade religiosa, verdades espirituais que abraçamos pela fé, mas
sobre verdades religiosas nas quais cremos, porque baseadas em fatos
históricos, reais, verdadeiros.
É assim que Jesus
tratava com todos os textos do Antigo Testamento que tradicionalmente chamamos
“históricos”. Ele não pensava que as
histórias bíblicas eram lendas, ou mitos, ou parábolas, mas fatos que realmente
aconteceram. Ele falava de personagens como Moisés, Abraão, Adão e Eva, Salomão
e Davi, de Jonas, como sendo gente de “carne e osso”, e não como meras
personificações de relações ou princípios espirituais que encarnamos ou não.
De acordo com Jesus, os
milagres do Antigo Testamento, como a cura miraculosa de Naamã, mergulhando no
Rio Jordão, a multiplicação do azeite na panela de uma viúva,[3] a
destruição de Sodoma pelo juízo de Deus,[4] eram
fatos concretos. E por causa desta sua firme
convicção sobre as Escrituras como dizendo não somente a verdade religiosa, mas
também a realidade histórica, ele discernia os tempos em que vivia à luz do que
a Bíblia diz, e tinha certeza de que, assim como Deus agira no passado, também
agia nem seus dias.
Nós vemos dois exemplos
disto em nosso texto: ele lembra seus ouvintes
da história de Jonas, o profeta que Deus enviou a Nínive, e a Rainha de Sabá. A história da Rainha de Sabá está registrada em 1º Reis
capítulo 10 e 2º Crônicas 9. Nestes lugares a Bíblia conta que em seu distante
país, ao sul da Arábia, ela ouviu falar a respeito da sabedoria de Salomão, e
foi a Jerusalém para ver por si mesma. Diante
de tudo quanto viu e ouviu, esta Rainha louvou ao Senhor Deus por tudo quanto
ele fizera em favor de Salomão.[5]
E a história de Jonas
está registrada no livro que tem o nome deste profeta. O Senhor havia dado a Jonas uma ordem, no sentido de que
ele deveria ir à grande cidade de Nínive, capital da Assíria, e ali proclamar a
sua Palavra. Mas Jonas, motivado pelo
ódio aos assírios, inimigos de Israel, não quis pregar naquele lugar, e fugiu
para longe, como se fosse possível escapar da presença do Senhor. Sobreveio um grande temporal enquanto ele fugia de navio;
Jonas foi jogado ao mar e engolido por um grande peixe. Ali no ventre do peixe ele caiu em si, arrependeu-se, buscou
a Deus, e o Senhor fez com que o peixe jogasse Jonas de volta à terra. Assim arrependido ele foi a Nínive, e pregou a mensagem
de Deus. Os ninivitas se
converteram ao Senhor.
Sabem, meus irmãos,
Jesus acreditava em tudo isto. Aliás, partindo do fato
de que ele acreditava que tudo quanto a Bíblia diz é verdade, ele certamente acreditava
também que Josué orou e o sol demorou quase um dia inteiro para se por,[6] ele
acreditava que o profeta Eliseu jogou um pedaço de pau sobre as águas do rio, e
o machado de ferro que havia caído ali flutuou,[7] ele
acreditava que as águas do mar se abriram e os israelitas passaram pelo meio.[8] Jesus
era convicto de que a Bíblia fala a verdade.
2º. Jesus acreditava que há um dia do juízo, e que ele é o
nosso Salvador
2.1. O dia
do juízo
Dezenas de vezes nos
ensinos e pregações de Jesus ele se refere a um dia determinado por Deus em que
a história, tal como a conhecemos, chegará a um fim, e o reino de Deus, que já
teve seu início, se manifestará em toda a sua plenitude.
Para ele o reino de Deus
não é a projeção de uma utopia que nunca se realizará, não é apenas um
incentivo a que sejamos pessoas melhores. Haverá
o dia do juízo final, e somente entrarão para o reino eterno aqueles que forem
salvos.
Por isto ele prega a
necessidade de conversão, de preparação de nossas vidas para este dia. Se não estivermos preparados para o dia do juízo, todas
as alegrias que temos na vida presente, tudo o que fazemos agora, terá sido em
vão.
E como é que podemos nos
preparar? Entendendo que o próprio Jesus é quem nos dará a condição espiritual
para estarmos ali, perante o trono de Deus.
2.2. Jesus é o nosso Salvador
Aqui, depois de falar
sobre os ninivitas que se converteram a Deus com a pregação de Jonas, e da
rainha do Sul, que louvou ao Senhor por causa de Salomão, Jesus afirma: “e aqui está quem é maior que Jonas, maior
que Salomão”.
Porque
Jesus é maior que Salomão, o rei mais sábio que Israel já teve? Porque Jesus é maior que o profeta Jonas, um homem cuja
pregação levou uma cidade inteira à conversão? Eu
quero responder me detendo exclusivamente no grande fato que ele cita neste
trecho do Evangelho.
v. 40
Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no
ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites
no coração da terra.
No
capítulo 9, onde estudamos sobre o jejum, vimos que Jesus, veladamente, aludiu
à sua morte, dizendo que chegariam tempos em que seus discípulos já não o
teriam com eles.[9] E
aqui, também de forma velada, ele diz que seria colocado no coração da terra,
assim como Jonas ficou no ventre do grande peixe durante três dias e três
noites.
Agora vejamos Mateus
16:21
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus
discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas
dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado
no terceiro dia.
Agora ele
fala “com todas as letras”. Assim como depois de três dias e três noites no
ventre do peixe Jonas “voltou ao mundo dos vivos”, o Senhor Jesus voltaria à
vida no terceiro dia após a sua morte. E
quando ele morreu, seus inimigos se lembraram do que ele havia dito.
Leiamos Mateus 27:62-64
62 No dia seguinte, que é
o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus
e, dirigindo-se a Pilatos, 63 disseram-lhe: Senhor,
lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três
dias ressuscitarei. 64 Ordena, pois, que o
sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que,
vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e
será o último embuste pior que o primeiro.
Eu acho este texto muito
engraçado. E triste. Engraçado porque a
Bíblia então segue contando que foram colocados guardas para cuidar do túmulo,
mas ao terceiro dia, Jesus não estava lá, e os guardas não tinham a mínima
ideia do que havia acontecido. E triste, porque nem
assim aquela geração má e adúltera se deixou convencer.
Mas veja:
o ponto é que a morte e ressurreição de Jesus era algo que ele próprio tinha
bem definido em sua mente, e que aos poucos foi contando aos seus discípulos. Porque Jesus morreu, para só depois voltar à vida e ao
Pai celestial? Ele mesmo nos ensina.
Mateus 26:27, 28
27 A seguir, tomou um
cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados.
Ele sabia que seria
traído, julgado, condenado, zombado, açoitado, crucificado. E diante disto o seu
sofrimento não foi pequeno. Mas ele tinha convicções
muito fortes acerca destas coisas todas, tão fortes que ele foi capaz de
entregar-se até o fim:
Primeiro, ele estava
convicto de que sua morte não seria em vão, pois estaria levando sobre si o
castigo dos nossos pecados. Ou como diz o apóstolo João, não somente os nossos,
mas os pecados do mundo inteiro.[10] Ele sabia que, na sua morte, a justiça de Deus estava
sendo feita.[11] Ele sabia que, por causa
da sua morte, o Evangelho da salvação poderia ser pregado a todos, a fim de que
todo aquele que crer não pereça, mas tenha a vida eterna.[12] A
fim de que todo aquele que nele crê não entre em juízo, mas passe da morte para
a vida.[13]
E segundo, ele estava
convicto de que o Pai não o deixaria na morte, mas que depois de ter feito a
purificação dos pecados, ele seria ressuscitado e levado de volta ao trono de
Deus, à direita da majestade nas alturas.[14]
Já pensou se Jesus
acreditasse em todas estas coisas, mas não fosse quem ele realmente pensava que
era, isto é, o Filho de Deus? Já pensou se ele morresse, e não ressuscitasse? Então sua morte seria a morte de um lunático. Como escreveu Paulo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé,
e ainda permaneceis nos vossos pecados”.[15] Mas suas convicções não se mostraram vãs. De fato ele
morreu e ressuscitou. De fato deram fruto para a eternidade.
3º. Jesus acreditava que a cada homem cabe escolher se
crê nele ou não
Sem deixar de lado a
maravilhosa doutrina da soberania divina em todas as coisas, o Senhor Jesus
também ensina que cada um de nós é responsável por suas decisões e atitudes
diante dele.
A Bíblia nos revela Deus
como um ser admirável, todo poderoso, que domina sobre todo o universo e dirige
cada acontecimento da história, inclusive cada momento de nossa vida. Para o
crente, é uma doutrina encorajadora, o saber que as mãos de Deus dirigem o
nosso destino.[16]
Mas muitas vezes é uma
doutrina mal interpretada, a ponto de muitos acharem que se tudo está nas mãos
de Deus, então não somos responsáveis pelos nossos atos. Por exemplo: nesta
última semana ouvimos uma notícia terrível, sobre um menino de cinco anos que
matou sua própria irmãzinha, de dois anos, com um tiro de arma de fogo. Um
rifle que ele ganhou dos pais, o que é muito comum naquela região dos Estados
Unidos, e “legal”.
As autoridades disseram
que foi um acidente. E a avó, dando uma entrevista, disse que “foi a vontade de
Deus, que era a hora” da menininha partir.[17]De
acordo com as autoridades, a morte desta menininha foi um acidente. Mas não é
um acidente a irresponsabilidade das leis americanas neste sentido. Não foi um
acidente este pecado de dar uma arma de presente a uma criança. Irmãos, o fato
de Deus ser soberano não implica em que sejamos irresponsáveis por nossas
ações, ou robôs, ou marionetes.
Eu sei que
isto é misterioso, mas sei também que as decisões que eu tomo, eu as tomo
porque assim desejo. Em nosso texto o Senhor Jesus diz que o coração de cada
ser humano é um “campo que Satanás quer dominar”. E não somente os seres humanos,
individualmente, pois ele aplica este conceito aqui a toda aquela geração de
fariseus e interpretes da lei.
Nos vs. 43-45, ele diz
assim:
43 Quando o espírito imundo
sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. 44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E,
tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. 45 Então, vai e leva consigo
outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último
estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a
esta geração perversa.
Aqui temos mais uma
forte convicção de Jesus: a de que existem seres espirituais, invisíveis, mas
reais, que são motivados por desejos de destruição, a quem ele chama demônios. Os
demônios fazem o mau aos seres humanos, querem possuir os seres humanos como se
fossem sua moradia. Querem possuir as
sociedades humanas como se fossem seus territórios.
E então conta o que
acontece quando um espírito imundo sai de um homem: fica procurando outro lugar
para descansar. Mas se um dia ele volta, e vê que aquela casa em que morava
antes agora está “limpa e arrumadinha, mas vazia”, ele volta, e trás alguns
companheiros piores do que ele para comemorarem. E assim, o estado espiritual
daquele homem se torna ainda pior do que já era antes. E conclui: “assim acontecerá com esta geração perversa”.
Porque Jesus diz isto
aos seus ouvintes? Porque, como já mencionei, desde o v. 28 Jesus vem dizendo
que o reino de Deus é chegado. Satanás está amarrado e sendo despojado de seus
bens, isto é, os homens que ele tinha como sua propriedade estão lhe sendo
tirados. A casa está sendo limpa. Mas aqueles fariseus se recusaram a receber,
em suas vidas, o reino de Deus. Então Satanás veria a casa limpa e arrumada,
mas sem novo morador, isto é, sem Jesus, e voltaria.
Ah! Se aqueles homens
tivessem ouvido a Jesus. Mas não
ouviram. E vieram dias em que não só Jerusalém, mas toda a nação foi destruída
e espalhada. Assim, irmãos, Jesus ensina que cabe a cada homem ouvir e atender
o que ele diz.
– O reino está aqui. Eu sou o Salvador que trouxe o
reino. Satanás está amarrado. Mas cabe a você “me receber em casa”. Cabe a você crer na minha palavra. Cabe a você encher a casa com a
presença do Espírito Santo.
Alguns anos atrás uma
senhora foi levada à minha casa por uma irmã, membro da igreja em que eu servia
naqueles dias. Esta senhora estava passando por um problema sério. Ela me disse que seu filho estava sendo
possuído por espíritos malignos. Ele
falava coisas horríveis, se contorcia. Um dia ela entrou no quarto e ele estava
flutuado acima da cama.
Então eu compartilhei o
evangelho com ela, oramos juntos e eu disse que isto não aconteceria mais. Em seguida pedi a uma senhora da igreja, que
tinha mais ou menos a mesma idade, que estudassem juntas a Bíblia, e iniciasse
o curso de discipulado.
Nossa irmãzinha contou
que o moço realmente foi liberto. Porque veja: Jesus já preparou todas as
coisas necessárias para a nossa salvação. Na cruz, ele já triunfou sobre
Satanás. Na cruz, ele fez um sacrifício eficiente, para limpar os pecados de
cada homem e cada mulher que nele crer.
Então ele diz: “eis que estou à porta, e bato: se alguém
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele
comigo”.[18]
Conclusão
Irmão, que coisas
maravilhosas! Jesus nos ensina que tudo quanto a Bíblia diz é verdade. E este
livro extraordinário proclama que este mundo onde existe pecado, onde Satanás atua,
buscando o mal dos homens, não foi abandonado por Deus. Ele é um Deus que
intervém, que realiza milagres em favor dos que nele creem.
E o maior milagre de
todos foi a morte e ressurreição de Jesus, pelos nossos pecados. Na cruz,
Satanás foi derrotado. Na cruz, nossos pecados foram cancelados, e a salvação
eterna é colocada ao alcance de cada ser humano que ouve a pregação do
Evangelho. Tudo o que cada homem, cada mulher precisa fazer é crer em Jesus, e
o recebê-lo como seu Deus e Salvador. Você crê?
Aplicações
Eu quero fazer duas
aplicações destas convicções de Jesus para a nossa vida.
1. A primeira, a quem
porventura ainda não está seguindo a Jesus
Veja: Deus nos amou e
enviou seu Filho para a nossa salvação. O Filho de Deus nos amou, e veio ao
mundo para nos redimir, para nos tirar do império das trevas, e nos transportar
para o reino da luz do seu amor. Tudo o que precisamos fazer é crer em Jesus.[19] Então
venha a Jesus, creia nele, abra a porta do seu coração, e ele entrará. Seus pecados serão perdoados. Satanás não terá
poder algum sobre a sua vida.
2. A segunda, para
aqueles que estão seguindo a Jesus
Se você é um discípulo
de Jesus, então as convicções que ele tem devem ser também as tuas. Não tem
sentido uma pessoa se dizer cristã e achar que os fatos narrados como fatos na
Bíblia sejam meras lendas, mitos ou alegorias. A nossa fé não é um salto no escuro, mas
alicerçadas na realidade de que Deus intervém na hitória.
E se você crê na Bíblia,
então você é uma pessoa salva, livre do império das trevas, livre para amar a
Deus, amar os seus irmãos, amar as pessoas de fora. Você crê num Deus de
milagres. Que atende as orações. Seja cheio do Espírito Santo. Pela fé, receba
tudo quanto a Bíblia diz que é seu direito como filho de Deus, pois ela
assegura que Deus nos tem abençoado com toda a sorte de bênção espiritual.[20]
Saiba que você tem
dentro de si a melhor notícia que qualquer homem pode e precisa receber: que
Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo. Você crê no maior milagre
que pode acontecer: a salvação de almas.
Veja: lá onde você
trabalha, onde você estuda, entre os seus amigos e colegas, existem pessoas que
ainda não conhecem ao Senhor. Pessoas que têm uma alma; uma alma necessitada. E
tudo o que ela precisam fazer é crer em Jesus. Se crerem suas vidas serão
transformadas!
Mas para crer, precisam
ouvir. E você tem Jesus! Você tem a boa notícia! Encha o teu coração com as
coisas de Deus. Não deixe a casa vazia. E
tendo a casa cheia de coisas boas, deixe Deus usar teu coração para amar estas
pessoas. Deixe Deus usar seus lábios para falar a estas pessoas.
[1] Bart Ehrman, em http://noticias.gospelmais.com.br/pesquisador-evangelhos-objetivam-verdades-fatos-historicos-47739.html; e http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2013/01/o-que-sabemos-sobre-jesus.html, acessados em sábado, 4 de maio de 2013.
[2] Lc 1:1,2
[3] Lc 4:25-27
[4] Mt 11:23
[5] 1º Rs 10:9
[6] Js 10:13
[7] 2º Rs 6:5
[8] Êx 14:21
[9] Mt 9:15
[10] 1ª Jo 2:1,2
[11] 2ª Co 5:21
[12] Lc 24:44-47
[13] Jo 5:24
[14] At 2:27
[15] 1ª Co 15:17
[16] Ex.: Salmo 139
[17] http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/05/menino-de-5-anos-mata-irma-de-2-anos-com-tiro-de-rifle-nos-eua.html,
acessado em domingo, 5 de maio de 2013, 9h.
[18] Ap 3:20
[19] Cl 1:13
[20] Ef 1:3
Obrigado pelos ensinamentos que nos levam a caminhar com Deus.
ResponderExcluirGrande ensinamento! Deus seja louvado 🙏
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