Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 5 de maio de 2013

Convicções cristãs - Mt 12:38-45


Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 5 de maio de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Amados, vamos ler Mateus 12:38-45
38 Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. 39 Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. 40 Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. 41 Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas. 42 A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão. 43 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. 44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. 45 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.
Queridos irmãos, a incredulidade e a hipocrisia são coisas espantosas! Desde o início de seu ministério, o Senhor Jesus havia não somente ensinado e pregado muitas vezes, mas também realizado muitos milagres, curando toda sorte de enfermidades, libertando oprimidos por demônios, transformado água em vinho, e até ressuscitando mortos. Mas ainda assim, como se tudo o que Jesus tinha realizado até aquele momento não fosse suficiente, alguns fariseus e escribas “pedem” a ele:
– “Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal”.
Então o Senhor, com seu inigualável discernimento, coragem, franqueza e sabedoria, responde que não daria qualquer sinal para atender ao pedido daquela geração perversa.
Primeiro, porque seria dado um grande sinal, mas não de acordo com os caprichos daquelas pessoas. Seria dado um sinal estabelecido por Deus: assim como Jonas ficou três dias e três noites no ventre do grande peixe, Jesus estaria três dias e três noites no coração da terra.
Segundo, porque diante de tudo quanto eles já tinham ouvido, deveriam ter crido. Pessoas como os ninivitas e a rainha do Sul haviam crido através da pregação do profeta Jonas e da sabedoria do Rei Salomão, e Jesus era muito maior do que Jonas ou Salomão.
Terceiro, porque nunca, em toda a história de Israel, o reino de Deus se manifestara com tanta clareza: através de Jesus, “Satanás tinha sido amarrado” (v. 29), os demônios estavam sendo expulsos e o reino de Deus havia chegado (vs. 28). No entanto, em vez de dar lugar ao Espírito Santo que agia por intermédio de Jesus, aquela geração estava se fechando cada vez mais para ele. Então por causa disto os demônios veriam a casa, isto é, Israel, limpa e arrumada, e voltariam com muito mais força, com sete espíritos ainda piores.
Vale dizer, meus irmãos, que estas palavras de Jesus não significavam uma condenação irrevogável sobre Israel. Pois Jonas, quando foi pregar em Nínive, simplesmente percorria as ruas da cidade proclamando:
– “Mais quarenta dias e Nínive será subvertida”!
Então os ninivitas creram, arrependeram-se, buscaram a Deus, foram perdoados, e a cidade não foi destruída. História que todos os judeus bem conheciam. Mesmo quando as palavras do Senhor são “duras”, são as repreensões de quem ama e deseja uma reação de fé. Infelizmente aquela geração à qual Jesus se dirigiu não teve a mesma reação dos ninivitas, e o julgamento veio. E as palavras dele se cumpriram.
Mas “a boca fala do que o coração está cheio”. Jesus tinha certas convicções no coração, e falava “o que acreditava”. E acreditava, não com base em certas inclinações piedosas, próprias de certo tipo de pessoas. Acreditava com base no conhecimento pessoal que tinha de Deus, alicerçado em quem ele, Jesus, era: o Filho de Deus que se fez carne.
Em nossa meditação de hoje eu gostaria de destacar uma série de convicções, de certezas íntimas que vemos em Jesus. Convicções sobre as quais ele se baseou não só para a resposta que deu aos fariseus e escribas, mas também para tudo o que ele ensinava e fazia, que davam sentido a toda a sua vida, que faziam com ele tivesse um propósito, um rumo certo do qual ele jamais se desviou. Convicções que também devemos ter todos nós, os discípulos de Jesus, os que estamos seguindo e aprendendo com ele como deve ser o nosso modo de pensar, de falar, de viver.
1º. Jesus acreditava que a Bíblia diz a verdade
E quando uso esta palavra, “verdade”, não estou me referindo à maneira como muitos a empregam nos dias de hoje. Por exemplo, em janeiro deste ano, a revista Época publicou o texto de um professor universitário norte americano, segundo o qual
“os Evangelhos não são fonte confiável a respeito da história em si... Os relatos sobre a vida de Jesus no Novo Testamento nunca foram chamados de ‘histórias’, mas sim de ‘evangelhos’, o que quer dizer ‘proclamações de boas-novas’. Esses livros têm o objetivo de declarar verdades religiosas, não fatos históricos”.[1]
O que este homem está dizendo não é novidade. O mundo acadêmico é cheio de coisas assim e estende esta maneira de raciocinar à Bíblia toda.
Mas não podemos concordar com esta linha de pensamento porque ele próprio se contradiz: se os evangelhos são boas novas, isto é, boas notícias, tem necessariamente que ser reais, se não forem reais não são notícias.
Além disto os próprios evangelhos afirmam que tratam de fatos históricos reais. Por exemplo, logo no início de seu Evangelho, Lucas nos diz que escreveu tendo como propósito uma “narração coordenada de fatos que entre nós se realizaram e que foram transmitidos por testemunhas oculares” do que Jesus realizou.[2] Então não se pode dizer que a intenção dos evangelistas não era transmitir história real.
Quando digo que, segundo Jesus, a Bíblia diz a verdade, estou usando o sentido mais completo da palavra: não somente verdade religiosa, verdades espirituais que abraçamos pela fé, mas sobre verdades religiosas nas quais cremos, porque baseadas em fatos históricos, reais, verdadeiros.
É assim que Jesus tratava com todos os textos do Antigo Testamento que tradicionalmente chamamos “históricos”. Ele não pensava que as histórias bíblicas eram lendas, ou mitos, ou parábolas, mas fatos que realmente aconteceram. Ele falava de personagens como Moisés, Abraão, Adão e Eva, Salomão e Davi, de Jonas, como sendo gente de “carne e osso”, e não como meras personificações de relações ou princípios espirituais que encarnamos ou não.
De acordo com Jesus, os milagres do Antigo Testamento, como a cura miraculosa de Naamã, mergulhando no Rio Jordão, a multiplicação do azeite na panela de uma viúva,[3] a destruição de Sodoma pelo juízo de Deus,[4] eram fatos concretos. E por causa desta sua firme convicção sobre as Escrituras como dizendo não somente a verdade religiosa, mas também a realidade histórica, ele discernia os tempos em que vivia à luz do que a Bíblia diz, e tinha certeza de que, assim como Deus agira no passado, também agia nem seus dias.
Nós vemos dois exemplos disto em nosso texto: ele lembra seus ouvintes da história de Jonas, o profeta que Deus enviou a Nínive, e a Rainha de Sabá. A história da Rainha de Sabá está registrada em 1º Reis capítulo 10 e 2º Crônicas 9. Nestes lugares a Bíblia conta que em seu distante país, ao sul da Arábia, ela ouviu falar a respeito da sabedoria de Salomão, e foi a Jerusalém para ver por si mesma. Diante de tudo quanto viu e ouviu, esta Rainha louvou ao Senhor Deus por tudo quanto ele fizera em favor de Salomão.[5]
E a história de Jonas está registrada no livro que tem o nome deste profeta. O Senhor havia dado a Jonas uma ordem, no sentido de que ele deveria ir à grande cidade de Nínive, capital da Assíria, e ali proclamar a sua Palavra. Mas Jonas, motivado pelo ódio aos assírios, inimigos de Israel, não quis pregar naquele lugar, e fugiu para longe, como se fosse possível escapar da presença do Senhor. Sobreveio um grande temporal enquanto ele fugia de navio; Jonas foi jogado ao mar e engolido por um grande peixe. Ali no ventre do peixe ele caiu em si, arrependeu-se, buscou a Deus, e o Senhor fez com que o peixe jogasse Jonas de volta à terra. Assim arrependido ele foi a Nínive, e pregou a mensagem de Deus. Os ninivitas se converteram ao Senhor.
Sabem, meus irmãos, Jesus acreditava em tudo isto. Aliás, partindo do fato de que ele acreditava que tudo quanto a Bíblia diz é verdade, ele certamente acreditava também que Josué orou e o sol demorou quase um dia inteiro para se por,[6] ele acreditava que o profeta Eliseu jogou um pedaço de pau sobre as águas do rio, e o machado de ferro que havia caído ali flutuou,[7] ele acreditava que as águas do mar se abriram e os israelitas passaram pelo meio.[8] Jesus era convicto de que a Bíblia fala a verdade.
2º. Jesus acreditava que há um dia do juízo, e que ele é o nosso Salvador
2.1. O dia do juízo
Dezenas de vezes nos ensinos e pregações de Jesus ele se refere a um dia determinado por Deus em que a história, tal como a conhecemos, chegará a um fim, e o reino de Deus, que já teve seu início, se manifestará em toda a sua plenitude.
Para ele o reino de Deus não é a projeção de uma utopia que nunca se realizará, não é apenas um incentivo a que sejamos pessoas melhores. Haverá o dia do juízo final, e somente entrarão para o reino eterno aqueles que forem salvos.
Por isto ele prega a necessidade de conversão, de preparação de nossas vidas para este dia. Se não estivermos preparados para o dia do juízo, todas as alegrias que temos na vida presente, tudo o que fazemos agora, terá sido em vão.
E como é que podemos nos preparar? Entendendo que o próprio Jesus é quem nos dará a condição espiritual para estarmos ali, perante o trono de Deus.
2.2. Jesus é o nosso Salvador
Aqui, depois de falar sobre os ninivitas que se converteram a Deus com a pregação de Jonas, e da rainha do Sul, que louvou ao Senhor por causa de Salomão, Jesus afirma: “e aqui está quem é maior que Jonas, maior que Salomão”.
Porque Jesus é maior que Salomão, o rei mais sábio que Israel já teve? Porque Jesus é maior que o profeta Jonas, um homem cuja pregação levou uma cidade inteira à conversão? Eu quero responder me detendo exclusivamente no grande fato que ele cita neste trecho do Evangelho.
v. 40
Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.
No capítulo 9, onde estudamos sobre o jejum, vimos que Jesus, veladamente, aludiu à sua morte, dizendo que chegariam tempos em que seus discípulos já não o teriam com eles.[9] E aqui, também de forma velada, ele diz que seria colocado no coração da terra, assim como Jonas ficou no ventre do grande peixe durante três dias e três noites.
Agora vejamos Mateus 16:21
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia.
Agora ele fala “com todas as letras”. Assim como depois de três dias e três noites no ventre do peixe Jonas “voltou ao mundo dos vivos”, o Senhor Jesus voltaria à vida no terceiro dia após a sua morte. E quando ele morreu, seus inimigos se lembraram do que ele havia dito.
Leiamos Mateus 27:62-64
62 No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, 63 disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei. 64 Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro.
Eu acho este texto muito engraçado. E triste. Engraçado porque a Bíblia então segue contando que foram colocados guardas para cuidar do túmulo, mas ao terceiro dia, Jesus não estava lá, e os guardas não tinham a mínima ideia do que havia acontecido. E triste, porque nem assim aquela geração má e adúltera se deixou convencer.
Mas veja: o ponto é que a morte e ressurreição de Jesus era algo que ele próprio tinha bem definido em sua mente, e que aos poucos foi contando aos seus discípulos. Porque Jesus morreu, para só depois voltar à vida e ao Pai celestial? Ele mesmo nos ensina.
Mateus 26:27, 28
27 A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
Ele sabia que seria traído, julgado, condenado, zombado, açoitado, crucificado.  E diante disto o seu sofrimento não foi pequeno. Mas ele tinha convicções muito fortes acerca destas coisas todas, tão fortes que ele foi capaz de entregar-se até o fim:
Primeiro, ele estava convicto de que sua morte não seria em vão, pois estaria levando sobre si o castigo dos nossos pecados. Ou como diz o apóstolo João, não somente os nossos, mas os pecados do mundo inteiro.[10] Ele sabia que, na sua morte, a justiça de Deus estava sendo feita.[11]  Ele sabia que, por causa da sua morte, o Evangelho da salvação poderia ser pregado a todos, a fim de que todo aquele que crer não pereça, mas tenha a vida eterna.[12] A fim de que todo aquele que nele crê não entre em juízo, mas passe da morte para a vida.[13]
E segundo, ele estava convicto de que o Pai não o deixaria na morte, mas que depois de ter feito a purificação dos pecados, ele seria ressuscitado e levado de volta ao trono de Deus, à direita da majestade nas alturas.[14]
Já pensou se Jesus acreditasse em todas estas coisas, mas não fosse quem ele realmente pensava que era, isto é, o Filho de Deus? Já pensou se ele morresse, e não ressuscitasse? Então sua morte seria a morte de um lunático.  Como escreveu Paulo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”.[15] Mas suas convicções não se mostraram vãs. De fato ele morreu e ressuscitou. De fato deram fruto para a eternidade.
3º. Jesus acreditava que a cada homem cabe escolher se crê nele ou não
Sem deixar de lado a maravilhosa doutrina da soberania divina em todas as coisas, o Senhor Jesus também ensina que cada um de nós é responsável por suas decisões e atitudes diante dele.
A Bíblia nos revela Deus como um ser admirável, todo poderoso, que domina sobre todo o universo e dirige cada acontecimento da história, inclusive cada momento de nossa vida. Para o crente, é uma doutrina encorajadora, o saber que as mãos de Deus dirigem o nosso destino.[16]
Mas muitas vezes é uma doutrina mal interpretada, a ponto de muitos acharem que se tudo está nas mãos de Deus, então não somos responsáveis pelos nossos atos. Por exemplo: nesta última semana ouvimos uma notícia terrível, sobre um menino de cinco anos que matou sua própria irmãzinha, de dois anos, com um tiro de arma de fogo. Um rifle que ele ganhou dos pais, o que é muito comum naquela região dos Estados Unidos, e “legal”.
As autoridades disseram que foi um acidente. E a avó, dando uma entrevista, disse que “foi a vontade de Deus, que era a hora” da menininha partir.[17]De acordo com as autoridades, a morte desta menininha foi um acidente. Mas não é um acidente a irresponsabilidade das leis americanas neste sentido. Não foi um acidente este pecado de dar uma arma de presente a uma criança. Irmãos, o fato de Deus ser soberano não implica em que sejamos irresponsáveis por nossas ações, ou robôs, ou marionetes.
Eu sei que isto é misterioso, mas sei também que as decisões que eu tomo, eu as tomo porque assim desejo. Em nosso texto o Senhor Jesus diz que o coração de cada ser humano é um “campo que Satanás quer dominar”.  E não somente os seres humanos, individualmente, pois ele aplica este conceito aqui a toda aquela geração de fariseus e interpretes da lei.
Nos vs. 43-45, ele diz assim:
43 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. 44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. 45 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.
Aqui temos mais uma forte convicção de Jesus: a de que existem seres espirituais, invisíveis, mas reais, que são motivados por desejos de destruição, a quem ele chama demônios. Os demônios fazem o mau aos seres humanos, querem possuir os seres humanos como se fossem sua moradia.  Querem possuir as sociedades humanas como se fossem seus territórios.
E então conta o que acontece quando um espírito imundo sai de um homem: fica procurando outro lugar para descansar. Mas se um dia ele volta, e vê que aquela casa em que morava antes agora está “limpa e arrumadinha, mas vazia”, ele volta, e trás alguns companheiros piores do que ele para comemorarem. E assim, o estado espiritual daquele homem se torna ainda pior do que já era antes. E conclui: “assim acontecerá com esta geração perversa”.
Porque Jesus diz isto aos seus ouvintes? Porque, como já mencionei, desde o v. 28 Jesus vem dizendo que o reino de Deus é chegado. Satanás está amarrado e sendo despojado de seus bens, isto é, os homens que ele tinha como sua propriedade estão lhe sendo tirados. A casa está sendo limpa. Mas aqueles fariseus se recusaram a receber, em suas vidas, o reino de Deus. Então Satanás veria a casa limpa e arrumada, mas sem novo morador, isto é, sem Jesus, e voltaria.
Ah! Se aqueles homens tivessem ouvido a Jesus.  Mas não ouviram. E vieram dias em que não só Jerusalém, mas toda a nação foi destruída e espalhada. Assim, irmãos, Jesus ensina que cabe a cada homem ouvir e atender o que ele diz.
– O reino está aqui. Eu sou o Salvador que trouxe o reino. Satanás está amarrado. Mas cabe a você “me receber em casa”. Cabe a você crer na minha palavra. Cabe a você encher a casa com a presença do Espírito Santo.
Alguns anos atrás uma senhora foi levada à minha casa por uma irmã, membro da igreja em que eu servia naqueles dias. Esta senhora estava passando por um problema sério.  Ela me disse que seu filho estava sendo possuído por espíritos malignos.  Ele falava coisas horríveis, se contorcia. Um dia ela entrou no quarto e ele estava flutuado acima da cama.
Então eu compartilhei o evangelho com ela, oramos juntos e eu disse que isto não aconteceria mais.  Em seguida pedi a uma senhora da igreja, que tinha mais ou menos a mesma idade, que estudassem juntas a Bíblia, e iniciasse o curso de discipulado.
Nossa irmãzinha contou que o moço realmente foi liberto. Porque veja: Jesus já preparou todas as coisas necessárias para a nossa salvação. Na cruz, ele já triunfou sobre Satanás. Na cruz, ele fez um sacrifício eficiente, para limpar os pecados de cada homem e cada mulher que nele crer.
Então ele diz: “eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo”.[18]
Conclusão
Irmão, que coisas maravilhosas! Jesus nos ensina que tudo quanto a Bíblia diz é verdade. E este livro extraordinário proclama que este mundo onde existe pecado, onde Satanás atua, buscando o mal dos homens, não foi abandonado por Deus. Ele é um Deus que intervém, que realiza milagres em favor dos que nele creem.
E o maior milagre de todos foi a morte e ressurreição de Jesus, pelos nossos pecados. Na cruz, Satanás foi derrotado. Na cruz, nossos pecados foram cancelados, e a salvação eterna é colocada ao alcance de cada ser humano que ouve a pregação do Evangelho. Tudo o que cada homem, cada mulher precisa fazer é crer em Jesus, e o recebê-lo como seu Deus e Salvador. Você crê?
Aplicações
Eu quero fazer duas aplicações destas convicções de Jesus para a nossa vida.
1. A primeira, a quem porventura ainda não está seguindo a Jesus
Veja: Deus nos amou e enviou seu Filho para a nossa salvação. O Filho de Deus nos amou, e veio ao mundo para nos redimir, para nos tirar do império das trevas, e nos transportar para o reino da luz do seu amor. Tudo o que precisamos fazer é crer em Jesus.[19] Então venha a Jesus, creia nele, abra a porta do seu coração, e ele entrará.  Seus pecados serão perdoados. Satanás não terá poder algum sobre a sua vida.
2. A segunda, para aqueles que estão seguindo a Jesus
Se você é um discípulo de Jesus, então as convicções que ele tem devem ser também as tuas. Não tem sentido uma pessoa se dizer cristã e achar que os fatos narrados como fatos na Bíblia sejam meras lendas, mitos ou alegorias.  A nossa fé não é um salto no escuro, mas alicerçadas na realidade de que Deus intervém na hitória.
E se você crê na Bíblia, então você é uma pessoa salva, livre do império das trevas, livre para amar a Deus, amar os seus irmãos, amar as pessoas de fora. Você crê num Deus de milagres. Que atende as orações. Seja cheio do Espírito Santo. Pela fé, receba tudo quanto a Bíblia diz que é seu direito como filho de Deus, pois ela assegura que Deus nos tem abençoado com toda a sorte de bênção espiritual.[20]
Saiba que você tem dentro de si a melhor notícia que qualquer homem pode e precisa receber: que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo. Você crê no maior milagre que pode acontecer: a salvação de almas.
Veja: lá onde você trabalha, onde você estuda, entre os seus amigos e colegas, existem pessoas que ainda não conhecem ao Senhor. Pessoas que têm uma alma; uma alma necessitada. E tudo o que ela precisam fazer é crer em Jesus. Se crerem suas vidas serão transformadas!
Mas para crer, precisam ouvir. E você tem Jesus! Você tem a boa notícia! Encha o teu coração com as coisas de Deus. Não deixe a casa vazia.  E tendo a casa cheia de coisas boas, deixe Deus usar teu coração para amar estas pessoas. Deixe Deus usar seus lábios para falar a estas pessoas.



[2] Lc 1:1,2
[3] Lc 4:25-27
[4] Mt 11:23
[5] 1º Rs 10:9
[6] Js 10:13
[7] 2º Rs 6:5
[8] Êx 14:21
[9] Mt 9:15
[10] 1ª Jo 2:1,2
[11] 2ª Co 5:21
[12] Lc 24:44-47
[13] Jo 5:24
[14] At 2:27
[15] 1ª Co 15:17
[16] Ex.: Salmo 139
[18] Ap 3:20
[19] Cl 1:13
[20] Ef 1:3

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