Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

sábado, 24 de setembro de 2016

Daniel - O que acontece quando oramos



Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 18 de dezembro de 2011
Pr. Plínio Fernandes
Dn 2:17-23
Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, 18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia. 19 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu. 20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; 21 é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. 22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. 23 A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.
Dn 6:10
Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer.
Dn 9:1-19
No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. 4 Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; 5 temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; 6 e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra. 7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra ti. 8 Ó SENHOR, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti.
Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele 10 e não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas. 11 Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição e as imprecações que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra ti. 12 Ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o céu, aconteceu o que se deu em Jerusalém. 13 Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do SENHOR, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos à tua verdade. 14 Por isso, o SENHOR cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz. 15 Na verdade, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e a ti mesmo adquiriste renome, como hoje se vê, temos pecado e procedido perversamente. 16 Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós. 17 Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor. 18 Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. 19 Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.
Dn 10:1-5
No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão.2 Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. 3 Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras. 4 No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre, 5 levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz;
Dn 10:11-13
Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. 12 Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.
Em nosso estudo anterior, Daniel capítulo 9, nós nos concentramos nas palavras do anjo Gabriel ao profeta, registradas no v. 23.
E consideramos que nelas são mencionadas três bênçãos que Deus concede àqueles a quem ele ama:
A 1ª bênção que vimos foi esta: o Senhor dá ordens aos seus anjos, para que cuidem dos seus amados.
A 2ª bênção, é que, aos seus amados, Deus envia a sua Palavra.
E a 3ª bênção, é que, dos seus amados, Deus atende às orações.
O anjo diz que Deus fez as coisas por Daniel porque ele era um homem “muito amado”.
Ao mesmo tempo vimos, espalhadas por toda a Bíblia, as mesmas bênçãos sendo prometidas e concedidas a todos os crentes, pois todos os crentes em Jesus são amados de Deus.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho Jesus, para que todo aquele que crer em Jesus não pereça, mas tenha a vida eterna, e vida em abundância.
Considerando o fato de que Daniel era amado de Deus, e que tinha as suas orações atendidas, dissemos que todas as suas súplicas eram dirigidas pelo Espírito Santo, pois em tudo o que ele falava a Deus havia o transbordar de um coração profundamente conhecedor das Escrituras Sagradas, inspiradas por Deus.
Daniel, desde a sua juventude, dedicava grande parte de seu tempo à leitura e à meditação das Escrituras, ou como ele as chama em 9:2, “tais Bibliois” (os livros, de onde vem a nossa palavra Bíblia).
E para ele a Bíblia não era um livro de tempos antigos, como agora reunidos numa edição moderna e luxuosa.
Seu coração entendia e amava aqueles livros como sendo a Palavra viva, de Deus, que se cumpria a cada dia, inclusive em sua vida. A Palavra de Deus que falava a cada dia, a ele e a cada crente.
Então a sua prática constante era esta: Daniel lia a Bíblia, meditava, e neste meditar o Espírito de Deus lhe falava.
E Daniel orava, isto é, falava com Deus. E neste ler, meditar e falar, neste buscar ao Senhor e encontrar, ele crescia em conhecer ao Senhor, se fortalecia em sua fé, em sua esperança e em seu amor.
Pois “o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo” (11:32).
Assim o que vemos aqui é uma ilustração que exemplifica o ensino de Jesus em João 14:21.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.
Em nosso estudo de hoje, focalizando a nossa atenção nas Palavras de Deus sobre a vida de oração de Daniel, e tendo já considerado que ele era dirigido por um profundo conhecimento da Bíblia, eu gostaria de fazer três considerações sobre o que acontece quando oramos.
1. Quando oramos há uma luta espiritual
Em nosso estudo anterior, vimos que, quando oramos, uma das coisas que acontece é que, se necessário, Deus dá ordens aos seus anjos a nosso respeito, para que eles trabalhem em nosso favor.
Agora, ao mesmo tempo em que temos um amoroso Senhor no céu, que tem prazer em nos atender, que se deleita em nos dar o que é bom, que tem a nosso respeito pensamentos de paz, temos também um feroz inimigo que com todas as forças guerreia contra nossas almas.
Este inimigo é Satanás e seus anjos.
Então lemos no cap. 10 que Daniel se pôs a orar e jejuar. Ele estava buscando uma Palavra de Deus a respeito da igreja israelita.
Durante vinte e um dias esteve orando, chorando de aflição pela vida espiritual de seu povo. Manjar desejável não comeu (algumas pessoas têm chamado a esta prática, e imitado o seu exemplo, de “jejum de Daniel”, pois Daniel não deixou de se alimentar totalmente, mas se absteve daqueles tipos de alimento que tendem a nos deixar preguiçosos).
Se absteve de carne e vinho, se absteve de manjares desejáveis (BV – “As gostosas sobremesas do palácio”; BLH: “Não comi comida gostosa”)
Não se absteve totalmente de comida e bebida, mas apenas daquelas que propiciam uma tendência a comer demais.
Assim lemos na história da igreja que muitos homens notáveis o faziam sistematicamente, por exemplo, J. Calvino e J. Wesley.
Daniel se dedicou a orar, a jejuar, e a batalha começou.
Leiamos novamente o cap. 10:13. O anjo do Senhor diz a Daniel:
Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.
Isto aconteceu no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia. O anjo de Deus diz que ele foi enviado desde o primeiro dia em que Daniel começou a orar.
Mas quando o Senhor enviou seu anjo, surgiu em cena um outro ser espiritual, um príncipe que lutava contra o anjo de Deus. Era o príncipe que tinha, por assim dizer, o domínio sobre as forças espirituais do mal na região da Pérsia.
Amados, embora eu não entenda em profundidade estes assuntos, pois a própria Bíblia só nos fala o suficiente para o bem de nossas almas, a fim de que saibamos contra quem é a nossa luta, estes fatos aqui de Daniel 10 podem ser mais bem entendidos se lermos também Efésios 6:11 e 12:
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Quando Daniel começou a orar e Deus enviou sua resposta, iniciou-se uma luta nas regiões celestiais. Um dos dominadores deste mundo tenebroso, o príncipe do reino da Pérsia, das forças espirituais malignas dali, entrou em luta contra as forças espirituais do Senhor.
Mas o mesmo tempo o mensageiro de Deus teve ajuda, porque Miguel, que na epístola de Judas é chamado Arcanjo, isto é, um dos anjos principais, veio ajudá-lo, e ele pôde vencê-lo e chegar a Daniel.
Irmãos, este é um fato que não podemos ignorar, e não podemos esquecer. Fazer a obra de Deus envolve conflito, envolve luta espiritual.
Satanás e seus demônios lutam contra nós, lutam contra nossas famílias, lutam contra a igreja, e contra as igrejas.
Lutam querendo nos desencorajar, querendo nos desviar, lutam querendo nos desanimar.
Lutam com mentiras, com falsas doutrinas, lutam tentando-nos a crer num evangelho do diabo, que tem levado as pessoas a viver para Mamom, isto é, para as riquezas materiais, e não para Jesus.
E porque precisamos saber e não esquecer? Pelo menos por duas razões:
1ª – Para que não desanimemos diante da aparente demora.
Veja, no cap. 9 de Daniel lemos ali ele recebeu a resposta no mesmo dia, embora o seu pedido só viesse a cumprir dois ou três anos depois.
No cap. 10, por causa da luta, a resposta demorou vinte e um (21) dias.
Quando lemos Neemias caps. 1 e 2, vemos que ele precisou continuar orando quatro (4) meses.
Zacarias, o pai de João Batista, Ana, a mãe de Samuel, oraram anos antes de terem seus pedidos recebidos. Estes santos de Deus oravam por um filho, e quando estes filhos, nasceram, João Batista e Samuel, que grandes homens diante do Senhor.
Parece que, quanto maior a bênção, mais precisamos continuar lutando.
Ora, quando nos lembramos de que há uma batalha espiritual na oração, somos motivados a continuar orando.
Na parábola da viúva, em Lucas 18, Jesus nos ensina que devemos continuar orando sem esmorecer, pois às vezes temos a impressão de que nosso Pai celestial é demorado em atender. Mas o que ele quer que saibamos é que o Pai, depressa, nos atende, então não desanimemos.
2ª – Para que não desanimemos de fazer a obra.
Algum tempo atrás eu estava pregando em certa igreja. Durante a semana eu havia estudado muito, orado muito; assim como fazem todos os pastores, quando preparo as mensagens peço a Deus que me dê sabedoria para estudar, entender, preparar, transmitir. Peço que o Senhor edifique os irmãos por meio do nosso estudo.
Outros irmãos, companheiros que Deus me deu para orar, oram por mim e pela igreja muitas vezes.
Mas enquanto eu pregava, um conflito espiritual muito grande estava se travando em minha mente.
Vinham frases fortes em minha mente, como se alguém estivesse falando do meu lado. E as frases diziam:
Cadê aquela família? E aquela pessoa? Você não vê tanta gente ausente? Você não vê que não adianta nada o que você está fazendo? Larga a mão disto”.
Então eu continuei a pregar com muito custo, dizendo no meu coração:
“Senhor, estou fazendo a tua obra.”
Depois do culto, conversando com certa irmã, ela disse que também havia enfrentado uma luta enorme enquanto dirigia a igreja nos cânticos do Senhor (Satanás odeia que elogiemos a Deus).
Que o nosso trabalho é à toa, que não vai prosperar, é o que diz o diabo.
Mas sabem, irmãos, ao mesmo tempo, eu me lembrei da Palavra da verdade: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”.
Então eu pensei: “Se um demônio está aqui, já está derrotado, porque Jesus é maior”.
Você se lembra? Jesus nos ensina que Satanás é o pai da mentira. E que a Bíblia é a verdade.
E o que nos diz a Palavra da verdade?
Eu quero citar dois textos:
1ª Co 15:57, 58
Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.  58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
Sl 126:5, 6
Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. 6 Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. 
Então, quando você estiver orando, quando você estiver fazendo a obra, e Satanás começar a lutar contra você, dizendo a você que Deus não está ouvindo, lembre-se da Palavra de Deus, a Palavra da verdade, e não acredite nas mentiras de Satanás.
Orar é uma luta espiritual.
2. Quando oramos, estamos fazendo a obra de Deus
Vamos ler Jo 6:28, 29
Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? 29 Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.
Precisamos nos lembrar disto também, numa época em que as pessoas pensam que fazer a obra de Deus implica ficar agitados de um lado pro outro, promovendo eventos, realizações, obras vistosas que glorificam mais ao homem do que a Deus.
A obra de Deus é Deus quem realiza, e a obra de Deus é crer em Jesus.
Ora, mais do que qualquer outra coisa, orar é um trabalho de fé, é um trabalho da alma.
2.1 – A nossa oração é um meio de Deus realizar seus planos eternos.
O espírito de Daniel entendia isto, pois veja como ele se comporta.
No cap. 9 ele diz que leu em Jeremias sobre os planos de Deus para Israel.
Em Jeremias 29 o Senhor diz que depois de setenta (70) anos na Babilônia, os israelitas seriam levados de volta à terra santa, e a reconstrução nacional começaria.
Mas para que isto acontecesse, eles iriam primeiro se colocar a buscar ao Senhor de todo o coração.
Aliás, não é somente Jeremias que nos ensina isto:
Vejamos Ez 36:37, 38:
Assim diz o SENHOR Deus: Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu os homens como um rebanho.  38 Como um rebanho de santos, o rebanho de Jerusalém nas suas festas fixas, assim as cidades desertas se encherão de rebanhos de homens; e saberão que eu sou o SENHOR.
E Is 62:6, 7:
Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis,  7 nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra.
Estes três profetas (Jeremias, Ezequiel e Isaías) estão nos dizendo que Deus faz a sua obra mediante as nossas orações.
Deus tem um plano: reconstruir Jerusalém, multiplicar seus homens como um rebanho.
Deus dá uma ordem aos seus vigias: orem, peçam, não descansem, não deem descanso ao Senhor, enquanto ele não cumprir o seu propósito.
2.2 – O Senhor faz a sua obra em nossa vida particular, e na vida dos nossos irmãos, mediante nossas orações.
Dn 9:13
Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do SENHOR, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos à tua verdade.
Note a segunda parte deste versículo. Eu acho especialmente edificante a construção deste texto na versão Atualizada (ARA).
Ela destaca a doutrina de que somente podemos nos converter dos nossos maus caminhos se buscarmos o favor de Deus.
Pois é Deus quem trabalha em nossa alma as disposições espirituais que lhe agradam.
Ou como diz Paulo, Deus é quem efetua em nós o querer e o realizar de sua vontade.
Se não buscarmos o favor de Deus, não conseguimos nos converter das nossas iniquidades, não conseguimos nos aplicar à sua verdade, mas nos tornamos servos da carne, escravos da sensualidade, dominados pela vaidade dos bens materiais, sujeitos ao poder do pecado.
Por isto é que Jeremias orou:
Senhor, sara-me, e serei curado, salva-me, e serei salvo. (Jr 17:14)
E Efraim disse:
Converte-me, e serei convertido. (Jr 31:18)
Mas além disto, Daniel olha para o amor de Deus.
Dn 9:19:
Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.
Bill Hybbels escreveu um livro muito interessante, chamado: “Ocupado demais para deixar de orar”. Acho que podemos parafrasear o nome ligeiramente alterando em nossas mentes para: “Necessitado demais para deixar de orar”.
Nossa necessidade de Deus é grande. Como o corpo precisa de água e alimento, nossa alma precisa de Deus, de seu Espírito, do Espírito de seu Filho habitando em nosso coração, conduzindo a nossa vida nesta Babilônia religiosa, moral e espiritual em que vivemos nos dias de hoje.
Nossa necessidade de santificação é grande, porque sem santificação, ninguém verá o Senhor. A nossa salvação implica santificação.
Mas o que faz a obra em nossa alma é isto: o Espírito de Deus nutrindo pela Palavra. Por isto precisamos buscar em oração.
Irmão, você quer ver a obra de Deus ser realizada na tua vida?
Você quer ver a obra de Deus realizada na tua casa?
Você quer ver s obra de Deus realizada na nossa igreja?
E Deus? Ele quer realizar a obra? Será que Deus quer usar você?
Deus quer que você ore? Deus quer que você ore muito? E Satanás? Ele quer que você ore?
E a quem você vai agradar? A Deus ou ao diabo?
3. Oração é um meio de crescermos em nosso conhecimento de Deus
Voltemos ao cap. 2, depois que Deus responde à oração de Daniel e seus amigos. Vejamos a reação do profeta:
 Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu. 20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder; 21 é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. 22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. 23 A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.
Voltemos ao cap. 9:4:
Orei ao SENHOR, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos
9:14
Por isso, o SENHOR cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz.
9:18
Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
Daniel nutria comunhão com Deus, pela Palavra e pela oração. E tanto por uma como por outra ele aprendia que:
Ao Senhor pertence a sabedoria e o poder.
Ele domina sobre tudo e sobre todos.
Ele conhece tudo e conhece todos.
Ele é justo, misericordioso, grande e temível.
Faz lembrar a oração de Jesus em João 17, a maneira como ele se dirige ao seu Pai celestial.
Jo 17:11b
Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
Jo 17:25
Pai justo, o mundo não te conheceu.
Já reparou que na Bíblia, os homens que tinham maior intimidade com Deus, o Pai de amor e misericórdia, nunca se dirigiram a ele como “o cara lá de cima”? Nem como “deusinho querido”, nem como “Jesus cristinho amado”?
Os irmãos sabem que digo isto em oposição a certas pessoas que nos dias de hoje acham bonito esta suposta demonstração de afeto e familiaridade com Deus.
Eu não pretendo com isto dizer que tais pessoas sejam hipócritas, ou que “do alto do meu pedestal” eu seja melhor que elas.
Mas o que pretendo é dizer que isto é uma linguagem muito inconveniente, para não dizer desrespeitosa.
Algum tempo atrás uma pessoa queria colocar certo cântico na igreja, e muito corretamente veio pedir a minha aprovação como pastor. Ele me disse:
Eu gostaria que o senhor lesse a letra e me dissesse se está bom.
Eu li, e perguntei àquele jovem:
Porque você me chamou de “senhor”? Eu sou o teu senhor?
E ele respondeu:
Não; mas é uma questão de respeito.
Então eu respondi:
Está certo. Mas veja, neste cântico, a pessoa que canta está se dirigindo a Jesus, o nosso Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, e chamando-o de “você”. Não é uma linguagem conveniente para usarmos em relação a Deus, você não acha?.
E o jovem concordou.
Pois quem conhece a Deus sabe que ele é Pai (Abba - papai), grande e temível, digno de confiança, digno de nossa alegria em sua presença, digno de nossa reverência, digo de humildade de nossa parte.
Quando oramos, o nosso conhecimento de Deus se torna maior.
Conclusão
Podemos concluir dizendo que a comunhão com Deus através da meditação e da oração é uma necessidade vital.
Disto depende o vigor da nossa fé.
Disto depende o progresso da igreja, o avanço do reino de Deus em nossa vida e no mundo.
Um crente que não ora é um crente derrotado pelo diabo.
Uma igreja que não ora é uma igreja que rasteja.
Precisamos orar, e orar muito.
Disto depende a nossa sobrevivência espiritual.
Aplicação
Você quer fazer a obra de Deus?
Você quer ser um vencedor sobre o mundo, a carne e o diabo? Ou você quer viver em pecado?
Você quer ver a igreja prosperar, ser abençoada?
Você está disposto a lutar pela sua alma? Você está disposto a lutar pela vida espiritual de seus parentes, de seus irmãos na fé?
Então faça como Daniel:
Separe tempo diariamente para estar com Deus, lendo, meditando, e orando.
Como Daniel, faça isto sozinho.
Como Daniel, faça isto com os companheiros que Deus lhe der.
Ore com a igreja.
Como aquele homem cego, que quando disseram para ele parar de incomodar Jesus com suas súplicas, aí é que ele pediu mais ainda, quando o diabo quiser calar sua boca, ore mais ainda.
Como Neemias, que respondeu a Sambalate e outros falsos amigos, quando estes queriam impedi-lo de reconstruir os muros de Jerusalém, responda que você está fazendo uma grande obra, e não pode parar.
Quando for necessário, além de orar jejue, confesse pecados.
Ore pela igreja, ore por mim, ore por nossas famílias.
Ore, ore, ore. Esta é uma obra para a qual o Senhor nos tem chamado.
Quando eu era menino, havia um cântico que me abençoava muito. Ele dizia:
Uma voz me disse lá do céu,
cante,cante,cante para mim,
ore,ore,ore uma vez mais,
segue,segue,segue após mim;
venha ser fiel até a morte
que estarei contigo até o fim;
logo estarás ali no céu onde tem uma coroa preparada para ti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

▲Topo