Igreja Evangélica
Presbiteriana
Domingo, 29 de maio de
2011
Pr. Plínio Fernandes
Meus irmãos,
vamos ler Efésios 1:3-14
1 Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso e
fiéis em Cristo Jesus,2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu, nele,
antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e
em amor 5 nos
predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua
graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7 no qual temos
a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua
graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a
sabedoria e prudência, 9 desvendando-nos o mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 10 de fazer
convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto
as do céu como as da terra; 11 nele, digo, no qual fomos também
feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as
coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para
louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13
em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da
sua propriedade, em louvor da sua glória.
O texto que temos diante de nós é um hino de louvor a Deus, por causa das muitas
bênçãos que ele nos concede em nossa união com Jesus Cristo.
Bendito seja ele, diz o apóstolo, porque, em Cristo Jesus, Deus nos tem
concedido toda a sorte de bênçãos espirituais; bênçãos que vêm do céu.
Bendito seja Deus, pois ele nos escolheu em Jesus Cristo antes da fundação
do mundo.
Bendito seja Deus porque ele, em seu amor nos predestinou e determinou que fôssemos
de Cristo.
Bendito seja Deus que, no sangue de Jesus derramado na cruz, nos redimiu;
nos perdoou e nos libertou dos nossos pecados.
Bendito seja Deus que abriu os olhos da nossa alma e nos fez compreender o
mistério da sua vontade, afim de que saibamos que todas as coisas, do céu e da
terra, afluirão em Cristo, de modo que ele será reconhecido como Senhor do universo.
Bendito seja Deus porque, uma vez que ele nos revelou este seu propósito
através do evangelho, fomos levados a crer, e tendo nele crido, fomos selados
com o Espírito Santo da promessa; Espírito Santo que, habitando em nós, é a
garantia, o selo da nossa salvação, de maneira que aguardamos o dia da
redenção, na certeza de que então, na volta de Jesus, seremos reconhecidos como
filhos de Deus.
Por todas estas coisas, bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo. Por todas estas coisas, louvamos ao Senhor.
E ao louvar a Deus por todas estas coisas boas que ele fez por nós, o
apóstolo também nos diz qual é o fundamento:
vs. 4b e 5 – “...em amor nos
predestinou para ele...”
Predestinação que está relacionada com a eleição; pois Deus predestinou aos
que elegeu; ambas, predestinação e eleição, relacionadas com a redenção, e com
a revelação de sua vontade, e com o selo do Espírito Santo.
Isto é, todas as bênçãos derramadas sobre nós tem como fundamento o
imensurável amor de Deus.
A respeito deste amor imenso o apóstolo Paulo voltará a falar por diversas
vezes nesta carta. Mas além disto, de falar o porquê, isto é, de dizer que foi
por causa do amor de Deus que ele nos abençoou, também proclama “o para quê”.
Deus nos escolheu para...
Deus nos predestinou para...
Deus nos redimiu afim de que...
Esta preposição, “para”, denota desígnio, propósito, intenção. Desta forma,
se por um lado, Deus nos concedeu todas as bênçãos por causa do amor que ele
tem por nós, por outro lado, este amor tem certos alvos, tem certos intentos
para nós.
Em nossa meditação de hoje, vamos falar sobre estes desígnios de Deus para
nós, de acordo com o que nos é ensinado no v. 4
1. Deus nos escolheu em Cristo a fim de que
sejamos santos
A Palavra diz que Deus
nos escolheu para estas coisas.
Se Deus nos escolheu,
significa que antes não era esta a nossa condição. Quer dizer que não
éramos santos, nem irrepreensíveis. Impureza, pecado, imundície espiritual
eram nossa condição natural. Significa que nós estávamos
misturados, miscigenados, mesclados a um número incontável de pessoas cujas
vidas eram caracterizadas pela falta de santidade.
Mas vamos meditar sobre este
propósito de Deus em nos escolher.
Ele nos escolheu, nos
separou da multidão, para que sejamos santos e irrepreensíveis. Estas
duas palavras se complementam. Aqui, “santo” aponta para a nossa condição
interior. E “irrepreensível” aponta para o nosso comportamento exterior,
o resultado da santidade interior.
1.1 – Santos
Noutras ocasiões, já
temos considerado a santidade, mas vale a pena, ainda que de modo breve,
recordar o seu significado.
A palavra “santo” quer
dizer, de um lado, “separado do mundo” e de outro, “consagrado a Deus”.
Na Antiga Aliança,
santos eram chamados o templo, o tabernáculo, os utensílios sagrados, e tudo o
que era destinado ao culto divino. E as coisas assim consagradas não
podiam ser utilizadas com outra finalidade.
Da mesma forma o povo de
Israel, a igreja antiga, era um povo santo ao Senhor. E agora, na Nova
Aliança, não somente o povo israelita, mas todas as pessoas que, do mundo
inteiro achegam-se a Deus por meio da fé em Jesus.
O conceito fundamental é
que a nossa santificação está baseada na morte de Jesus em nosso favor
Hb 10:10
“Nessa vontade é que temos sido santificados,
mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”.
A santidade também está
relacionada com a obra realizada em nossa alma pelo Espírito Santo,
separando-nos, a fim de que vivamos para Deus
2ª Ts 2:13
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para
a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”.
Além disto, vimos neste
último texto que, além da obra do Espírito, Paulo usa a frase “pela fé na
verdade”, apontando para o fato de que o Espírito Santo faz a sua obra em nossa
alma usando como instrumento o nosso entendimento.
Por isto, no, v. 14, a
santidade também é apresentada como sendo a vocação realizada em nosso coração
pela Palavra de Deus, o Evangelho que nos é dado nas Escrituras Sagradas.
2ª Ts 2:14
“para o que também vos chamou mediante o nosso
evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Assim, a santificação é
o propósito de Deus Pai, alicerçada na morte de Jesus em nosso favor, e
realizada pela operação do Espírito Santo em nossa alma, através da Palavra de
Deus.
E agora, uma vez que
somos assim santificados por Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo,
mediante a Palavra de Deus, isto significa que somos separados do mundo e que
somos consagrados a Deus.
1ª Co 6:19, 20
“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do
Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois
de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a
Deus no vosso corpo”.
E como o outro lado da mesma moeda, a palavra “irrepreensível”
é a expressão exterior da nossa santidade.
1.2 – Irrepreensíveis
A palavra grega aqui
traduzida “irrepreensível” significa “sem defeito, sem mancha, sem culpa, sem
mácula”.
Se uma coisa ou alguma
pessoa é separada e consagrada para Deus, então precisa ser sem defeito, sem
mancha.
Assim, no Antigo
Testamento, se um sacrifício fosse oferecido a Deus, deveria ser o de um
animal, como um cordeiro, por exemplo, sem defeito físico (Ex. Lv 22:21).
Da mesma forma, a fim de
nos purificar dos nossos pecados, e nos tornar sem mancha diante de Deus, Jesus
se ofereceu ao Pai como um sacrifício sem mácula alguma (Hb 9:14).
Desta maneira entendemos
que, enquanto a palavra santo descreve, primeiramente o fato de que algo ou
alguém é separado das demais coisas para ser consagrado a Deus, a palavra
irrepreensível descreve a pureza, a limpeza, a perfeição daquilo que deve ser
santificado.
Quanto a nós, esta
descrição apresenta dois aspectos:
Primeiro: que não somos assim por natureza, e por isto houve a
nossa necessidade de que Deus fizesse essa separação.
A nossa santificação e a
nossa pureza são uma obra que Deus realiza: não somos nós que nos santificamos,
nem nós que nos purificamos.
Segundo: que, uma vez iniciada esta obra de Deus, nós
correspondemos, uma vez que nossas almas são tocadas por ela.
Então nós somos
reiteradamente exortados a manifestar em nossa vida nossa resposta à vocação de
Deus.
Eu gostaria de citar
três exemplos:
Fp 2:12-15
12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não
só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a
vossa salvação com temor e tremor; 13 porque Deus é quem efetua em
vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. 14
Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo...
Então notemos:
No v. 13 o Espírito
Santo afirma que Deus é quem opera em nós o querer e o realizar de acordo com
sua boa vontade.
Como resultado disto,
com temor e tremor, isto é, numa atitude de reverente amor a Deus, e de
confiança em sua obra, nós devemos desenvolver a nossa salvação, isto é, de vemos
trabalhar para o crescimento espiritual, e não assumir uma atitude indolente e
preguiçosa.
O nosso Deus e Salvador
espera que sejamos, em nossa vida prática, filhos dele em meio a um mundo
pervertido e corrupto.
Nosso Deus espera que
neste mundo de trevas sejamos como luzes resplandecentes, pois Deus é luz e nós
somos filhos dele.
Agora, a Palavra também
nos diz como devemos proceder para ser irrepreensíveis e inculpáveis: “fazei todas as coisas sem murmurações nem
contendas”.
As palavras “murmuração
e contendas” significam reclamação, insatisfação, descontentamento, discussão.
Elas são a atitude
oposta ao mandamento que diz: “Em tudo
daí graças...”
Assim uma das descrições
de uma pessoa irrepreensível está em sua atitude de fazer as coisas com
alegria, sem reclamar, sem contender.
Outro lugar onde ocorre a palavra irrepreensível, ou sem mácula, é...
Hb 13:4
“Digno de
honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e adúlteros.”.
Literalmente: “Digno
de honra seja entre todos o casamento e a relação sexual sem mácula, porque
Deus julgará os imorais (os que têm relações sexuais pervertidas) e os adúlteros (os que têm relações
sexuais extraconjugais)”.
Irrepreensibilidade, aqui, se manifesta numa vida
de pureza sexual, diante de um mundo tão caracterizado pela impureza.
Ap 14:4
“São
estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os
seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre
os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; 5 e não se achou
mentira na sua boca; não têm mácula.”
Este texto é uma palavra profética a respeito dos
chamados 144.000 seguidores do Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo.
Não pretendo entrar aqui numa discussão sobre a
identidade deles, pois estaria fora de nosso propósito desta hora.
Mas desejo destacar o uso da palavra “sem mácula”,
ou irrepreensível.
Mais uma vez, no v. 4, aparece o conceito de pureza
sexual. E
no v. 5, mais uma vez, o conceito daquilo que se expressa através dos lábios:
não se achou mentira em sua boca; não têm mácula.
Estas referências são
representativas do fato de que ser santo e irrepreensível é algo que abrange
tanto a nossa vida interior quanto a exterior. No coração, na sua alma,
o crente é uma pessoa separada do mundo e consagrada para Deus.
E isto se manifesta na
vida exterior:
Na sua atitude de
gratidão diante da vida – gratidão em tudo, gratidão por tudo.
Na a atitude de
contentamento diante das coisas simples, pois aquele que não consegue viver com
simplicidade, à semelhança de Jesus, nunca se dá por satisfeito, tem uma alma
ambiciosa.
Na atitude de fazer
todas as coisas sem reclamar, sem contender.
Na atitude de suportar
as debilidades do semelhante, de perdoar seus pecados, pois um coração que não
perdoa não consegue ser grato.
Na atitude de crer que
Deus é soberano, pois aquele que não crê nisto não consegue entender as circunstâncias
difíceis da vida como bênçãos através das quais Deus trabalha para o seu
crescimento espiritual, e por conseguinte não consegue agradecer.
Na atitude de ser
honesto, sincero e verdadeiro no falar, e isto implica honestidade nos negócios
em todas as transações e associações e relações da vida.
Na atitude diante da
sexualidade, que, de uma forma ou de outra, envolve todos os relacionamentos
humanos.
Pois masculinidade,
segundo a Bíblia, não significa apenas ter a capacidade de se relacionar
conjugalmente.
Mas ter para com as
mulheres em geral uma atitude semelhante à de Jesus, de gentileza, ternura,
respeito, bondade, acolhimento, proteção, liderança amorosa, cavalheirismo.
E feminilidade, da mesma
forma, significa respeito, submissão, o deixar-se proteger, o deixar-se cuidar.
Ser santo e
irrepreensível portanto, abrange todas as áreas da vida.
2. Deus nos escolheu para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele
Esta frase tem dois
aspectos:
Primeiro, significa ser santos e irrepreensíveis aos olhos de Deus,
isto é, de acordo com os padrões dele – mas isto já está implícito nos próprios
conceitos bíblicos das palavras anteriores.
Segundo, e esta é a ênfase aqui, significa estar na presença dele.
Esta é toda a razão da
condição espiritual que ele realiza em nós e espera que correspondamos.
É porque ele nos quer em
sua presença.
Eu gostaria de citar um
personagem do Antigo Testamento que é para nós um dos melhores exemplos do que
isto significa.
2º Rs 3:14
“Disse Eliseu: Tão certo
como vive o SENHOR dos Exércitos, em cuja presença estou, se eu não respeitasse
a presença de Josafá, rei de Judá, não te daria atenção, nem te contemplaria”.
Eliseu estava na presença de Josafá, rei de Judá,
reino do sul, e de Jorão, rei de Israel, o reino do norte.
Eliseu sentia verdadeiro desprezo por Jorão porque
este era um rei ímpio; daí a rudeza de suas palavras.
Mas Eliseu também revela a consciência de si mesmo
diante de Deus nestas palavras: “O SENHOR
dos exércitos, em cuja presença estou...”.
2º Rs 5: 16
“Porém ele disse: Tão
certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com
ele para que o aceitasse, mas ele recusou”.
Desta vez são palavras dirigidas a Naamã,
comandante do exército do rei da Síria. Naamã sofria de lepra, e buscou ajuda de Eliseu
para ser curado.
Eliseu, profeta do Senhor, ordenou que Naamã
mergulhasse sete vezes no rio Jordão. Naamã fez o que Eliseu ordenara e foi curado.
Então ele se sentiu muito grato, e por causa desta
gratidão queria dar um presente a Eliseu. O profeta recusou.
E mediante suas palavras, mais uma vez ele
demonstra a consciência de si mesmo diante de Deus: “O SENHOR dos exércitos, em cuja presença estou...”
Antes de alguma
implicação prática eu desejo citar mais uma referência:
2º Rs 13:14
“Estando Eliseu
padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a
visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai! Carros de Israel e seus
cavaleiros!”.
Eliseu enfermo, prestes a morrer, recebendo visita.
O que desejo
dizer é que uma pessoa que vive na presença de Deus, em certo sentido, é uma
pessoa completamente dentro das normas humanas. Um homem de Deus é um ser humano sujeito a
enfermidades, à morte, carente de companhia, como todos os demais. É um homem comum, no
meio a multidão.
Mas, por causa deste
estar na presença de Deus, este homem comum era também um homem extraordinário,
no sentido de que ele conhecia a voz de Deus; de que Deus o orientava, e por meio
dele também orientava outras pessoas. Era extraordinário no sentido de que ele
orava e Deus atendia.
Daí repetidamente estas
palavras em seus lábios: “O SENHOR dos
exércitos, o Deus em cuja presença estou...”.
Ora, estas palavras de
Eliseu são as mesmas usadas pelo apóstolo Paulo quando ele escreve isto: “Deus nos escolheu para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele...”, mostrando-nos assim que o propósito divino
é que cada um de nós também viva em sua presença, como pessoas consagradas e em
comunhão com ele.
Que no meio do mundo, somos
pessoas comuns; mas ao mesmo tempo em que nossas vidas não sejam como as
demais: sejam vidas ligadas a Deus, que conheçam a Deus e andem com ele; que
nele se movam e existam, como peixes, que vivem na água, a nossa vida seja
mergulhada na presença de Deus; como um pássaro que caminha no céu, assim o
nosso caminhar natural, seja na presença de Deus.
Que privilégio!!! Que
delícia de vida. Que doçura de vida. Ser chamado por Deus, ser santificado por
Deus, ser consagrado por ele e para ele, para andar com ele.
Eliseu era chamado homem
de Deus.
Conclusão
Bendito, louvado, engrandecido seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele
Aplicações
Eu desejo fazer algumas
aplicações desta Palavra.
Veja a ultima parte do
v. 4 – “E em amor nos predestinou para
ele...”.
Pretendo voltar neste
texto na próxima semana. Mas o que desejo agora dizer é isto: Crente em Jesus,
Deus te amou, e por isto te escolheu e te chamou, te redimiu no sangue de
Jesus, te purificou.
Sendo assim,
Primeiro: Veja o cap. 4:1
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que
andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados...”
Se você foi escolhido para ser santo, que ser santo
seja o teu propósito na vida.
Se você foi escolhido para ser irrepreensível, que
ser irrepreensível seja o teu projeto.
Se você foi escolhido para estar na presença de
Deus, que vive na presença de Deus seja o teu modo de existir, de respirar.
Segundo: Procure compreender
cada vez mais o que isto significa.
Se você continuar a ler esta carta, depois do v.
14, verá que o apóstolo Paulo continua a descrever as implicações doutrinárias
e práticas deste propósito de Deus para nós.
Ele explica melhor o que Deus deseja, mostra-nos de
que modo esta vida planejada por Deus se desenvolve, e o poder com o qual
podemos contar para que ela se realize.
Por isto eu quero te exortar a cinco propósitos:
1 – A ler e meditar
nesta carta – pois como já dissemos, o Espírito de santidade opera em nós
através do entendimento da verdade, verdade que nos é revelada na Bíblia.
Observe esta carta.
Depois de expor resumidamente o plano de Deus,
Paulo o desenvolve, de modo doutrinário até o final do cap. 3.
Nos caps. 4 a 6, Paulo explica as implicações
práticas desta doutrina em nossa vida diária, tanto individualmente, como na
família, na igreja e no mundo lá fora.
Ele mostra que os planos de Deus antes da criação
do mundo têm implicações em todas as áreas de nossa vida, de modo que o nosso
aqui e agora tem como base o que Deus planejou no passado, e que o nosso futuro
eterno é o resultado do nosso aqui e agora.
2 – A estar aqui no
próximo domingo, para cultuarmos a Deus e continuarmos juntos este estudo.
3 – A orar por si mesmo
e pela igreja – para que compreendam não somente a vontade de Deus, mas o poder
que está à disposição de vocês, para que vivam à altura deste chamado celestial
Veja o Cap. 1:15 – Título: Paulo ora pelos crentes
Veja o Cap. 3:14 – Título: Paulo ora novamente
4 – A orar por mim,
para que Deus me dê iluminação para estudar, praticar e transmitir estes
ensinamentos para vocês.
Cap. 6:18, 19
“com toda
oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me
seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer
conhecido o mistério do evangelho...”.
5 – A convidar outras
pessoas para estarem conosco.
As verdades desta Bíblia sagrada, Deus quer que nós
as partilhemos para o maior número possível de pessoas; e quando convidamos
outros para virem à igreja, estamos dando a eles a oportunidade de ouvir o
Evangelho de Jesus, o Evangelho da salvação de todo aquele que crê.
Agora, se você ainda não
sabe sobre a sua situação espiritual diante de Deus, ou antes, se você ainda
não tem certeza do amor de Deus por você, de sua salvação, de seu chamamento.Veja
como podemos saber:
Ef 1:13
“Em quem também vós,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo
nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa”.
A maneira de Deus nos
chamar é esta: através da Palavra o Evangelho, isto é, a Palavra pregada que é
baseada na Bíblia, a Palavra que diz que Jesus morreu para nos salvar
Cada vez que a Palavra é
pregada, é um chamado de Deus a todos os homens.
Se você ainda não é
salvo, mas se ouvir e crer, se você disser sim ao chamado de Deus, veja o que
acontece: o Espírito Santo vem sobre você, e coloca sobre você o selo de filho
de Deus.
Daí por diante você será
santificado, crescerá espiritualmente e vai se preparar para o dia da volta de
Jesus.
Então, se você não é
salvo, pode ser alvo agora. Basta que creia. Basta que diga sim ao chamado de
Deus.
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