Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 9 de outubro de 2011
Pr. Plínio Fernandes
Meus
amados, vamos ler Daniel capítulo 4
1 O rei Nabucodonosor a todos os
povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra: Paz
vos seja multiplicada! 2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e
maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. 3 Quão
grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é
reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava
tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio. 5 Tive um sonho, que
me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha
cabeça me turbaram. 6 Por isso, expedi um decreto, pelo qual fossem
introduzidos à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me
fizessem saber a interpretação do sonho. 7 Então, entraram os magos,
os encantadores, os caldeus e os feiticeiros, e lhes contei o sonho; mas não me
fizeram saber a sua interpretação.
8 Por fim, se me apresentou
Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o
espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo: 9
Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos,
e nenhum mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu tive; dize-me a
sua interpretação.
10 Eram assim as visões da minha
cabeça quando eu estava no meu leito: eu estava olhando e vi uma árvore no meio
da terra, cuja altura era grande; 11 crescia a árvore e se tornava
forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos
confins da terra. 12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto,
abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo
achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e todos os seres
viventes se mantinham dela. 13 No meu sonho, quando eu estava no meu
leito, vi um vigilante, um santo, que descia do céu, 14 clamando
fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as
folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as
aves, dos seus ramos. 15 Mas a cepa, com as raízes, deixai na terra,
atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo. Seja ela molhada do
orvalho do céu, e a sua porção seja, com os animais, a erva da terra. 16
Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado
coração de animal; e passem sobre ela sete tempos. 17 Esta sentença
é por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de
que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens;
e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles.
18 Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar,
dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam
fazer saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses
santos.
19 Então, Daniel, cujo nome era
Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o turbavam.
Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho, nem a sua
interpretação. Respondeu Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja contra
os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos. 20
A árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao
céu, e que foi vista por toda a terra, 21 cuja folhagem era formosa,
e o seu fruto, abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual
os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam
morada, 22 és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua
grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da
terra. 23 Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia
do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes
deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja
ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até
que passem sobre ela sete tempos, 24 esta é a interpretação, ó rei,
e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor: 25
serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo,
e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e
passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. 26 Quanto ao
que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino
tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina. 27
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus
pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e
talvez se prolongue a tua tranquilidade.
28 Todas estas coisas sobrevieram
ao rei Nabucodonosor. 29 Ao cabo de doze meses, passeando sobre o
palácio real da cidade de Babilônia, 30 falou o rei e disse: Não é
esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso
poder e para glória da minha majestade? 31 Falava ainda o rei quando
desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o
reino. 32 Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com
os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete
tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o
reino dos homens e o dá a quem quer. 33 No mesmo instante, se
cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e
passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu,
até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como
as das aves.
34 Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu
bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo
domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. 35 Todos
os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade,
ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa
deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? 36 Tão logo me tornou a vir o
entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha
majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus
grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária
grandeza.
37 Agora, pois, eu,
Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas
obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que
andam na soberba.
Existe mais de uma razão pela qual Daniel 4 é um
capítulo extraordinário, até mesmo dentro da Bíblia sagrada. Uma delas é a
própria história aqui registrada: nos conta sobre a conversão de Nabucodonosor,
o grande rei da Babilônia, a maneira como ele reconheceu a Deus como Senhor de
tudo e de todos, inclusive de sua própria vida . Mas eu desejo destacar que
neste capítulo nós temos a Palavra inspirada por Deus e falada através de
Nabucodonosor.
Nos capítulos anteriores nós temos lido sobre homens
que conheceram a Deus, andaram com ele, e por isto foram fortes, fizeram
proezas para a glória de Deus. Aqui nós vemos isto acontecer novamente. O
profeta Daniel mais uma vez interpreta um sonho do rei; e sua interpretação se
revela verdadeiramente como Palavra do Senhor.
Mas o que está escrito aqui, ainda que possivelmente
Daniel tenha contribuído para a redação, é o testemunho do próprio
Nabucodonosor, que depois de muitos encontros e desencontros com Deus,
finalmente veio a reconhecer e conhecer ao Deus verdadeiro. Depois desta
experiência, conforme ele registra aqui, Javé já não é mais para ele
simplesmente “o Deus de Daniel”, o maior de todos os deuses. Ele é o Deus
Altíssimo, o Senhor do céu, o que domina sobre tudo, sobre todos, inclusive
sobre a vida dele. Depois desta experiência, Nabucodonosor já não se prostra
aos pés de Daniel, oferecendo oferta de manjares e suaves perfumes[1],
nem “faz um decreto” [2]
pelo qual todos devem respeitar o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Aqui, Nabucodonosor é quem faz a proeza. Ele mesmo é
quem louva, exalta, adora ao Deus Altíssimo. Abençoa todos os povos, e
inspirado por Deus, dá o seu testemunho do que o Altíssimo Deus lhe fez,
contando o que aprendeu.
Nabucodonosor já havia, durante muito tempo, estado
em contato com os judeus, e especialmente através do testemunho do profeta
Daniel e seus amigos, visto a grandeza e o poder do Senhor. Mas seu coração
empedernido continuava a adorar falsos deuses. E ele se sentia feliz e
tranquilo com isto. Ele continuava a viver de maneira egoísta, pecaminosa, e
dominava despoticamente sobre seus súditos, como se fosse, de fato, o
verdadeiro rei do império babilônico.
Então, um dia, Nabucodonosor teve um sonho que o deixou
profundamente perturbado. Neste sonho, registrado nos vs. 10-17, ele viu uma
enorme árvore, que crescia ainda mais a cada instante, a ponto de alcançar as
alturas do céu, e era vista desde os lugares mais remotos da terra. As aves se
aninhavam em seus ramos e galhos frutíferos, e os animais do campo vinham
descansar e se alimentar à sua sombra.
De repente, desce alguém do céu, um vigilante, a
fala com grande voz:
- “Cortem a
árvore; espalhem seus frutos, afugentem as aves e animais. Deixem apenas o toco
e as raízes no chão, e cerquem-na com cadeias de ferro e de bronze. Que o coração dela seja mudado, para que não
seja mais coração de homem, e seja dado a ela um coração de animal, até que se
passem sete tempos. Esta sentença é dada por decreto dos vigilantes, dos santos
do céu para que os viventes saibam que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos
dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre
eles”.
Então Nabucodonosor mandou chamar seus conselheiros:
astrólogos, feiticeiros, adivinhos, para que lhe interpretassem o sonho; e, não
foi a primeira vez, os seus conselheiros não puderam ajudá-lo. Aliás, é sempre
assim: apesar de saber que as adivinhações, a astrologia, as feitiçarias não
ajudam em nada, a pessoa que ainda não conhece nem confia em Deus sempre recorre
a estas coisas, e sempre se sai frustrada e ainda mais escravizada
espiritualmente.
Mas então Nabucodonosor se lembrou de Daniel,
profeta do Senhor, e mandou buscá-lo. Contou-lhe o sonho. E ainda que Daniel
tenha ficado perturbado com o que ouviu, nem desejando contar o que
significava, explicou-o claramente ao rei: a grande árvore era um símbolo do
próprio Nabucodonosor, que havia construído um grande império, que dominava os
quatro cantos do mundo de então. As aves e animais simbolizavam os povos que
estavam sob seu domínio. Mas Nabucodonosor pensava que tudo isto era devido à
sua coragem, à sua força, e não reconhecia que tudo isto vinha do Altíssimo.
Vivia em pecado, e não se curvara diante do Deus verdadeiro.
Então Deus havia decretado: o rei seria expulso de
seu convívio com os homens, e durante sete tempos (não sabemos se isto quer
dizer meses, semanas, anos ou estações, mas durante um tempo fixado por Deus),
iria morar com os animais do campo. Depois que reconhecesse que, de si mesmo,
ele não era nada, depois que reconhecesse que o Senhor é o grande rei, ele
seria restituído, mas com uma atitude diferente.
Daniel, pois, disse ao rei:
- “Aceite o
meu conselho: pare de pecar, seja um rei justo, que se preocupa com os
necessitados; talvez a tua paz seja prolongada”.
O tempo passou, e Nabucodonosor se esqueceu de tudo
aquilo. Um ano depois, ele estava andando sobre o magnífico palácio real na
cidade da Babilônia. Os jardins suspensos que ele construíra para sua esposa,
Amitis, foram considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.
E ao contemplar a glória da cidade, ele exclamou:
- “Não é esta
a grande Babilônia, que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso
poder e para a glória da minha majestade”?
De repente ele ouviu uma voz do céu: chegara a hora
de se cumprir o decreto de Deus; e tudo o que Daniel dissera começou a
acontecer. O coração de Nabucodonosor foi mudado num coração de animal.
Nabucodonosor foi vítima de uma enfermidade mental,
atestada em vários outros lugares, que mais tarde veio a ser chamada
“zoantropia”. Uma doença depressiva na qual a pessoa, embora não perdendo a
consciência completamente, passa a imaginar que é um animal: um boi, uma
ovelha, um lobo, e passa a viver com os animais, comendo o que eles comem, dormindo
com eles. Na antiguidade, como não havia tratamento psiquiátrico, estas pessoas
eram abandonadas, muitas vezes imaginando-se que estavam possuídas por algum
espírito. E depois de certo tempo acabavam, muitas vezes, sarando por si
mesmas. Ou não.
Nabucodonosor então saiu para os campos. Sem
cuidados, os pelos de seu corpo e seus cabelos cresceram como se ele fosse um
animal, as unhas cresceram como as garras das aves, até que se passou o tempo
determinado por Deus.
Então, passado esse tempo, ele ergueu os olhos ao
céu. E tornou-lhe a vir o entendimento, e ele sarou. E percebeu como não era
nada. E percebeu que o ser humano não é nada diante do poder, da majestade, da
santidade, do domínio de Deus. Aí ele adorou a Deus. Tão logo recobrou o
entendimento, ele voltou para o seu palácio, onde foi recebido e restituído ao
trono, onde passou novamente a reinar com extraordinária grandeza.
E conclui no v. 37:
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo,
exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e
os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba”.
Para que se convertesse, Nabucodonosor precisou
aprender certas verdades a respeito de Deus, verdades que precisamos conhecer,
nunca esquecer e viver de acordo com elas.
Vamos meditar sobre estas verdades que Nabucodonosor
aprendeu.
1ª. Nabucodonosor aprendeu que o Senhor
reina
O Senhor domina sobre tudo, nos céus a na terra. Esta
verdade é afirmada de vários modos neste capítulo, tanto por Daniel como por
Nabucodonosor.
No v. 17 – no sonho de Nabucodonosor:
“Esta sentença é por decreto dos vigilantes,
e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao
mais humilde dos homens constitui sobre eles”.
Nos vs. 24, 25 – na interpretação do sonho feita por
Daniel:
24 Esta é a interpretação, ó rei,
e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:25
serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo,
e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e
passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Depois, no v. 32, uma voz do céu repete exatamente
as palavras de Daniel. Ou será que Daniel é que antecipou as palavras do céu?
- “Serás
expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e
far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti,
até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a
quem quer”.
As declarações mais expressivas são feitas pelo
próprio Nabucodonosor nos vs. 34,35 e 37:
Deus é o Altíssimo, o grande rei. O seu reino é
eterno, pois ele é o que vive para sempre. O seu domínio é de geração em
geração. Ele é o rei, desde o tempo de nossos antepassados, ele é o que reina
hoje, ele é o que continuará a reinar no futuro, no tempo de nossos filhos.
Nosso tempo vai passar, nossos dias vão se findar, mas ele continuará para
sempre. Ele reina de acordo com sua própria vontade.
Há duas coisas a serem lembradas sobre a vontade de
Deus, de acordo com o testemunho de Nabucodonosor: a primeira, no v. 35 – a
vontade de Deus é soberana.
“Todos os moradores da terra são por ele
reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e
os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que
fazes”?
De acordo com sua vontade ele opera com os moradores
da terra. Você é um morador da terra? Então, quem é o rei da tua vida? Quem é o
Senhor dos teus caminhos? Para o conforto do nosso coração, eu gostaria de ler
apenas mais uma passagem que nos ensina sobre isto:
Jr 10:23
“Eu sei, ó SENHOR, que não cabe ao homem
determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos”.
O segundo fato a ser lembrado está no v. 37: a
vontade de Deus é justa.
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo,
exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e
os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba”.
Embora muitas vezes não entendamos, podemos sempre
confiar que tudo o que Deus faz, ele o faz com justiça. Muitas vezes, temos a
impressão, como Nabucodonosor, de que o domínio do mundo pertence aos homens,
que cada homem faz o que bem lhe parece, e não acontece nada. Mas na história
deste rei aprendemos que cada ser humano só vai até onde Deus permite. No
momento em que o Senhor soberano deseja, ele despoja o homem de toda a sua
arrogância, de toda a sua soberba, e mostra quem é que reina.
E na sua soberana vontade, o Senhor domina sobre a
vida de cada ser humano: ele estabelece reis e depõe reis. A uns ele faz
lavradores, a outros, presidentes. A uns ele faz brasileiros, a outros ele faz
europeus. A uns ele faz brancos, a outros ele faz negros. Ele tem o domínio e o
poder até sobre a mente e coração de cada pessoa.
João Batista, ao falar sobre a maneira como cada ser
humano tem seu destino dirigido por Deus, faz uma das mais belas declarações da
Bíblia a respeito disto:
Jo 3:27
“Respondeu João: O homem não pode receber
coisa alguma se do céu não lhe for dada.”
Isto ele disse por que alguns estavam se queixando
que muitos estavam seguindo a Jesus, e assim deixando se seguir ao próprio João
Batista. Ninguém neste mundo tem nada, ninguém neste mundo é nada, a não ser
que seja dado do céu.
O apóstolo Paulo fala em termos semelhantes:
1ª Co 4:7
“Pois quem é que te faz sobressair? E que
tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como
se o não tiveras recebido?”
Aqui ele está falando mais especialmente daqueles
dons que Deus nos outorga a fim de servirmos em sua igreja: a capacidade de
ensinar, de pregar, de aconselhar, de cantar, de administrar - tudo é dom de
Deus. Se é assim, qual o sentido de alguém se tornar orgulhoso, soberbo?
Ele domina até sobre a saúde dos homens.
Nabucodonosor ficou mentalmente perturbado por decreto de Deus. E foi curado
quando Deus determinou. Ele fere, ele cura, ele dá a vida, e também leva à
morte. Ele é soberano. Ele é o grande rei de toda a terra. E todas as suas
obras são justas
2ª. Nabucodonosor aprendeu que o Senhor, o
rei soberano do universo, odeia a soberba e toda forma de pecado
Podemos observar isto em dois versículos:
No v. 27, no conselho de Daniel: “Pare de pecar, pare de ser um rei injusto,
que só se preocupa consigo mesmo, em enriquecer, e se esquece dos necessitados
do seu reino”. No v. 37, o testemunho do rei, quando diz que o Senhor “pode humilhar os que andam na soberba”.
A palavra soberba vem da língua latina, e tem a
mesma raiz de onde vem a palavra “sobre”, que significa acima, superior, mais
elevado. Soberba significa pensar de si mesmo, como alguém que de alguma forma,
está acima, é melhor que os outros; orgulho de si mesmo, de ser quem é, do modo
que é, de sua posição.
A soberba pode se manifestar escancaradamente, de
tal maneira que é observada por todos, ou pode se manifestar sutilmente, de
modo que só Deus, que sonda os corações, sabe quando alguém, lá no íntimo, está
sendo orgulhoso.
A soberba pode ser em relação a Deus, quando o homem
se coloca acima de Deus, ou em ralação a outras pessoas. E ela se manifesta de
duas formas principais:
Primeira:
através de um comportamento no qual aberta ou sutilmente o homem se coloca
acima de Deus. É quando Deus diz uma coisa em sua Palavra, e o homem faz outra
em seu comportamento. Por exemplo, quando Deus diz:
- “Guarda o
dia de descanso, para o santificar”, mas o homem, com o seu comportamento
diz: “Não, este dia é meu, e faço dele o
que eu achar melhor”.
Ou quando Deus diz:
- “Amai os
vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem, abençoai os que vos
maldizem...” e dizemos: “Ah! Mas esta
pessoa não dá para perdoar...”.
Ou ainda quando ele diz:
- “Este tipo
de relacionamento não é bom prá você, não é a minha vontade”, mas nós
dizemos: “eu sei, mas não importa...”
Esta desobediência à Palavra de Deus é aquilo que a
Bíblia chama de pecado. Todas estas coisas, e muitas outras, são maneiras de
dizer:
- “Deus não é
tão sábio quanto eu, Deus não é tão poderoso quanto eu. Aqui quem manda sou
eu!”
Muitas pessoas nunca se encurvam diante de imagens
de escultura, nunca se curvam diante de falsos deuses, mas curvam-se diante de
sua própria vontade, de seus próprios desejos pecaminosos, e assim rejeitam a
Deus.
Agora, meu irmão, se você está pensando mais ou
menos assim: “Ah! Isto que o pastor está dizendo serve bem prá fulano de tal”,
cuidado, pois a outra forma de a soberba
se manifestar é através daquilo que a pessoa diz, ou que pensa a respeito de si
mesma. Foi assim no caso de Nabucodonosor: ele era soberbo em seu estilo de
vida; segundo o que ele pensava, quem mandava na sua própria vida era ele
mesmo. Mas também era soberbo em seu modo de falar.
v. 30
“Não é esta a grande Babilônia que eu
edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha
majestade”?
E existe uma espécie de soberba que é a pior de
todas: é quando ela se esconde sob o verniz da espiritualidade, quando adquire
ares de espiritualidade, de santidade, e a pessoa pensa sobre si mesma como
estando acima da média, como sendo mais espiritual que as outras, mais
trabalhadora, mais sábia, mais perspicaz. Jesus fala sobre isto numa parábola
contundente, em Lc 18:9-14
9 Propôs também esta parábola a
alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os
outros:10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um,
fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava de
si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os
demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;12
jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13
O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao
céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o
que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
Vamos nos concentrar no fariseu - a seita dos
fariseus era conhecida por sua dedicação à religião. E aqui estava um membro
desta seita – este homem era uma “joia rara”. Está aqui fazendo uma oração de
louvor a Deus, agradecendo a Deus, porque era por Deus que ele era quem era. Graças
a Deus que ele não era um adúltero, injusto, nem ladrão. Duas vezes por semana
(a lei dizia uma vez por ano), ele jejuava para se consagrar ainda mais. Era um
dizimista fiel.
Tudo isto é muito bom: uma pessoa que vai à igreja,
é dizimista, vive dando um bom testemunho. Qual é o pastor que não quer que os
membros da igreja sejam assim? Quem é o pastor que não deve ser assim? Mas
havia um problema enorme, intransponível entre ele e Deus: este homem se achava
melhor que os outros.
- “Não sou
como os demais pecadores, não sou como este publicano, este funcionário público
corrupto. Te dou graças, ó Deus, porque sou melhor”.
Meus irmãos, este homem fazia muita coisa de “dar
inveja”; talvez muitos quisessem ser espirituais como ele. Mas Deus não ouviu
uma palavra de sua bela oração. Porque Deus resiste aos soberbos, porque Deus
odeia o orgulho, velado ou explícito.E ele não somente odeia o pecado, mas
também manifesta o seu ódio contra o pecado.
Veja o que aconteceu com Nabucodonosor:
Primeiro Deus alertou através de Daniel. Ele sempre
faz assim: primeiro ensina, alerta, avisa. Envia sua Palavra. E se o homem não
se converte, então ele envia seu castigo. Nabucodonosor se tornou um demente
mental. Isto me faz pensar no que Rev. Jay Adams escreveu num livro chamado
“Conselheiro Capaz”. Ele diz que muitas pessoas internadas em hospitais
psiquiátricos, com problemas de histeria, depressão e coisas parecidas, na
realidade não estão com algum problema orgânico, mas estão carregadas de culpa,
de pecados não confessados, abandonados e resolvidos (e muitas vezes, são
membros de igreja).
Nabucodonosor ainda pôde escapar da ira de Deus,
pois veja o que diz o v. 34:
“Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu
bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo
domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração”.
Olhou para o céu. Parou de olhar para a sua volta,
para os seus feitos, voltou os olhos para Deus. Mas há daqueles que nunca fazem
isto, e mesmo que não cheguem à demência mental são tão loucos quanto
Nabucodonosor, e irão parar no pior hospício do universo. Estou me referindo ao
ensino de Jesus em outra parábola.
Lc 12:16-20:
16 E lhes proferiu ainda uma
parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. 17
E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os
meus frutos?18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros,
reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus
bens. 19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens
para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 20 Mas Deus lhe
disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para
quem será?
Louco é aquele que vive para si, para satisfazer-se
a si mesmo, e não para Deus. Meu amado, chega a hora em que cada um de nós tem
que prestar contas a Deus, aqui ou na eternidade.
3º. Nabucodonosor também aprendeu que o
Senhor, rei do universo, que odeia o pecado, é também grande em misericórdia
Deus se demora em castigar, mas é rápido em perdoar.
Antes de castigar, o Senhor deu a Nabucodonosor tanto tempo para que se
arrependesse! E não é porque ele não vê o mal, não é porque ele faz “vista
grossa”. É a sua paciência. E mesmo quando castiga os homens por seus merecidos
pecados, mesmo quando submete os homens a situações de humilhação, um de seus
grandes propósitos é levar os homens a buscá-lo.
Dt 8:2, 3
2 Recordar-te-ás de todo o
caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos,
para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se
guardarias ou não os seus mandamentos. 3 Ele te humilhou, e te
deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais
o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de
tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.
Ele humilhou a nação israelita para que aprendessem
a confiar nele, a esperar nele, e não serem presunçosos em si mesmos.
Há um ditado que diz: “Se não é pelo amor, será pela dor”. Como isto tantas vezes se
torna uma realidade na experiência humana! Deus está sempre proclamando seu
amor revelado em Cristo. Sempre chamando os homens ao arrependimento, mas a
criatura endurece o coração para com o Criador. Então o Senhor envia a dor: o
desemprego, a enfermidade, a morte de um ente querido. Até que este coração
duro se arrepende, olha para cima e abandona seus pecados.
Será que ao fazer isto o Senhor está sendo cruel?
Muito ao contrário, ele está sendo longânimo, misericordioso, dando tempo e
conduzindo ao arrependimento, antes que seja tarde. Para Deus, é melhor que o
homem sofra neste mundo, temporariamente, do que na eternidade. Para nós
também. E então, quando quebrantado diante da poderosa mão de Deus, o homem
confessa seus pecados, abandonando-os, imediatamente vem o perdão, a
restauração, a nova vida. Esta é a oferta que Deus faz a todo homem.
At 3:19, 20
19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os
vossos pecados,20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos
de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus
Tempos de refrigério: perdão, restauração da alma. Não
importa quão pecador seja o homem; Deus é maior que o pecado; seu amor é maior,
seu perdão é maior, seu poder é maior. O amor de Deus é mais forte que a morte,
pois ele enviou seu amado Filho Jesus para que, Jesus, morrendo na cruz,
levasse sobre si o castigo que era nosso. Jesus morreu por nós, e ressuscitou
porque seu sacrifício foi aceito pelo Pai.
Agora, se crermos em Cristo como aquele que sofreu
em nosso lugar, se nos arrependermos de nossos pecados, todo o castigo que
merecíamos é de nós retirado, e em Cristo encontramos descanso para nossas
almas.
Depois de ter sofrido, ao invés de ficar revoltado,
Nabucodonosor agradeceu e louvou a Deus, pois percebeu que o sofrimento foi bom
para sua alma.
Conclusão
Na sua humilhação, Nabucodonosor aprendeu que:
O Senhor é o
rei do universo. Ele domina sobre tudo, nos céus e na terra, segundo sua
vontade santa, justa e verdadeira. Ele tem domínio sobre a vida de cada ser
humano, desde o maior ao menor.
O rei do
universo odeia o pecado, a soberba, o desejo que o homem tem de ser seu
próprio deus, e envia sua Palavra para que os homens se convertam. Quando isto
não acontece, então envia seus castigos.
O rei do
universo é também misericordioso. Mesmo no castigo há esperança de
misericórdia, pois ele está pronto a perdoar todo aquele que se arrepende.
Aplicações
Tomando Nabucodonosor como referência, entre vocês
podem existir pelo menos três tipos de situação que estão vivendo.
1.
Talvez você esteja vivendo como Nabucodonosor, antes de sua humilhação.
Se for assim, esta Palavra de Deus deve fazer
despertar em você o respeito para com Deus, e arrependimento dos pecados.
“Temor do Senhor”. Medo de pecar. Pois o Senhor odeia o pecado, e ainda que
seja longânimo, tardio em irar-se, como diz a carta aos Hebreus, “Terrível
coisa é cair nas mãos do Deus vivo...”
Talvez o Senhor esteja pacientemente falando com
você, sobre seus pecados, dizendo: abandone a desobediência à minha Palavra. Abandone
o pecado sexual. Abandone seus vícios. Abandone as mentiras. Abandone a
feitiçaria. Abandone o ódio, a inimizade. Abandone a soberba. Abandone a
apatia, a frieza espiritual. Abandone a fascinação com as coisas deste mundo, o
amor pelas coisas da carne.
E você está resistindo. Até quando você continuará
desobedecendo a Deus? Até ele lhe enviar uma doença? Até você ficar louco? Ou
até o inferno? Arrependa-se antes que seja tarde. Volte-se para o Senhor, que é
rico em perdoar.
2.
Mas talvez você esteja como Nabucodonosor no tempo de sua humilhação. Talvez a
disciplina do Senhor já esteja acontecendo.
Talvez você já esteja passando por aflições,
psicológicas, emocionais, tais como sentimento de rejeição, ou culpa. Ou
enfermidades. Ou aflições financeiras, ou desemprego. Ou conflitos familiares.
Por favor, não me entenda mal: não estou dizendo que
cada vez que uma pessoa passa por problemas desta natureza, é por causa de
pecado, mas que muitas vezes estas coisas são por causa de pecado sim. E quem
passa por isto sabe no seu coração que estas aflições são por causa de seus
pecados.
Meu amado, se isto está acontecendo, então não
demore mais. Não fique revoltado contra Deus; ao contrário, agradeça por seu
amor que trata você como a um filho. Peça perdão hoje mesmo, volte-se para
Deus. Ele perdoa e restaura.
3.
Mas por último, pode ser que você já esteja vivendo como Nabucodonosor depois
de sua humilhação - sua vida já foi quebrantada; você foi convertido, e sabe
como foi bom ter passado pela aflição, porque na sua aflição você olhou para o
céu, e Deus te perdoou, veio ao teu encontro e salvou sua alma.
a)
Então, primeiro, estas verdades devem mantê-lo humilde.
Deus odeia o orgulho, a vaidade, a vanglória. Deus
odeia o elogio a si mesmo, o sentimento de superioridade. Todo aquele que se
humilha será exaltado, e todo aquele que se exalta será humilhado. Deus resiste
aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça.
Sabe qual é um dos riscos constantes que nós
passamos? É o de olharmos para a história do fariseu orgulhoso, e em nossos
corações termos uma atitude assim: “Graças
te dou, ó Deus, porque não sou como este fariseu”, porque o nosso coração é
tão enganoso que nos faz acreditar que somos humildes, que somos espirituais,
que somos melhores.
b)
Devem fazê-lo refugiar-se, a cada dia, somente na misericórdia de Deus.
Quem de nós pode olhar para si mesmo e dizer com
toda a sinceridade: não tenho pecado, nunca erro!? Pois se nosso Senhor diz que
mesmo quando desejamos o mal em nosso coração já estamos pecando... Aquele que
sonda os corações sabe de nossa arrogância íntima, de nossos pecados íntimos,
mesmo que mais ninguém o saiba.
E só há uma maneira de escaparmos da ira de Deus: é
nos refugiando na misericórdia de Deus. É dizendo: “Senhor, sou um grande pecador; em mim há inclinação para o que é mau,
para o que é injusto; eu odeio o meu pecado, mas sou pecador. Senhor, minha
única salvação é a tua bondade, a tua misericórdia”.
c)
Devem-nos fazer orar.
O Senhor Deus é o rei do universo, domina sobre as
nações, governa nossa vida. Ele atende as orações dos que nele confiam, dos que
nele se refugiam.
Oremos por nós, por nossa igreja, por nossos amigos,
por nossos inimigos. Oremos por nossa pátria, por nossos governantes. Busquemos
a graça de Deus, que o nome de Deus seja honrado em nossa nação. Somente assim
o Brasil pode ser uma terra abençoada.
d)
Devem-nos fazer viver de modo consciente para a glória de Deus
Para honrar somente a Deus, com nossas palavras, com
nossas atitudes, com nossa vida. Com os nossos dons: aquele que prega, aquele
que ensina, aquele que preside, não se glorie nisto, não se julgue melhor por
isto, não busque glória por isto. Nem individualmente, nem como igreja devemos
nos gloriar. É muito feio. Não nos gloriemos do que somos, do que temos, do que
fazemos.
Não censuremos os que não são ou não fazem. Temos
uma Bíblia tão maravilhosa que começamos a pensar que nós somos maravilhosos. Precisamos
conscientemente abandonar toda vanglória. Nossa única glória é Jesus Cristo. Nosso
viver deve ser para a glória de Cristo.
e)
Uma vida de testemunho e proclamação da Palavra de Deus.
Como Nabucodonosor que não pode deixar de falar do
que viu e ouviu. Precisamos pregar o evangelho do reino de Deus, do reino dos
céus. Não do reino da terra. Precisamos pregar que só Jesus Cristo é o Senhor,
e que ele virá para julgar o mundo.
f)
Um coração descansado e alegre, como o de Nabucodonosor depois de sua
conversão.
Mesmo que você esteja dentro da vontade de Deus,
pode ser que esteja passando por tribulações. Como diz o Salmo 34, “muitas são
as aflições do justo, mas o Senhor, de todas o livra.”
Se você está obedecendo a Deus, e mesmo assim está
passando por lutas, saiba que o Senhor continua no trono, e a promessa dele é
que irá libertá-lo. Se homens ímpios prejudicam você, não duvide de que a hora
do Senhor tratar com eles vai chegar. A promessa dele é que todas as coisas
cooperam para o bem dos que o amam, e andam nos seus caminhos. Se ele reina, se
ele é justo e misericordioso, se nosso refúgio é o amor que ele tem por nós, se
abandonamos nossos pecados, então podemos descansar que tudo está nas mãos
dele. Não precisamos ter medo dele, haja o que houver, pois suas mãos dirigem
nosso destino.
Nós o louvamos porque ele é Soberano.
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