Todo pecado será perdoado
Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 21 de abril de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Meus irmãos, vamos ler Mateus 12:22-32
22 Então, lhe trouxeram um
endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. 23E
toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? 24
Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo
poder de Belzebu, maioral dos demônios. 25Jesus, porém,
conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo
ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. 26
Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois,
subsistirá o seu reino?27 E, se eu expulso demônios por Belzebu, por
quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. 28
Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o
reino de Deus sobre vós. 29 Ou como pode alguém entrar na casa do
valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a
casa. 30 Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta
espalha. 31 Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão
perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.32
Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso
perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso
perdoado, nem neste mundo nem no porvir.
Todos os seres humanos, em maior ou menor
medida, têm dentro de si um dom maravilhoso, chamado “consciência”. A
consciência é a capacidade de discernir quanto à qualidade moral de nossas
ações; a capacidade de discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado. Temos
esta capacidade porque fomos criados à imagem e semelhança de Deus.
Mas consequentemente, uma das nossas mais
profundas e universais percepções, é que todos nós somos pecadores e carentes
de perdão: a nossa consciência nos mostra isto. Mesmo entre as pessoas que se
dizem incrédulas, quando elas se aquietam e decidem honestamente analisar seu
comportamento, suas decisões, seus pensamentos, as palavras que dizem, acabam
se encontrando errados em muitas coisas, e por isto, no dia em que Deus, de
acordo com o Evangelho, trouxer a julgamento todos os homens, todos os homens
serão igualmente indesculpáveis.
Mas aqui está a grande surpresa deste mesmo
Evangelho: assim como ele diz que todos os homens são pecadores, e que estes
pecados são muitos, e muito grandes, que todos os homens são culpados diante de
Deus, também diz que em Deus há perdão para todos os pecados. Não existe pecado
tão grande que não possa ser perdoado, a não ser que nos recusemos a receber este
perdão de Deus em nossa vida.
É disto que nosso Salvador está falando nos
vs. 31 e 32 de nosso texto. Nós já temos lido, desde o cap. 9, que entre ele e
os fariseus estava se desenvolvendo um conflito cada vez maior; eles já haviam
decidido que iriam matá-lo; e agora, depois que Jesus libertara e curara um
homem possesso de espírito imundo, os fariseus acusavam-no de expulsar demônios
pelo poder de Satanás.
Então Jesus lhes respondeu de duas maneiras:
primeiramente, nos vs. 25 a 27, ele disse que a acusação deles não tinha
sentido. Se ele estivesse derrotando Satanás pelo poder de Satanás, então o
reino maligno estaria dividido contra si mesmo, e em breve estaria destruído.
Satanás não lutaria contra si mesmo! Então o que os fariseus diziam não tinha
lógica. Além disto, muitos discípulos dos fariseus também expulsavam demônios.
Desta forma, os discípulos deles se tornavam seus juízes; mostravam que eles
estavam completamente errados.
Em seguida Jesus acrescentou:
–
“Assim sendo, eu estou expulsando demônios pelo poder do Espírito de Deus. E
isto quer dizer que o reino de Deus já chegou. Então tomem cuidado: qualquer pecado
que uma pessoa cometer será perdoado. Até mesmo se disserem uma palavra contra
mim isto poderá ser perdoado. Mas se blasfemarem contra o Espírito Santo, isto
é, se vocês disserem que o que eu faço é pelo poder de Satanás, então não tem
jeito. Não existe perdão para este pecado, nem aqui, nem na eternidade”.
Veja: pode acontecer de uma pessoa, num
momento de fraqueza até mesmo dizer algo que não devia em relação a Jesus:
Pedro, na noite em que o Senhor foi traído, chegou a dizer várias vezes que não
o conhecia. Jeremias, em seus momentos de perplexidade e dor, pensou, e não
somente pensou, mas falou do Senhor como um manancial de águas enganosas. Por
vezes os crentes pensam e até chegam a dizer: – “o Senhor não se importa
comigo”. Quando isto acontece, Deus, em sua infinita paciência, está sempre
disposto a perdoar.
Mas se uma pessoa, em vez de ver em Jesus uma
fonte de salvação, disser que a obra de Jesus é uma obra do Diabo, então não
existe como esta pessoa ser perdoada. E este era o caso daqueles homens. Então
Jesus está dizendo:
– “Olha,
se vocês disserem isto (e a boca revela o que se passa no coração), se vocês
disserem que o que eu faço é do Diabo, isto é blasfêmia contra o Espírito
Santo, e não haverá perdão, eternamente”.
Mas veja o que está implícito aqui: se por um
lado, para este pecado terrível, esta recusa em aceitar a Jesus, não existe
perdão, por outro lado há esta promessa gloriosa para todo aquele que crê: todo
pecado e blasfêmias serão perdoados aos homens. É uma declaração estupenda.
Porque os nossos pecados são muitos. E “grandes”. Mas, uma vez que são assim,
percebemos também quão grande é o desejo do Senhor de nos perdoar.
Eu quero meditar com vocês sobre alguns
aspectos desta promessa, para a alegria do nosso coração. Pois como diz o
Espírito Santo no salmo 32, um dos frutos do perdão é alegria. O que quer dizer
“todo pecado será perdoado”?
1. Toda
ofensa será esquecida
Isto porque uma das facetas pelas quais
entendemos a natureza do pecado é que ele é uma ofensa contra nosso Deus. Por
exemplo, em Mateus 6[1] e
em Marcos 11[2], o Senhor Jesus se refere
aos pecados como ofensas. E em Romanos 5:16 o apóstolo Paulo usa esta palavra
para se referir ao pecado de Adão. O pecado ofende ao nosso Deus porque é um
desrespeito ao seu caráter, à sua lei, à sua santidade. E o que acontece quando uma pessoa se torna
ofendida? O que acontece quando uma pessoa desrespeita você? Como você se
sente?
Mas meus irmãos, ao entender
isto nós compreendemos também quão grande é a “humildade do nosso Deus”, pois
ele não se mantém ofendido para sempre. A sua indignação não é eterna. Antes,
ele se compraz em apagar nossas ofensas.
Vamos ler Is 43:24, 25
24 Não me compraste por dinheiro
cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me
deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniquidades. 25
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus
pecados não me lembro.
No v. 25, o Senhor revela como ele “se sente”
em relação aos pecados dos seus filhos: “cansado”. Os nossos pecados são coisas que entristecem o
seu coração. Porque são muitos, a vida toda.
Ofendemos ao nosso Deus de muitas maneiras: quando
não manifestamos amor para com os nossos irmãos, quero dizer, os seres humanos,
criados à imagem e semelhança de Deus; quando dizemos coisas inconvenientes
sobre as pessoas; quando, motivados pela ira, ou desdém, de nossos lábios saem
palavras torpes. Quando damos mau testemunho; quando não nos importamos que
neste mundo o nome do Senhor seja tomado em vão, quando ele se torna motivo de
piadas, quando a Bíblia é escarnecida e não nos importamos.
Eu poderia multiplicar a lista de ofensas,
que são muitas. E que de fato entristecem o coração do nosso santo Pai. E se,
em sua santidade, o Senhor decidisse voltar suas costas, esconder seu rosto de
nós, para sempre, faria isto com justiça. Mas ele, em sua eterna misericórdia,
faz uma coisa sem a qual simplesmente não poderia haver qualquer relacionamento
entre nós: apaga e esquece a nossas ofensas.
Vejamos também na carta aos
Hebreus, num dos vários textos que se referem à nova aliança que Deus prometeu
por meio de Jesus. Neste trecho, o escritor está descrevendo o poder do
sacrifício que Jesus fez em nosso favor ao dar a sua vida na cruz: com uma única
oferta, ele nos aperfeiçoou para sempre diante de Deus. E para confirmar, cita
as palavras do Espírito Santo por intermédio do profeta Jeremias.[3]
Então leiamos:
Hb 10:14-17
14 Porque, com uma única oferta,
aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. 15 E disto
nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: 16
Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, 17
acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades,
para sempre.
Assim, dizer que Deus perdoa todos os teus pecados significa dizer que ele esquece,
não se lembra, não fica mais levando em conta as tuas transgressões. Porque na morte de Jesus todas as ofensas
foram apagadas.
2. Toda
dívida será cancelada
Outra palavra que a Bíblia usa para descrever
nossos pecados é dívida. “Perdoa-nos as
nossas dívidas”, é o que Jesus nos ensina a pedir diariamente.[4] O
pecado também é descrito como dívida na parábola do credor sem compaixão, em
Mateus 18.[5]
Nós todos sabemos o que são dívidas. Me
lembro de quando eu era menino: todos os dias eu ia com minha irmãzinha à
padaria comprar pão e leite. Como meu pai não ganhava muito, o dinheiro logo
acabava, e havia uma caderneta em que o padeiro anotava o que nós íamos
retirando durante o mês, para o meu pai pagar quando recebesse (Hoje são os
bancos que têm a caderneta, na forma de cartão de crédito).
Um dia, logo depois do pagamento mensal da
caderneta, eu fui comprar pão, e perdi o dinheiro no caminho. Quando o padeiro
disse quanto custava eu percebi que estava sem o dinheiro. Olhei pra minha irmã
meio de lado, ela olhou prá mim, e eu respondi:
- “É
prá marcar”.
Então o padeiro disse:
-
“Tudo bem, mas avisa a mamãe que se amanhã não tiver dinheiro eu não vou dar as
coisas, tá bom”?
Não censuro o padeiro pelo que ele me disse.
Mas o que eu quero dizer é da aflição da minha mente diante daquela divida que
eu senti com seis anos de idade. E imagino quanta aflição meus pobres pais
passavam. E quantas aflições passam todos os endividados.
Ora, meus irmãos, ficamos em dívida para com
Deus por todos os nossos pecados. Por todas as coisas boas que temos a
obrigação de fazer, e nos omitimos. Mas o nosso Deus maravilhoso não tem prazer
em que vivamos aflitos sob o peso das nossas dívidas para com ele; ao
contrário, deseja que sejamos livres deste fardo. E da mesma forma que esquece
as nossas ofensas, também cancela as nossas dívidas na cruz de Jesus Cristo.
Acho que o texto que diz isto
de modo mais claro, com todas as letras, está na carta aos Colossenses.
Cl 2:13-15
13 E a vós outros, que estáveis
mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu
vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; 14 tendo
cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças,
o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; 15
e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz.
De acordo com os dicionários de Novo
Testamento Grego, a palavra que é traduzida por “escrito de dívida” na versão
atualizada (ARA) e na NVI, e “cédula” nas corrigidas (ARC, ARCF), significa
“conta... lista de débitos... nota promissória”. [6] Imagine uma lista na qual estariam escritos todos os seus
pecados, e que você tivesse que pagar, cada um deles.
Quanto tempo você levaria para pagar a conta de ofensas infinitas? E digo
infinitas porque, se pecado é uma ofensa à santidade de Deus, uma santidade que
é infinita, o valor desta ofensa também é infinito. Então voltemos: quanto
tempo você levaria para pagar por pecados de valor infinito? E com que você
pagaria? O que você poderia dar em pagamento?
Mas ele pegou esta conta infinita, e com um poder acima de tudo, encravou-a
na cruz, cancelando todas as nossas dívidas. E com isto, veja o versículo 15,
despojou os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz.
Eu me sinto muito abençoado quando, numa de suas gravações (não me lembro
qual), o Márcio Valadão diz mais ou menos assim: - “Quando o diabo quiser falar do seu passado, lembre a ele qual é o
futuro dele”. Porque na cruz, meus irmãos, nossas dívidas foram canceladas,
e o diabo foi derrotado. Ele amarrou o valente, nos tirou do poder do acusador,
trouxe o reino de Deus, de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
3. Toda
a amizade será restaurada
Certa vez eu li sobre um rapaz que discordou
de seus pais a ponto de fugir de casa. Deixou um bilhete, comprou passagem de
ônibus e saiu da cidade. Quando os pais souberam, avisaram a polícia, e
começaram uma busca que levou vários meses, até que finalmente o jovem foi encontrado.
Ele estava cansado de fugir, envergonhado, sujo, com fome, e com medo.
Mas havia uma coisa que ele não sabia: que os
pais queriam encontrá-lo, não porque estavam bravos, e não somente por serem
seus pais, mas também porque depois que o filho fugiu chegou o resultado de um
exame médico que ele havia feito; estava gravemente enfermo, e não sabia. Ele
precisava ser submetido a um tratamento urgente, do contrário poderia morrer. Então
ele não foi somente perdoado e levado de volta pra casa, mas também foi tratado
e a sua vida foi salva.
Me fez lembrar Adão e Eva, fugindo da
presença do Senhor, lá no Jardim do Éden, por causa de sua nudez, e nosso Deus em
busca deles, não para confrontá-los com ira, mas para vesti-los, para prometer
a vinda de Jesus, que esmagaria a cabeça de Satanás. Quando eles mais
precisavam buscar a presença do Senhor, mais estavam fugindo. Em seu
entendimento, haviam se tornado inimigos de Deus.
Meus irmãos, o que é de se admirar, é que a
Bíblia diz que nós, os pecadores, é que éramos inimigos de Deus, pois não
queríamos obedecê-lo, não tínhamos prazer em seus mandamentos, em seus
caminhos, em suas doutrinas, não tínhamos prazer em Deus. Como diz Romanos 8, a
carne (a inclinação natural humana) é inimiga de Deus, e não se submete à lei
de Deus. Quando confrontados com a lei do Senhor, percebemos que fazemos tudo
ao contrário. Se a lei diz: “Não
cobiçarás”, percebemos que dentro de nós há uma inclinação para a cobiça. Se
ela diz: “Amarás o teu próximo”,
percebemos que há em nós uma inclinação natural para o oposto. E se nós
percebemos isto e ficamos em conflito, é só pelo gracioso agir do Espírito em
nosso coração, a nos convencer, pois sem Jesus, nós somos inimigos de Deus em
nosso entendimento.
Mas, da mesma forma como o
Senhor cancela as dívidas, perdoa as ofensas, ele também destrói a nossa
inimizade para com ele. Como um pastor que procura as ovelhas perdidas, Jesus
veio para nos reconciliar com Deus. Como o samaritano que colocou óleo sobre as
feridas daquele homem machucado e caído, ele coloca óleo sobre a nossa cabeça,
restaura o nosso entendimento, o nosso coração, a nossa alma, refaz a amizade
entre nós.
Rm 5:8-11
8 Mas Deus prova o seu próprio
amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores. 9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu
sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque, se nós, quando
inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito
mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; 11 e
não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.
Note a beleza desta palavra: reconciliação. Acho que você conhece o que vou
dizer, por experiência própria. Às vezes, uma pessoa nos ofende e nós
perdoamos. Mas muitas vezes, por um número incontável de razões desta vida,
este perdão não faz com que nos tornemos necessariamente amigos novamente.
Amizade envolve muito mais do que simplesmente “não ter nada contra”.
Envolve andar juntos, ter os mesmos propósitos, aliança. A reconciliação entre
nós e Deus é assim: não significa que ele apenas “não tem nada contra nós”. Mas
que ele é por nós, que está conosco. Ele anda conosco, e nós com ele. Aliança.
Amizade. Comunhão. Para Deus, perdoar significa ter a amizade restaurada. Como
fez o pai do filho pródigo.
Conclusão
Quão grande é a disposição de Deus em perdoar!
“Todo pecado”, quer dizer, “toda espécie de pecado, sem deixar nada de fora”,
inclusive as blasfêmias, isto é, “as palavras pecaminosas”. Quão grande é o amor
de nosso Deus: ele esquece as ofensas, ele cancela as dívidas, ele restaura a
amizade. Assim é o coração do nosso Senhor e Pai.
Aplicação
Eu quero mencionar três disposições que estas
coisas devem produzir em seu coração:
1.
Primeira: Conheça mais o coração de Deus.
1.1.Creia
em Jesus Cristo; creia em sua bondade.
Não faça como os fariseus, que atribuíram as
obras de Jesus ao diabo. Muitos, nos dias de hoje, ao lerem a Bíblia dizem que
nela nós temos o retrato de um deus mau, injusto, caprichoso, promotor da
infelicidade humana, destruidor da liberdade, não muito diferente dos antigos
deuses gregos – aliás, muitos preferem os deuses gregos, com suas orgias, suas
guerras entre si e entre os homens, estes sim, diabólicos.
Não faça assim, não pense assim. Porque, se à
semelhança dos antigos fariseus, você não crer em Jesus, como poderá se
aproximar dele e ser perdoado? Como
poderá reconciliar-se com Deus? Não poderá, se recusar-se a receber o amor de
Deus que está somente em Jesus.
Não pense no Deus revelado em Jesus como
aquilo que ele não é. Mas creia que no Senhor nós temos tudo de bom. Creia que
ele é todo justiça, santidade, graça e verdade.
1.2.
Reconheça seus pecados diante de Deus.
Pois a Bíblia e a nossa consciência
testemunham que se dissermos que não temos pecado, estamos mentindo e a Palavra
de Deus ainda não penetrou em nosso coração. Mas que se nós confessarmos os
nossos pecados, Deus é fiel, é justo, e perdoa os nossos pecados, e nos
purifica de toda a injustiça.
1.3.
Pela fé em Jesus, receba o perdão de Deus. Receba este perdão total, completo, eterno.
Pois o Espírito Santo nos diz que sem fé é
impossível agradar a Deus,[7] e
que o justo viverá pela fé.[8] O Espírito Santo ensina que, tendo crido e
confessado, nossos pecados são perdoados e temos paz com Deus mediante a fé em
Jesus. [9]
E se por um lado, alguém recusando-se crer em
Cristo não será perdoado nem aqui nem na eternidade, por outro, todo aquele que
é perdoado, é aqui e para todo o sempre. Pela fé, saiba que as suas ofensas
foram esquecidas. Pela fé, saiba que suas dívidas para com Deus já foram pagas.
Pela fé, saiba que você e Deus agora andam juntos; vocês foram reconciliados; a
amizade foi restaurada.
Não tenha medo de Deus, não fuja de Deus, mas
abrigue-se em Deus. Quando o diabo quiser acusar você dos seus pecados,
abrigue-se em Deus, e deixe que o Senhor teu Deus, teu amigo, defenda você.
1.4.
Alegre-se no Pai celestial
Pois o Espírito diz: “Bem aventurado é aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é
coberto. Alegrai-vos nos Senhor e regozijai-vos, os justos pela fé em Jesus”.[10]
- “E
vós saireis com alegria, e em paz sereis guiados pelo pastor de vossas almas”.[11] Que
a paz do céu domine sobre o teu coração.
1.5.
Ame o Pai celestial – não peque
Não quero dizer que você não irá pecar mais.
Infelizmente isto irá acontecer, pois não nos tornamos impecáveis ainda. Não
será assim enquanto não chegarmos ao céu. E quando pecar, isto entristecerá o
teu coração. E também entristecerá a Deus. Quando acontecer de você pecar,
simplesmente confesse e receba, pela fé, o perdão, tome posse, pela fé, da
reconciliação com Deus por meio de Jesus.
Mas ainda que não sejamos impecáveis, o nosso
alvo é agradar a Deus, fazer a sua vontade, guardar os seus mandamentos. Então,
pelo poder do Espírito Santo, busque a cada dia, alegre e prazerosamente,
guardar os mandamentos do Senhor. Eles são bons, são puros, alegram o coração e
nos tornam livres.
2.
Segundo: imite o Pai celestial
Assim como ele nos perdoa, perdoe também. Esqueça
as ofensas. Cancele as dívidas (não faça como o credor da parábola, que,
agarrando o devedor pelo pescoço exigia: paga-me
o que me deves – não faça isto com seu irmão, criado à imagem e semelhança
de Deus). Não tenha uma lista negra dos pecados das outras pessoas.
O quanto depender de vós, tende paz com todos
os homens[12] (pois nem todos os homens
querem ter paz com o Pai celestial). Mas no que depender de você, seja amigo,
nutra comunhão com os irmãos.
3.
Terceiro: Leve outros a imitá-lo
Quero dizer: fale de Jesus aos outros. Fale
de Jesus aos que não o conhecem. Nós devemos praticar o amor de muitas
maneiras: perdoando os que nos ofendem, repartindo o nosso pão com o faminto,
as vestimentas com os necessitados, promovendo a justiça no trabalho, respeitando
e promovendo os direitos das pessoas, educando nossos filhos, cuidando bem de
nossas famílias. Pois nisto também imitamos a Jesus. Ele veio ao mundo por
amor, para amar, para nos ensinar a amar. E por amor estou me referindo a uma
disposição interior que nos leva a praticar o bem, tanto por obras como por palavras.
Mas não pense, como o diabo quer que
pensemos, que anunciar o evangelho é coisa de somenos importância. Esta é a
maior prova de amor que você pode dar a qualquer pessoa; pois os homens têm
almas eternas que precisam salvação. E esta salvação só vem por meio da fé.
Como crerão em Jesus, se não ouvirem? E como
ouvirão, se não houver quem pregue? Então pregue, não se envergonhe, mas diga
ao mundo que Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados. Digam que todo aquele
que crer será salvo. Seja um profeta de Deus ao mundo. Ore a Deus, e procure
fazer discípulos de Jesus.
Obrigado, Léa. Deus a abençoe muito.
ResponderExcluirTexto maravilhoso! Que o Senhor Jesus continue te abençoando!
ResponderExcluirAmém. Obrigado Roberta. Nosso Deus te abençoe também. Muito, e sempre.
ExcluirMuito edificante.. Deus abençoe!
ResponderExcluirMuito edificante... Deus seja louvado!
ResponderExcluirDeus te abençoe mais e mais com los ensinos de sua palavra.muito bom amem.
ResponderExcluirPalavra gloriosa mim fez refletir um pouco sobre minha vida diante de Deus
ResponderExcluir