Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 28 de abril de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Queridos irmãos, eu quero ler dois textos com
vocês
Mt 12:33-37
33 Ou fazei a árvore boa e
o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece
a árvore. 34 Raça de víboras, como
podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o
coração. 35 O homem bom tira do
tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os
homens, dela darão conta no Dia do Juízo; 37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas
tuas palavras, serás condenado.
Lc 6:43-45
43 Não há árvore boa que
dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. 44 Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio
fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam
uvas. 45 O homem bom do bom
tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca
fala do que está cheio o coração.
Já aconteceu de você ter certas impressões
sobre uma pessoa, até que ela tenha começado a falar, e se revelado
completamente diferente do que você imaginava? Às vezes uma pessoa aparenta ser
tão boa, até que abra os lábios e comece a dizer o que pensa ou o que sente. Às
vezes pode acontecer o contrário: interpretamos mal o comportamento de alguém,
até que este alguém nos conte qual foi a sua motivação ao fazer certas coisas,
ou o que está sentindo ou pensando. Então nós não somente compreendemos, mas
também aprovamos.
As palavras revelam, em muito, o que as
pessoas são por dentro: o que pensam, o que sentem, o que creem, as suas
motivações, o porquê dos seus atos.
E também nos revelam diante dos outros. Não estou me referindo àquelas palavras bem
estudadas, ditas em ocasiões especiais, como na pregação de um sermão, ou no
escrever um livro, mas às palavras que brotam espontaneamente de nossos lábios
conforme as situações que a vida nos oferece. As coisas que dizemos em casa,
onde quase não há restrições ao que podemos dizer. As coisas que dizemos entre amigos, ou até
mesmo aos “não tão amigos”, quando surge a oportunidade de falar o que
pensamos. Inclusive aquelas palavras que dizemos quando estamos sozinhos,
quando só Deus está vendo.
Foi por isto que Jesus disse, nos vs. 36 e 37
do nosso texto, que no Dia do Juízo, pelas nossas palavras seremos
justificados, e pelas nossas palavras seremos julgados. Ele estava se dirigindo
primeiramente aos fariseus que haviam falado contra ele coisas muito graves, e
que traziam à tona como era o coração deles. Haviam dito que Jesus expulsava
demônios pelo poder de Satanás.
Então Jesus disse que, falando daquela
maneira, estavam revelando toda a maldade que havia neles. Que estavam pecando
contra toda a luz que o Espírito de Deus colocava diante dos seus olhos,
blasfemando contra o Espírito Santo, e assim, trazendo sobre si uma condenação
que não poderia ser perdoada, nem aqui, nem na eternidade.
Então deveriam tomar cuidado, pois a boca
fala do que está cheio o coração (v. 34). E para explicar melhor o que estava
ensinando, o Senhor Deus usa duas ilustrações: a de uma árvore, cujos frutos
podem ser bons ou maus. E a de uma caixa de tesouro, na qual podem ser
guardadas, e dali tiradas, coisas boas ou coisas más.
A boca fala daquilo que está cheio o coração.
Ao advertir os fariseus, o Senhor Jesus está nos ensinando a todos que devemos
cuidar de nosso coração e de nossas palavras.
1º.
Em sua correção aos fariseus, o Senhor Jesus faz distinção entre dois tipos de
homens
Uma distinção que foi levado a fazer por
causa da atitude dos fariseus, que falavam dele como sendo um endemoniado, ou
pior, como um homem que deliberadamente agia de acordo com a vontade do Diabo.
1.1. E
estes homens que falavam assim, no v. 34 o Senhor chama “raça de víboras”, ou
como diz a Bíblia Viva: “filhos de serpentes”.
Em outra ocasião ele disse
sobre este mesmo tipo de pessoas que são filhos do Diabo. Quem são os filhos do
Diabo, segundo as palavras de Jesus?
Vamos ler Jo 8:43-45
43 Qual a razão por que não
compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha
palavra. 44 Vós sois do diabo, que é
vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o
princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira. 45 Mas, porque eu digo a
verdade, não me credes.
O apóstolo João, que estava ao
lado de Jesus quando ele disse estas palavras, e aprendeu com ele, também
comentou as implicações disto em sua primeira carta.
Vejamos também 1ª Jo 3:10
10 Nisto são manifestos os
filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não
procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.
Filho do Diabo, neste sentido, é todo aquele que rejeita a justiça segundo
Deus, que rejeita a Jesus Cristo, que não aceita a verdade revelada pelo
Espírito Santo, que não tem o coração transformado pelo amor de Deus. Era o
caso dos fariseus, que embora tão religiosos rejeitavam a Deus.
De acordo com a Bíblia, há um sentido em que
todos os homens são filhos de Deus. Porque todos fomos criados por ele, à sua
imagem e semelhança. Mas existem homens que optaram por rejeitar o conhecimento
de Deus e passaram a adorar à criação, e não ao Criador. São aqueles que não
compreendem as coisas de Deus. Aqueles que não amam a verdade que Deus revela.
Então, por exemplo, em Romanos cap. 1, o
apóstolo Paulo faz uma longa explanação ensinando que homens assim vão se
afastando cada vez mais de Deus e de sua vontade, e o Senhor, por sua vez, os
deixa entregues a si mesmos, à vaidade de seus corações, para cometerem toda
sorte de pecados: homens que vivem na mentira, enganando e sendo enganados. Homens
que se desviam para as relações sexuais contrárias à natureza; que adoram
falsos deuses, que são rebeldes aos pais, violentos, e muitas outras coisas
semelhantes.
Mas para que ninguém fique presumido em si
mesmo, ele continua dizendo que, mesmo as pessoas que nascem e são educadas num
ambiente religioso, com a Bíblia na mão, são assim: pecadoras por
natureza.Nenhum homem, de si mesmo, é bom.
1.2. No entanto, para nossa surpresa, no v. 35 Jesus fala sobre certo tipo
de homem a quem ele chama “bom”.
“O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem
mau do mau tesouro tira coisas más”.
Esta expressão, “homem
bom”, parece ser uma contradição ao que acabamos de dizer, e ao ensino bíblico
de que não existe homem bom, pois todos somos pecadores injustos, todos nós
temos o coração corrompido, e neste sentido não há homem que faça o bem. Em Marcos 10:18, dirigindo-se ao homem rico que não o
conhecia realmente, Jesus pergunta: “Porque
me chamas bom, sendo que somente Deus é bom”? Então,
neste sentido, todos nós somos maus.
Mas como o mesmo Jesus,
que no cap. 7 v. 11 havia declarado que todos somos maus, diz agora que existem
“homens bons”? No contexto do ensino de
Jesus, entendemos que o homem bom é aquele cujo coração foi iluminado pela
verdade de Deus, e que não se fechou ao Espírito Santo, mas que se deixou
transformar. Que, embora pecador, reconheceu seu pecado, sua necessidade de
Deus, e abriu o coração para Deus.
Então seu coração se
transformou no receptáculo das coisas de Deus. Se transformou, ou antes, foi
transformado, num bom coração. É um homem que antes,
naturalmente se sentia inclinado para uma vida de pecado, mas que agora que se
uniu espiritualmente a Cristo tornou-se uma nova criação, e se inclina para as
coisas do Espírito Santo. Um homem assim é
descrito pelo Senhor como sendo bom. Em
Rm 15:14, Paulo nos diz que os convertidos a Jesus tem o coração tomado pela
bondade, e assim podem dizer o que é bom:
“E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais
possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos
admoestardes uns aos outros”.
2º.
Jesus diz que as nossas palavras revelam o tipo de homem que somos
Na parte “b” do v. 33 nosso Senhor diz que “pelo fruto se conhece a árvore”. Ou
como diz em Lucas, “não se colhem figos
de espinheiros, nem se colhem uvas de abrolhos”. Mas a todos nós é evidente
que o Senhor não está nos dando uma aula de botânica ou agricultura. Ele está
se referindo ao nosso coração e às coisas que temos dentro dele.
Ao se dirigir aos fariseus, ele diz:
“Raça
de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do
que está cheio o coração”.
E assim afirma que as palavras
que saem de nossos lábios são fruto daquilo que somos interiormente, em nossas
almas.
Agora, novamente o v. 35:
“O
homem bom do bom tesouro tira coisas boas, mas o homem mau do mau tesouro tira
coisas más”.
E Lucas expande inserindo a palavra
“coração”, descrevendo ainda mais claramente:
“O
homem bom, do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau, do mau tesouro tira o
mau”.
Assim, quando os fariseus diziam que Jesus
fazia suas obras pelo poder de Satanás, revelavam a escuridão de seus corações.
Por outro lado, com a boca se confessa a fé em Jesus para a salvação, e desta
maneira se revela o agir do Espírito Santo no coração:
Vamos ler Rm 10:8-10
8 Porém que se diz? A
palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé
que pregamos. 9 Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo.
10 Porque
com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação.
Aqui está a maior de
todas as coisas boas que podem transbordar do coração humano: a fé em Jesus
Cristo, que se manifesta na confissão de que ele é Senhor. A boca fala do que está cheio o coração. Ela
revela se o coração tem fé em Jesus.
A boca também revela aquilo com o qual o
nosso coração se ocupa, as coisas que amamos, nas quais pensamos, com as quais
ocupamos o nosso tempo. Não é assim? Se uma pessoa ama demais um determinado
assunto, como política, ou esportes, ou moda, ou cinema, é destas coisas que
ela gosta de falar. Se uma pessoa ama certo gênero de música, é deste gênero que
ela gosta de cantar.
Naturalmente não estou dizendo que uma pessoa
só fala de um assunto, mas que aquilo que amamos, cremos, pensamos, será isto
que terá predominância em nossa vida, em nossa maneira de pensar, falar e agir.
Assim, as palavras revelam se uma pessoa tem
um coração amoroso ou não; revelam se uma pessoa tem um coração generoso ou
avarento; revelam se uma pessoa tem um coração humilde ou orgulhoso; se uma
pessoa tem um coração puro, ou um coração malicioso; se é cheia de cobiça, amor
ao dinheiro, sensual, ou se ama as coisas do céu; se é interesseira ou desprendida;
se uma pessoa tem um coração grato ou infeliz; se uma pessoa é discreta ou
inconveniente, respeitosa ou irreverente; se é crítica, condenadora, ou
graciosa; se ela tem conhecimento de Deus, ou se vive de uma perspectiva apenas
terrena; se é parecida com Jesus ou não.
Tudo o que se passa no coração transborda
pelos lábios. Quanto mais uma pessoa tiver o coração cheio da graça de Deus,
mais esta graça se revelará em suas palavras.
3º. O tipo de homem que somos, é aquele tipo
de homem que cultivamos em nosso coração
Vamos considerar primeiro o v. 35:
“O
homem bom do bom tesouro tira coisas boas”.
Esta palavra, “tesouro”, aqui significa
“caixa onde se deposita coisas valiosas” [1],
como quando nós pensamos na “arca do tesouro”. É usada, por exemplo, em Mateus
2:11, onde se diz que os magos, “abrindo os seus tesouros”, ofertaram ouro,
incenso e mirra ao Senhor recém-nascido.
O bom tesouro, a boa caixa de coisas
valiosas, então, é o bom coração onde foram depositadas coisas boas. Assim é
que nós lemos em Lucas:
“O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o
mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração”.
Agora, no v. 33 aqui de Mateus 12, Jesus diz:
“Ou
fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou a árvore má e o seu fruto mau”.
Muitos comentaristas entendem que a palavra
“fazer”, aqui, significa “considerar, declarar”, e interpretam que Jesus está
afirmando: “Vocês consideram, ou declaram
que uma árvore é boa ou má, de acordo com o seu fruto”.
Isto é possível. Mas em vista da segunda
ilustração, que fala do bom tesouro do coração como algo que o homem deposita, e
dali retira, isto é, faz transbordar pelos lábios, me parece que Jesus está
usando a palavra “fazer” no sentido usual dela, que é o de “realizar, produzir
alguma coisa”. Uma árvore pode ser bem cultivada, regada, adubada, podada, para
que produza fruto de boa qualidade. Ou não: sua semente pode cair numa terra
deserta e abandonada. O coração de um homem pode “ser feito, pode ser
trabalhado” espiritualmente, ou não. Boas coisas podem ser depositadas nele, ou
não.
Veja: há uma medida de graça, que o Senhor
concede a todos os homens, no sentido de que cada ser humano recebe luz do céu
para que possa saber que Deus existe, que ele é sábio, que ele é bondoso, que
ele é poderoso, através das obras da criação. E há uma graça especial, pela
qual ele se revela de modo claro em Jesus Cristo, não somente como Criador, mas
também Redentor de todo aquele que crê.
Digo que estas obras da graça, tanto a graça
comum a todos, como a graça especial, são as sementes da árvore. São as coisas
valiosas que Deus coloca no coração dos homens. Mas a árvore precisa ser
cultivada. Os dons da graça de Deus não podem ser negligenciados pelo homem,
antes eles devem ser desenvolvidos.
Isto é verdade em qualquer área de nossa
vida: física, intelectual, artística, espiritual, qualquer área de nossa vida. Por
exemplo: se uma pessoa fizer exercícios físicos, então ela se desenvolverá
fisicamente. Mas se não fizer, muitas de suas funções corporais ficarão aquém
de suas possibilidades, e podem até atrofiar. Ou suponhamos que um estudante receba
aulas de matemática, ou língua inglesa, ou qualquer outra matéria, e aprenda
durante seu período na escola, e depois disto pratique sempre aquilo que
aprendeu: ele não somente ficará no que aprendeu, mas se desenvolverá. O
contrário também é verdade: se uma pessoa, depois de deixar a escola, não
pratica a leitura, não escreve, acabará se esquecendo até mesmo do que tiver
aprendido. Se uma pessoa recebe lições de piano e começa a praticar sempre, se
tornará cada vez mais habilidosa. Do contrário, até o que recebeu se perderá.
E assim também nas coisas espirituais. Quanto
mais uma pessoa recebe e se exercita naquilo que recebeu, mais coisas boas terá
dentro de si. Mas se negligenciar o que tem recebido, até o que tem ela
perderá. Se uma pessoa, em vez de cultivar a luz que recebeu de Deus, cultivar um
espírito arrogante, malicioso, sensual, vaidoso, encrenqueiro, briguento,
quanto mais cultivar, mais a árvore crescerá, mais o mau tesouro do coração se
acumulará. Se, em vez de encher o seu coração com a Palavra de Deus, as
doutrinas do Senhor, a bondade de Jesus, a alegria do Espírito Santo, a
comunhão com a igreja, uma pessoa encher o seu coração com práticas ruins, se
alimentar seu coração com uma religiosidade legalista carnal, se alimentar sua
alma com pensamentos carnais, mundanos, então o seu coração transbordará de
coisas ruins. E o que está no coração se manifestará, se derramará em seus
lábios.
Ora os fariseus fizeram isto: não cultivaram
o que é bom. Usando as palavras de
Lucas, quando João Batista pregou o batismo de arrependimento, “os fariseus e intérpretes da lei rejeitaram,
quanto a si mesmos, os desígnios de Deus”.[2] Eram “espirituais demais” para que precisassem
se arrepender. E então quando veio Jesus, o orgulho plantado no coração deles floresceu
e deu mais frutos: inveja, ira, hostilidade, agressividade, conspiração e
morte.
Por outro lado, o Espírito
Santo ensina o que o homem bom deve cultivar em seu interior:
Fp 4:8, 9
8 Finalmente, irmãos, tudo o
que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. 9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso
praticai; e o Deus da paz será convosco.
Quando um homem cultiva estas coisas, ele se torna cada
vez mais parecido com Jesus. Eu tenho comigo que um dos exemplos mais bonitos desta renovação de
coração, que faz os lábios transbordarem daquilo que é bom está no profeta
Isaías. Ele é um exemplo e esperança para todos os homens.
Vamos ler Is 6:5-8
5 Então, disse eu: ai de mim!
Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de
impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que
tirara do altar com uma tenaz;
7 com a brasa tocou a minha
boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e
perdoado, o teu pecado. 8 Depois disto, ouvi a voz do
Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me
aqui, envia-me a mim.
Note como Isaías revelou o que ia no seu coração quando disse: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem
de lábios impuros...” Ele reconheceu sua impureza e a confessou a Deus. E como a confissão trás
perdão, restauração, recomeço, o Senhor purificou os lábios, isto é, o coração
de Isaías. A iniquidade dele foi retirada, o pecado perdoado. E de lábios impuros que tinha
antes, Isaías passou a falar a Palavra de Deus.
Conclusão e aplicação
A boca fala daquilo que o coração está cheio!
Quando o Senhor Deus criou o Universo, ele o fez pelo poder de sua Palavra.
E tudo o que Deus fizera era muito bom, porque o coração de Deus é cheio de
bondade e sabedoria.
Mas o homem se tornou pecador e começou a praticar o mal. Então Deus enviou
sua Palavra, o Verbo que veio e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade,
a fim de nos salvar. Pelo mesmo poder da Palavra que disse “haja luz”, ele fez
resplandecer a luz do seu conhecimento em nossos corações, e fomos feitos nova
criação.[3]
Deus é assim: suas Palavras são o transbordar de todo o bem, justiça, amor,
santidade, que existem em seu coração.
E por meio de sua Palavra encarnada, o Senhor Jesus, ele nos ensina que
devemos ser como ele: que toda a maldade do pecado que habita em nós deve e
pode ser superada por um poder maior, o poder do Espírito habitando em nosso
coração, que muda o nosso coração, e faz dele um coração onde seja depositado e
cultivado as coisas celestiais, coisas que venham a transbordar em nossos
lábios.
Se o nosso coração for assim, então as palavras de Deus transbordarão por
nosso intermédio: palavras de salvação em Jesus;
palavras de graça e perdão; palavras de justiça e paz; palavras de amor;
palavras que edificam; palavras que santificam; palavras que abençoam; palavras
que só não farão bem àqueles que as rejeitarem.
Vocês e eu temos esta bênção maravilhosa: a de poder, em união com Jesus
pela fé, pelo Espírito Santo, aprender a ser como o Pai celestial; aprender e
cultivar boas palavras através da Palavra de Deus nas Escrituras; através da
humilde confissão de pecados, do pedir ao Senhor que nos livre da soberba.
Aprender falando entre nós com salmos, hinos e cânticos espirituais,
aconselhando-nos uns aos outros, encorajando-nos uns aos outros, reconhecendo o
valor uns dos outros, alegrando-nos uns aos outros, amando-nos uns aos outros,
não somente aqui, mas também para com todos os crentes, e os que são de fora; aprender
com ações de graças em nossos lábios, agradecendo a Deus em tudo, e por tudo.
Então aprendamos, para que Deus seja honrado e nos
alegremos nele.
[1] Friberg, Analytical Greek Lexicon
[2] Lc 7:30
[3] 2ª Co 4:6, 7; 2ª Co 5:17
Palavra abençoadora!
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirPalavra forte poderosa muito edificadora Deus seja louvado
ResponderExcluirLouvado seja Deus.
ExcluirAmém por esta palavra Deus continue abençoando a sua vida
ResponderExcluirAmém. Deus o abençoe, irmão.
ExcluirLindas palavras GLÓRIAS a deus
ResponderExcluirAmém! Glória a Deus! Muito bom! Edificante!
ResponderExcluirPalavras transformadoras🙏
ResponderExcluirObrigado meu Deus, por me permitir ouvir está palavra que edifica afim de me tornar em uma Boa Mulher e aplicar o que ensinas
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