Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Na presença de Deus - Sl 73

3ª IPC de São Paulo
Domingo, 16 de setembro de 2007
Pr. Plínio Fernandes
Eu peço que vocês abram suas Bíblias no Salmo 73.
Este Salmo é atribuído a um dos três dirigentes do grande coro de cantores e músicos que havia sido instituído pelo rei Davi.
O coro em Jerusalém era um ministério muito bem estruturado, composto de duzentos e oitenta e oito pessoas, dirigido por três homens competentes, que se submetiam às ordens do rei: Jedutum, Hemã e Asafe.
Os detalhes do ministério deles estão registrados em 1º Crônicas 25.
Eles deveriam cantar e tocar para a glória de Deus.
E deveriam profetizar, isto é, ministrar a Palavra de Deus por intermédio da música.
Asafe era um homem de Deus. Além deste ministério de música, profético, ele era também compositor: outros doze salmos das Escrituras são atribuídos a ele – o Salmo 50 e os Salmos 74 a 83.
Então, em certa altura de sua vida, ali está ele, exercendo seu ministério.
Ele dirige a parte do coro que era de sua responsabilidade, o primeiro grupo.
Ele treina os cantores e os instrumentistas.
Ele ministra a Palavra do Senhor.
Mas no coração, Asafe estava passando por uma crise espiritual muito grande.
Asafe estava passando por conflitos enormes, a ponto de quase “se desviar da fé”.
Veja o v. 2 – “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés, pouco faltou para que se desviassem os meus passos”.
E ele emprega grande parte deste Salmo descrevendo os seus conflitos interiores:
Primeiro ele descreve o problema da inveja – vs. 3-13.
Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.  4 Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.  5 Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.  6 Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.  7 Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.  8 Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.  9 Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.  10 Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.  11 E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?  12 Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas.  13 Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.
Que tristeza, meus irmãos: um crente com inveja de gente ímpia, que não conhece a Deus. Inveja de gente arrogante.
Veja a descrição que ele dá dessas pessoas; ele viu estas pessoas prosperando, e sentiu que sua religião era vã.
Depois, ele também descreve o problema da amargura – vs. 21 e 22.
Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram,  22 eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença.
Então veja: externamente ele estava vivendo de modo impecável.
No v. 13 ele diz que havia lavado as mãos não inocência. Não fez alguma coisa da qual pudesse ser acusado, ou da qual pudesse se envergonhar.
No v. 15 ele diz que nenhum dos filhos de Deus o ouviu dizer alguma palavra de seus lábios que pudesse ser um tropeço para a fé deles. Ele não contou pra ninguém o que estava acontecendo.
Mas por dentro a sua alma estava corroendo. Ele estava quase saindo da igreja.
E ele vai detalhando a maneira como, ainda que os seus pés não se desviaram, o seu coração se desviou do Senhor.
Até que um dia, pela graça de Deus, ele caiu em si.
Ele recobrou o seu entendimento espiritual, e sua vida interior foi renovada, de modo que ele foi salvo de seus pecados do coração.
Que dia foi esse?
v. 17 – “Até que entrei no santuário de Deus, e atinei com o fim deles...”
– Quando entrei no santuário de Deus, compreendi o fim daquelas pessoas que não temem o Senhor...
O meu coração estava com inveja, o meu coração estava amargurado, a minha mente estava embotada, eu estava achando que não vale a pena andar nos caminhos de Deus, até o momento em que eu entrei no santuário.
– Quando eu entrei na presença de Deus, então eu entendi as coisas do ponto de vista de Deus; os meus olhos foram abertos.
Irmãos, o testemunho deste salmo nos ensina que uma pessoa de Deus pode, ao mesmo tempo em que está fazendo tudo, exteriormente correto, estar com o coração tomado pelo pecado.
Um homem de Deus pode estar envolvido no ministério, trabalhando na obra do Senhor, mas estar com o coração em pecado: inveja, amargura, ou qualquer outro pecado que as outras pessoas nem desconfiam porque ele não conta pra ninguém, porque ele não tem coragem de admitir para ninguém.
Mas ele mesmo está, espiritualmente falando, caminhando como um cego à beira de um abismo, ou melhor, como um sonâmbulo à beira de um abismo, que precisa ser despertado.
E o que fará com que ele desperte? Entrar na presença de Deus
Estar na presença de Deus é o meio pelo qual podemos superar os pecados do coração.
1. Isto, porque a presença de Deus em nossa vida nos dá discernimento espiritual
A presença de Deus trás luz sobre as trevas da nossa alma.
Veja o contraste estabelecido entre o antes e o depois de entrar no santuário de Deus
v. 16 – Em só refletir para compreender isto, achei mui pesada tarefa para mim
Eu parei para pensar no que acontece
– Eis aqui homens ímpios:
– Eles não temem ao Senhor
– Eles são arrogantes
– Eles têm a boca suja, sempre estão falando blasfêmias
– Eles são violentos, eles agridem as outras pessoas
– Eles vivem fazendo gracinhas, falando coisas maliciosas
– Não fazem caso de Deus
– E a vida deles é ótima!
– Eles têm dinheiro
– Eles têm saúde
– Eles não vivem cansados de trabalhar
– Vão sempre aumentando os seus bens materiais
– E são admirados pelas outras pessoas
– Mas veja o que acontece comigo
v. 14 – Cada manhã é uma aflição, cada novo dia é um castigo: problemas de saúde, contas para pagar e uma porção de outras coisas
– Não dá para entender uma coisa destas!
– Ser crente é uma coisa inútil!
Irmãos, qual era o problema deste homem?
É que ele não estava enxergando as coisas do ponto de vista de Deus.
1.1 – Primeiro, ele não estava pensando à luz da eternidade
Ele não estava considerando que de repente, não leva muito tempo, cada ser humano é chamado para tratar com Deus e ser julgado pela maneira como viveu neste mundo.
Mas depois ele entendeu: de uma hora para outra isto acontece.
Lembra-se da parábola contada por Jesus, sobre o rico avarento? – “Louco, esta noite pedirão a tua alma!...” [1]; e também da história do rico e de Lázaro? [2]
O avarento só pensava em aumentar suas riquezas. Uma noite morreu de repente, e foi levado diante de Deus para ser julgado. Jesus o descreve como louco, pois não estava preparado.
O mesmo aconteceu com o rico da história de Lázaro.
Sim: quando uma pessoa pecadora é levada diante do trono de Deus, o chão desaparece debaixo dela.
Seja através de julgamentos deste tempo, seja na eternidade, mais cedo ou mais tarde.
As pessoas que não temem a Deus são abandonadas por Deus mesmo, em lugares escorregadios, e acarretam destruição para suas vidas.
E não existe nada pior do que ser desprezado por Deus, mas é exatamente isto que acontece com as pessoas que não temem ao Senhor.
Veja o v. 20
Como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles.
Por outro lado, aquele que anda com Deus vai ser recebido na glória do céu.
v. 24 – “Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória”
1.2 – O segundo erro de Asafe é que ele estava pensando que ser amado por Deus implica que devamos ter bênçãos materiais.
Nada mais longe da verdade.
É verdade que quando temos bens materiais devemos reconhecer que nos são dados pelas mãos de Deus, que nos dá saúde, trabalho e tudo o mais, ou também por herança paterna [3].
Mas por outro lado, nem sempre, aliás, a maioria do povo de Deus não é rica, e muitas vezes é bem pobre[4]: os órfãos e as viúvas amparados por Deus; os discípulos que se tornaram apóstolos, Paulo, e até o próprio Salvador, que sendo rico se fez pobre por amor a nós.
E também este fato: muitas pessoas que não temem a Deus são imensamente prósperas.
Em outras palavras: no começo desta história, Asafe estava pensando do ponto de vista humano, carnal, terreno, diabólico[5].
Mas depois ele começou a entender as coisas do ponto de vista de Deus. Ele recobrou a lucidez espiritual.
Porque ele entrou na presença de Deus.
Veja o comentário do Salmo 89, sobre o estar na presença de Deus.
Sl 89:15 – Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença.
Andar na presença de Deus é luz, é lucidez. É ter entendimento.
Deste modo, ao entrar no santuário de Deus, ele compreendeu o resultado final de todas as coisas.
2. E viu também que a presença de Deus nos dá segurança e orientação para o nosso dia a dia
vs. 21-24 – “Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram,  22 eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.  24 Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.”
– Agora que o meu embrutecimento passou
– Agora que eu voltei à razão...
– Eu percebo a tua mão me sustentado, me conduzindo, como um Pai conduz o filho
– Eu percebo a tua mão me protegendo
– E o Senhor me aconselha...
– Mostra o caminho que devo seguir
– Mostra as decisões que devo tomar
– Me guia em meio às complexidades da vida, às perplexidades que ela oferece
– E à medida que ando de acordo com os teus conselhos, percebo que tu estás me conduzindo à glória celestial
Pois este é, afinal, o propósito de todo o nosso caminhar com Deus neste mundo.
A glória celestial: e glória, não apenas no sentido de escaparmos do inferno e irmos morar no céu.
Mas comunhão com Deus, semelhança com Jesus, servir a Deus eternamente, nos alegrarmos em sua presença.
E assim o Senhor, com o seu ensino, com o seu conselho nos guia em meio às lutas desta vida, ensinando o caminho da santificação.
Veja qual o fim, isto é, qual o propósito de nossa religião.
1ª Pe 1:6-9 – Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações,  7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;  8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória,  9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
A salvação da alma, a glória do céu.
Assim, o Senhor nos guia com o seu conselho de tal modo que vivemos à luz da eternidade.
No casamento, no relacionamento com o cônjuge, com os filhos. No trabalho, nos estudos. Nas amizades, na igreja.
O Senhor nos aconselha. Vamos ver um exemplo de conselho celestial
1ª Co 16:14 – Todos os vossos atos sejam feitos com amor.
Ainda que o nosso amor neste mundo seja tão imperfeito, só será perfeito na eternidade, vale a pena fazer qualquer coisa motivado pelo amor, pois Deus é amor.
A presença de Deus também nos concede novas forças
vs. 25-26 – Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.  26 Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Talvez Asafe, ao dizer: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra”, estivesse se sentindo um tanto solitário, humanamente falando.
E parece que de fato era assim, uma vez que ele guardava as suas aflições para si mesmo, dentro do coração.
Talvez, ao dizer: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem”, ele estivesse se referindo a problemas de saúde, quem sabe problemas emocionais.
Mas estas coisas já não são empecilhos para a sua vida espiritual, não atrapalham o seu relacionamento com Deus.
Porque agora, ainda que o seu corpo já esteja enfraquecido, ainda que o seu coração esmoreça, Deus é a fortaleza de seu coração
Mais do que isto: é a sua herança. É a sua riqueza, é a sua alegria, o seu prazer.
3. Por ultimo, a presença de Deus nos leva a testemunhar da graça de Deus
Sl 73:28 – Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.
Agora que Asafe se arrependeu, agora que ele voltou a ter comunhão com Deus, agora que sua fé foi restaurada, naturalmente lhe brota no coração o desejo de proclamar as maravilhas da graça de Deus.
Volta-lhe o ânimo pra testemunhar das coisas que o Senhor tem realizado na vida dele, e na vida do povo de Deus.
Há um paralelo a este pensamento no Salmo 51, escrito pelo Rei Davi, também depois que ele se arrependeu de pecados que estavam destruindo a sua alma: o assassinato e o adultério.
Sl 51:11-13 – Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.  12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.  13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.
– Depois que a minha vida espiritual for restaurada, então eu vou falar aos outros os caminhos do Senhor, e da mesma maneira como eu me converti, outras pessoas também se converterão através do que eu falar.
Sabem, irmãos, o testemunhar de Jesus, o contar a outros as suas maravilhas, o proclamar seus caminhos, o dar testemunho de sua Palavra, é uma das maiores evidências de que nossa vida está sendo dirigida pelo Espírito Santo.
Pois foi Jesus quem disse: –“Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1:8)
Ele não disse que ao descer o Espírito os discípulos iriam cantar muito bem.
Também não disse que ficariam emocionados nos ajuntamentos solenes.
Também não disse que suas ofertas aumentariam e seriam dizimistas.
Tampouco falou que seriam bons oradores.
Todas estas coisas, e muitas outras, são muito boas e necessárias.
Mas a grande evidência da plenitude do Espírito Santo é esta: o poder para testemunhar de Jesus.
Quando uma pessoa experimenta as alegrias da salvação, do perdão dos pecados, da libertação em Jesus, inevitavelmente irá contar isto para outras pessoas.
Por isto este Salmo termina desta maneira: –“Agora que estou em comunhão contigo, eu proclamo os teus feitos, eu conto aos outros as coisas que tens realizado em minha vida.”
Conclusão
Na presença de Deus, nossa alma é iluminada, de modo que podemos perceber os caminhos dele, que são diferentes, que são superiores, que são mais eficazes, mais sábios que os caminhos humanos.
Veja como o Senhor nos salvou.
Ele se esvaziou de sua própria glória, de seus próprios direitos, deixou todas as riquezas do céu, e se fez pobre por amor de nós, fazendo-se homem e vivendo entre nós[6].
Depois, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, foi obediente a Deus Pai até a ponto de morrer[7].
Morreu a morte de um injusto, na cruz, para em sua morte levar sobre si o castigo dos nossos pecados[8].
Foi desprezado pelos homens, foi crucificado, mas aquele que era vil aos olhos humanos, era precioso aos olhos de Deus[9].
A pedra fundamental que os homens rejeitaram, foi a pedra fundamental que Deus aprovou e estabeleceu[10].
Na presença de Deus nossa alma é iluminada para entendermos as coisas do ponto de vista de Deus.
Na presença de Deus nos temos segurança e orientação para o nosso dia a dia.
Ao andarmos como Jesus somos instruídos no caminho da santidade, da justiça, somos preparados para a vida eterna no céu.
Na presença de Deus recebemos o poder do alto para sermos testemunhas de Jesus através de um viver santo e através do que falamos a respeito do nosso Deus
Qual o caminho para vencermos os nossos pecados do coração? Qual o caminho para um andar celestial na terra? A comunhão com Deus.
Imagine um submarino no fundo do oceano – ele precisa resistir à pressão externa da água; para isto é construído com materiais externos muito resistentes.
Agora, imagine um pequeno peixe no fundo do oceano – ele tem pressão interna. Então ele se sente bem à vontade.
Assim também na vida espiritual; existem dois modos: um, é criar uma casca, outro, é ter pressão interna.
Uma casca através dos atos exteriores: ministério, regras, disposições circuntâncias, ou uma vida interna: o Espírito de Cristo agindo em nós.
Aplicação
Como buscar a presença de Deus?
Há duas coisas básicas a fazer ao mesmo tempo
1 – Purificar o coração – v. 1
Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.
O homem deste Salmo começa dizendo que experimentam a bondade de Deus os que têm o coração limpo.
Depois prossegue testemunhando que ele mesmo, por sua vez, passou por um período terrível, com o coração cheio de pecado: invejas e amarguras.
Ele fala a verdade consigo mesmo: admite os males que há em seu coração.
Exponha seu coração na presença do Deus bendito, o Deus que nos salva, não apenas da condenação dos nossos pecados, mas que também nos salva dos nossos pecados.
Que nos liberta, que nos dá a alegria de um coração renovado.
Talvez, como Asafe, haja pecados secretos no seu coração.
Pecados que você não tem coragem de contar pra ninguém. E que talvez você não deva mesmo contar pra ninguém.
Mas você não precisa esconder, e não pode mesmo esconder do Deus de toda a graça, de todo o perdão, de toda a salvação.
Então conte tudo pra ele, não esconda nada.
Deixe a luz de seu perdão, sua graça, seu amor inundar a sua alma.
2 – Entrar no santuário – v. 17
...até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles
Eu entendo que há um sentido espiritual em que “entrar no santuário” significa entrar na presença de Deus, no trono de graça, mediante o sangue de Jesus[11].
Mas entendo também que este entrar no santuário celestial passa pelo “entrar no santuário da terra” – este era o sentido primário da passagem.
Pois ainda que Deus esteja em toda a parte, desde a Antiguidade seu Espírito ensinou o povo escolhido, no sentido de que dedicasse certos lugares especialmente para que ali o nome do Senhor fosse invocado.
Ainda que Jesus tenha ensinado que não é o lugar, primeiramente, mas o coração sincero e verdadeiro que o Pai procura[12], ainda assim ele valoriza a casa de oração e não permite comércio ali, pois é casa do Pai, lugar dedicado ao Senhor[13].
Assim, o entrar na casa de Deus, com o propósito de buscar a Deus prepara o coração para entrar no santuário do céu. E também nos conduz a buscar o Senhor em outros lugares.
Busque o Senhor. Ele te iluminará. E você termina então dando este testemunho: – “Com efeito, Deus é bom para com Israel...”




[1] Lc 12:16-21
[2] Lc 16:19-31
[3] Dt 8
[4] Tg 1:9, 10
[5] Tg 3:14, 15
[6] 2ª Co 8:9
[7] Fp 2:6-8
[8] 1ª Pe 3:18
[9] Is 53:3
[10] 1ª Pe 2:4-6
[11] Hb 10:19
[12] Jo 4:23, 24
[13] Mt 21:13; cf. 1ª Tm 3:15, a igreja (povo de Deus reunido) é a casa de Deus.

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