Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 4 de agosto de 2013

Os verdugos da alma - Mt 18:21-35

Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 4 de agosto de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Meus queridos irmãos, vamos ler Mateus 18:21-35
21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? 22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. 24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. 26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. 27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. 31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. 32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. 35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
Jesus disse que o poderoso rei perdoou o servo que lhe tinha uma grande dívida porque se compadeceu dele, e que este, por sua vez, também deveria ter se compadecido de seu conservo que lhe devia muito menos.
Depois conclui dizendo que assim como o Pai nos perdoou, também devemos perdoar uns aos outros.
Deus é amor (1ª Jo 4:8), e amar, entre outras coisas, consiste em ter uma grande capacidade de perdoar, de se compadecer.
Foi este sentimento que fez com que Jesus descesse do céu à terra.
Ele amou tanto ao mundo pecador que veio ao nosso encontro.
E quase que a cada momento, em cada circunstância, nós vemos este amor compassivo e perdoador se manifestando.
Pense em Jesus, naqueles terríveis momentos em que ele estava colocado na cruz.
Muitos zombavam dele, enquanto os soldados o torturavam.
Então ele orou a Deus: "Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem".
Jesus olhou para os seus algozes, e em vez de sentir ira em relação aos que o maltratavam, em vez de clamar a Deus por vingança contra os seus inimigos, que o ofendiam e faziam-no sofrer física e emocionalmente, compreendeu a miséria espiritual em que se achavam, e se compadeceu.
Somos filhos de Deus. Seu Espírito habita em nós. Seu amor foi derramado em nossos corações. E ele espera que como filhos amados, sejamos seus imitadores.
Por isto Jesus nos ensina que, quando um filho de Deus se recusa a perdoar, isto não é pouca coisa: além de pecar contra Deus e o seu próximo, peca contra si mesmo, e atrai sobre si as consequências de seu pecado.
1. Uma parábola sobre a importância do perdão
No texto que lemos, começamos com uma pergunta que Pedro fez a Jesus:
Senhor, quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete? (v.21).
Isto porque, nos versículos anteriores, temos as instruções de Jesus a respeito de como devemos tratar com aqueles irmãos que insistem em cometer certos pecados.
E ele nos ensina que se um irmão, diante da nossa admoestação, se confessar arrependido, deve ser imediatamente perdoado.
Mas Pedro pensa um pouco no assunto, e chega à conclusão de que muitas vezes uma pessoa pede perdão e dentro de pouco tempo está pecando novamente.
Então ele pergunta: Senhor, quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete?
Os rabinos judeus diziam que era até três vezes. Pedro já havia entendido que a justiça do crente deveria ser maior que a dos escribas e fariseus, por isto procurou ir muito além: Até sete?
Mas a resposta de Jesus supera a tudo quanto Pedro, ou qualquer um de nós, poderia imaginar por si mesmo: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
1.1 - E em seguida conta uma parábola que ilustra a necessidade de perdoar
Um rei resolveu ajustar as contas com os seus servos.
Trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos (o equivalente a trinta mil kg de ouro ).
Acontece que o homem não tinha como pagar, e então o rei mandou que ele, sua esposa, seus filhos, e tudo quanto possuía fossem vendidos, para que a dívida fosse quitada.
Então o servo prostrou-se reverentemente diante do rei e pediu: "Por favor, tenha paciência comigo, me de um prazo, e eu irei pagar tudo ao senhor".
Irmão, você sabe o que é estar endividado? É não ter sossego. É viver preocupado, é não ter paz.
Outro dia uma pessoa estava me contando que só de pensar que estava devendo para outra, sem que realmente estivesse, ficou terrivelmente preocupada e ansiosa.
E o rei, se compadecendo diante da dificuldade daquele homem, perdoou-o completamente, de toda a sua dívida, e deixou-o ir em paz.
Irmãos, claramente esta parábola está falando a respeito da mesma coisa que Deus, nosso grande rei, tem feito em nossa vida.
Por que, por causa dos nossos pecados, a nossa dívida para com ele era muito grande.
Muito maior, muito além do que nós poderíamos pagar, mesmo que nós déssemos tudo o que somos e temos, e trabalhássemos duro por "toda a eternidade".
Vamos supor que você seja só um pouco pecador (pois não há homem que não peque), e vamos supor que você cometa apenas um pecado por dia - multiplique isto pelos 365 dias que há num ano, e pelos anos de sua vida - não é enorme a sua dívida para com nosso grande rei, o nosso santíssimo Deus?
E de que maneira você poderia pagar por todos os seus crimes contra a lei de Deus, a não ser com a morte, uma vez que este é o salário do pecado?
Mas, sabe o que ele fez com sua enorme dívida?
Ele a perdoou completamente
Como disse Paulo, ele cancelou o escrito de dívida contra que era contra nós e disse: "Está consumado; está totalmente pago" (Jo 19:30).
Cl 2:13
E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos.
Agora veja o que significa perdoar
Perdoar é levar sobre si as conseqüências das dívidas que outra pessoa tem para conosco.
Por exemplo, este rei: o servo lhe devia mil talentos, e não tinha com o que pagar.
Então o rei lhe perdoou. O servo ficou livre, mas o rei ficou sem rever o que o servo lhe devia. Sofreu o prejuízo. Levou sobre si as consequências.
É assim também que Deus agiu conosco. Ele nos perdoou completamente, mas alguém teve que pagar por nossos pecados.
Este alguém foi o Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo, que sem merecer, morreu na cruz, levando sobre si o castigo que era nosso.
Is 53:4, 5
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Você vê, irmão? Em Cristo você foi completamente perdoado, não deve mais nada para Deus.
Consequência: somos pessoas que vivem em paz, que têm a alma tranquila, o coração alegre.
Mas não se esqueça nunca de que o preço da nossa alegria foi o sangue de Jesus. Foi a morte do Filho de Deus.
1.2 - Mas Jesus prossegue a parábola:
Assim que o homem foi perdoado ele saiu da presença do rei.
E encontrou-se com outro homem, com alguém que lhe devia cem denários (denário: o equivalente ao salário de um dia de um trabalhador - uma quantia quase que infinitamente menor do que aquilo que ele devera, e que fora perdoado).
Então ele agarrando pelo pescoço, sufocava ao devedor dizendo-lhe: "O que me deves, pague-me agora".
E o seu devedor, assim como ele antes fizera diante do rei, prostrou-se diante dele dizendo: "Por favor, tenha paciência comigo. Me de um prazo, e eu te pagarei".
Mas ele não quis. Não teve a mesma paciência, não teve a mesma compaixão.
Mandou que o devedor fosse lançado na prisão, até que toda a dívida fosse paga.
Não pensou na família do homem, nem em sua imagem, nem que dali da prisão é que ele não teria mesmo como pagar. Agiu movido pela vingança
Bem irmãos, no versículo 35, Jesus também deixa claro que isto é uma ilustração daquele tipo de pessoa que, tendo sido perdoada por Deus, depois deixa de perdoar às pessoas que pecam contra ela.
Por que se formos comparar, assim também acontece quando alguém peca contra nós: por mais que alguém faça algo de errado contra nós, não dá para comparar com a gravidade de nossos pecados contra Deus.
Os nossos pecados foram tão graves aos olhos de Deus, diante de sua santidade, que o salário que merecíamos por eles era a morte, a condenação eterna.
Eles foram uma coisa tão grave aos olhos de Deus que Jesus Cristo foi morto por causa deles.
Com os nossos pecados, nós é que matamos o Filho de Deus.
E ele nos perdoou.
E embora muitas vezes os homens pequem contra nós, de modo que nos sentimos ofendidos, humilhados, não dá para comparar com o que fizemos contra Deus
E então ele espera que tenhamos, para com o nosso semelhante, a mesma atitude que ele teve para conosco.
Ef 4:32
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
Cl 2:13
E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos
1.3 - E Jesus conta o que aconteceu quando o rei ficou sabendo da injustiça feita por aquele homem.
Sim, porque o rei ficou sabendo - como Deus, que sonda os corações, sabe quando no coração abrigamos ódio, ou inimizade, ou inveja, ou ciúmes contra alguém.
O rei mandou chamar o homem mau e perguntou-lhe: "Servo malvado (na visão de Deus, a pessoa que deixa de perdoar o próximo é um homem malvado), perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu compadecer-te de teu conservo, como eu também me compadeci de ti"?
E indignado, entregou o homem mau para os verdugos (os torturadores), até que a dívida toda fosse paga - é claro que o homem não teria como pagar.
E Jesus conclui: "Assim também meu pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão".
2. A lição da parábola
Quando um filho de Deus se recusa a perdoar, não é somente contra Deus, e contra o próximo que ele está pecando; também está pecando contra si mesmo, e irá atrair sobre si as consequências de seu pecado.
2.1 - Porque está também pecando contra si mesmo?
Porque está pecando contra a obra da graça em sua vida.
Veja: a nossa salvação, que é uma obra da graça de Deus, não consiste somente em que Deus nos perdoa os pecados, mas também em que ele opera em nós, mediante a fé, uma transformação espiritual tão grande que não pode ser descrita de outra maneira, a não ser através da palavra "regeneração", ou "novo nascimento".
Quando recebemos a Jesus como nosso Deus e Salvador, quando nós entendemos o Evangelho da nossa salvação e nele cremos, o Espírito Santo de Deus, o Espírito de Cristo, veio habitar em nosso coração, e fez de nós uma nova criação.
2ª Co 5:17
E assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Nova criatura, ou nova criação.
Assim que, lemos na Bíblia, e o sabemos pelo testemunho da igreja e da nossa própria experiência, o que acontece com aquele que recebe a Jesus é uma grande transformação em sua maneira de pensar, de sentir, de enxergar a vida, e naturalmente de se comportar.
O Evangelho nos transforma interiormente, de maneira que o nosso comportamento também é transformado.
Jesus liberta os "encarcerados" do pecado: mas não somente os pecados no sentido de hábitos exteriores. Muito mais que isto, liberta do poder dos pecados interiores: impureza, a cobiça, o ódio, a idolatria, as paixões mundanas.
E se por um lado, liberta do mal, derrama em nós uma nova disposição para o que é bom e perfeito; para as coisas do céu.
O Espírito Santo descreve a maneira como a graça salvadora de Deus trabalha esta nova vida em nós:
Tt 2:11-13
11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, 12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, 13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.
A graça nos faz nova criação, e também passa a educar de acordo com esta nova vida que agora temos.
Mais um texto:
Rm 5:5
Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.
O amor de Deus foi derramado em nosso coração. O Espírito Santo habita em nós, e nos capacita a amar com o mesmo tipo de amor.
Ora, quando um filho de Deus se recusa a perdoar, ele está indo contra toda esta obra da graça de Deus em sua vida, que o perdoou, que o libertou, que o transformou, que lhe está ensinando a viver como um imitador de Jesus.
Ele está fechando o seu coração para tudo de bom que Deus está fazendo em sua vida.
Isto, naturalmente, entristece o Espírito Santo, e "apaga" sua luz no coração do homem. Por isto as exortações que dizem: "Não entristeçais o Espírito Santo de Deus; não apagueis o Espírito"  .
Além disto, se por um lado, a recusa em perdoar ofende ao Santo e amoroso Espírito de Deus, por outro lado, dá lugar ao diabo:
2ª Co 2:10, 11
10 A quem perdoais alguma coisa, também eu perdoo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; 11 para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.
Sim: quando nos recusamos a perdoar, só quem leva vantagem é Satanás; aquele que se opõe a Deus, à sua igreja e a cada um de nós.
Por isto, esta recusa é um pecado contra a obra da graça em nossa vida, é privar-se a si mesmo dos ensinos desta graça à nossa alma.
E isto acarreta consequências malignas
2.2 - Que tipo de consequências são atraídas?
De modo amplo, todos os males que sobrevêm por alguém entristecer o Espírito Santo, enquanto ao mesmo tempo dá lugar ao diabo.
O Senhor, como um Pai amoroso, disciplina aquele que se recusa a dar lugar à sua graça.
Mas vejamos alguns exemplos.
2.2.1 - As orações deixam de ser ouvidas
Mc 11:25,26
25 E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. 26 Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.
Nos versículos anteriores Jesus nos ensina que por meio da fé exercida em oração, podemos experimentar muito do reino de Deus em nossa vida.
Mas ele diz que, ao orar, pode acontecer de nos lembrarmos de alguém que pecou contra nós.
Se isto acontecer, ele diz, é momento de limpar o nosso coração de qualquer impureza neste sentido (a bem da verdade, em qualquer sentido): limpar o coração de qualquer mágoa, de qualquer ódio, de qualquer desejo de vingança ou retaliação.
Se não fizermos isto, não esperemos que o Pai nos perdoe. E se houver pecado fazendo separação entre nós e o nosso Deus, não esperemos que ele atenda as nossas orações.
Mt 6:12,14,15
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores... 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
2.2.2 - Medo, falta de paz
1ª Jo 4:18
No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor
Não estou falando daquele medo normal, saudável, que temos diante de uma situação perigosa, mas daquele medo irracional, sem fundamento, que paralisa, engessa, que torna uma pessoa improdutiva, que faz uma pessoa fugir da companhia de outras, que assombra: medo de doenças que não existem, medo do futuro, medo da morte.
2.2.3 - A pessoa magoada "espalha" a sua amargura de modo que outras pessoas são mal influenciadas, e a igreja é prejudicada
Hb 12:15
Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados.
2.2.4 - A pessoa amargurada se torna semelhante àquele que o ofende
Rm 2:1
Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.
Este é um fato indiscutível: sempre que, em vez de olharmos para Jesus, fixarmos a nossa atenção em outra pessoa, quer admiremos ou não, acabamos nos tornando parecidos com ela.
Por isto sempre devemos ter os olhos fixos em Jesus.
Mas se em vez disto, alimentarmos amargura contra alguém em nosso coração, os nossos pensamentos se fixarão nesta pessoa, e mesmo sem querer, acabamos cometendo os mesmos pecados.
Irmãos, eu poderia continuar a falar destas conseqüências espirituais: falta de paz, de alegria, mau testemunho diante do mundo...
Poderia também falar das consequências físicas: enfermidades - musculares, no estômago, nos pulmões, no coração, no cérebro, (é possível uma pessoa, literalmente, "morrer de raiva")
Estas são suficientes para nos mostrar que se recusamos perdoar, seremos entregues aos verdugos da alma.
Conclusão
Que fazer então?
Examinar nosso coração: guardo no coração, inimizade, ou ciúmes, ou inveja, ou ressentimento, ou raiva contra alguém?
Em casa, na escola, no trabalho, na igreja, na vizinhança?
Examinar nosso relacionamento com as outras pessoas: existe alguém que eu evito, por não perdoar alguma coisa que fez contra mim?
Existe alguém de quem eu não gosto porque ofendeu a quem eu amo?
Existe alguém que, assim como faziam os fariseus, "eu não quero na minha igreja"? Ou algum irmão, ou alguma igreja à qual recuso perdoar? Algum irmão com quem não quero conversar?
E se houver?
Aplicação
Primeiro, lembrar-me de que, em Cristo, sou um homem perdoado.
Sabe os seus muitos pecados? Pense um pouco neles. Que pecados você já cometeu? Não existem coisas das quais você se envergonha?
Não existem coisas que o tornaram imundo aos olhos de Deus?
Mas você foi perdoado por sua morte. Lavado por seu sangue precioso. E você não quer "calcar aos pés o sangue de Jesus", não quer "ultrajar o Espírito da graça com o qual foi santificado".
E hoje, agora, não existem pecados que você ainda deve confessar ao Senhor? Se houver, confesse.
Também devo lembrar-me de que, se estou em Cristo, sou nova criatura, o Espírito de Deus habita em mim, e o amor de Deus é derramado em meu coração por este Espírito que me foi dado.
E assim, pelo poder do Espírito Santo, tenho capacidade para perdoar.
Que, por mais que alguém tenha pecado contra mim, não há como comparar com a grandeza do meu pecado, e com a grandeza do perdão de Deus em minha vida.
Que o meu Pai celestial espera que, assim como ele me perdoou em Cristo, agora eu também perdoe aquele que me ofender.
Tendo todas estas coisas em mente, consciente e deliberadamente, perdoar, limpar do meu coração alguma ofensa, e então, o quanto estiver ao meu alcance, uma vez que não guardo mais nada contra alguém, restaurar meu relacionamento com ele.

8 comentários:

  1. Parabens, muito bem explicado, e isso é muito sério, Perdoar, preciso obedecer ao que Deus nos ensinou, ou vamos sofrer nas maos dos verdugos. Muito importante e lindo.

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  2. Parabéns pastor essa mensagem veio da parte de Deus.

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  3. O Senhor continue abençoando a sua vida. Obrigada pastor por transmiti-la a nós. Essa mensagem vem sim da parte do nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a honra e toda a glória sejam dadas a Ele. Amém!

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  4. OOh Gloria a Deus que palavra linda que Deus me levou a ler.Obrigada

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  5. Palavra de Deus muito edificante e importante para a nossa vida diária como filhas de Deus. Parabéns Pastor

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  6. Deus continue direcionando a sua vida, pra conduzir pessoas pelos caminhos da salvação. Nunca li, assisti ou participei de qualquer culto que abordasse esse tema de forma tão completa! Bendito é o Senhor, glória eu lhe dou por esse texto e por Ele ter usado a sua vida para impactar vidas!! Deus seja eternamente louvado, e que as bençãos do Senhor alcancem a sua vida, sua família, e se multipliquem de geração em geração, em nome de Jesus! Amém!

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