IPC de Pda. de Taipas
Domingo, 14 de agosto de 2016
Pr. Plínio Fernandes
Lc 15:1-3
Aproximavam-se de Jesus
todos os publicanos e pecadores para o ouvir. 2 E
murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com
eles. 3 Então, lhes propôs Jesus esta
parábola:
Lc 15:11-32
Continuou: Certo homem
tinha dois filhos; 12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos
bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. 13
Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu,
partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo
dissolutamente. 14 Depois de ter consumido tudo,
sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15
Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou
para os seus campos a guardar porcos. 16 Ali,
desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe
dava nada. 17 Então, caindo em si, disse:
Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 18
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; 19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como
um dos teus trabalhadores. 20 E, levantando-se, foi para seu
pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele,
correndo, o abraçou, e beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei
contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 22
O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o,
ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; 23 trazei também e matai o
novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, 24 porque este meu filho
estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a
regozijar-se. 25 Ora, o filho mais velho estivera
no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as
danças. 26 Chamou um dos criados e
perguntou-lhe que era aquilo. 27 E ele informou: Veio teu irmão,
e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. 28
Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava
conciliá-lo. 29 Mas ele respondeu a seu pai: Há
tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste
um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; 30 vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus
bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. 31
Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu
é teu. 32 Entretanto, era preciso que nos
regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e
reviveu, estava perdido e foi achado.
Conforme lemos nos vs. 1 e 2,
esta foi mais uma daquelas ocasiões em que os escribas e os fariseus, que eram
os mestres da religião, estavam observando e fazendo críticas ao Senhor Jesus,
pela maneira como ele se relacionava com as pessoas notoriamente pecadoras.
Eles não entendiam as motivações
de Jesus.
Então, na busca de corrigir a
visão distorcida daqueles homens, e ajudá-los a abandonar sua atitude
pecaminosa, Jesus criou estas três parábolas aqui deste capítulo: da moeda
perdida, da ovelha perdida, e do filho perdido.
Na verdade, estas três estórias,
conforme nos diz o v. 3, são uma parábola só, pois todas têm o mesmo objetivo: declarar
quão grande é o amor de Deus para com os pecadores, e como Deus se alegra quando
os pecadores se convertem a ele.
Hoje nós vamos meditar nesta
terceira estória, que tornou-se uma das mais conhecidas e amadas do universo
cristão.
Nesta estória, que
tradicionalmente chamamos a “Parábola do Filho Pródigo”, Jesus afirma que as
coisas deveriam ser assim mesmo como ele estava fazendo, pois Deus ama os
pecadores e se alegra quando eles, arrependidos, vêm de volta para ele.
Nesta estória, o filho pródigo, o
que sai de casa, que gasta tudo até não ter mais nada e fica na pobreza,
representa aqueles homens que, tendo se afastado de Deus, acabam caindo em si,
e humildemente voltam-se para ele através de Jesus Cristo.
A figura do filho mais velho, que
não saiu de casa, mas que depois não queria entrar, era, num primeiro momento,
para usar uma expressão que nos é bem clara, uma “carapuça” para os fariseus; e
representa todos aqueles que, mesmo sendo pessoas religiosas, são também
pecadores, que constantemente precisam reconhecer seus pecados e voltar-se à
vontade de Deus.
E a figura do Pai, naturalmente,
representa Deus.
Deus que se revelou em Cristo.[1]
Deus que nos amou tanto, que nos
desejou tanto, que por nós deixou as glórias dos mais altos céus e “veio à
terra para nos encontrar”.[2]
Deus que se fez homem e habitou
entre nós, que deu sua vida na cruz, sofrendo o castigo que nós merecíamos,
para que através de sua morte nós pudéssemos ter vida. [3]
Deus que agora continua de braços
abertos, alegre em receber os pecadores que se arrependem.[4]
A parábola do filho pródigo,
portanto, meus irmãos, é a “história” de todos nós. É a “história” de cada um
de nós, homens pecadores, aos quais Deus ama.[5]
Pois cada um de nós, em qualquer
momento de nossa vida, nos encontramos, em relação a Deus, num destes lugares,
numa destas situações em que o filho pródigo se encontrou.
Esta estória nos lembra de que
existem homens longe de Deus – que querem ser livres, e em sua liberdade estão
gastando suas vidas, seu dinheiro, seus bens, sua saúde, seu tempo, com coisas
que não valem a pena; destruindo relacionamentos, destruindo sua alma,
acumulando pobreza e destruição, sem que percebam isto.
Esta estória também nos lembra
que existem homens caindo em si – num dado momento de sua miséria, um raio de
luz penetra em suas mentes, e eles começam a perceber o seu estado de pobreza
espiritual, e entendem que estão longe do Pai celestial; entendem que são indignos
de ser tratados como filhos de Deus, e dizem consigo mesmo:
– Eu preciso de Deus, e vou buscar a Deus, mesmo que ele me trate
apenas como um servo. Ser um servo e estar sob os cuidados de Deus é muito
melhor do que ser livre mas estar longe.
E transformam este pensamento em
atitude, em ação, e em seus corações se movem em direção a Deus.
E também existem aqueles que já
estão em casa, em companhia do Pai, e é festa.
Agora, gostaria de me deter e
meditar com vocês, sobre a atitude do Pai, o comportamento de Deus em relação
aos seus filhos, em cada um destes lugares, ou situações de vida em que os seus
filhos se encontram.
Para isto eu quero destacar os
vs. 20-24
Comecemos com o v. 20: nele
podemos perceber o comportamento do Pai em dois momentos na vida deste filho.
Vinha ele ainda longe, quando seu Pai o avistou...
1.
Isto quer dizer que o Pai está com os olhos fitos no horizonte, colocados na
estrada pela qual, ele tem certeza, o filho há de voltar para casa.
Fico imaginando o passar dos dias
dentro desta história.
Este filho mais jovem, que queria
ser dono de sua própria vida, tomar suas próprias decisões, está longe de casa.
Ele sente que tem muita vida pela
frente e quer “aproveitar”; ele tem dinheiro, e se sente o dono do mundo.
Ele gasta prodigamente, esbanja
dinheiro, e isto o torna popular.
Ele está sempre cercado de
mulheres, é bem visto pelos homens.
Se fosse um homem do século XXI,
certamente estaria num carro muito bonito, fumando, bebendo, frequentando
clubes e bares caríssimos, cercado de pessoas que admiram seu estilo de vida.
Alguns diriam a respeito dele, e para ele: – “Esse é o cara!”
Nesta hora, ele “não tem cabeça
para se lembrar” do Pai; aliás, seu coração é inimigo do Pai. Sua consciência
está cauterizada, e em relação ao Pai ele quer estar longe.
Eu fico me perguntando por que o
Pai não vai logo atrás, e o chama de volta para casa, e me parece que a
resposta é esta: porque, se nesta hora ele fizesse isto, o filho olharia com
desdém e diria:
– “Me deixa em paz; quero curtir minha vida!”
E o Pai é sábio, entende que um
coração rebelde não quer ouvir, e também sabe o que vai acontecer com o tempo.
Só é uma pena que este filho tolo
não saiba.
Ele não sabe que o amor
demonstrado pelas pessoas é interesseiro.
Ele não sabe, ou não quer pensar
que as riquezas não duram para sempre.
Ele não sabe que a saúde acaba,
os prazeres da vida se tornam desilusão.
Ele não sabe, ou não quer pensar,
que está a caminho da miséria.
Ele não sabe que pode morrer, e
morrendo, perder tudo de vez.
Enquanto isto. O Pai, que é
fazendeiro, está tocando a vida; ele dá ordens aos empregados, conta com a
ajuda do filho mais velho, administrando a casa.
Mas seus olhos estão fitos na
estrada; o tempo todo ele está “com um olho na fazenda e o outro na estrada”.
Se você estiver ali você pode ver que em meio a tudo o que ele está fazendo, o
tempo todo ele está se voltando para o caminho de entrada da fazenda.
Ele tem o desejo e a esperança de
que, num momento qualquer, irá ver a imagem, nem que for a silhueta, do filho
voltando para casa.
O tempo passa. O filho que se foi
continua perdido.
Mas o dinheiro vai se acabando.
Os admiradores vão desaparecendo, os bens, os prazeres.
Chega a pobreza, a derrota e a
miséria.
Ele não consegue outro emprego, a
não ser o de guardar porcos, animal especialmente imundo para os judeus.
E cuidando dos porcos, ele passa
fome, a ponto de desejar as mesmas vagens que os porcos comem: humilhação,
fome, imundície. E ninguém lhe dava nada.
E em casa, o Pai: olhos no
caminho. Coração cheio de saudade. Pensamentos de esperança:
–“Meu filho há de voltar. Ele é meu filho, aqui é a casa dele. Quem
dera fosse hoje. Tomara que seja hoje.”
Queridos, esta é situação espiritual
de muitos homens: longe de Deus.
Coração vazio de Deus, cabeça
vazia de Deus.
Desejos e prazeres colocados nas
coisas deste mundo.
Homens e mulheres gastando suas
vidas, seus bens, seu tempo, seu dinheiro, seus esforços, com coisas que não
valem a pena.
Prazeres transitórios, que se
acabam logo, que não trazem alegria e paz duradouros, que com o tempo só trazem
miséria e destruição.
Prazeres que empobrecem a alma,
que transformam os homens em pessoas egoístas, infiéis, vazias, insensatas,
amantes de si mesmas.
O homem sem Deus vive em pecado,
em um verdadeiro chiqueiro moral e espiritual, numa imundície.
E tem fome e sede, mas não pensa
em Deus. Ele não tem noção, e deseja satisfazer sua fome com a comida dos
porcos, e se afunda ainda mais no pecado: drogas, prostituição, bebidas,
adultérios, homossexualismo, jogos, músicas destruidoras da alma, e outros
“prazeres” pervertidos.
E Deus, em tudo isto?
Ez 33:11
Dize-lhes: Tão certo
como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em
que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos
dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?
Ele não tem prazer na morte do
pecador, antes, o seu prazer é que o pecador se arrependa, e viva.
Então ordena ao profeta que
pregue, que anuncie a salvação, o perdão que o Senhor está disposto a dar para
todos os que se convertem a ele.
O profeta Isaías também ensina a
mesma verdade.
Is 55:1-3
Ah! Todos vós, os que
tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai
e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que
não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com
finos manjares. 3 Inclinai os ouvidos e vinde a
mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua,
que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
Veja, você, que está afastado de
Deus: você está gastando sua vida com coisas que não podem trazer satisfação
permanente. Você está vivendo em pecado, e o salário do pecado é a morte.
Veja o convite de Deus: – “incline seus ouvidos, e me ouça;
arrependa-se, volte-se para mim, e você terá vida de verdade”.
Como disse Jesus: – “De que vale ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma?”
Noutra ocasião, referindo-se aos
que vivem deste modo, Jesus os chama loucos. – “Louco,” diz a parábola do Senhor, “esta noite pedirão a tua alma, e tudo o que você tem neste mundo você
perderá.”
Então caia em si, abra os olhos,
veja a miséria na qual você se encontra, arrependa-se.
2.
Mas agora, quero considerar o homem num segundo momento, numa segunda situação.
Pois no v. 17, nosso Senhor no
diz que um dia, estando ali, no meio dos porcos, no meio da imundície, este
homem cai em si, e diz para si mesmo:
– “Quantos trabalhadores de meu Pai
têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o
meu Pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno
de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.”
E levantando-se, foi para o seu
Pai.
À luz do que temos dito até
agora, não é preciso muito para descrever o que se passa então com este filho.
Ele percebe o resultado, o fruto
que colheu com sua independência.
Percebe o poço de infelicidade,
ruína e miséria que os prazeres lhe trouxeram.
Percebe que nada lhe trouxe
satisfação.
Penso em certo artista de quem eu
gostava muito, mas que morreu em consequência das enfermidades sexualmente
transmissíveis.
Ele disse pouco tempo antes de
morrer:
– “Eu queria ser feliz, e na busca pela felicidade experimentei de tudo:
sexo, drogas, dinheiro... mas não a consegui em nada disso.”
Mas diferente do que fez este
artista, o rapaz da história de Jesus não ficou apenas se lamentando.
Ele pensa no que vai fazer:
– Levantar-me-ei, irei ter com o
meu Pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti, eu me
tornei indigno de ser reconhecido como teu
filho. Trata-me como um dos teus empregados
Ele se levanta e vai
Veja como ele se torna humilde.
Veja como ele se torna manso de coração.
Veja como ele reconhece sua indignidade, como ele não exige nada.
Veja como ele precisa e busca misericórdia.
E veja como ele sabiamente se levanta e volta para casa, deixando para
trás os porcos e suas comidas, deixando o chiqueiro.
Ele está recomeçando a vida.
Põe o pé na estrada e volta, passo a passo, quebrantado, humilde e
determinado.
E o Pai? O Pai está o tempo todo de olho na estrada. Os outros estão
distraídos, cuidando de seus deveres, mas o Pai, sem deixar de cuidar da casa
toda, está vigiando, esperando de volta o filho cansado, sujo e faminto.
Esperando o filho arrependido, humilde e quebrantado.
Então chega o grande dia.
v.
20 – “Vinha ele ainda longe, quando seu
Pai o avistou, e compadecido dele, correndo ao seu encontro, o abraçou e o
beijou...”
Há uma coisa muito bonita aqui, na atitude do Pai: ele não esperou o
filho chegar. Ele não esperou o discurso do filho. Ele apenas percebeu que o
filho estava arrependido, e correu para ele.
O filho ainda estava longe.
Ainda não dissera suas palavras de arrependimento.
Ainda não tomara um banho para ficar limpo.
Ainda não colocara uma roupa nova.
Aliás, quando foi embora ele renunciou, rejeitou, abriu mão de todos os
seus direitos em sua casa, e se agora o Pai não lhe desse nada seria
perfeitamente justo.
Mas não é isto o que faz o Pai; o rapaz mal começa a falar e ele está
sendo abraçado, beijado, acariciado, e o Pai está dando ordens:
– “Tragam a melhor roupa, coloquem
um anel no dedo, para que saibam que ele é meu filho, sandálias em seus pés,
tragam e matem o melhor novilho. Vamos comer, vamos nos alegrar, porque este
meu filho que estava morto reviveu, estava perdido e foi achado”.
E a alegria começou. Ali mesmo, no caminho.
Ah, meu querido, você que está
com a alma assim, cansado, aflito, angustiado com sua vida, angustiado com seus
pecados, Infeliz com seus caminhos, sentindo-se indigno de Deus.
Você crê que não pode ser chamado
filho de Deus, sabe que não tem este direito.
Você percebe a Palavra de Deus
para você?
Ele está olhando, esperando
pacientemente.
Se você vier a ele, ele está de
braços abertos.
O Evangelho convida:
– “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu
vos aliviarei... Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
achareis descanso para as vossas almas.”
Venha sujo, maltrapilho, e o Pai
vai limpar você.
Sabe por que Jesus Cristo morreu
na cruz? A Palavra de Deus ensina que foi para que com o sangue de Jesus
derramado na cruz a sua alma fosse lavada, purificada, e você entre no reino
dos céus com vestes brancas, alvas como a neve.
Sabe por que Jesus subiu ao
céu? A Palavra de Deus ensina que foi
para dar a você, que crer em Jesus, o Espírito Santo, para que você seja selado
como filho de Deus.
Sabe o que é o Evangelho? A
Bíblia ensina que é o calçado para os seus pés, o qual, você calçando está
firmado na paz de Deus.
Sabe por que Jesus veio ao mundo?
A Bíblia ensina que ele é o cordeiro de Deus, o Pai, que em amor se entregou e
foi morto em nosso lugar, para que possa haver festa na casa de Deus.
Venha: tudo já está preparado.
Deus vem ao seu encontro.
3.
Mas agora eu quero também considerar o terceiro momento
O filho que estava morto reviveu,
o filho que estava perdido foi achado.
Então o Pai manda fazer uma
festa:
Tem um “senhor churrasco”.
Tem muita música.
Tem muita dança.
Me faz lembrar um texto muito
bonito do profeta Jeremias.
Jr 31:11-14, que conta da alegria
no meio do povo de Deus quando sua salvação se manifesta:
Porque o Senhor redimiu a Jacó e o livrou da mão
do que era mais forte do que ele. 12 Hão de vir e exultar na altura
de Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor, do cereal, do
vinho, do azeite, dos cordeiros e dos bezerros; a sua alma será como um jardim
regado, e nunca mais desfalecerão. 13 Então, a virgem se alegrará na
dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os
consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza. 14 Saciarei de
gordura a alma dos sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz
o Senhor.
Eu imagino aquela festa deste
jeito: os músicos estão tocando suas flautas, seus tambores, suas liras, e tem
uma ou mais jovens dançando, as pessoas cantam e batem palmas, e estão todos
alegres.
Eu imagino esta festa deste jeito
porque assim é que são as festas solenes dos israelitas.
Sabe o que o filho está fazendo?
Está se alegrando.
Sabe o que o Pai está fazendo?
Comemorando.
Sabe o que o filho fez para
merecer isto? Nada! Aliás, ele fez para não merecer!
Sabe o que o Pai quer? Alegria,
comunhão, felicidade.
Mas que pena! O filho mais velho
está chegando. Ele ouve as músicas, a dança, ele quer saber o que está
acontecendo, e fica indignado, ele fica revoltado.
– Eu trabalho tanto, e ele não me dá nada!
– Esse meu irmão não trabalhou, ao contrário, gastou; é um bastardo, e
tem uma festa dessa prá ele.
– Não tem cabimento uma coisa destas.
Só falta o filho mais velho
querer ir embora, não é?
E sabe por que este “inferno
astral”? Porque este filho era fariseu, isto é, ele se achava melhor que o
outro, ele achava que ele era o certinho, o bonzinho, o que fazia bem as
coisas, e o outro não.
Amados, não é este um problema
que muitas vezes vivemos em nossa própria vida?
Não temos esta terrível
inclinação para sermos fariseus?
Uma terrível inclinação para
pensar que Deus deve nos aceitar com base em nosso desempenho, em nosso
comportamento certinho, com base no fato de que “somos melhores que os outros”,
pois trabalhamos mais, fazemos melhor, e os outros não?
E sabem, quando não vivemos pela
graça é uma desgraça: murmuração, infelicidade, revolta.
Mas então o Pai, com o mesmo
amor, com a mesma ternura, vai até ele e diz:
– “Meu filho, tudo o que é meu é teu; precisamos nos alegrar, pois meu
filho, teu irmão, estava perdido, e foi achado, estava morto e reviveu”
Podemos perceber o que Deus está
ensinado: salvação é para nos regozijarmos.
É para festejarmos. É para desfrutarmos.
É para sermos felizes com nosso Pai e uns com os outros.
É para desejarmos aos que estão
perdidos.
Vida com Deus é comunhão, é
festa, é alegria, solene alegria.
Vida com Deus é louvação.
Vida com Deus é felicidade.
– “Tudo o que é meu é teu”, diz o Senhor. “O meu reino está sendo preparado para vocês; na casa do Pai há muitas
moradas”.
Conclusão
e aplicação
Qual destes três momentos
representa sua vida agora?
1. Você é daqueles que estão
completamente distantes de Deus?
Esse caminho não vai te dar vida,
só miséria e destruição.
Não seja insensato. Não perca seu
tempo, não endureça seu coração, pois amanhã pode ser tarde demais, e você não
poderá voltar-se para Deus
Levante-se, largue os porcos,
largue os prazeres imundos do pecado, arrependa-se, e venha a Deus por meio de
Jesus
2. Você é daqueles que estão
sentindo sua miséria, mas ainda estão longe?
Abra os olhos da fé. Abra os
olhos do coração, e veja Jesus de braços abertos, dizendo: – “Vinde a mim os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.”
Se você se levantar, deixando o
passado onde ele deve ficar, isto é, no passado, se você caminhar em direção a
Deus, mesmo que esteja longe, ele vem ao encontro de você.
3. Ou você é daqueles que já estão
em casa, ou porque voltaram, ou porque nunca saíram?
Então alegre-se, viva com o Deus
da tua salvação, com o Deus que é a tua força, a tua luz, a tua alegria.
Tudo o que é meu é teu, diz o
Senhor. Receba orando. Receba adorando. Receba na comunhão com ele.
Você percebe que, seja qual for o
momento que você vive, a disposição de Deus é a mesma? O mesmo amor, o mesmo
bem querer, os mesmos olhos voltados para você.
Você é dele, por ele, e para ele.
Louvado seja o Senhor, por seu amor para conosco.
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