Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 7 de junho de 2015

Unidade, diversidade, caridade - Rm cap. 14-15:13

IPC em Pda. de Taipas
Domingo, 7 de junho de 2015
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler Romanos cap. 14 e 15:1-13
14:1-23 – Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.  2 Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; 3 quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. 
4 Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.  5 Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.  6 Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.  7 Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.  8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.  9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.  10 Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.  11 Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.  12 Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
13 Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.  14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.  15 Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.  16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem.  17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 18 Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. 
19 Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.  20 Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo.  21 É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer.  22 A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova.  23 Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
15:1-13 – Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. 
2 Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.  3 Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.  4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.  5 Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, 6 para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.  7 Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.  8 Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; 9 e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu te glorificarei entre os gentios e cantarei louvores ao teu nome.  10 E também diz: Alegrai-vos, ó gentios, com o seu povo.  11 E ainda: Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem.  12 Também Isaías diz: Haverá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para governar os gentios; nele os gentios esperarão.  13 E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
No século XVI, um movimento do Espírito de Deus mudou o curso da História da Igreja e do mundo: a Reforma Protestante.
A Reforma aconteceu em vários lugares da Europa ao mesmo tempo, através de diferentes homens.
Por isto, ao mesmo tempo em que entre as diversas pessoas, ou grupos de pessoas que experimentaram esta atuação do Espírito Santo, havia muitas coisas em comum, havia também muitos pontos secundários nos quais existiam diferenças de pensamento e prática; por exemplo: a santa ceia, a forma do batismo, a forma de governo da igreja.
Mas diferenças de pensamento entre os crentes, sobre certos assuntos, sempre existiram na história da igreja: nos primeiros dias do Cristianismo, havia discussão entre os crentes em Jesus a respeito do que se pode comer ou não, entre o que se pode beber ou não, se há dias especiais que devem ser observados ou não – diferenças estas que podem ser percebidas no texto que estamos a considerar.
Por conta deste tipo de controvérsias, Richard Baxter, um pastor puritano, expressou suas convicções da seguinte maneira:
Existem algumas verdades essenciais, sem as quais alguém, ou uma comunidade eclesiástica não podem ser verdadeiramente chamados cristãos – nestas verdades essenciais precisa haver unidade de pensamento e prática [1].
Existem certos assuntos nos quais os cristãos podem divergir entre si, sem que isto afete a essência de sua fé. Nestas coisas não essenciais, pode haver diversidade.
Mas em todas as coisas, precisa haver caridade [2].
Unidade, diversidade, caridade. Embora seja uma frase moderna, estou convicto de que é alicerçada sobre a Palavra de Deus. Este é o assunto de nosso estudo de hoje.
Veremos como estas verdades são ilustradas no ensino de Paulo neste texto que lemos.
1. Paulo ensina que algumas verdades do evangelho de Cristo são essenciais, e nelas, todos os crentes devem estar de acordo em seu entendimento – aqui deve haver unidade
Vejamos algumas
1.1 - O reconhecimento de Jesus Cristo como Senhor (somente Cristo)
Cristão verdadeiro é aquele que reconhece a Jesus como Senhor de sua vida e de todas as coisas.
Rm 14: 9,11
9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. 
11 Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. 
O que faz de você um cristão não é o que você come ou o que você bebe, mas sim o ter entregado sua vida a Cristo reconhecendo-o como seu Senhor.
Cristo é o Senhor do seu coração, de sua mente, de sua vida? Isto é, você reconhece a Cristo como Deus e Senhor do universo, e consequentemente, como o teu Senhor?
Cristianismo verdadeiro é isto:
Rm 14: 7, 8
7 Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. 8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.
1.2 - O reconhecimento de que a fé é o meio de viver de modo agradável a Deus (somente a fé) 
Rm 14:23
Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
Aqui Paulo está citando uma doutrina fundamental, sem a qual não podemos ser chamados de cristãos: a doutrina de que a fé é o meio de chegar-se a Deus em Jesus Cristo.
Justificados, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo...[3]
Pelo qual temos ousadia, e acesso (ao Pai) com confiança, mediante a fé nele...[4]
Pois como está escrito: o justo viverá pela fé [5].
Para Deus, a atividade exterior de alguém que se diz cristão só é importante à luz da atitude interior.
Qualquer ação nossa que não seja fruto da fé é pecado.
Por exemplo, este culto que prestamos: se não for motivado pela fé em Jesus Cristo, se não for pela fé em sua Palavra, mas pelo tradicionalismo, ou pela formalidade, ou como uma obra para se obter o favor divino, se não for fruto da fé no fato de que em Cristo podemos nos achegar a Deus, de modo agradável a ele, se não for “em espírito e em verdade”, apenas estaremos oferecendo a Deus sacrifício que ele não pediu.
Ef 2:8, 9
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.
Hb 11:6
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.
A salvação é pela graça mediante a fé, pois Cristo é o Senhor.
1.3 - O reconhecimento de que a Palavra escrita de Deus, a Bíblia, é o fundamento de nossa fé
Rm 15:4
Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.
Mais uma vez, Paulo está fazendo eco a uma doutrina repetidas vezes ensinada na Bíblia: o cristão verdadeiro entende que tudo quanto está escrito é para seu ensino, consolação e esperança.
Ele crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, não apenas a contém.
Por quê? Porque Cristo é o seu Senhor, e este é o pensamento de Cristo sobre as Escrituras; por tanto, ter as Escrituras como alicerce de sua esperança em Deus é indiscutivelmente fundamental.
Jo 10:34, 35
Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?  35 Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar...
Para mim estas são as palavras mais incisivas e claras a respeito da perspectiva cristã sobre a Bíblia.
Nelas, o Senhor Jesus diz o que ele pensa sobre ela. Citando o Salmo 82[6], ele o designa de lei, Escritura, Palavra de Deus infalível.
É claro que Jesus não pensava isto apenas desta passagem, mas conforme Lucas cap. 24, ele considerava Escrituras todo o Antigo Testamento judaico, isto é, o Pentateuco, os Escritos e os Profetas [7].
Ora, se cremos em Jesus, então cremos também nas Escrituras, tal como ele ensinou.
1.4 - O reconhecimento de que o Reino de Deus é constituído de realidades espirituais, interiores.
Rm 14:17, 18
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 18 Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.
Paz, alegria, justiça, como resultados de uma vida que é fruto, e conduzida pelo Espírito Santo.
Estas coisas, portanto, são essenciais. São características de todo verdadeiro cristianismo.
2. Coisas não essenciais – diversidade
2.1 - Comida e bebida
14:1-3
Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. 2 Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; 3 quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu
14:21
É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer
14:17
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo
Existiam, entre os primeiros cristãos, certos problemas acerca de coisas que Jesus falou, mais provavelmente por falta de conhecimento, uma vez que o Novo Testamento não foi escrito e publicado em poucos meses, mas ao longo de muitos anos até fins do primeiro século.
Devido à sua herança religiosa, muitos dos primeiros cristãos judeus não comiam carne de certos animais, ou de qualquer animal sufocado. Mas Jesus havia considerado puros todos os alimentos:
Mc 7:18, 19 [8]
Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, 19 porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos.
Então não havia qualquer alimento que fosse proibido a um crente em Jesus. Mas ainda assim, por questões de fraqueza na fé, alguns cristãos judeus não comiam certos tipos de carne.
Por outro lado, entre os cristãos gentios não havia o pensamento de que algum tipo de alimento pudesse ser proibido. Mas alguns tinham dúvidas sobre o comer alguma carne vendida no açougue, e que talvez tivesse sido dedicada a algum ídolo.
O mesmo podemos dizer em relação à bebida: nosso Senhor bebia vinho com a mesma naturalidade que qualquer outro judeu bebia, e entendia que o vinho era uma dádiva de Deus como outro alimento qualquer.
Naturalmente que Jesus nunca se embriagou, pois isto sim, é pecado. Mas mesmo assim porque ele desfrutava com simplicidade, sem afetação, das coisas comuns, chegou a ser criticado pelos “santarrões de plantão” entre os judeus.
Lc 7:33, 34
Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio!  34 Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!
Agora, embora entre os cristãos judeus não houvesse dificuldade em se usar o vinho como uma bebida do dia a dia, entre os gentios que vinham do paganismo, um ambiente em que muitas orgias eram realizadas a Baco, ou Dionísio, “deus do vinho”, este tipo de bebida suscitava questões de consciência.
Também havia questões sobre os dias
Rm 14:5 [9]
 Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente
O centro de nossa fé é Jesus Cristo.
Então não devemos ser julgados, nem julgar qualquer pessoa, por causa de dias, comidas, bebidas.
Mas não fazemos assim, e além das coisas especificamente mencionadas na Bíblia como secundárias, no nível dos costumes ficamos discutindo acerca de cinema, TV, roupas, corte de cabelos, maquiagem, palmas, cortinas, e tantas outras coisas, que o Reino de Deus, que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo, é deixado de lado.
Em nível teológico ficamos discutindo e menosprezando irmãos de outras convicções acerca de modos e de batismos, de santa ceia, de calvinismo ou arminianismo[10], de presbíteros ou congregações no governo da igreja, e em nossos corações, “ficamos jogando estes irmãos no inferno”, tropeçando e fazendo tropeçar pessoas amadas de Deus, por quem Jesus Cristo morreu.
Começamos a nos preocupar em quantos estão contra e quantos a favor. Aquela visão bonita do Reino de Deus se desfaz, e ficamos discutindo sobre coisas que não salvam nem santificam ninguém, ao contrário, que embora tenham aparência de humildade e santidade não tem valor algum contra a carnalidade [11].
Estas coisas nos separam uns dos outros, e de Deus.
Por quê? Porque, muitas vezes, está faltando o terceiro elemento. Paulo diz que se somos crentes em Jesus, nosso grande propósito é seguir a Jesus em todas as coisas, e aqui, especificamente, em sua maneira de lidar conosco.
Assim, temos considerado que: nas coisas essenciais, unidade. Nas coisas não essenciais, diversidade. Agora...
3. Em todas as coisas, caridade (amor)
Porque o amor é tão importante?
Para exemplificar sua importância eu desejo citar apenas duas referências
Gl 5:6
Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.
Em Cristo, o que tem valor não é o pedigree, seja racial, cultural, filosófico ou teológico, mas a fé; não se esqueça de que o justo viverá pela fé; mas o veículo, o meio através do qual a fé se manifesta, é o amor.
Quem ama cumpre o maior de todos os mandamentos, mas que não ama está demonstrando que não tem verdadeira fé, aquele dom de Deus citado em Efésios, e que nos transforma o coração.
Se eu tiver fé a ponto de transportar montes, mas não tiver amor, nada serei [12].
1ª Co 8:1
No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica.
“O amor edifica”. E a preocupação de Paulo aqui, vale dizer, a intenção do Espírito Santo, é que pelo amor nos edifiquemos uns aos outros.
Se eu tiver fé a ponto de transportar montes, mas não tiver amor, nada serei. Se eu for um “grande erudito”, ou se eu puder provar minha “árvore de genealógica de sucessão apostólica até os doze”, e não tiver amor, nada disto terá valor diante de Deus.
3.1 - Pelo amor, nos acolhemos uns aos outros, apesar de nossas fraquezas e diferenças quanto às coisas secundárias
Rm 14:1
Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.
Quando agimos assim, estamos sendo imitadores de Cristo, fazendo com nossos irmãos o mesmo que Jesus tem feito conosco, apesar de nossas fraquezas e debilidades.
15:6,7
Para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.  7 Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.
3.2 - Pelo amor, não nos desprezamos uns aos outros. Não nos achamos superiores; não nos achamos mais esclarecidos, não pensamos que somos os únicos crentes fiéis.
14:3
Quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu
3.3 - Pelo amor, não nos julgamos uns aos outros
14:3-7
Quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.  4 Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.  5 Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.  6 Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.  7 Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. 
14: 13 , 14
Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.  14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. 
Mas cuidado com o espírito farisaico de alguns! Pois há daqueles que, dizendo-se irmãos, não agem de boa fé, e a pretexto de amor, querem que nos submetamos aos seus legalismos. Há daqueles que têm prazer em dominar sobre a consciência dos outros, e se dizem escandalizados com qualquer coisa, a fim de que vivemos de acordo com seus desejos. Mas Jesus nunca se submeteu a fariseus.
Por outro lado, cuidado também para não se utilizar de seus próprios gostos, temperamento e preferências para impor fardos sobre os irmãos.
Mt 23:4, 13
Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los... Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
Tt 1:15
Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.
3.4 - Pelo amor, negamo-nos a nós mesmos, para a edificação uns dos outros
15:1-3
Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. 2 Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. 3 Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim. 
14:15
Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.
O resultado de uma vida de amor
15:13
E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
A vida cristã se torna um “fardo leve e suave”, alegre, cheio de paz e justiça na direção do Espírito Santo.
Conclusão
Unidade, diversidade caridade.
Existem certas coisas que são essenciais na vida do verdadeiro Cristianismo, como:
O reconhecimento de Jesus Cristo como Deus e Senhor do universo, e consequentemente, nosso Senhor e Deus.
A vida eterna mediante a fé em Jesus Cristo.
A Palavra escrita de Deus (a Bíblia) como revelação de Jesus Cristo, a Bíblia como alicerce histórico da nossa fé.
A vida regenerada, dirigida pelo Espírito de Jesus Cristo.
Se uma pessoa crê nestas coisas, de todo o coração, se vive à luz disto, então é um verdadeiro cristão.
Mas existem coisas que não fazem parte da essência da vida cristã, como: comida e bebida, dias, modo de batismo, dons espirituais, modo de santa ceia, vestimentas, etc. Não somente costumes, mas também certas interpretações teológicas: no dia em que cada um de nós comparecer perante o tribunal de Cristo, ele não levará em consideração se fomos calvinistas ou arminianos, mas se vivemos pela fé através do amor.
Por isto, em todas as coisas, caridade. Caridade que nos leve a ser imitadores de Cristo, que não colocou-se a si mesmo em primeiro lugar, mas que tomou a sua cruz, a fim de fazer a vontade do Pai e nos ganhar para si.
Caridade que nos leve a acolher uns aos outros, a não nos julgarmos uns aos outros, a seguir a paz uns com os outros, a procurar a edificação uns dos outros.
Caridade que nos conduza a uma vida governada pelo Espírito Santo, falando nas Escrituras, governando nossos pensamentos e corações.
Caridade que nos leve a faze tudo para que em todas as coisas o Deus da paz seja glorificado.





[1] Veja também Gl 1:8,9; 2:3; At 16:3
[2] Citando Rupert Meldenius, apud John Stott, Cristianismo Equilibrado (Rio de Janeiro, CPAD, 3ª Ed., 1995), pág. 15
[3] Rm 5:1
[4] Ef 3:12
[5] Rm 1:17
[6] Sl 82:6
[7] Lc 24:25-27, 44, 45
[8] a) Se você não sabe a procedência, coma sem perguntar (1ª Co 10:25, 26).  b) Se você for informado, não coma, não por sua causa, mas por causa da consciência de quem lhe informou (1ª Co 10:28,29). c) Não participe de idolatria (1ª Co 10:20, 21)
[9] Atenção: existe diferença entre o débil, fraco, e o árbitro (juiz, que quer se colocar no lugar de Deus)
[10]Aprecio o artigo do Pr. Renato Vargens, O que penso sobre a “discussão” nas redes sociais entre calvinistas e arminianos, onde ele diz: “A história  nos traz inúmeros relatos de arminianos piedosos. Gente como Dwight Moody, John Wesley, Tozer, C. S. Lewis, Leonard Ranvenhill, David Wilkerson e Billy Graham são claros exemplos disso”. http://renatovargens.blogspot.com.br/search?q=arminianos; acessado em 3 de junho de 2015 às 16H.
[11] Veja Cl 2:16-23
[12] 1ª Co 13:2

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