3ª IPC de São Paulo
Domingo, 6 de maio de 2007
Pr. Plínio Fernandes
“E
aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu,
manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém 52 e enviou mensageiros que o
antecedessem. Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe preparar
pousada. 53 Mas não o
receberam, porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para
Jerusalém. 54 Vendo isto, os
discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do
céu para os consumir? 55
Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e
disse: Vós não sabeis de que espírito sois. 56 Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas
para salvá-las. E seguiram para
outra aldeia.”
O Evangelho de Marcos nos diz que Jesus acrescentou
a Tiago e João o nome de “Boanerges”, que quer dizer “filhos do trovão”.[1]
Talvez por causa da impetuosidade que podemos
observar neles, como neste caso
registrado em nosso texto.
Lucas nos conta que Jesus havia iniciado sua última
viagem para Jerusalém. Lá ele seria entregue, julgado e crucificado.
Enquanto seguia viagem, nosso Senhor continuou a
proclamar o reino de Deus, a ensinar seus discípulos e a curar os enfermos.
Quando estavam próximos de uma aldeia samaritana,
ele enviou discípulos que o precedessem para preparar um lugar no qual pudessem
repousar.
Mas diferente de uma outra cidade samaritana, aquela
da história registrada em João cap. 4, que se converteu a Jesus, esta aqui
recusou-se a recebê-lo.
Pois ele era um judeu, estava a caminho de Jerusalém,
e os judeus não se davam com os samaritanos. Portanto, aqui ele não era
bem-vindo.
Então, diante disto Tiago e João, os filhos do
trovão, perguntam a Jesus: – “O Senhor
quer que nós ordenemos que caia um fogo do céu que consuma estes samaritanos?”
Me parece que estavam muito indignados. E também
cheios de fé: – “Se o Senhor quiser, nós
ordenamos e cai fogo do céu”.
Claramente cheios de zelo. Talvez até estivessem com
algum texto bíblico em mente.
Afinal, está escrito que quando Nadabe e Abiú
ofereceram um “fogo estranho no altar de Deus”, um fogo da parte do Senhor os
consumiu[2]; o
mesmo aconteceu com aqueles duzentos e cinqüenta líderes de Israel que se
rebelaram contra a autoridade de Moisés e de Arão[3]. E
também aconteceu o mesmo com aqueles oficiais do rei Acazias que foram até o
profeta Elias para prendê-lo[4].
Refletindo isto alguns manuscritos antigos
acrescentam: – “Senhor, queres que digamos que desça
fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?” (Um acréscimo que consta nalgumas versões
modernas).
Estavam cheios de zelo, mas um zelo sem entendimento[5].
Estavam de posse de conhecimento bíblico, porque o
Deus da glória é um fogo consumidor[6],
mas um conhecimento legalista e sem amor.
E por isto o Senhor os repreendeu dizendo: – “Vocês não conhecem que espírito é este o de
vocês; eu não vim para destruir as almas dos homens; eu vim para salvá-las”.
E tendo dito isto, partiram para outra aldeia, onde
os homens estivessem dispostos a recebê-los.
– “O Senhor
quer que nós mandemos descer fogo do céu, de modo que sejam destruídos?”
Acho que nalguma ocasião seria de grande proveito
concentrarmos nossa atenção num estudo a respeito da natureza humana, carnal,
dos discípulos, conforme aqui revelada.
– “O Senhor
quer que estes incrédulos, esses rebeldes, sejam destruídos?”
Como o coração deles era pequeno! E como num coração
tão pequeno cabia tanta maldade! A natureza humana é assim.
Mas, em contraste com a pequenez do coração deles,
veja a grandeza de Jesus.
Se Jesus assim o quisesse, ele mesmo poderia
ordenar, e o fogo cairia do céu. Pois ainda que, para nos salvar, ele tenha se
tornado um ser humano como nós, com necessidades como as nossas, de repousar,
se alimentar, matar a sede, ele era um ser humano no qual estava encarnado o
próprio Deus, o Todo poderoso Deus.
Mas Jesus não queria. Não foi para isto que ele
veio. Ele não veio para destruir. Ele veio para salvar.
Nesta noite, meus queridos irmãos, vamos considerar
a grandeza da alma de nosso Senhor. Esta história que temos diante de nossos
olhos tem muito a nos ensinar sobre este assunto.
1. Primeiramente, consideremos a grande
coragem de Jesus
O v. 51 nos diz que estavam se completando os dias em que Jesus deveria voltar
para o céu.
Estava se aproximando a hora em que ele deveria ir a
Jerusalém para ser crucificado.
Ele sabia que seu corpo não sofreria decomposição,
por que ao terceiro dia iria ressuscitar, e depois seria recebido na glória dos
mais altos céus[7].
Este era o plano entre ele, o Pai e o Espírito
Santo, desde antes da criação do universo[8].
Mas antes da ressurreição, a morte.
E Jesus sabia tudo quanto aconteceria, em cada
detalhe.
Durante toda a sua vida Jesus só fez o bem. E mais
notavelmente desde o início de seu ministério, seus ensinos, suas obras, não
somente refletiam a bondade de seu coração, como também demonstravam que por
intermédio dele o reino de Deus, a salvação havia chegado entre os homens.
Ele deu pão aos famintos; ele curou enfermos; ele consolou
os tristes; ele pregou o evangelho a todos.
No entanto, tudo quanto Jesus fez não foi, para a
maioria das pessoas, razão suficiente para que se convertessem.
Não foi suficiente para a ganância material do povo
em geral.
Mas foi suficiente obstáculo para a ganância de
poder dos fariseus, dos zelotes, dos saduceus e escribas, de modo que eles se
tornaram vingativos e assassinos.
E três anos depois do início de seu ministério as
pessoas estavam decepcionadas com Jesus.
Alguns dias depois de sua entrada triunfal em
Jerusalém, as mesmas pessoas que clamaram: – “Hosana ao Filho de Davi!”, agora gritavam diante de Pilatos: – “Crucificai-o! Crucificai-o!”, enquanto
pediam que Barrabás, o criminoso, fosse solto, e Pilatos lavava solenemente as
mãos.
Jesus sabia que seria traído. Traído com um beijo.
Por trinta moedas de prata.
Sabia que seria julgado. De noite, às escuras.
Sabia que suas palavras seriam distorcidas. Que
seria acusado de pecar, violando a lei. Que seria acusado de blasfêmias contra
Deus. Que seria escarnecido, açoitado.
Sabia que levaria pancadas covardes na cabeça. Sabia
da coroa de espinhos, dos pregos, do levar a cruz. Sabia que chegaria a hora em
que com toda a verdade poderia clamar: – “Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Pois ele estaria morrendo a morte de um maldito de
Deus.[9]
Por que naquela hora, escreve o apóstolo, Deus o fez
pecado em nosso lugar.[10]
Naquela hora, a hora da cruz, Deus, que é tão puro
de olhos que não suporta ver o pecado, fez cair em Jesus o pecado de todos nós.
Jesus sabia de tudo isto.
No Evangelho de João está escrito que ele
confidenciou aos seus discípulos: – “É
chegada a minha hora. E como a minha alma está angustiada até que tudo
aconteça. Que vou fazer? Pedir ao Pai que me livre desta hora. Mas eu vim
justamente para isto.”[11]
Agora, note a angústia de Jesus, em João, em
contraste com as Palavras de Lucas.
v. 51 – “E aconteceu que, ao se completarem
os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a
intrépida resolução de ir para Jerusalém”.
Intrépida
resolução. Intrepidez: destemor, ousadia, coragem.
A alma de Jesus
se revelou grande, não porque não sentisse medo. Jesus sentiu medo, mas não foi
um medo que o fez se acovardar.
A alma de Jesus
também se revelou grande, não porque ele escondesse de seus discípulos as suas
reais emoções, porque ele não o fez.
Mas ainda assim
ele prosseguiu. E aqui podemos então dizer que ser corajoso não é não sentir
medo, mas ser fiel, ser constante, ser perseverante, ir em frente mesmo quando
a alma está angustiada.
Jesus é fiel,
constante.
2. Em segundo lugar, consideremos que esta
coragem é fruto de seu grande amor
v. 56 – “Eu não vim para destruir as almas
dos homens, mas para salvar”
– “O meu
desejo, o meu propósito, o que eu quero, é que os homens sejam salvos, e não
que os homens sejam consumidos”.
Jesus bem que poderia, se quisesse, evitar a cruz. Ele
poderia salvar-se a si mesmo.
Em outras ocasiões anteriores, quando ainda não era
a hora, os homens intentaram tirar-lhe a vida, mas Jesus simplesmente
retirou-se do meio deles e foi embora.[12]
Se ele quisesse, ele poderia pedir ao Pai, e legiões
de anjos viriam ao seu socorro no mesmo instante [13].
Mas ele não quis. E não quis por amor.
Jesus amou ao seu Pai
Jo 14:29 – “Disse-vos agora, antes que
aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais. 30 Já não falarei muito convosco,
porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim; 31 contudo, assim procedo para que
o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos,
vamo-nos daqui.”
Agora observe:
era a vontade do Pai que Jesus morresse em nosso lugar. Pois Deus nos amou
tanto que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crê tenha a vida
eterna. Pois Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele[14].
Como é grande o
amor que o Pai tem por nós!
Ao mesmo tempo,
Jesus também nos amou.
Jo 15:13 – “Ninguém tem maior amor do que
este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.”
Mas é ainda mais
admirável: quando Jesus morreu por nós, não éramos seus amigos. Foi por sua
morte que ele nos atraiu a si mesmo.
Como escreve o
apóstolo, foi pela morte de Jesus que fomos reconciliados com Deus[15].
Ora, este grande
amor, foi o que levou Jesus a não pensar em si, mas a buscar a nossa salvação.
Há muitos anos, eu li a história de um homem que
tinha verdadeiro pavor de atravessar pontes. Era um trauma de infância, pois
quando menino ele havia sofrido um acidente numa ponte.
Era um medo terrível, e por mais que ele
raciocinasse, não conseguia se libertar dele. Quando ele saia de casa, primeiro
traçava a rota que iria seguir e assim evitava alguma ponte que houvesse pelo
caminho.
Mas um dia este homem recebeu um telefonema dizendo
que seu filhinho havia se acidentado. Então
ele saiu de casa e com toda a pressa foi até o lugar onde estava o seu querido,
e seu coração só teve sossego quando o socorreu e consolou.
Algum tempo depois se deu conta de algo que não
havia notado na hora: quando, no dia do acidente, ele saiu de casa, angustiado
para encontrar seu filho, não percebeu, mas atravessou duas pontes para chegar
até ele. O seu amor, a sua preocupação com o filho foi maior que o medo que
sentia de atravessar pontes. O perfeito amor lança fora o medo[16].
O amor que Jesus tem para conosco foi muito maior
que a sua preocupação consigo mesmo, com seu próprio bem estar.
Não foi sem motivo que Paulo escreveu: – “A cada dia que agora estou neste mundo, eu
vivo pela fé, eu vivo confiando no Filho de Deus, por que o Filho de Deus me
amou, e a si mesmo se entregou por mim”[17].
A alma de Jesus é grande, é nobre, e esta grandeza é
manifestada no grande amor que ele tem pelo Pai, e por nós.
3. E por último, consideremos que este
grande amor também é evidenciado em sua grande longanimidade
Provérbios diz que “a discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é ignorar as injúrias.”[18]
– “Senhor”, perguntam os discípulos, “queres que
eles sejam destruídos?”.
Pois à língua
fraudulenta, diz o salmo, Deus a destruirá;[19] esse
é o destino dos ímpios.
E o apóstolo
escreveu que se alguém destruir a igreja de Deus, Deus o destruirá[20].
E veja qual é a
sentença preparada para todo aquele que se recusa a ouvir o Evangelho:
2ª Ts
1:7-9 – “a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando
do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, 8 em chama de fogo, tomando
vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao
evangelho de nosso Senhor Jesus. 9
Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da
glória do seu poder, 10
quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que
creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).”
Sim, a destruição
é o destino de todo aquele que se recusa a obedecer ao Evangelho de Jesus.
Mas, ainda que
seja assim, este não é o prazer de Deus. Ao contrário, o prazer de Deus é que o
homem se arrependa, converta de seus maus caminhos, e viva[21].
Esta é a grande
razão, escreve o apóstolo Pedro, pela qual a promessa da volta de Jesus nos
parece demorada.
2ª Pe 3:9
– “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo
contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão
que todos cheguem ao arrependimento.”
E esta foi a
razão pela qual os discípulos estavam errados em pensar que Jesus poderia
desejar que os samaritanos fossem consumidos.
– “Eu não desejo destruir, eu desejo salvar.”
Agora não é tempo
de matar; é tempo de esperar com paciência que os homens se arrependam.
E vão para outra
aldeia. Porque Jesus também não força homem algum a recebê-lo sem querer.
Mas a
longanimidade de Jesus também é demonstrada para com Tiago e João
– “Vós não sabeis de que espírito sois...”
Há uma repreensão
aqui. Pois Jesus repreende a todos os que ama.
– “Vós não sabeis de que espírito sois”.
Alguns dias
depois Jesus diria a Filipe: – “Há tanto
tempo que eu estou com vocês, e vocês ainda não me conhecem Filipe?”[22]
Pois os
discípulos tinham grande dificuldade de conhecer, tanto a Jesus como a si
mesmos.
Durante
aproximadamente três anos Jesus lhes havia ensinado muito. Eles ouviram, em
mais de uma ocasião, Jesus dizer: – “Bem
aventurados os mansos...”
E Jesus não
ensinava somente com palavras: ele era o exemplo perfeito do que é ser manso e
humilde de coração.
Ninguém foi
melhor Mestre do que Jesus. E ainda assim eles ainda não haviam aprendido.
Porque o ser
humano, por natureza, tem um coração demorado em aprender. Tem um
coração demorado para crer[23].
Um dia Tiago
seria tão manso que seria levado à morte por amor a Jesus[24].
Um dia João seria
tão dócil que passaria a ser descrito como “o apóstolo do amor.”
Mas ainda não
eram assim. Por enquanto eram “Boanerges”, “filhos do trovão”.
Um dia seriam
grandes em amor. Um dia seus corações não teriam limites. Mas agora eram
pequenos. E Jesus tem paciência com eles.
Eles seguem a
viagem. Vão por outros povoados, pregam o reino, e finalmente chegam a
Jerusalém, para cumprir o propósito de Deus
Conclusão e aplicação
Você vê como é
grande a alma de nosso Senhor? Vê como seu coração é terno, misericordioso,
gentil? Você vê a doçura de nosso Senhor? Ele é ousado, forte, fiel, constante,
destemido como um leão.
Ele é amoroso,
altruísta, abnegado, decididamente em nosso favor.
Ele é longânimo
com todos: os crentes e os incrédulos; é paciente, é manso, sabe esperar,
porque o amor tudo espera, tudo suporta.
Amados, eu desejo
fazer três aplicações desta verdade,
para o bem de nossas almas:
1. A primeira delas, para você que ainda não é
convertido a Jesus. Você que ainda não o recebeu, que ainda não obedeceu ao
evangelho
De acordo com a
Palavra de Deus, você ainda está perdido. Jesus voltará para o dia do juízo
final, e se você não tiver se convertido, sua alma perecerá. Será banida para o
fogo eterno.
Mas o inferno,
disse Jesus, Deus o preparou foi para o diabo e seus mensageiros[25].
E lançar a alma
dos homens no inferno não é o prazer de Deus. Ao contrário, o que dá satisfação
ao coração de Deus é que o homem se converta.
Considere o
adúltero, ou o ladrão (pois adultério nada mais é que outra forma de roubo). O
ladrão pensa estar lucrando, tomando para si o que pertence aos outros (seja a
esposa, o dinheiro, a posição, o bom nome). Mas ele não percebe que enquanto
rouba o que é dos outros o diabo está lhe roubando a paz, a vida e até a sua
alma.
Considere o
mentiroso: ele engana ao seu próximo, ele engana a seu pai, à sua mãe, à sua
esposa. Ele engana a si mesmo pois não percebe que, enquanto mente, Satanás, o
pai da mentira, está mostrando para ele o caminho do inferno como se fosse o
caminho da felicidade.
Considere o
homossexual, a lésbica, o fornicário[26]:
buscando prazeres que só lhe trarão destruição, em lugar de vida feliz.
Considere o
mesquinho, o avarento, o alcoólatra, o seqüestrador, o idólatra.
Gente infeliz,
cega, pobre, espiritualmente nua, desnorteada, cambaleando numa longa fila de
cativos de Satanás[27].
O Senhor Deus não
tem prazer em que essas pessoas sofram eternamente.
Ao contrário, o
seu coração terno deseja que se arrependam, que creiam, se convertam e sejam
salvas.
Se você ainda
está perdido, hoje é dia de aceitar Jesus. Hoje é dia de crer. Hoje é dia de
confessar seus pecados. Hoje é dia de clamar a Deus. E todo aquele que assim o
fizer será salvo[28].
Então venha a
Cristo. Venha hoje. Porque ficar demorando? Creia nele, confie sua vida a ele.
2. Uma aplicação para você que já é salvo; você
que já veio a Cristo
Você percebe
quanto Jesus o ama? Você percebe o quanto Jesus é paciente?
Você percebe que
Jesus sempre continuará lhe ensinando, cuidado de você?
Talvez você ainda
não possa ser chamado “apóstolo do amor”. Talvez você seja “Boanerges”.
Talvez você não
possa ainda ser chamado maduro, como uma palmeira, como um cedro do Líbano[29].
Talvez você esteja mais para “um pé de alface”. Talvez você seja tardo de
coração.
Mas você tem um
Mestre perfeito.
E este Mestre
sabe que não é apenas com palavras e com bons exemplos que os homens aprendem e
são transformados, assim como as plantas não crescem apenas se você colocar
água e luz. Existe o elemento tempo. Existem as estações do ano.
E é assim que os
homens crescem espiritualmente: eles ouvem, eles vêem, eles guardam no coração.
E a vida vai lhes
dar o crescimento: os sofrimentos da vida, os tempos a sós com Deus em oração,
os quebrantamentos, a adoração, a comunhão com a igreja, as batalhas interiores
contra o pecado, todas estas coisas, e muitas outras, cooperam para o bem dos
que amam a Deus, para que eles cresçam.
Jesus sabe disto.
Você pode confiar na fidelidade do caráter dele. Você pode confiar que ele é
fiel e constante nos planos que ele tem para você. Você pode confiar no amor,
na amizade dele. Você pode confiar na paciência dele.
3. Uma aplicação para todos nós
Jesus tem um
caráter excepcional, e uma vez que ele é o nosso Deus, aliás, uma vez que, com
o Pai e o Espírito, ele é o único Deus, nós devemos adorá-lo por sua dignidade.
Nós devemos nos prostrar, assim como os anjos do céu, diante do Cordeiro que
foi morto pelos nossos pecados, e dar-mos glória a ele, e reverência. Devemos
dar nossas vidas: tudo o que somos e tudo o que temos.
Mas Jesus também
a si mesmo se chama “Filho do Homem”, porque ele se fez carne e habitou entre
nós. E como homem, o seu caráter é admirável. Nós podemos olhar para Jesus e
admirá-lo.
E quando
admiramos alguém, nós queremos ser como esse alguém. Se você admira um
pregador, você o imita. Se você admira um cantor popular, você o imita. Se você
admira a sua mãe, você a imita. Se você admira a Jesus, você o imita.
Admire a coragem
de Jesus. Admire sua fidelidade: fidelidade a Deus, aos seus discípulos, ao
mundo que veio salvar. Admire o seu amor, a força de sua alma. Admire a sua
paciência, a sua longanimidade.
E aprenda a ser
como ele. Aprenda a ter um coração nobre, não pequeno. Não se esqueça que ele
pacientemente está procurando lhe ensinar isto todos os dias
[1] Mc 3:17
[2] Lv 10
[3] Nm 16
[4] 2o Rs 1
[5] Rm 10:2
[6] Hb 12:29
[7] At 2:27, 28
[8] 1ª Pe 1:19, 20
[9] Gl 3:13
[10] 2ª Co 5:21
[11] Jo
12:27
[12] Por
exemplo, Lc 4:29, 30
[13] Mt
26:53
[14] Jo
3:16,17
[15] Rm 5:10
[16] 1ª Jo
4:18
[17] Gl 2:20
[18] Pv 19:11
[19] Sl 52:3
[20] 1a Co 3:17
[21] Ez
18:23; 33:11
[22] Jo 14:9
[23] Lc
24:25
[24] At
12:1, 2
[25] Mt
25:42
[26] 1ª Co
6:9-11
[27] Ef
2:1-3
[28] Rm
10:13
[29] Sl
92:12
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