3ª IPC de Guarulhos
Domingo, 2 de setembro de 2018
Pr. Plínio Fernandes
Amados irmãos, vamos ler no
Evangelho de Marcos, o cap. 2:1-12.
Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo
correu que ele estava em casa. 2 Muitos afluíram para ali, tantos
que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. 3
Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. 4 E,
não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no
ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o
leito em que jazia o doente. 5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao
paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. 6 Mas
alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: 7 Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode
perdoar pecados, senão um, que é Deus? 8 E
Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes:
Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual
é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer:
Levanta-te, toma o teu leito e anda? 10 Ora,
para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar
pecados -- disse ao paralítico: 11 Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua
casa. 12 Então, ele se levantou e, no
mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se
admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!
Neste texto precioso nós temos,
mais uma vez, a revelação do propósito de Deus ao enviar seu Filho ao mundo: a
redenção do homem pecador.
Não é sem motivo que Marcos
começa o seu livro (cap. 1:1) dizendo que tudo quanto irá escrever é evangelho, boa notícia.
Jesus estava de volta à sua
residência, na cidade de Cafarnaum, depois de alguns dias fora, curando
enfermos, libertando pessoas endemoniadas, pregando a mensagem do reino de Deus
que havia chegado.
E quando souberam que ele agora
estava em casa, muitas pessoas foram para lá, a fim de ouvir seus ensinamentos.
Mas a Bíblia nos conta aqui que,
entre as pessoas que foram até à casa de Jesus, havia quatro homens,
transportando um enfermo; um paralítico em sua pequena cama. Eles desejavam
apresentá-lo a Jesus, a fim de que o Senhor o curasse.
Então imagine – a pequena
residência estava cheia de gente. Também havia gente nas janelas, na porta, e
gente do lado de fora; de maneira que para eles ficou muito difícil
aproximar-se do Senhor.
Mas alguém teve uma ideia, e a
colocaram em prática. Subiram em cima da casa, e fizeram uma abertura no teto,
no lugar onde Jesus estava em baixo.
E por ali desceram o seu amigo
enfermo.
Jesus não deu importância ao fato
de que haviam entrado da maneira mais “anticonvencional” possível.
Mas ele viu a coisa mais
importante, sem a qual é impossível alguém agradar a Deus.
O v. 5 diz:
Vendo-lhes
a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.
É evidente, meus irmãos, que eles
se aproximaram de Jesus por causa da enfermidade deste homem.
E o texto não diz por que ele
estava paralítico. Mas eu tenho duas razões para crer que esta enfermidade
tinha uma razão espiritual.
Uma delas é que em João cap. 5
nós lemos sobre outro homem a quem Jesus cura de paralisia, e depois de
curá-lo, Jesus ordena:
– Não peques mais, a fim de que não te aconteça uma coisa pior. [1]
Outra razão é que, antes de
qualquer outra coisa, Jesus dá a este homem uma Palavra de perdão. Esta era a
grande necessidade do enfermo.
Há alguns anos eu conheci uma
senhora na cidade de Santa Bárbara, a quem aconteceu uma coisa muito perecida.
Ela me contou que tinha um
problema de saúde que a obrigava a usar um colete havia muitos anos. O seu tórax
e pescoço precisavam do colete para que pudesse ficar ereta. Eu já não me lembro
do nome desta enfermidade.
Mas um dia ela ouviu a Palavra da
Verdade, o Evangelho da nossa salvação. Ela creu e rendeu sua vida a Cristo. E
conforme contou, sentiu-se imediatamente curada. Retirou o colete, e estava sã.
Os escribas, homens que conheciam
muito as Escrituras do Antigo Testamento, começaram a murmurar em seus
corações, dizendo pra si mesmos que Jesus estava blasfemando. Que somente Deus
pode perdoar pecados.
Mas o Senhor, que leu os corações
deles, respondeu então:
– Que é mais fácil? Dizer para este homem que seus pecados estão
perdoados, ou dizer: levante-se, tome o seu leito e ande?
– Sendo assim para que vocês saibam que eu tenho autoridade para perdoar os
pecados (enquanto se voltava ao paralítico), eu te mando: levante-se, tome o seu leito e ande.
E imediatamente o paralítico se
viu curado. As pessoas que viram estas coisas acontecerem ficaram muito
admiradas, e glorificaram a Deus, e diziam: – Nunca vimos nada assim!
Amados, aqui nós temos muita
revelação a respeito do nosso Salvador, o Senhor Jesus.
Há uma coisa na qual os escribas
estavam certos: somente Deus pode perdoar pecados.
Mas o que eles não conseguiam
perceber é que Deus estava ali, encarnado em Cristo.
Quando Jesus refere-se a si mesmo
como “Filho do homem”, está usando uma expressão várias vezes usada no Antigo
Testamento em relação ao profeta Ezequiel, mas cuja principal referência aparece
no profeta Daniel, designando um ser celestial que vindo a este mundo traria o
reino de Deus à terra.
Um ser celestial a quem seria dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos,
nações e homens de todas as línguas o servissem; um seu domínio é domínio
eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.[2]
O que
aqueles olhos dos escribas, embaçados pelo orgulho, não conseguiam enxergar é
que naquela pessoa humilde, porém cheia de autoridade que estava diante deles,
a promessa do reino de Deus estava começando a se cumprir.
E por isto,
porque Deus estava em Cristo, ele tinha, e tem poder para perdoar pecados.
Mas nós
também aprendemos sobre a divindade de Cristo no fato de que ele sonda os
corações, pesa o espírito de cada ser humano. Como disse Pedro a Jesus, noutra
ocasião: – Senhor, tu sabes todas as
coisas; tu sabes que eu te amo,[3]
referindo-se ao fato de que Jesus conhece cada coração.
Ele sabia o
que se passava nos corações dos escribas. Assim como conhece o que se passa na
mente, no coração de cada um de vocês aqui, agora, no momento mesmo em que
ouvem a pregação de sua Palavra.
E também
vemos a divindade de Jesus se manifestando no fato de que ele ordena, e o
paralítico é imediatamente curado, apenas pelo poder de sua Palavra. Pois
aquele que fez os céus e a terra apenas pela Palavra do seu poder, é poderoso
também para submeter todas as coisas que criou à sua própria vontade.
Diante disto, só podemos admirar
a Jesus, crer nele, confiar nele, esperar nele, amá-lo, adorá-lo como nosso
rei, nosso Deus e Salvador.
Pois nele há poder e perdão. Nele
há redenção.
Mas o que desejo destacar nesta
noite, amados, é a reação, ou melhor, as diferentes reações de três tipos de
pessoas que vivenciaram este momento com Jesus.
Há uma cena em Forrest Gump que
eu acho muito engraçada. Ele é um menininho pouco inteligente, e está
conversando com uma menina que é a coisa mais linda que ele já viu na vida.
Então a certa altura, por causa
das coisas meio sem sentido que ele diz, ela pergunta:
– Você é estúpido ou o quê?
E ele responde:
– Minha mãe diz que estúpido é quem faz estupidez.
Sim. Aquilo que nós dizemos, e
aquilo que nós fazemos, revelam aquilo que somos por dento.
Por exemplo, se uma pessoa está
sempre reclamando de tudo, murmurando. Isto revela que seu coração é ingrato,
infeliz.
Se uma pessoa está sempre
louvando a Deus, isto revela gratidão e felicidade, revela contentamento.
Pois, como diz a Escritura, cada
ser humano, até mesmo uma criança, se dá a conhecer pelas suas ações, se o que
faz é puro e reto.[4]
Assim também aqui nós vemos pelo
menos três tipos de corações diferentes, pelo comportamento deles em relação a
Jesus, e em relação uns aos outros.
1.
Primeiramente, desejo destacar os corações insensíveis, que vemos nos escribas
Eles não dizem uma palavra, mas
para aquele que sonda os corações, cada pensamento é como uma voz soando alto, a
claro e bom som.
Eu também poderia descrevê-los
como corações endurecidos, ou desamorosos, ou descrentes, ou resistentes ao
Espírito da graça de Deus.
Pois veja: enquanto Jesus enxerga
a fé no homem paralítico e seus amigos, os escribas enxergam blasfêmia em
Jesus.
Enquanto Jesus salva um homem de
seus pecados, eles murmuram em seus corações.
Enquanto Jesus realiza a vontade do
Pai, eles se opõem à vontade de Deus.
Irmãos, ser um escriba era uma
coisa muito importante entre os judeus.
Eles eram pessoas altamente
respeitadas.
Um dos primeiros, senão o
primeiro escriba, foi um homem de Deus, muito piedoso, chamado Esdras.
Ele tomou uma decisão solene em
seu coração: iria estudar a lei do Senhor, obedecer a lei do Senhor, e ensinar
em Israel a lei do Senhor. Um propósito nobre, que ele cumpriu, que agradou ao
Senhor, e por isto foi muito abençoado.[5]
E por isto também “fez escola”;
muitos desejaram e se propuseram a seguir o seu exemplo. Aliás, um exemplo que
nós devemos também seguir.
Mas com o passar do tempo, os
escribas começaram a perder o rumo. E começaram a estudar a lei de Deus, a
conhecer o que ela diz, e no desejo de colocar obstáculos ao pecado, começaram
a acrescentar coisas à lei de Deus; coisas que Deus não ordenara.
O resultado foi que o seu grande
conhecimento, em vez de torná-los pessoas humildes, conscientes dos seus
pecados, necessitados da graça de Deus, tornaram-se justos aos seus próprios olhos,
orgulhosos de sua “alta espiritualidade”.
E foram tornando a vida religiosa
difícil, pesada, cheia de tradições humanas, seca, sem vida, sem amor.
Eles sabiam quantos mandamentos
havia no Antigo Testamento, quantos eram mandamentos sobre o que devemos fazer,
e quantos eram os mandamentos sobre o que não devemos fazer. E para guardar
estes mandamentos acrescentaram muitos outros, que garantiriam a obediência.
Desta forma, a religião do Antigo
Testamento, que Deus deu como revelação de sua graça e verdade[6],
tornou-se para eles uma religião de boas obras humanas, mais preocupada com "externalidades",
rituais, fórmulas teológicas milimetricamente calculadas e precisas, e sem
amor.
Irmãos, o pecado é terrível, e
engana o coração humano. Por isto você e eu, cada um de nós precisa prestar
atenção, precisa vigiar a si mesmo.
Se a sua doutrina, em vez de te
levar ao coração da religião dada por Deus, isto é, se a sua doutrina não está
produzindo em você amor aos homens a quem você vê, se a sua doutrina não está
produzindo em você esperança e fé em Jesus, então a sua doutrina não está te
conduzindo a Deus.
E então Deus está ali, diante de
você, fazendo coisas grandiosas no seu dia a dia, e em vez de você louvar você
está reclamando.
Você pode ser “convicto” da sã
doutrina, falar de boca cheia que Deus é soberano, que ele bondosa e sabiamente
governa todas as coisas pelo poder da sua Palavra, e ainda assim reclamar da
chuva e do sol, reclamar dos problemas, reclamar da igreja, reclamar da
família; quer dizer, seu conhecimento doutrinário não está fazendo de você uma
pessoa piedosa.
Você pode até conhecer a Bíblia
de Deus, mas não conhece o Deus da Bíblia.
Essa é a nossa tendência humana,
se não buscarmos a Deus com humildade, se começarmos a achar que pelo nosso conhecimento
intelectual da Bíblia e suas santas doutrinas, somos pessoas de alguma forma
superiores às demais.
2.
Em segundo lugar, vou destacar o coração necessitado, o coração do paralítico
Este homem, nós vemos, até cria
em Jesus. Mas não tinha como achegar-se sozinho, pois estava paralítico.
E tinha pecados. Não sei se sua
paralisia era consequência disto.
Mas o meu ponto agora é que o
pecado não tratado, não perdoado, faz em nossas almas a mesma coisa que a
paralisia faz no corpo.
O pecado paralisa
espiritualmente.
Existem muitas pessoas cujas
almas estão paralisadas pelas consequências de pecados.
Existem pessoas cujas vidas estão
paralisadas pelo medo de serem descobertas em seus erros.
Existem pessoas cujas vidas estão
paralisadas pelo medo de falhar novamente.
Existem pessoas cujas vidas estão
paradas, inertes, sem conseguir avançar, sem conseguir gozas as alegrias do
reino de Deus, da comunhão com Deus, por causa dos seus erros do passado.
Pessoas que não conseguem nem ao
menos ir a Jesus para serem curadas. E pessoas que muitas vezes são até
conhecidas como crentes.
Estou pensando numa querida
família que conheci anos atrás. Hoje, pela graça de Deus, aquela irmã já é avó.
Ela, seus filhos e netos são todos crentes.
Mas eu a conheci quando alguém me
solicitou que a visitasse. Então aquela jovem senhora me contou de sua vida sem
conhecer a Jesus, embora tivesse sido membro de igreja muitos anos. Contou-me como
se afastara dos caminhos de Deus havia muito tempo, e agora não tinha esperança
de perdão. Vários “maridos”, vários filhos, caminhos tortuosos. E não sabia o
que fazer.
Mas não era difícil, pois a
maravilha do Evangelho é que Deus ama pecadores, veio ao mundo por nossa causa,
veio perdoar, restaurar, curar as feridas. Mais do que isto, veio dar vida em
abundância.
Então eu apenas a lembrei do amor
de Deus, de sua graça e perdão, e com uma fé simples, humilde, desejosa, ela
entregou seu coração ferido a Cristo, e foi curada.
Recentemente nos encontramos de
novo depois de uns trinta anos. Ela e sua família são crentes fervorosos e
alegres.
Pois veja: na verdade não era
somente ela querida senhora que não conseguia ir a Cristo por si mesma. A
verdade é que ninguém pode vir a Cristo por si mesmo.
Veja as palavras de Jesus em Jo
6:44.
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o
trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
Todos os
seres humanos, por causa dos seus pecados, estão incapacitados de vir a Cristo.
Mas quando o Pai realiza a sua obra, aquele que está morto ressuscita; aquele
que está cego enxerga; aquele que está surdo passa a ouvir. Até o louco volta a
ter entendimento. Não é assim a nossa experiência? Não éramos todos mortos?
Mas Deus,
sendo rico em misericórdia, e pelo grande amor que nos amou, nos deu vida
juntamente com Cristo – pela sua graça fomos salvos.
Não éramos
todos cegos? Pois o deus deste século cegava o nosso entendimento. Mas o Deus
que disse: – Haja luz!, ele mesmo fez
brilhar a luz da glória de Cristo em nossos corações.
Não éramos
loucos, obscurecidos em nossos raciocínios vaidosos? Mas ele nos iluminou o
entendimento.
Éramos
duros de coração, mas ele tirou o coração de pedra a nos deu um coração de
carne.
Jesus
perdoa os pecados, cura os males que nos paralisam.
Talvez você
aqui me ouvindo, esteja percebendo a necessidade do seu coração; dizendo
consigo mesmo:
– Sou um coração necessitado. Tenho este e aquele pecado.
Isto está corroendo minha alma e minha vida. Preciso perdão e salvação. Preciso
Jesus.
Amado, se
este é o seu caso, você não veio aqui sozinho. Você foi trazido por Deus. Foi
trazido para ser livre. Para ser salvo. Para ser curado.
Talvez você seja até mesmo um
crente no Senhor. Mas pode ser que haja pecados em sua vida. Coisas antigas.
Venha a Jesus. Ele perdoa e cura.
3.
E por último, desejo destacar os corações amorosos e crentes, dos amigos do
paralítico
Amados, como disse Jesus, ninguém
pode ir até ele se não for conduzido pelo Pai.
E o Pai se utiliza de muitas
maneiras para levar alguém até seu Filho Jesus.
Pode usar circunstâncias, livros, acontecimentos, problemas.
Mas no mais das vezes, Deus se
utiliza de gente. Deus usa a vida de pessoas crentes e amorosas, que não medem
esforços para ajudar o seu próximo.
Como é o caso destes quatro
homens, amigos do paralítico.
Eles creem em Jesus. Creem que o
Senhor pode curar seu amigo.
Eles amam o paralítico. E não medem
esforços para ajudá-lo.
Quando chegam a casa em que Jesus
está, percebem ser muito difícil chegar até ele. Então alguém tem uma ideia,
nada convencional.
Imagine você numa casa, uma
reunião religiosa, a casa cheia, e de repente alguém começa a tirar as telhas
pra descer até a sala. Ou fazendo isto numa igreja lotada.
Acho que a reação de uma pessoa
comum seria a de se opor ao que estava acontecendo. Mas Jesus é extraordinário.
E para os amigos deste homem valia a pena correr o risco.
Então, eles que não podem curar o
homem, levam-no a quem pode.
Porque estes quatro são corações sensíveis,
crentes, amorosos, que se compadecem da necessidade do seu amigo, e não medem
esforços para levá-lo a Cristo, na esperança de que ele seja curado.
Este tipo de coração é o que Deus
espera de nós, os que cremos em Jesus.
Se você continuar lendo sua
Bíblia aqui em Marcos, a partir do v. 13, verá que ele nos conta sobre a conversão
de Levi, também chamado Mateus.
E no seu Evangelho, Mateus também
nos diz o que aconteceu logo em seguida à sua conversão.
Eu gostaria de ir ali com vocês.
Mt 9:9-13
Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado
na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu. 10 E
sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram
e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. 11 Ora,
vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre
com os publicanos e pecadores? 12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os
sãos não precisam de médico, e sim os doentes. 13 Ide,
porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois
não vim chamar justos, e sim pecadores ao
arrependimento.
Mais uma
vez nós vemos os estudiosos da Bíblia se opondo a Jesus. Mas o Senhor disse que
eles não conheciam a vontade de Deus, e cita o profeta Oséias, dizendo:
– Vão e
aprendam o que significa “misericórdia quero, e não holocaustos”.
Pois isto é
o que Deus quer de nós. E é o que havia no coração daqueles quatro homens.
Queridos,
existem muitas pessoas que estão doentes, paralisadas em seus pecados, mas
corações misericordiosos podem ser instrumentos de Deus para serem levadas a
Jesus e serem curados.
Conclusão e aplicação.
Nos
escribas, vemos corações insensíveis, legalistas, duros, sem afeição, sem
misericórdia, infelizes, sem conhecimento de Deus.
No
paralítico, um coração necessitado, mas humilde, esperançoso e crente.
Nos quatro
amigos, corações amorosos, misericordiosos e esforçados.
Cada um de
nós pode se identificar com cada um destes tipos de coração. Pois todos nós
carecemos de Jesus.
Examine o
seu coração. Pois ele está relacionado a algum destes tipos. Talvez mais de um.
1. Se o seu
coração está insensível, duro, se você é uma pessoa apenas preocupada consigo
mesma, se você acha que religião é apenas feita de aparências externas, regras,
se falta misericórdia dentro de você, então faça duas coisas: olhe para o
espelho, e veja o rosto de uma pessoa muito carente da graça de Deus, cega em
seu entendimento, pelo orgulho, pelo pecado, pela adoração de si mesmo. E olhe
para Jesus, santo, justo, e misericordioso. Aprenda dele. Arrependa-se. Não seja
como um escriba e fariseu. Então a alegria brotará em tua alma. A tua religião
será glória para Deus e felicidade para o teu coração.
2. Talvez,
nesta noite, você perceba o seu coração carente. Alma enferma, por causa dos
seus pecados.
Venha a
Jesus. Creia em Jesus. Confesse seus pecados a Jesus. Creia no seu amor
revelado na cruz, quando ele se entregou pelos nossos pecados. Receba a
salvação. E seja livre.
3. E por
último, amados, que ao sair daqui esta noite, todos sejamos como estes quatro
amigos. Levemos os necessitados a Jesus. Levemos em oração. Levemos em nossos
corações. Levemos com o Evangelho. Levemos com nosso amor, com nossos esforços.
Que o
Senhor use você na empresa em que você trabalha, na escola em que você estuda,
entre os vizinhos, entre os colegas e conhecidos. Que o Senhor use a sua vida.
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