Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A missão de um pastor - Hb 13:17

IPC de Pda. de Taipas
Domingo, 12 de fevereiro de 2017
Pr. Plínio Fernandes
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.
Embora tenha “crescido” numa igreja evangélica, em minha adolescência eu me afastei dos caminhos do Senhor. Mas pela sua graça fui aproximado e convertido aos dezoito anos, no final de 1978.
E quando me converti, três grandes amores tomaram conta do meu coração, amores que permanecem: o primeiro deles é por Jesus, o Filho de Deus, meu Senhor e Salvador, o criador e sustentador do universo, e que em seu amor por nós, pecadores, deixou a sua glória no céu, e se fez homem a fim de levar sobre si mesmo o castigo pelos nossos pecados. 
O segundo grande amor é pela Bíblia, que me trouxe a bendita revelação e conhecimento de Jesus. Ao conhecer que ela me revelou Jesus, seu amor por mim, sua graça em me salvar, em dar nova orientação para a vida, eu “me apaixonei” pela Bíblia, e desejei conhecê-la cada vez mais, andar de acordo com ela, e também falar dela para quantas pessoas eu puder, a fim de que muitos outros também venham a conhecer as alegrias da vida eterna. 
E o terceiro grande amor de minha juventude foi pela igreja de Cristo, por quem ele deu sua vida, e que ele promete, virá buscar no “dia do juízo final”. Foi por causa do bom testemunho da igreja que eu conheci que o Evangelho é uma realidade poderosa, que transforma a vida das pessoas, que as torna essencialmente diferentes, livres do pecado, livres para Deus.
Por causa destes grandes amores, em 1980 fui trabalhar em Manaus como obreiro de uma organização para-eclesiástica, a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo. Foram dias muito abençoados.
Foi ali que eu conheci a minha querida esposa, e onde nasceu nossa primeira filha.
E foi ali também que, em 1981, eu tive certeza da minha vocação para o ministério pastoral. Doze anos depois eu fui ordenado pastor em nossa denominação. E este tem sido o trabalho da minha vida, um trabalho no qual me sinto realizado, na certeza de que estou cumprindo a vontade do meu Deus e Salvador.
Quando fui ordenado, a primeira igreja que tive a alegria de pastorear foi na cidade de Itapetininga, na qual eu já estava servindo a Deus como pregador licenciado, e em minha primeira mensagem como pastor eu estudei com eles este texto.
Trabalhei ali apenas quatro anos, mas um tempo que pela graça de Deus foi frutífero.
Estou contando estas coisas, amados, como introdução ao assunto que desejo abordar hoje com vocês: o ministério pastoral.
Aqui, o Espírito Santo nos ensina sobre a preciosidade e o valor eterno de um relacionamento pastor/igreja dirigidos por sua vontade.
Através de um mandamento, aprendemos sobre o bondoso propósito de Deus para o nosso relacionamento (isto é, o meu e o de vocês, como pastor e ovelhas), em nosso viver na comunhão de igreja.
Não temos como estudar tudo quanto a Bíblia nos diz sobre este assunto tão lindo, mas quero destacar, ainda que de modo breve, dois ensinamentos que vejo aqui: a minha missão diante de vocês como pastor, e a missão de vocês, como pessoas a quem o Senhor tem me dado a bênção de pastorear.
Em nosso estudo de hoje, vamos considerar o primeiro deles.
1. A missão do pastor
O que Deus espera de mim como pastor de vocês?
Para responder a isto eu gostaria de iniciar com a palavra submissão, que aparece aqui neste texto, como um mandamento do Senhor às ovelhas.
Obedecei vossos guias e sede submissos...
Esta palavra, guias, na versão Almeida Corrigida é traduzida por pastores.  No texto grego é guia.
Mas os tradutores da versão Corrigida não se afastaram do conceito bíblico.
Pois em Mateus 2:6, ao nos ensinar sobre Jesus, e citando o profeta Miquéias, o Evangelho diz assim:
E tu, Belém, terra de Judá... de ti me sairá o guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Isto é, a função do guia é apascentar, ou pastorear.
No Antigo Testamento, embora em funções diferentes, alguns homens são especificamente chamados pastores: Davi[1], que foi rei e profeta; Moisés[2], o legislador e profeta; e o profeta Jeremias também se declara pastor[3]. Nos três casos, estes homens foram líderes espirituais do povo do Senhor.
Outras palavras são usadas no Novo Testamento para se referir aos líderes espirituais nas igrejas do Senhor: em Atos 20:17 e outros lugares, são chamados presbíteros; em Atos 20:28, são chamados bispos; em 1ª Tm 3 são chamados epíscopos. Em Apocalipse 2 e 3 são chamados anjos, isto é, mensageiros de Deus. Todas se referem aos líderes espirituais das igrejas, homens aos quais Deus encarregou de cuidar do seu povo. A palavra que mais usamos é pastor.
O que significa submissão?
De acordo com o Léxico do Novo Testamento Grego/Português: “reconhecer a autoridade; submeter-se, consagrar-se” [4].
Eu creio ser muito útil a maneira como o Pr. Jaime Kemp define a palavra submissão em suas palestras: estar em submissão significa estar “sob a missão” de alguém; daí é que vem o conceito de estar sob a autoridade de alguém.
Por exemplo: quando a Palavra de Deus ordena: “esposas, sede submissas para com vossos maridos”. O que está implícito é que o homem foi criado por Deus com uma missão, a de glorificar a Deus em toda a sua maneira de viver.
E a mulher foi criada para ser uma auxiliadora do homem; desta forma, estar sob a missão do homem, ajudar o homem no cumprimento de sua missão, é a missão da mulher, e à medida que ela entende isto e vive de acordo com isto ela glorifica a Deus.
Assim, de acordo com o nosso texto, quando está escrito: “sede submissos para com vossos guias”, implica que os pastores têm uma missão a cumprir, e que as ovelhas do Senhor que estão sob a liderança deste pastor o ajudam a cumprir sua missão.
E esta missão é definida pelo próprio versículo: os pastores velam por vossas almas, como quem há de prestar contas.
Isto é assombrosamente importante. De acordo com a Bíblia, cada ser humano “tem” uma alma eterna. Cada ser humano tem existência eterna. E esta existência pode ser em dois lugares completamente diferentes: ou no reino eterno de nosso Deus e Salvador, ou no inferno.
E a missão do pastor é de conduzir as pessoas de tal modo que elas possam caminhar para o céu.
Não significa que cada um de vocês não seja responsável por sua própria alma, pois como Paulo escreve em Romanos cap. 14, cada um dará conta de si mesmo a Deus [5].
Mas é que o pastor é alguém designado por Deus a conduzir seus irmãos e irmãs nos caminhos de Deus, é a pessoa chamada pelo Senhor a vigiar sobre as almas, sobre a vida espiritual do povo do Senhor.
Notem isto: a missão do pastor é cuidar da vida espiritual do rebanho do Senhor. Ele deve cuidar como alguém que há de prestar contas.
Para quem ele deverá prestar contas?
Para que saibamos qual a resposta basta que voltemos nossos olhos para o v. 20 deste mesmo capítulo:
Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança...
O nosso Senhor é Jesus, o grande pastor das ovelhas.
Se nós nos adiantarmos um pouco nas páginas do Novo Testamento, veremos o apóstolo Pedro usando uma linguagem semelhante.
Dirigindo-se aos presbíteros, isto é, pastores, e referindo-se a si mesmo também como um presbítero, Pedro escreve assim:
1ª Pe 5:4
Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória...
Pedro tinha uma consciência muito forte do que isto significa, porque, depois que Jesus ressuscitou de entre os mortos, antes de voltar para o céu, numa conversa muito íntima, Jesus por três vezes perguntou a Pedro: – Você me ama?
E a cada resposta afirmativa, Jesus dizia a Pedro: – Se é assim, já que você me ama, pastoreia as minhas ovelhas [6].
Jesus é o supremo pastor, o grande pastor da igreja, aquele que de modo supremo cuida de nossas almas.
E em seu cuidado para com a igreja, ele chama alguns, segundo a sua própria vontade, homens que o amam, e os designa para que cuidem de suas ovelhas.
Um pastor é um homem com uma missão: é alguém que foi escolhido por Deus, que se sente chamado por Deus, que é chamado para cuidar das almas para Deus, e que vai prestar contas a Deus.
2. Agora consideremos como o pastor desempenha a sua missão, qual o modo estabelecido por Deus para que o pastor cuide das almas das ovelhas
Partindo do princípio de que Jesus é o Supremo Pastor, nós podemos responder que o pastor cuida das ovelhas à medida que ele segue os passos de Jesus, que imita Jesus.
Mas para que isto não fique além do que podemos considerar neste momento, vamos reduzir àquilo que é essencial.
2.1. O pastor cuida da alma das ovelhas alimentando-as espiritualmente
1ª Tm 4:16
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.
Certa vez eu ouvi falar sobre um sermão baseado neste texto, que tinha o seguinte título: “Pode um pastor ser salvo?”.
E a resposta era “sim, se o pastor seguir a instrução do Espírito Santo conforme ele ensina aqui”.
Pois o próprio Senhor Jesus ensinou que, no último dia, muitos que se intitulam profetas, homens de Deus, mas que vivem na prática da iniquidade, ficarão surpresos.
– Senhor, eles irão, em teu nome fizemos milagres, profetizamos, expulsamos demônios.
Mas o Senhor responderá: – Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós os que praticais a iniquidade [7].
Por isto também Paulo disse que esmurrava seu próprio corpo (isto é dominava-o, não permitia que a vontade da carne triunfasse sobre ele), para que tendo pregado a outros, não viesse ele mesmo a ser desqualificado [8].
Então o pastor precisa cuidar de sua vida espiritual, não somente para ser um exemplo dos fiéis, mas também para seu próprio bem; o seu relacionamento com Deus precisa ser real, a sua vida com Deus precisa ser real.
E ele também precisa cuidar da doutrina, isto é, do que ele ensina.
Veja, o Senhor Jesus nos diz que se alguém há de viver segundo a vontade de Deus, precisa conhecer a sua doutrina, isto é, os seus ensinamentos:
Jo 7:17
Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
Conhecer e viver de acordo com a doutrina de Jesus não é uma coisa sem importância, como alguns tem falado; não é algo que cada um pode crer no que desejar. Pois a nossa vida toda, nós a vivemos de acordo com o que cremos.
Então, se quero fazer a vontade de Deus, preciso crer na doutrina que ele me dá na Bíblia.
E se o seu propósito é velar pelas almas, se o seu propósito é cuidar da salvação eterna daqueles que o ouve, é claro que o propósito do pastor não é o de ensinar as pessoas a ter dinheiro, não é mesmo?
Mas o que ele precisa pregar é sobre Deus, sobre a fé, o arrependimento em relação aos pecados, a necessidade de regeneração, de santificação sem a qual ninguém verá o Senhor. Se em vez disto o pastor ensinar as pessoas a amar o dinheiro, então será um cego guiando outros cegos.
Neste sentido, o pastor também precisa ensinar a igreja para preveni-la contra doutrinas erradas.
Veja o testemunho de Paulo diante dos pastores na igreja de Éfeso:
At 20:25-31
Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto.  26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.  28 Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.  29 Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.  30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.  31 Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.
Paulo tinha consciência de que no meio do povo de Deus surgiriam falsos pastores, que se preocupariam em fazer discípulos deles próprios, e não de Jesus. Parasitas que buscam a sua própria glória, e não a do Senhor, e alerta então aos presbíteros de Éfeso: atendei por vós e por todo o rebanho de Deus sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos.
2.2 - O pastor, como Jesus, cuida das almas das ovelhas intercedendo por elas
Os evangelhos todos nos dão intenso testemunho da “vida de oração” de Jesus. Ele muitas vezes se levantava alta madrugada, ia para um lugar deserto e ali orava. Muitas vezes passava noites inteiras em oração.
Da mesma forma o livro de Atos e o restante do Novo Testamento, em relação à “vida de oração” dos apóstolos.
Mas eu desejo destacar apenas um exemplo.
Cl 4:12
Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus.
Quem era Epafras?
Cl 1:5-7
Por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6 que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade; segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vos outros, fiel ministro de Cristo
Epafras foi o ministro do Evangelho que levou os colossenses à fé em Jesus. Mas ele não se limitou a pregar o Evangelho. Ele se dedicou a interceder continuamente pelos seus filhos na fé, a fim de que permanecessem no Senhor.
E ele fazia isto porque aprendera a doutrina exemplificada na vida dos apóstolos.
At 6:1-4
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.  2 Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.  3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; 4 e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
Em nossas Bíblias, este texto tem o seguinte título: “a eleição dos primeiros diáconos”.
Ele explica qual foi a orientação dada pelos apóstolos diante de um problema social que surgiu na igreja de Jerusalém, pois algumas pessoas estavam sendo injustiçadas: certas viúvas estavam sendo deixadas de lado no distribuir diário dos alimentos.
Eles perceberam que era um problema sério, mas ao qual eles não poderiam se dedicar.
Então orientaram a igreja para que escolhesse homens cheios do Espírito Santo, de fé, de sabedoria, para que fossem encarregados deste serviço.
Enquanto estes novos líderes seriam encarregados desta necessidade da igreja, eles, os apóstolos, se dedicariam à oração e ao ministério da Palavra. Não deixariam de lado aquilo que eles deveriam fazer. 
2.3. O pastor cuida das ovelhas servindo em amor
1ª Pe 5:1-3
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: 2 pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
Neste texto Pedro, o presbítero, ensina como os presbíteros devem pastorear.
Há quatro coisas que desejo mencionar aqui, cada uma delas muito importante.
A primeira é que devo pastorear o rebanho do qual o Senhor me incumbiu, quero dizer, eu não devo ser antiético em relação ao trabalho de outros pastores.
A segunda é que devo pastorear “não por obrigação, não porque sou forçado”.  Já aconteceu de você fazer alguma coisa simplesmente porque é obrigado? Com que espírito você o fez? Não faz com alegria, não faz bem feito, não o faz com dedicação. E já aconteceu de você perceber que alguém está lhe fazendo alguma coisa por obrigação? Qual é a sua vontade? É de dizer: – “Olha, não precisa fazer”.
Da mesma forma, Jesus não quer que os pastores trabalhem porque são obrigados, mas porque o amam, porque amam a igreja, porque amam a Palavra de Deus, e então o fazem espontaneamente, voluntariamente.
A terceira é “não por torpe ganância”, isto é, “não por amor ao dinheiro”. Pois como ele também diz em outro lugar, muitos surgiriam no meio da igreja, fazendo da fé um meio de comércio e lucro, e com suas libertinagens difamariam o evangelho. Para estes “pastores”, ele diz, está reservado o juízo de Deus [9]. Eu não estou dizendo que o pastor não deva ser remunerado; mas estou dizendo que ele não deve fazer nada por amor ao dinheiro, pois o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males [10].
E a quarta é que o pastor não deve ser um “dominador”, isto é, embora ele tenha autoridade dada por Deus, não deve ser uma autoridade dominadora, mas em amor, de serviço, como Jesus, que numa ocasião em que os discípulos disputavam entre si sobre quem parecia ser o maior, levantou-se, tomou uma bacia com água, ajoelhou-se e lavou os pés de cada discípulo. Depois explicou que devemos seguir o seu exemplo e servir uns aos outros.
Da mesma forma Paulo ensina que o pastor deve ser um padrão para os crentes, na pureza, na fé e no amor.
Como é grave a tarefa de um pastor.
Conclusão e aplicação
Amados, vocês e eu temos almas eternas. E Deus, em sua incompreensível graça, tem me dado a honra e o dever de pregar a vocês o caminho da vida eterna.
Mas ao mesmo tempo em que é uma honra e um privilégio, é também, como disse alguém, uma vocação perigosa[11].
Veja a instrução de Tiago a respeito deste assunto
Tg 3:1
Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo.
Eu confesso para vocês que muitas vezes eu disse assim para o Senhor: – Senhor, eu te amo, e quero te servir, mas eu sei que em mim mesmo eu sou completamente desqualificado. Sou um grande pecador...
E se não fosse a graça de Deus me sustentando, há muito que eu teria abandonado este ministério, que afinal de tudo, tem sido a minha vida.
Assim como o apóstolo Paulo que, ao falar a respeito do ministério dos pregadores do Evangelho da Nova Aliança, que fez esta pergunta: – Quem é suficiente para estas coisas?
E logo em seguida respondeu:
Não que nós, por nós mesmos, sejamos capazes de alguma coisa, mas pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus [12]
A nossa suficiência vem de Deus, através da sua Palavra que nos sustenta. De suas misericórdias que se renovam a cada manhã, apagando as nossas transgressões, as nossas faltas, as nossas limitações. A nossa suficiência vem de Deus, que nos dá a sua Palavra e o seu Espírito.
Por isto nós, os pastores, presbíteros, devemos ser gratos, e trazer também o temor do Senhor em nossos corações, a fim de não sermos levianos nas coisas de Deus.
Por isto vocês, amados do Senhor, devem nos ouvir, a ajudar-nos no cumprimento de nossa solene missão. 
Mas quanto a isto, iremos estudar no próximo encontro.


[1] Sl 78:70
[2] Is 63:11
[3] Jr 17:16, ARA
[4] F. Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker, Léxico do N.T. Grego/Português, Vida Nova, 1984, p. 212
[5] Rm 14:12
[6] Jo 21:15 e segs.
[7] Mt 7:22, 23
[8] 1ª Co 9:29
[9] 2ª Pe 2:1-4
[10] 1ª Tm 6:10
[11] Livro de Paul Tripp, publicado pela Editora Cultura Cristã
[12] 2ª Co 2:16; 3:5

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