IPC de Pda. de Taipas
Domingo, 12 de fevereiro de 2017
Pr. Plínio Fernandes
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para
com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que
façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.
Embora tenha “crescido” numa
igreja evangélica, em minha adolescência eu me afastei dos caminhos do Senhor.
Mas pela sua graça fui aproximado e convertido aos dezoito anos, no final de
1978.
E quando me converti, três grandes
amores tomaram conta do meu coração, amores que permanecem: o primeiro deles é
por Jesus, o Filho de Deus, meu Senhor e Salvador, o criador e sustentador do
universo, e que em seu amor por nós, pecadores, deixou a sua glória no céu, e
se fez homem a fim de levar sobre si mesmo o castigo pelos nossos pecados.
O segundo grande amor é pela
Bíblia, que me trouxe a bendita revelação e conhecimento de Jesus. Ao conhecer
que ela me revelou Jesus, seu amor por mim, sua graça em me salvar, em dar nova
orientação para a vida, eu “me apaixonei” pela Bíblia, e desejei conhecê-la
cada vez mais, andar de acordo com ela, e também falar dela para quantas
pessoas eu puder, a fim de que muitos outros também venham a conhecer as
alegrias da vida eterna.
E o terceiro grande amor de minha
juventude foi pela igreja de Cristo, por quem ele deu sua vida, e que ele
promete, virá buscar no “dia do juízo final”. Foi por causa do bom testemunho
da igreja que eu conheci que o Evangelho é uma realidade poderosa, que
transforma a vida das pessoas, que as torna essencialmente diferentes, livres
do pecado, livres para Deus.
Por causa destes grandes amores,
em 1980 fui trabalhar em Manaus como obreiro de uma organização para-eclesiástica,
a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo. Foram dias muito abençoados.
Foi ali que eu conheci a minha
querida esposa, e onde nasceu nossa primeira filha.
E foi ali também que, em 1981, eu
tive certeza da minha vocação para o ministério pastoral. Doze anos depois eu
fui ordenado pastor em nossa denominação. E este tem sido o trabalho da minha
vida, um trabalho no qual me sinto realizado, na certeza de que estou cumprindo
a vontade do meu Deus e Salvador.
Quando fui ordenado, a primeira
igreja que tive a alegria de pastorear foi na cidade de Itapetininga, na qual
eu já estava servindo a Deus como pregador licenciado, e em minha primeira
mensagem como pastor eu estudei com eles este texto.
Trabalhei ali apenas quatro anos,
mas um tempo que pela graça de Deus foi frutífero.
Estou contando estas coisas,
amados, como introdução ao assunto que desejo abordar hoje com vocês: o
ministério pastoral.
Aqui, o Espírito Santo nos ensina
sobre a preciosidade e o valor eterno de um relacionamento pastor/igreja
dirigidos por sua vontade.
Através de um mandamento,
aprendemos sobre o bondoso propósito de Deus para o nosso relacionamento (isto
é, o meu e o de vocês, como pastor e ovelhas), em nosso viver na comunhão de
igreja.
Não temos como estudar tudo quanto
a Bíblia nos diz sobre este assunto tão lindo, mas quero destacar, ainda que de
modo breve, dois ensinamentos que vejo aqui: a minha missão diante de vocês
como pastor, e a missão de vocês, como pessoas a quem o Senhor tem me dado a
bênção de pastorear.
Em nosso estudo de hoje, vamos
considerar o primeiro deles.
1.
A missão do pastor
O que Deus espera de mim como
pastor de vocês?
Para responder a isto eu gostaria
de iniciar com a palavra submissão, que
aparece aqui neste texto, como um mandamento do Senhor às ovelhas.
Obedecei vossos guias e sede submissos...
Esta palavra, guias, na versão Almeida Corrigida é traduzida por pastores. No texto grego é guia.
Mas os tradutores da versão
Corrigida não se afastaram do conceito bíblico.
Pois em Mateus 2:6, ao nos ensinar
sobre Jesus, e citando o profeta Miquéias, o Evangelho diz assim:
E tu, Belém, terra de Judá... de
ti me sairá o guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Isto é, a função do guia é apascentar,
ou pastorear.
Outras palavras são usadas no Novo
Testamento para se referir aos líderes espirituais nas igrejas do Senhor: em
Atos 20:17 e outros lugares, são chamados presbíteros;
em Atos 20:28, são chamados bispos;
em 1ª Tm 3 são chamados epíscopos. Em
Apocalipse 2 e 3 são chamados anjos,
isto é, mensageiros de Deus. Todas se
referem aos líderes espirituais das igrejas, homens aos quais Deus encarregou
de cuidar do seu povo. A palavra que mais usamos é pastor.
O que significa submissão?
De acordo com o Léxico do Novo
Testamento Grego/Português: “reconhecer a autoridade; submeter-se,
consagrar-se” [4].
Eu creio ser muito útil a maneira
como o Pr. Jaime Kemp define a palavra submissão em suas palestras: estar em
submissão significa estar “sob a missão” de alguém; daí é que vem o conceito de
estar sob a autoridade de alguém.
Por exemplo: quando a Palavra de
Deus ordena: “esposas, sede submissas
para com vossos maridos”. O que está implícito é que o homem foi criado por
Deus com uma missão, a de glorificar a Deus em toda a sua maneira de viver.
E a mulher foi criada para ser uma
auxiliadora do homem; desta forma, estar sob
a missão do homem, ajudar o homem no cumprimento de sua missão, é a missão
da mulher, e à medida que ela entende isto e vive de acordo com isto ela
glorifica a Deus.
Assim, de acordo com o nosso
texto, quando está escrito: “sede
submissos para com vossos guias”, implica que os pastores têm uma missão a
cumprir, e que as ovelhas do Senhor que estão sob a liderança deste pastor o
ajudam a cumprir sua missão.
E esta missão é definida pelo
próprio versículo: os pastores velam por
vossas almas, como quem há de prestar contas.
Isto é assombrosamente importante.
De acordo com a Bíblia, cada ser humano “tem” uma alma eterna. Cada ser humano
tem existência eterna. E esta existência pode ser em dois lugares completamente
diferentes: ou no reino eterno de nosso Deus e Salvador, ou no inferno.
E a missão do pastor é de conduzir
as pessoas de tal modo que elas possam caminhar para o céu.
Não significa que cada um de vocês
não seja responsável por sua própria alma, pois como Paulo escreve em Romanos
cap. 14, cada um dará conta de si mesmo a
Deus [5].
Mas é que o pastor é alguém
designado por Deus a conduzir seus irmãos e irmãs nos caminhos de Deus, é a
pessoa chamada pelo Senhor a vigiar sobre as almas, sobre a vida espiritual do
povo do Senhor.
Notem isto: a missão do pastor é
cuidar da vida espiritual do rebanho
do Senhor. Ele deve cuidar como alguém que há de prestar contas.
Para quem ele deverá prestar
contas?
Para que saibamos qual a resposta
basta que voltemos nossos olhos para o v. 20 deste mesmo capítulo:
Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os
mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da
eterna aliança...
O nosso Senhor é Jesus, o grande pastor das ovelhas.
Se nós nos adiantarmos um pouco nas páginas do Novo Testamento, veremos o
apóstolo Pedro usando uma linguagem semelhante.
Dirigindo-se aos presbíteros, isto é, pastores, e referindo-se a si mesmo
também como um presbítero, Pedro escreve assim:
1ª Pe 5:4
Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar,
recebereis a imarcescível coroa da glória...
Pedro tinha uma consciência muito
forte do que isto significa, porque, depois que Jesus ressuscitou de entre os
mortos, antes de voltar para o céu, numa conversa muito íntima, Jesus por três
vezes perguntou a Pedro: – Você me ama?
E a cada resposta afirmativa,
Jesus dizia a Pedro: – Se é assim, já que
você me ama, pastoreia as minhas ovelhas [6].
Jesus é o supremo pastor, o grande
pastor da igreja, aquele que de modo supremo cuida de nossas almas.
E em seu cuidado para com a igreja,
ele chama alguns, segundo a sua própria vontade, homens que o amam, e os
designa para que cuidem de suas ovelhas.
Um pastor é um homem com uma
missão: é alguém que foi escolhido por Deus, que se sente chamado por Deus, que
é chamado para cuidar das almas para Deus, e que vai prestar contas a Deus.
2.
Agora consideremos como o pastor desempenha a sua missão, qual o modo
estabelecido por Deus para que o pastor cuide das almas das ovelhas
Partindo do princípio de que Jesus
é o Supremo Pastor, nós podemos responder que o pastor cuida das ovelhas à
medida que ele segue os passos de Jesus, que imita Jesus.
Mas para que isto não fique além
do que podemos considerar neste momento, vamos reduzir àquilo que é essencial.
2.1. O pastor cuida da alma das
ovelhas alimentando-as espiritualmente
1ª Tm 4:16
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua
nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus
ouvintes.
Certa vez eu ouvi falar sobre um
sermão baseado neste texto, que tinha o seguinte título: “Pode um pastor ser
salvo?”.
E a resposta era “sim, se o pastor
seguir a instrução do Espírito Santo conforme ele ensina aqui”.
Pois o próprio Senhor Jesus
ensinou que, no último dia, muitos que se intitulam profetas, homens de Deus,
mas que vivem na prática da iniquidade, ficarão surpresos.
– Senhor, eles irão, em teu
nome fizemos milagres, profetizamos, expulsamos demônios.
Mas o Senhor responderá: – Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós
os que praticais a iniquidade [7].
Por isto também Paulo disse que
esmurrava seu próprio corpo (isto é dominava-o, não permitia que a vontade da
carne triunfasse sobre ele), para que tendo pregado a outros, não viesse ele
mesmo a ser desqualificado [8].
Então o pastor precisa cuidar de
sua vida espiritual, não somente para ser um exemplo dos fiéis, mas também para
seu próprio bem; o seu relacionamento com Deus precisa ser real, a sua vida com
Deus precisa ser real.
E ele também precisa cuidar da
doutrina, isto é, do que ele ensina.
Veja, o Senhor Jesus nos diz que se
alguém há de viver segundo a vontade de Deus, precisa conhecer a sua doutrina,
isto é, os seus ensinamentos:
Jo 7:17
Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a
respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
Conhecer e viver de acordo com a
doutrina de Jesus não é uma coisa sem importância, como alguns tem falado; não
é algo que cada um pode crer no que desejar. Pois a nossa vida toda, nós a
vivemos de acordo com o que cremos.
Então, se quero fazer a vontade de
Deus, preciso crer na doutrina que ele me dá na Bíblia.
E se o seu propósito é velar pelas
almas, se o seu propósito é cuidar da salvação eterna daqueles que o ouve, é
claro que o propósito do pastor não é o de ensinar as pessoas a ter dinheiro,
não é mesmo?
Mas o que ele precisa pregar é
sobre Deus, sobre a fé, o arrependimento em relação aos pecados, a necessidade
de regeneração, de santificação sem a qual ninguém verá o Senhor. Se em vez
disto o pastor ensinar as pessoas a amar o dinheiro, então será um cego guiando
outros cegos.
Neste sentido, o pastor também
precisa ensinar a igreja para preveni-la contra doutrinas erradas.
Veja o testemunho de Paulo diante
dos pastores na igreja de Éfeso:
At 20:25-31
Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei
pregando o reino, não vereis mais o meu rosto.
26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo
do sangue de todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o
desígnio de Deus. 28 Atendei
por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu
próprio sangue. 29 Eu sei
que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não
pouparão o rebanho. 30 E que,
dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para
arrastar os discípulos atrás deles. 31
Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei
de admoestar, com lágrimas, a cada um.
Paulo tinha consciência de que no
meio do povo de Deus surgiriam falsos pastores, que se preocupariam em fazer
discípulos deles próprios, e não de Jesus. Parasitas que buscam a sua própria
glória, e não a do Senhor, e alerta então aos presbíteros de Éfeso: atendei por
vós e por todo o rebanho de Deus sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu
bispos.
2.2 - O pastor, como Jesus, cuida das
almas das ovelhas intercedendo por elas
Os evangelhos todos nos dão intenso testemunho da
“vida de oração” de Jesus. Ele muitas vezes se levantava alta madrugada, ia
para um lugar deserto e ali orava. Muitas vezes passava noites inteiras em
oração.
Da mesma forma o livro de Atos e o restante do
Novo Testamento, em relação à “vida de oração” dos apóstolos.
Mas eu desejo destacar apenas um exemplo.
Cl 4:12
Saúda-vos Epafras,
que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que
vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus.
Quem era Epafras?
Cl 1:5-7
Por causa da esperança que vos está preservada nos
céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6
que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e
crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a
graça de Deus na verdade; segundo fostes instruídos por Epafras, nosso amado conservo e, quanto a vos outros, fiel ministro de
Cristo
Epafras foi o ministro do
Evangelho que levou os colossenses à fé em Jesus. Mas ele não se limitou a
pregar o Evangelho. Ele se dedicou a interceder continuamente pelos seus filhos
na fé, a fim de que permanecessem no Senhor.
E ele fazia isto porque aprendera
a doutrina exemplificada na vida dos apóstolos.
At 6:1-4
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos
discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas
deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2 Então, os doze
convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós
abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3 Mas, irmãos, escolhei
dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos
quais encarregaremos deste serviço; 4 e,
quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
Em nossas Bíblias, este texto tem o seguinte título: “a eleição dos
primeiros diáconos”.
Ele explica qual foi a orientação dada pelos apóstolos diante de um
problema social que surgiu na igreja de Jerusalém, pois algumas pessoas estavam
sendo injustiçadas: certas viúvas estavam sendo deixadas de lado no distribuir
diário dos alimentos.
Eles perceberam que era um problema sério, mas ao qual eles não poderiam se
dedicar.
Então orientaram a igreja para que escolhesse homens cheios do Espírito
Santo, de fé, de sabedoria, para que fossem encarregados deste serviço.
Enquanto estes novos líderes seriam encarregados desta necessidade da
igreja, eles, os apóstolos, se dedicariam à oração e ao ministério da Palavra.
Não deixariam de lado aquilo que eles deveriam fazer.
2.3. O pastor cuida das ovelhas servindo
em amor
1ª Pe 5:1-3
Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu,
presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante
da glória que há de ser revelada: 2
pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas
espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores dos que vos
foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
Neste texto Pedro, o presbítero, ensina como os presbíteros devem
pastorear.
Há quatro coisas que desejo mencionar aqui, cada uma delas muito
importante.
A primeira é que devo pastorear o rebanho do qual o Senhor me incumbiu,
quero dizer, eu não devo ser antiético em relação ao trabalho de outros
pastores.
A segunda é que devo pastorear “não por obrigação, não porque sou
forçado”. Já aconteceu de você fazer
alguma coisa simplesmente porque é obrigado? Com que espírito você o fez? Não
faz com alegria, não faz bem feito, não o faz com dedicação. E já aconteceu de
você perceber que alguém está lhe fazendo alguma coisa por obrigação? Qual é a
sua vontade? É de dizer: – “Olha, não precisa fazer”.
Da mesma forma, Jesus não quer que os pastores trabalhem porque são obrigados,
mas porque o amam, porque amam a igreja, porque amam a Palavra de Deus, e então
o fazem espontaneamente, voluntariamente.
A terceira é “não por torpe ganância”, isto é, “não por amor ao dinheiro”.
Pois como ele também diz em outro lugar, muitos surgiriam no meio da igreja,
fazendo da fé um meio de comércio e lucro, e com suas libertinagens difamariam
o evangelho. Para estes “pastores”, ele diz, está reservado o juízo de Deus [9]. Eu
não estou dizendo que o pastor não deva ser remunerado; mas estou dizendo que
ele não deve fazer nada por amor ao dinheiro, pois o amor do dinheiro é a raiz
de toda espécie de males [10].
E a quarta é que o pastor não deve ser um “dominador”, isto é, embora ele
tenha autoridade dada por Deus, não deve ser uma autoridade dominadora, mas em
amor, de serviço, como Jesus, que numa ocasião em que os discípulos disputavam
entre si sobre quem parecia ser o maior, levantou-se, tomou uma bacia com água,
ajoelhou-se e lavou os pés de cada discípulo. Depois explicou que devemos
seguir o seu exemplo e servir uns aos outros.
Da mesma forma Paulo ensina que o pastor deve ser um padrão para os
crentes, na pureza, na fé e no amor.
Como é grave a tarefa de um pastor.
Conclusão
e aplicação
Amados, vocês e eu temos almas eternas. E Deus, em sua incompreensível
graça, tem me dado a honra e o dever de pregar a vocês o caminho da vida
eterna.
Mas ao mesmo tempo em que é uma honra e um privilégio, é também, como disse
alguém, uma vocação perigosa[11].
Veja a instrução de Tiago a respeito deste assunto
Tg 3:1
Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós,
mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo.
Eu confesso para vocês que muitas vezes eu disse assim para o Senhor: – Senhor, eu te amo, e quero te servir, mas
eu sei que em mim mesmo eu sou completamente desqualificado. Sou um grande
pecador...
E se não fosse a graça de Deus me sustentando, há muito que eu teria
abandonado este ministério, que afinal de tudo, tem sido a minha vida.
Assim como o apóstolo Paulo que, ao falar a respeito do ministério dos pregadores
do Evangelho da Nova Aliança, que fez esta pergunta: – Quem é suficiente para estas coisas?
E logo em seguida respondeu:
Não que nós, por nós mesmos, sejamos capazes de
alguma coisa, mas pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus [12]
A nossa suficiência vem de Deus, através da sua Palavra que nos sustenta.
De suas misericórdias que se renovam a cada manhã, apagando as nossas
transgressões, as nossas faltas, as nossas limitações. A nossa suficiência vem
de Deus, que nos dá a sua Palavra e o seu Espírito.
Por isto nós, os pastores, presbíteros, devemos ser gratos, e trazer também
o temor do Senhor em nossos corações, a fim de não sermos levianos nas coisas
de Deus.
Por isto vocês, amados do Senhor, devem nos ouvir, a ajudar-nos no cumprimento
de nossa solene missão.
Mas quanto a isto, iremos estudar no próximo encontro.
[1] Sl
78:70
[2] Is
63:11
[3] Jr
17:16, ARA
[4] F.
Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker, Léxico do N.T. Grego/Português, Vida
Nova, 1984, p. 212
[5] Rm
14:12
[6] Jo
21:15 e segs.
[7] Mt
7:22, 23
[8] 1ª
Co 9:29
[9] 2ª
Pe 2:1-4
[10]
1ª Tm 6:10
[11]
Livro de Paul Tripp, publicado pela Editora Cultura Cristã
[12] 2ª Co 2:16; 3:5
muito bom este ensino
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