IPC em Pda. de Taipas
Domingo, 20 de setembro de 2015
Pr. Plínio Fernandes
Bendito o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula,
imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé,
para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. 6 Nisso exultais, embora, no
presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias
provações, 7 para que, uma vez
confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo; 8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo,
exultais com alegria indizível e cheia de glória, 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.
Nesta última semana, houve momentos em que você se
sentiu contrariado e entristecido?
Houve algum momento, ou alguma circunstância que te
fez sofrer, na qual a sua fé e amor foram testados?
Aconteceu alguma coisa que tentou você a sentir-se
abatido, ou ansioso, ou preocupado e irritado?
Em nossa última meditação, na semana passada, vimos
que o apóstolo Pedro nos ensina como lidar com as contrariedades que
experimentamos nesta vida; contrariedades que nos fazem sofrer, às quais a Bíblia chama de
“provações”.
As provações podem ser vistas sob dois aspectos:
por um lado, são ocasiões em que Satanás tenta nos enfraquecer espiritualmente,
levando-nos a alguma forma de pecado.
Por outro lado, são oportunidades, ocasiões em que
Deus, nosso Pai, está agindo através das circunstâncias, a fim de nos
fortalecer a fé, a fim de que sejamos espiritualmente vigorosos, perseverantes.
A nossa fé, diz o apóstolo Pedro, é um bem precioso
que temos; é mais preciosa do que todo o ouro mais puro que houver no mundo,
pois é através da nossa fé em Jesus que alcançamos a salvação das nossas almas.
Então, ele diz duas coisas aqui: uma delas é que as
provações não são eternas; elas duram apenas o tempo necessário; outra coisa, é
que as provações são necessárias – nós precisamos crescer espiritualmente, e as
provações são um meio através do qual somos levados a crescer.
No decorrer de sua carta, Pedro menciona algumas
coisas que provam a nossa fé:
Quando sentimos as paixões da
nossa natureza querendo nos levar ao pecado – as paixões, ele diz, fazem guerra
contra a nossa alma. Elas são nossas inimigas, e nos fazem sofrer.
Também sofremos quando estamos
casados com uma pessoa que não tem a mesma fé que temos em Jesus e se opõe a isto.
Também sofremos quando as pessoas do mundo não
entendem a nossa fé, não entendem o nosso modo de vida, e então falam contra
nós, falam contra a nossa crença e de uma forma ou de outra nos perseguem.
Também sofremos quando servimos, isto é, quando
trabalhamos para pessoas ímpias, desonestas, que se aproveitam de nossa boa
consciência e nos oprimem.
Todas estas coisas, diz Pedro, são ataques de
Satanás, que anda em derredor, bramando como um leão, procurando a quem
devorar.
Mas também, em todas estas coisas, nos
abençoará o Senhor, fortalecendo-nos, firmando-nos, fundamentando-nos,
aperfeiçoando-nos.
Então mesmo as coisas que nos contrariam, se vistas
deste ponto de vista, são, em última instância, motivos para que sejamos
felizes; pois apontam para o fato de que habita em nós esta preciosa fé em
Jesus, através da qual caminhamos com Deus neste mundo e pela qual alcançaremos
a vida eterna no céu.
– “Nisto”, ele diz, “nesta salvação, você se regozijam com
alegria indizível”.
Em nossa meditação de hoje,
amados, eu desejo voltar a este texto maravilhoso, e considerar com vocês, não
mais as tristezas, mas as razões da nossa felicidade em meio às provações.
Na verdade, a razão é uma só: a
razão da nossa felicidade é Jesus, o nosso Salvador.
Leiamos novamente os vs. 7-9
para que, uma vez
confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo; 8 a quem, não havendo
visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria
indizível e cheia de glória, 9 obtendo o fim da vossa
fé: a salvação da vossa alma.
Jesus é a razão, o motivo, a
fonte da nossa alegria indizível e cheia de glória, da nossa felicidade
indescritível e plena da luz do céu.
1.
Nele está a nossa fé, a nossa confiança
No v. 7 ele faz um doce elogio à
nossa fé, dizendo que ela é mais preciosa, tem mais valor do que o ouro mais
puro.
E no v. 8 ele destaca algo sobre
esta fé: é que ela não se baseia no fato de termos visto Jesus quando ele
estava na terra realizando os seus milagres.
Ele, Pedro, foi uma pessoa muito
abençoada, assim como os demais apóstolos, por ter visto pessoalmente o Senhor
Jesus.
E em particular, foi uma das
pessoas mais próximas ao Senhor, que viu coisas muito exclusivas, as quais a
maioria da humanidade nunca teria o privilégio.
Na sua segunda carta ele cita uma
destas ocasiões, um destes eventos que ele próprio jamais poderia imaginar.
Vamos ler 2ª Pe 1:16-18
Aqui ele está falando sobre a vinda
de Jesus, que se aproxima, e a nossa entrada para o seu reino eterno.
Porque não vos demos a
conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas
engenhosamente inventadas, mas nós mesmos
fomos testemunhas oculares da sua majestade, 17 pois ele
recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe
foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. 18 Ora, esta voz, vinda do céu, nós
a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo.
Veja o que Pedro diz no v. 16: o
evangelho que ele pregava não era uma fábula, uma história criativamente
inventada para promover mentalidade religiosa ou atitudes espirituais nas
pessoas.
Ele pregava coisas das quais era
uma testemunha ocular: ele viu a Jesus, ouviu seus ensinamentos, contemplou
suas obras.
E menciona o monte da
transfiguração. O que aconteceu ali é contado por Mateus, Marcos e Lucas.
E os evangelhos nos dizem que
certa ocasião Jesus subiu a um monte, para orar.
Enquanto orava, a aparência de
Jesus se tornou gloriosa; as suas vestes resplandeceram como a luz do sol, e apareceram
Moisés e Elias, os dois maiores profetas do Antigo Testamento, e conversavam
com Jesus.
Pedro ficou tão aterrado que não
sabia o que dizer.
E ouviu-se uma voz do céu,
falando a respeito de Jesus: – “Este é o
meu Filho amado, a ele ouvi”.
E Pedro diz: – “Esta voz nós a ouvimos”.
Mas às pessoas a quem Pedro
escreve, ele diz: – “Vocês não veem Jesus
agora, mas creem...”.
Querido irmão, é a você que eu me
dirijo especialmente: você crê? Você tem fé em Jesus? Você confia nele?
Então ele tem algo especial que
dizer a seu respeito.
Jo 20:29
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados
os que não viram e creram.
O Senhor está falando com os
onze, e se dirige especialmente a Tomé, que não havia acreditado quando os
outros disseram que Jesus havia ressuscitado.
Então Jesus apareceu entre eles, os
saudou, e logo
disse a Tomé: – “Põe aqui o dedo e vê as
minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas
crente”. E Respondeu-lhe Tomé: –
“Senhor meu e Deus meu!”
Disse-lhe Jesus: – “Porque me viste, creste? Bem-aventurados, abençoados, felizes, os que
não viram, e creram”.
Somos felizes porque, mesmo não
tendo visto o Senhor com os olhos do corpo, nós o contemplamos, com os olhos do
coração, quando o Evangelho foi pregado a nós, e com os olhos da alma nós o
contemplamos morrendo na cruz em nosso lugar.
Somos felizes, porque a nossa fé
está em Jesus, o nosso Salvador vivo, que depois de ter feito na cruz a
purificação dos nossos pecados, ressuscitou, subiu ao céu e está à mão direita
de Deus.
O nosso Deus e Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, que virá do céu outra vez, a fim de nos buscar para o seu reino
eterno.
O nosso Deus e Salvador que está
entre nós por meio do Espírito Santo, pois ele diz que onde estão dois ou três
reunidos em seu nome, ele está no meio deles.
O nosso Deus e Salvador, Cristo,
que habita em nossos corações.
Que atende as nossas orações, que
é a nossa força, a nossa proteção.
Somos felizes porque em Jesus
está a nossa fé. A nossa confiança.
E temos experimentado em nossas
almas que o nosso Deus é real. Não é uma lenda bem contada, não é um mito.
Também exultamos com alegria indescritível e
cheia de glória por que...
2. Em Jesus está a nossa esperança
Aconteceu durante a guerra da Coréia quando 500 ministros foram
capturados e imediatamente fuzilados e duas mil igrejas destruídas.
Os comunistas eram cruéis para com os pastores. A família de certo
ministro foi capturada em Inchon, Coréia, e os líderes comunistas
submeteram-nos ao que chamavam de "Tribunal do Povo". Os acusadores
diziam: – Este homem é culpado de cometer este tipo de pecado e por esse pecado
deve ser castigado.
A única resposta que recebiam era um coro unânime de vozes, dizendo:
– Sim, sim!
Desta vez cavaram um grande buraco, colocaram o pastor, sua esposa e
vários de seus filhos dentro dele. Então o líder falou:
– Todos estes anos o senhor tem desviado as pessoas com a superstição
da Bíblia. Se desejar agora retratar-se perante o povo aqui reunido e
arrepender--se de sua má conduta, então o senhor, sua esposa e seus filhos
serão libertados. Mas se persistir em suas superstições, toda a sua família vai
ser enterrada viva. Tome sua decisão!
Todos os seus filhos começaram a chorar, dizendo:
– Papai, papai, pense em nós!
Imagine a situação desse homem. Se você estivesse em seu lugar, o que
teria feito? Sou pai de três filhos e chegaria quase a preferir ser lançado ao
fogo do inferno a ver meus filhos serem mortos.
Este pai estava profundamente abalado. Levantou a mão, dizendo:
– Sim, sim, fá-lo-ei. Vou denunciar ... minha ... Mas antes de poder
terminar a frase a esposa tocou-lhe o lado dizendo:
– Diga NÃO!
E dirigindo-se aos filhos, essa valente mulher disse:
– Calem-se, filhos. Esta noite vamos jantar com o Rei dos reis e Senhor
dos senhores!
Então começou a cantar o hino “No celeste porvir". Seus filhos e
marido a acompanharam no cântico enquanto os comunistas começaram a enterrá-los.
Logo as crianças estavam enterradas, mas até que a terra lhes chegasse ao
pescoço continuaram a cantar e o povo a olhar... [1]
O que faz uma pessoa ser assim
tão corajosa, mesmo diante da morte?
Nos vs. 3 e 4, Pedro nos diz que,
por causa da ressurreição de Jesus, nós fomos regenerados por Deus para uma
viva esperança que está nos reservada no céu.
No v. 21 deste mesmo capítulo ele
torna a estas palavras:
(Jesus)...
que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e
lhe deu glória, de sorte que a vossa fé
e esperança estejam em Deus.
O que é esperança? Quando usamos este substantivo,
e o verbo relacionado a ele, estamos falando de algo que ainda não aconteceu. E
pode haver duas denotações diferentes.
Por exemplo, quando alguém diz: –“Espero que um dia ele volte”, está
expressando o desejo que de em algum tempo alguém que se foi esteja aqui
novamente. Mas é apenas uma expressão de um desejo muito grande; não envolve
certeza.
Agora, uma oração diferente: –“Estou esperando um bebê”. Nela, a mulher que a profere está
dizendo que ficou grávida, e com base neste fato está apenas aguardando a hora
em que o bebê nascerá. Aqui, “esperar” significa não somente desejar, aguardar
que algo bom aconteça, mas aguardar com certeza.
E nesta esperança a mulher (e o marido) fazem todos
os preparativos necessários para a chegada do bebê.
É neste segundo sentido, de
aguardar com certeza, e consequentemente, com paciência, e fazendo
preparativos, que temos uma esperança em Cristo, reservada no céu para nós.
É a esperança de que, seja em
nossa ida, seja em sua volta, nós nos encontraremos com Jesus, face a face, e então
seremos transformados, seremos semelhantes a ele, puros em nossos pensamentos, em
nossos sentimentos; nossas almas brilharão como a luz do sol.
É a esperança de que também nos
encontraremos com todos os redimidos, todo o povo de Deus, gente de toda tribo,
língua, povo e nação, comprada com o sangue de Jesus, gente com quem nos
identificamos.
E lá já não seremos peregrinos e
forasteiros, estaremos em nossa pátria, onde todos “falam a mesma língua, têm
os mesmos costumes, os mesmos prazeres”.
É a esperança de que lá já não haverá
morte, nem crimes, nem violência alguma, nem dor, nem enfermidade, nem lágrima.
É esta esperança que nos dá
paciência nas tribulações, pois ela nos diz que nelas nossa fé não está sendo
somente testada, mas fortalecida e aprovada.
É esta esperança que nos faz
perseverantes. Às vezes, diante das tribulações, o nosso coração sucumbe e
fraqueja por um tempo, mas a esperança reacende a chama da fé.
Quantas vezes nós fraquejamos,
tantas são as vezes que levantamos com fé renovada, pois a esperança não morre
dentro de nós.
É esta esperança que nos faz corajosos.
Somos felizes porque a nossa fé está em Jesus. Somos
felizes porque temos esperança em Jesus. E também somos felizes por que...
3.
Em Jesus está o nosso amor
v. 8 – “A quem não havendo visto, amais...”
Eu sei de um rapaz que certo dia
conheceu uma jovem que se tornou especial para ele.
No começo eram apenas conhecidos,
e depois se tornaram amigos.
Mas conforme os dias foram
passando, eles começaram a sentir algo mais um pelo outro: gostavam de conversar
um com o outro, tinham os mesmos interesses, e quando discordavam, as discordâncias
não atrapalhavam a amizade. Quando se separavam, um ficava pensando no outro, e
só de pensar um no outro, os seus corações ficavam cheios de alegria.
Eu conheço um casal que teve um
bebê. Antes deste bebê nascer, eles se prepararam para a vinda dele: berço, roupinhas,
utensílios para a alimentação, para o banho; além, é claro, de se prepararem
emocional e intelectualmente, lendo a respeito a tudo o mais.
Então o bebê nasceu: aquela “coisinha
miúda”, carente, dependente, que no começo só faz dormir, mamar, sujar as
fraldas, tirar o sono dos pais e dar trabalho. Mas irmãos, que felicidade este casal
tem, só de olhar para ele, de pensar no bebezinho.
Eu conheço um homem cujo pai
faleceu, e sua mãe é idosa. Este homem se deleita em sua mãe. Ele gosta dela e
sempre está pensando em como ela está, o que ela precisa, se ela está feliz. E quando
ele sabe que ela está bem, não tem alegria maior para ele do que esta. Ele está
mesmo disposto a sacrifícios, desconforto, porque seu desejo é vê-la bem. Se
ela está feliz, ele também.
Eu conheço um homem que tem um
amigo. Um dia eles brigaram. Eles se desentenderam a respeito de um assunto, uma
promessa não cumprida, e os ânimos foram se acirrando de tal maneira que ficaram
bravos e voltaram as costas um para o outro.
Mas algum tempo depois, se
encontraram "por acaso", e nisto começaram a conversar, e se reconciliaram.
Quando cada um seguiu o seu caminho, estavam transbordantes de alegria.
Você entende o que eu estou
falando, não é?
A capacidade de amar é um destes
dons maravilhosos com os quais fomos habilitados, pois Deus nos criou à sua
imagem e semelhança, e Deus é amor.
Além disto, quando cremos no
Evangelho, conforme a Escritura nos ensina, o Espírito Santo, que é Espírito de
amor, veio habitar em nossos corações, e o amor de Deus foi derramado com ele,
dentro de nós.
E você sabe disto:
Quem
ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem
ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama
não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém
faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança
e paciência. O amor é eterno [2].
Quem ama nunca fecha o coração
para o seu irmão; quem ama anima, fortalece, repreende, corrige, quem ama
ajuda.
Nestas coisas todas, aquele que
ama sente uma alegria enorme. Quem ama é feliz. Pois quem ama está vivendo de
acordo com a natureza criada por Deus.
E se amar nos faz felizes, amar a
Deus nos faz eternamente felizes. Quem ama tem o seu prazer na lei do Senhor, e
nesta lei medita de dia e de noite.
Quem ama o Senhor se deleita em
ver sua graça e sua glória em todas as coisas, sejam daqui, sejam eternas.
Aquele que ama a Deus consegue
ver a sua mão cuidando e dirigindo as coisas da natureza e o curso da história
de cada vida.
Aquele que ama a Deus se deleita
na igreja, na família, nos irmãos e amigos, e se deleita até na solidão.
Aquele que ama a Deus se deleita
em tudo, pois nele nos movemos e existimos.
Tenho afirmado duas fontes deste
amor que habita em nós: a nossa natureza humana, que feita à imagem de Deus,
nos capacita a amar; amor que se torna aperfeiçoado pelo Espírito de Deus
derramado em nosso coração quando cremos no evangelho.
Quero acrescentar mais uma: o
nosso conhecimento do amor que Deus tem por nós.
No v. 3 aqui do cap. 1, a
Escritura nos diz que fomos regenerados pela ressurreição de Jesus Cristo de
entre os mortos.
Jesus ressuscitou, e se
ressuscitou, antes havia morrido. Que coisa espantosa: o Filho de Deus, aquele
que é eterno, morto.
Pedro, que esteve no “monte da
transfiguração”, não viu somente o esplendor glorioso de Jesus.
Também o viu em sua humilhação, na
horrenda morte de cruz. E entendeu o porquê de tanto sofrimento.
Este mesmo Jesus, na noite
anterior ao dia de sua morte, ao instituir a santa ceia, depois de haver
agradecido ao Pai, deu aos discípulos o pão e o vinho, dizendo: – “Comei dele todos, bebei dele todos, porque
isto é o meu corpo e o meu sangue dado por muitos”.
Por isto é que nesta carta Pedro
também escreve sobre o sentido da cruz:
1ª Pe 2:22-25
Jesus não cometeu
pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje;
quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga
retamente, 24 carregando ele mesmo
em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os
pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 25 Porque estáveis desgarrados como
ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.
Jesus nunca agrediu qualquer pessoa, nunca se
aproveitou de ninguém, nunca foi grosseiro ou egoísta, nunca pecou.
Mas morreu na cruz, porque ali estava levando sobre
si os nossos pecados, a fim de que os pecados não mais nos escravizassem.
Morreu para ser o cuidador das nossas almas.
Ele nos amou com amor eterno, ele nos desejou, e se
tornou o nosso pastor.
Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. E somos
felizes com ele. Vivemos com ele, andamos com ele, em nosso coração. Falamos
com ele, ouvimos a sua voz.
E por fim, nos veremos o nosso amado face a face. Então
a alegria será completa.
Conclusão e aplicação
Porque somos felizes?
Porque nossa confiança está em Jesus. Porque nossa
esperança está em Jesus. Porque nosso amor está em Jesus.
Não deixe que as guerras que as paixões fazem contra
a nossa alma, os ataques de Satanás, as tribulações que este mundo trazem a
nós, tirem a sua alegria e felicidade.
Porque você, crente em Jesus, tem conhecido aquele
que nos amou primeiro, que nos escolheu, e que pela sua muita misericórdia nos
regenerou para a vida eterna.
Temos conhecido a Deus, nosso Pai. Temos conhecido
a Jesus, nosso redentor. Temos conhecido o Espírito Santo, nosso Santificador.
E ele é a nossa fonte de felicidade.
[1] Testemunho
dado por Paul Young Choo, em A quarta dimensão
(Ed. Vida, 1981), cap. 4. Não concordo com a “doutrina” esposada por Choo. Mas
cito o fato acontecido durante a guerra da Coréia, por ver nele um exemplo maravilhoso
do que a esperança em Cristo opera no coração dos crentes.
[2] 1ª Co
13:4-8 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
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