Lc 10:1-20
Seminário Presbiteriano
Conservador
Sexta-feira, 01 de dezembro de
2017
Pr. Plínio Fernandes
Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e
os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde
ele estava para ir. 2 E lhes
fez a seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. 3 Ide! Eis que eu vos envio como
cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem
sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. 5 Ao entrardes numa
casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa! 6 Se houver ali um
filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre
vós. 7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles
tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de
casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem,
comei do que vos for oferecido. 9 Curai os enfermos que nela houver
e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus. 10
Quando, porém, entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e
clamai: 11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés,
sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que está próximo o reino de
Deus. 12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma
do que para aquela cidade. 13 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!
Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se
fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e
cinza. 14 Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do
que para vós outras. 15 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até
ao céu? Descerás até ao inferno. 16 Quem vos der ouvidos ouve-me a
mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita
aquele que me enviou. 17 Então, regressaram os setenta, possuídos de
alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! 18
Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. 19
Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o
poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano. 20 Não
obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o
vosso nome está arrolado nos céus.
No cap. 9, v. 51 aqui deste
Evangelho, Lucas nos diz que os dias de Jesus subir ao céu estavam se
aproximando.
Então ele manifestou em seu rosto
a firme e corajosa resolução de ir para Jerusalém, onde seria entregue à morte
para a nossa salvação.
Mas nosso Senhor decidiu também
que, a caminho de Jerusalém, passaria por várias cidades, inclusive
samaritanas, anunciando mais uma vez a chegada do reino de Deus.
Então, mais uma vez, como já
fizera antes, ele enviou seus discípulos, de dois em dois, desta vez um grupo
de setenta, de cidade em cidade, para que o precedessem.
Eles deveriam curar os enfermos,
libertar os oprimidos de espíritos malignos, e chamar as pessoas ao arrependimento,
anunciando que o reino de Deus está próximo.
O tempo era curto, e precioso
demais para ser desperdiçado. Havia muita gente a ser alcançada com a mensagem.
Então deveriam orar, pedindo a
Deus que enviasse mais trabalhadores para sua seara, mais pregadores do
Evangelho.
E não deveriam se embaraçar com
nada.
Quando ele diz: – “A ninguém saudeis pelo caminho”, não
está ensinado que devem ser descorteses, mas que agora não é hora para se
perder tempo.
Que eles fossem pregando de
cidade em cidade. Se fossem bem recebidos, que ali ficassem o tempo necessário,
se não, que sacudissem o pó de seus pés e fossem adiante.
– “Não leveis bolsa (onde colocavam o dinheiro) nem alforje (onde
colocavam alimento e roupas para viagem), nem mais um par de sandálias”, isto
é, não se preocupem com o que comer, ou beber, não se preocupem com dinheiro ou
outras necessidades, não se embaracem com estas coisas, pois tudo o que vocês
precisarem lhes será dado. –“Digno é o
trabalhador do seu salário”.
Jesus também deixou claro que não
seria uma tarefa sem dificuldades. Haveria quem os recebesse, hospedasse e
suprisse. Mas outros os rejeitariam. Por isto também estavam sendo enviados
como se fossem ovelhas para o meio de lobos, que enfrentariam perigos.
Não obstante, deveriam avançar
intrepidamente, abençoando, curando, libertando os oprimidos, chamando ao
arrependimento e anunciando a salvação eterna, bem como o dia do juízo de Deus.
Com estas coisas todas, meus
irmãos, o Senhor está dando aos discípulos a consciência de quem eles são, do
que devem fazer, e do que devem esperar pela frente.
Então eles partem, e algum tempo
depois voltam de sua missão; e como estão felizes, pois tal como o Senhor
disse, assim aconteceu. Até os demônios submetiam-se a eles, por causa do nome
de Jesus. O que também fez o Senhor exultar de alegria no Espírito Santo, e dar
graças a Deus.
Meus irmãos, no v. 2, o Senhor
diz a eles que deveriam orar. Deveriam pedir a Deus que enviasse mais
trabalhadores para sua seara, isto é, que Deus enviasse mais pregadores assim
como agora estava enviando a eles.
Uma instrução que segundo Mateus,
Jesus já havia dado também anteriormente, antes de enviar os doze numa missão
semelhante.[1]
E na Primeira Carta a Timóteo,
cap. 5, vs. 17 e 18, Paulo deixa claro que esta é uma oração que Deus tem
respondido.
Ali, ele ensina que os
presbíteros docentes, os pastores que se dedicam ao ensino da Palavra, devem
ser remunerados pelo seu trabalho, e cita as palavras de Jesus aqui do v.7: – “Digno é o trabalhador do seu salário”.
Quero dizer: os ministros da
Palavra estão entre os trabalhadores da seara a quem Jesus se refere aqui.
Assim, eu desejo destacar algumas
verdades que o Evangelho aqui nos fala sobre os pregadores do Evangelho.
Verdades que formam em nós a
consciência, as convicções de quem somos.
1.
Os pregadores têm a santa e humilde convicção de que são homens de Deus
No v. 1 está escrito que estes
homens foram “designados” por Jesus, isto é anunciados publicamente como
escolhidos para aquela missão.
No v. 3, o Senhor diz: – Eis que eu vos envio...
E no v. 16 ele diz:
– Quem vos der ouvidos ouve-me a mim, e quem vos rejeitar a mim me
rejeita; quem, porém, me rejeitar, rejeita aquele que me enviou.
Portanto, os pregadores são
homens que, antes tudo, pertencem a Deus, e por isto escolhidos, e enviados. Ou
como também dizem o profeta Jeremias e o apóstolo Paulo, homens dados por Deus
à igreja.[2]
Mais tarde, na mesma carta em que
Paulo cita as palavras do Senhor Jesus aqui em Lucas 10, ele também ensina
quais são os critérios que a igreja deve usar para reconhecer e designar um
homem como ministro do Evangelho:
Primeiramente este homem deve aspirar, ter um intenso e profundo
desejo de superintender, de cuidar do rebanho do Senhor.
Mas também deve ser apto para
ensinar, isto é, possuir os dons necessários para ministrar a Palavra.
E também dever ser um homem
reconhecido por sua vida santa e ordeira, pelo seu bom testemunho, tanto dentro
de casa, no ambiente familiar, como fora dele.
Se ele tiver estas qualificações
deve ser primeiramente experimentado, e depois designado como presbítero sobre
o rebanho de Deus.[3]
Agora, embora a igreja empregue
estes critérios todos para eleger seus ministros, não podemos esquecer que
nestas coisas todas estão se manifestando os propósitos de Deus, pois em Atos
20 o apóstolo, falando aos presbíteros de Éfeso, também diz que “o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para pastoreardes a igreja de Deus, que ele comprou com seu sangue”.[4]
Por isto também “importa que os homens nos considerem
ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus”.[5]
Assim, irmãos, embora não sejamos
dados a experiências místicas, a sonhos e visões; através da comunhão com Deus
que usufruímos pela meditação na sua Palavra, pela oração, pela comunhão da
igreja, pelos dons que se evidenciam, pelo amor que temos à mensagem do
Evangelho, no amor pela igreja, entendemos que, se somos ministros da Palavra,
é porque o Senhor da seara nos tem designado para isto, e tem realizado todas
estas coisas, todos estes movimentos em nossa alma e na vida da igreja.
Cremos que temos sido chamados
por ele, que nos escolheu para isto desde o ventre materno,[6]
ou ainda mais: antes mesmo da criação do mundo,[7]
e a seu tempo manifestou seu propósito para nós.
2.
Os pregadores também têm a firme convicção de que são homens sustentados por
Deus
O Senhor lhes disse que haveria
lugares em que seriam bem recebidos, hospedados; mas também haveria lugares em
que seriam rejeitados.
Mas qualquer que fosse a reação
das pessoas em relação a eles, que não perdessem a convicção que falavam em
nome de Deus.
“Quem vos der ouvidos, ouve-me a
mim; quem vos rejeitar, a mim me rejeita; quem porém, me rejeitar, rejeita
aquele que me enviou”.
O Senhor lhes disse que, se bem
recebidos, ali permanecessem o necessário, anunciando o reino de Deus; mas, se
rejeitados, que não perdessem seu precioso tempo, e seguissem adiante.
Pois de qualquer modo, ou
trazendo salvação, ou trazendo juízo, a palavra por eles pregada era a Palavra
de Deus.
O apóstolo Paulo escreveu aos
coríntios sobre a maravilha de alguém ser um pregador do Evangelho.
Ele diz:
– Haja o que houver, por meio de Cristo nós sempre seremos conduzidos
em triunfo, a nossa mensagem sempre surtirá efeito, tanto nos que se salvam
como nos que se perdem. Para alguns, seremos como cheiro de morte, mas para
outros, aroma de vida.
– Pois nós somos ministros de uma nova aliança, não da letra, que mata;
mas do Espírito que dá vida.
E diante desta tarefa tão
grandiosa a certa altura ele pergunta:
– Quem, porém, é suficiente para estas coisas?
E também responde:
– Não que nós sejamos, capazes, por nós mesmos, de fazer alguma coisa;
mas a nossa suficiência vem de Deus.[8]
Da mesma maneira nós vemos neste
texto diante de nós: a nossa suficiência vem de Deus.
Quero destacar dois sentidos:
2.1. Primeiro, digamos assim, no
sentido mais “prosaico”: ele concede tudo o que à manutenção das coisas
essenciais para a vida neste mundo.
v. 4 – Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias...
Não se preocupem em levar
dinheiro, nem alimento para a viagem, nem mesmo um par extra de sandálias, isto
é, não se preocupem nem com as coisas mais essenciais.
v.
7 – Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, porque
digno é o trabalhador do seu salário.
Agora, meus irmãos, eu gostaria
de comparar com o texto que se encontra no cap. 22, v. 35.
Faz parte de um diálogo do Senhor
com os discípulos, momentos antes dele ser preso em Jerusalém, e entregue à
morte pelos nossos pecados.
A seguir, Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei
sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa?
Nada, disseram eles.
Irmão, não está escrito em lugar algum do
Evangelho que os pregadores precisam ser homens “endinheirados”.
Para que você tenha autoridade espiritual não é
necessário que os homens vejam que você está “bem de vida”, ou que você tenha
um belo carro ou casa. E você não é chamado para amar ou buscar estas coisas.
Claro que não estou dizendo que possuir bens
materiais ou dinheiro seja pecado. O que desejo enfatizar é que o reino de Deus
não é comida ou bebida.
Você se lembra da história do profeta Eliseu?
Tudo o que ele tinha quando passava pela
cidadezinha de Suném, era um pequeno quarto com uma cama, uma mesa, uma cadeira
e um candeeiro, que uma família temente a Deus e carinhosa lhe oferecia.
Mas quando passava pelo lugar, as pessoas diziam: – Vejo que este que passa por nós é santo
homem de Deus.[9]
Por outro lado, embora o Senhor não diga que você
deve se envolver no ministério por dinheiro (porque ele mesmo não promete que
você terá muito dinheiro), ele promete que não lhe faltará o necessário.
Simplesmente busque em primeiro lugar o reino de
Deus e a sua justiça, e todas as coisas necessárias lhe serão acrescentadas.
2.2. O segundo sentido que desejo
destacar, é que ele nos concede toda a capacidade, toda a autoridade, todos os
dons necessários para o ministério
v. 16 – Quem vos der ouvidos, ouve-me a mim; quem vos rejeitar, a mim me
rejeita
v. 17 – Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome...
v. 19 – Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões...
Nós reconhecemos que nem todos os
pregadores se defrontam, no dia a dia, com pessoas “endemoniadas”.
Mas irmãos, pregar o Evangelho é
dia a dia se esforçar para implantar o reino de Deus no coração dos homens.
Em relação aos que já fazem parte
da igreja do Senhor, esforçar-se para que Cristo seja dia a dia formado em seus
corações.[10]
Em relação aos incrédulos, falar
em nome de Cristo para que se reconciliem com Deus.[11]
É como que penetrar no império
das trevas, a fim de tirar os que lá estão cativos, e transportá-los, em nome
de Deus, para o reino do Filho do seu amor.[12]
E quanto a isto Jesus faz esta
promessa: as portas do inferno não prevalecerão, não resistirão ao avanço de
sua igreja.[13]
O Senhor nos dá autoridade;
concede-nos capacidade, concede-nos todos os dons necessários a fim de que, por
nosso intermédio, as pessoas sejam colocadas diante da eternidade.
Não que sejamos capazes, por nós
mesmos, mas a nossa suficiência vem de Deus
3.
Os pregadores são homens amados por Deus
v.
20 – Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim
porque o vosso nome está arrolado nos céus.
Sem dúvida o fato de “expulsar
demônios”, ser um instrumento de Deus para a libertação dos oprimidos do diabo
é uma grande alegria.
Mas existe uma alegria maior
ainda que se abriga no coração de um verdadeiro discípulo de Jesus, e aqui, no
caso de um homem verdadeiramente chamado por Deus para o ministério da Palavra:
é a alegria de saber que o seu nome está arrolado no céu, escrito no livro da
vida.
Conforme o livro do Apocalipse,
existem aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, e
assim existem aqueles cujos nomes estão escritos, e isto desde a fundação do
mundo.[14]
É um modo de se referir à nossa
eterna salvação.
Ora, esta salvação eterna é um
dom de Deus aos seus escolhidos, àqueles a quem ele em amor elegeu para uma
vida de santidade por meio da fé, a quem, antes da criação do universo, o
Senhor predestinou para a adoção de filhos, os salvou e chamou com santa
vocação, não segundo as obras humanas, mas pela sua determinação e graça.[15]
Aqueles que tendo nele crido,
foram selados com o Santo Espírito da promessa, que é a garantia de pertencem a
Deus.[16]
Na carta aos filipenses, Paulo
menciona um homem chamado Clemente, e outros companheiros de ministério, cujos
nomes, diz ele, estão escritos no livro da vida.[17]
E meus irmãos, esta é uma das
nossas grandes motivações: eu prego o evangelho da salvação, do arrependimento
e fé para com Deus mediante Jesus Cristo, porque o meu próprio coração está
pleno de alegria pela minha própria salvação.
Eu sei que há um mandamento, e
também por isto eu prego, pois conheço o temor do Senhor, e “ai de mim se não
pregar o evangelho”.[18]
Eu sei que os homens são almas
necessitadas, também prego com o desejo de ganhar as pessoas para Deus, e
apresentar suas vidas diante do Senhor.[19]
Mas também prego porque a boca
fala do que o coração está cheio, e o meu coração está pleno da alegria da
minha própria salvação, que o faz transbordar de amor pela Palavra.
Como quando Davi orou pedindo a
restauração de sua própria alma, dizendo:
[Senhor,] Restitui-me a alegria da tua salvação e
sustenta-me com um espírito voluntário. 13 Então, ensinarei aos
transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.[20]
Se eu estou salvo, sei que não é
por minhas obras; sei que sou amado, escolhido por Deus, desde antes da criação
do mundo. [21]
Sei que o Filho de Deus me amou,
e a si mesmo se entregou por mim.[22]
Sei que o amor de Deus foi
derramado em minha vida, pelo Espírito Santo que me foi outorgado.[23]
Conclusão
e aplicações
De acordo com o ensino de nosso
Senhor, os pregadores do Evangelho são homens de Deus: escolhidos e enviados
por Deus, para falar em nome de Deus.
Os pregadores também são homens
sustentados por Deus. Tanto nas coisas mais simples, como o comer e beber e o
vestir-se, como nas coisas maiores: a consagração, a autoridade, a capacidade e
os dons para o serviço do reino.
Os pregadores são amados de Deus,
homens cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro, desde antes da
fundação do mundo.
Eu quero fazer algumas aplicações
gerais:
1. Primeiramente à igreja
Primeiramente, a igreja deve
sempre estar cônscia da importância primordial do ministério da Palavra.
E deve pedir que o Senhor da
seara lhes dê mais trabalhadores.
Além disto, como eu disse, a
igreja é instrumento ordinário através do qual o Espírito Santo age a fim de
designar um homem como pregador do Evangelho.
Mas o Espírito Santo também
estabelece critérios sobre os quais a igreja deve se basear para reconhecer e
fazer a vontade de Deus.
Então precisa escolher seus
ministros com seriedade, dirigida pelo temor do Senhor, instruída pela Palavra
de Deus.
Além disto, a igreja, assim como
os pregadores, deve ser se alegrar por tomar parte nos propósitos de Deus para
divulgar a Palavra.
E deve se alegrar pelos homens a
quem o Senhor tem escolhido, e reconhecê-los, e acolhê-los sempre, e receber
com mansidão a mensagem, pois é de Deus.
A igreja deve se entender como
instrumento através de quem o Espírito Santo, que a usou para designar os
pregadores; mas também como o instrumento do qual o mesmo Espírito Santo se
utiliza para sustentar estes mesmos pregadores.
Sustentar com suas orações,[24]
e sustentar também financeiramente. Como o apóstolo Paulo pergunta: se os
ministros da Palavra, repartem com a igreja bens espirituais, eternos, será
muito receber bens materiais como retribuição?[25]
2. Aos trabalhadores da seara, os
chamados para o ministério da Palavra:
Se fomos chamados pela graça de
Deus que nos alcançou antes da criação do mundo, antes de tudo, humildade.
Por nós mesmos não somos capazes
de nada, e nada fizemos para merecer este privilégio.
Estes dias eu li uma frase muito
interessante que dizia: –“Deus é incrível.
Você não precisa ser incrível. Precisa somente ser obediente”.
Então trabalhemos com humildade,
sem vanglória, com amor, dedicação.
Trabalhemos com responsabilidade,
com fidelidade à Palavra, pois ela é de Deus, e não nossa, e esta Palavra
coloca a vida de cada ser humano diante de Deus e da eternidade.
Trabalhemos com modéstia,
simplicidade, sem amor às glórias deste mundo, sem amor aos bens deste mundo,
sabendo o que necessitarmos, o nosso pastor suprirá.[26]
Trabalhemos com oração, pois
dependemos do Senhor da seara. Ele é quem nos envia, e quem nos sustenta, e
quem nos torna úteis. Peçamos ao Senhor da seara que envie mais trabalhadores,
pois ainda somos poucos diante da necessidade.
Trabalhemos com destemor e
alegria, sabendo que no final de tudo receberemos a coroa da vida, a qual o
Senhor prometeu aos que o amam.
[1] Mt 9:37, 38.
[2] Jr 3:15; Ef 4:11
[3] 1ª
Tm 3:1-13
[4] At 20:28
[5] 1ª Co 4:1
[6] Jr 1:4, 5; Gl 1:15, 16
[7] Ef 1:11
[8] 2ª Co 2:14-3:11
[9] 2º Rs 4:8 e segs.
[10] Gl 4:19
[11] 2ª Co 5:20
[12] Cl 1:13
[13] Mt 16:18
[14] Ap 13:8; 7:8; 20:15
[15] 2ª Tm 1:9
[16] Ef 1:13, 14
[17] Fp 4:3
[18] 1ª Co 9:16
[19] 1ª Co 9:22
[20] Sl 51:12, 13
[21] Ef 1:4,5
[22] Gl 2:20
[23] Rm 5:5
[24] Ef 5:18, 19
[25] 1ª Co 9:11
[26] Sl 23:1
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