Igreja Evangélica Presbiteriana
Domingo, 17 de março de 2013
Pr. Plínio Fernandes
Queridos irmãos, vamos ler Mateus 11:7-19
7 Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a
respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 8
Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem
roupas finas assistem nos palácios reais. 9 Mas para que saístes?
Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. 10
Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu
mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. 11 Em
verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que
João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. 12
Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço,
e os que se esforçam se apoderam dele. 13 Porque todos os Profetas e
a Lei profetizaram até João. 14 E, se o quereis reconhecer, ele
mesmo é Elias, que estava para vir. 15 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. 16 Mas a
quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas
praças, gritam aos companheiros: 17 Nós vos tocamos flauta, e não
dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes. 18 Pois veio João,
que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! 19 Veio o Filho do
Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de
publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.
Não muito tempo antes, multidões saiam de todas as
partes do país e afluíam ao deserto da Judéia, para ouvir a pregação de João
Batista. Mas agora ele estava preso, e na verdade também passando por um
momento de dúvida quanto ao que estava acontecendo. Parece que João não estava
conseguindo “ler os acontecimentos de sua vida” à luz das Escrituras, e muita
gente presenciou quando, a pedido dele, dois discípulos seus vieram a Jesus, e
perguntaram:
- “És tu
aquele que havia de vir, ou devemos esperar outro?”
Nosso Senhor então respondeu que sim: que ele era
o Messias a quem aguardavam, o prometido das Escrituras e anunciado por João
Batista.Depois que os discípulos de João saíram ao encontro de seu mestre na
prisão, o Senhor Jesus se dirigiu aos que tinham visto o que se passara:
- “Quando
vocês saíram de grandes distâncias para ir ao deserto, o que estavam procurando
ver? Um caniço agitado pelo vento?”
E a resposta certamente era “não”, porque capim
cresce em qualquer lugar, e ninguém se daria ao trabalho de ir tão longe para
ver capim.
- “Mas se
não foi um caniço, o que foram ver? Um homem vestido de roupas caras?”
Claro que não!, pois um homem que se veste com
roupas caras não vai exibi-las no deserto. Ele frequenta os palácios.
- “Então, por
que vocês estavam deixando tudo, para ir ao deserto? O que foram ver? Um
profeta? Sim, e muito mais que profeta!”
E com estas palavras Jesus inicia aquele que em
minha opinião é o mais forte e bonito elogio que Deus faz a um homem na Bíblia
sagrada. “João é o maior de todos os
homens”, disse Jesus.
Na mensagem de hoje, eu quero meditar com vocês
sobre o propósito do nosso Senhor ao fazer estes comentários sobre João. Nas
palavras de Jesus eu vejo três verdades que ele nos ensina quanto à maneira de
Deus pensar. Três verdades que nos abençoam a alma, fazendo-nos entender um
pouco mais sobre nosso Deus, para que o admiremos, amemos, e nele nos
deleitemos ainda mais.
1. Jesus
queria autenticar João Batista e sua mensagem diante das multidões
Nós podemos perceber aqui pelo menos três fatos
que deram a ele a oportunidade de falar a respeito de João nesta ocasião: um deles é que João Batista estava “preso
e esquecido das multidões”, tido por muitos como um endemoniado, mas que não deveria
ser esquecido.
Outro fato
está nos vs. 16 a 19: neles, Jesus também confirma João Batista e sua
mensagem para confrontar aquela geração com os seus pecados.Se alguém pensasse
que João era volúvel e inconstante, soubesse que inconstante e volúvel era
aquela gente de seus dias, que nunca se dava por satisfeita com os profetas que
o Senhor lhe enviava. João era um homem austero, grave, que não bebia vinho,
que jejuava muitas vezes: diziam que ele tinha demônio. Jesus comia e bebia,
participava de festas: diziam que ele era um beberrão e comilão, amigo dos
pecadores.
O terceiro
fato é aquele,
a respeito do qual podemos ler nos versículos anteriores, e que foi o tema de
nossa meditação na semana passada:[1] a
crise que João estava passando. Esta crise deu ocasião à pergunta que ele, da
prisão, fez a Jesus por meio dos seus discípulos – És tu aquele a quem esperávamos, ou devemos continuar aguardando outro?
Esta pergunta demonstra que ali na prisão, depois
de meses de espera, o próprio João deve ter começado a se questionar sobre a
vinda do reino de Deus em Jesus como ele mesmo havia pregado. E esta dúvida,
sendo manifesta publicamente, certamente levaria as multidões a desacreditar do
próprio João, que em contraste com Jesus, nunca havia feito um milagre, e agora
estava preso e sem nada poder fazer. A dificuldade de João certamente levaria alguns
a pensarem mal dele; a vê-lo como uma pessoa volúvel e inconstante, vindo assim
a escandalizar-se nele.
E aqui, meus irmãos, está algo muito bonito. É um
exemplo daquele maravilhoso fato ensinado em Mateus 12: “Jesus não esmaga a
cana quebrada; não apaga o paviosinho que fumega”.[2] Ele
não julga, e não define a vida de um homem por uma queda, por uma dúvida, ou
como disse Hendriksen: “é errado condenar
uma pessoa sobre a base de um só desviar-se do caminho reto”.[3]
Numa só noite, o apóstolo Pedro negou que conhecia
ao Senhor em três ocasiões. Mas antes mesmo que pecasse, o Senhor Jesus já
havia orado por ele, já havia perdoado, e já planejara o seu ministério depois
de que ele fosse restaurado.[4]
Na carta aos Hebreus,
escrita para encorajar aos irmãos que estavam vacilando e sendo tentados a
voltar aos dias antigos, em que não conheciam a Jesus, o Espírito Santo nos diz
que Deus não se esquece de nossa vida dedicada a ele. Depois de adverti-los
severamente no sentido de não voltar atrás, ele os consola, dizendo que o
Senhor não deixa de levar em conta os dias em que andamos com ele.
Hb 6:10
Porque
Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que
evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.
Irmãos, este é um fato maravilhoso sobre a grande
bondade do nosso Deus: ele não mede a nossa vida pelas falhas de nossa pequena
fé. E não deixa de reconhecer quando o amamos e servimos de coração. Quando
vacilamos, ele não nos destrói, mas reconhece o nosso amor. Restaura, reergue.
É uma coisa da qual nunca devemos nos esquecer,
para o bem das nossas almas, e para que tratemos de cuidar dos nossos irmãos,
quando por alguma razão algum de nós vier a vacilar. Quando alguém vacilar,
devemos trazer à memória aquilo que nos dá esperança: as misericórdias do
Senhor no passado, a sua Palavra, os tempos em que nós, e nossos irmãos, temos
andado com Deus; tempos dos quais ele não esquece jamais.
Jesus não esqueceu João Batista. Antes, o
confirmou como seu profeta. Confirmou sua mensagem. Assim como João confessou a
Jesus, Jesus confessou a João.
2. Jesus
queria honrar a João Batista diante dos homens
Quando estava repreendendo o sacerdote Eli porque
este permitira que seus filhos sacerdotes vivessem em pecado, o Senhor lhe disse:
“Aos que me honram, honrarei”.[5]
Pois esta Palavra estava se cumprindo na vida de
João, que honrara a Jesus com todas as suas forças. Primeiro, Jesus diz que João era um grande profeta:
vs. 9 e 10
9 Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos
digo, e muito mais que profeta.10 Este é de quem está escrito: Eis
aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho
diante de ti.
vs. 13 e 14
13 Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João.14
E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir.
Sem dúvida que João era um profeta. Mas também era
muito mais que um profeta porque ele próprio era também o cumprimento de
antigas profecias. Em Isaías 40, nós lemos sobre aquela voz que clamaria no
deserto, preparando o caminho diante do Messias.[6] Da
mesma forma Malaquias havia anunciado a vinda de Elias, habilitando para o
Senhor um povo de coração preparado.[7]
Em Lucas nós temos um
comentário grandioso sobre João, do seu ministério, citando a profecia de Malaquias.
Um comentário feito por um anjo do Senhor:
Lc 1:16 e 17
16 E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu
Deus.17 E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para
converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência
dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado.
Assim também que “Este Elias que havia de vir”, disse o Senhor, “era João”.
João foi o último mensageiro, e também cumprimento
e encerramento de toda a mensagem daquela boa, venerável e antiga linhagem da
lei e dos profetas, que anunciou a Jesus antes de sua vinda.
Além disto, João também levou
muitas pessoas ao reino de Deus:
v. 12
Desde os
dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que
se esforçam se apoderam dele.
Estas palavras de Jesus aqui são difíceis de serem
interpretadas. Alguns entendem que Jesus está falando num sentido negativo: o
reino de Deus está sofrendo violência, e pessoas violentas, como o rei Herodes,
estão querendo se apoderar do reino que pertence a Deus. Por exemplo, a Nova
Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) coloca assim:
“Desde os
dias em que João anunciava a mensagem, até hoje, o Reino do Céu tem sido
atacado com violência, e as pessoas violentas tentam conquistá-lo.”
Em contrapartida, outros entendem que Jesus está
falando num sentido positivo. A Bíblia Vida (BV) interpreta assim:
“Desde que
João Batista começou a pregar, multidões ansiosas vão abrindo o caminho em
direção ao Reino dos Céus.”
Me parece que, no contexto em que o Senhor está
falando sobre João Batista, a sua obra como cumprimento da Palavra de Deus
conforme profetizado, no sentido de que ele prepararia o caminho do Senhor nos
corações humanos, esta segunda interpretação é mais adequada.
Em consonância com a lei e os profetas, e
antecipando a mensagem de Jesus, João ensinara que o caminho é estreito, que a
porta de entrada é o arrependimento, a conversão que resulta da fé. Seguindo
esta linha de interpretação, eu acho muito edificante aquilo que William
Hendriksen escreveu comentando este versículo:
“O que
Jesus enfatiza aqui é que ninguém pode ficar dormindo no caminho do reino. Pelo
contrário, a entrada do reino exige um esforço sincero, uma energia
inesgotável, uma diligência suprema... Satanás é poderoso ... e está
estabelecido no coração do homem... Portanto, se requer homens vigorosos... que
estejam ansiosos por lutar e vencer, derrotar Satanás e assim tomar posse do
reino... O reino não é para os débeis, os vacilantes, os descomprometidos. Não
é para Balaão, o jovem rico, Pilatos e Demas, ... mas para homens firmes e
fortes como José, Natan, Elias,... Daniel e seus três amigos..., Paulo...” [8]
As palavras do v. 12 significam que João, com sua
mensagem, havia levado muitos a ter um coração preparado para o reino de Deus.
Em terceiro lugar, Jesus diz que, entre os nascidos de mulher,
nunca houve um homem maior que João Batista.
v. 11a
Em verdade
vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior (mega: grande,
largo) do que João Batista
Nunca houve alguém de tão grande estatura.
O que Jesus pretende com estas palavras? Sem
querer esgotar o assunto, eu gostaria de dar apenas uma sugestão.
Vamos comparar o que
Jesus diz sobre João, com o que João diz sobre Jesus e si mesmo.
Jo 3:30
Convém que
ele cresça e que eu diminua.
A minha alegria, disse João, é que Jesus seja
engrandecido (v. 29). É que ele seja seguido, e não eu. E quando um homem se
humilha, irmãos, Deus o exalta.[9] A
respeito daquele que cumpriu sua missão com fidelidade, e não engrandeceu-se a
si mesmo, Jesus disse: “É o maior de
todos os homens”.
Ele não foi eleito “o maior judeu de todos os
tempos” pelo voto popular, mas por Deus. “Aqueles
que me honram, eu honrarei”, diz o Senhor.
Assim, nós temos até aqui pelo menos duas
revelações grandiosas sobre a bondade do Senhor para com seus servos: Ele
confirma o testemunho dos seus servos, mesmo quando são homens falhos; e ele
honra o testemunho dos seus servos, mesmo quando os homens não os reconheçam. Vamos
à terceira...
3. Jesus
queria nos dar um incentivo “extraordinário”
No v. 11 nós temos não
apenas uma, mas duas declarações admiráveis:
Em verdade
vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João
Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele.
Aos olhos de Jesus, João Batista foi maior do que
Moisés, que realizou muitos milagres e conduziu Israel do Egito para Canaã. Foi
maior do que Davi. Maior do que Alexandre, o Grande. Isto é tremendo.
Mas a frase seguinte é mais surpreendente: “ainda que João Batista seja o maior de
todos os homens, no reino do céu, o menor de todos os homens é maior do que
ele”.
Se nós pensarmos no reino dos céus como se
referindo à vida futura dos salvos, na qual só podem entrar os que são humildes
de espírito, assim como foi João, então qualquer pessoa é maior do que ele no
sentido de que lá todos somos aperfeiçoados de uma vez por todas. Se nós
pensarmos no reino dos céus como a vida presente dos crentes em Jesus, então
podemos entender que o mais pequenino é maior do que João porque qualquer
crente tem uma visão muito maior de Jesus do que qualquer crente da antiga
aliança jamais teve. E penso que devemos pensar no reino dos céus sempre nos
dois aspectos.
Com toda a sua grandeza,
com toda a inspiração do Espírito com o qual anunciaram a Jesus, nem João
Batista, nem Isaías, nem Malaquias, nem qualquer outro dos antigos profetas
pôde experimentar o reino de Deus como aqueles que agora estavam entrando.
Vamos ler o cap. 13:16 e 17
16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e
os vossos ouvidos, porque ouvem.17 Pois em verdade vos digo que
muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que
ouvis e não ouviram.
Sim: todos os crentes da antiga aliança, dos
tempos idos, haviam morrido “na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as,
porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e
peregrinos sobre a terra”.[10] Dos
antigos profetas, Pedro diz que escreveram sobre a graça que estava destinada a
nós, mas apenas puderam saudá-la de longe, pois não eles mesmos não tiveram o
privilégio de ver a cruz diante dos seus olhos.[11]
Mas os discípulos de Jesus viram o cumprimento das
promessas. Ouviram Jesus contando suas parábolas. Viram a cruz. Viram a
ressurreição. Receberam o dom do Espírito Santo. Qualquer crente tem dentro de
si o Espírito Santo, e pode anunciar o Salvador. Isto não é lindo? Não é
maravilhoso?
Pois vejam: muitas vezes nós medimos a grandeza de
um homem pelos seus dons. Pelo seu sucesso. Pela sua notoriedade. A inclinação
da natureza humana é a mesma que havia entre os construtores da torre de Babel:
“Tornemos o nosso nome famoso”.[12] Mas
aquilo que é grande diante dos homens não o é necessariamente diante de Deus.
Para ele, e quem importa realmente é ele, o menor é que é o maior. O mais humilde.
Então para ser grande no reino dos céus basta que você esteja no reino dos
céus, e para isto é necessário ser pequeno.
Conclusão
Desta maneira, meus irmãos, a sabedoria de Jesus,
tomando nos lábios aquilo que, a princípio poderia ser um testemunho contra
João Batista, a saber, o seu conflito interior, o transforma num bem maior.
Aquele homem aprisionado e sofrendo, aquele homem
em conflito, chamado endemoniado por alguns, na verdade, não era um caniço
agitado pelo vento; não era um inconstante que se dobrava diante dos ventos da
vida. Também não era um cortesão com roupas caras e chiques, adulando os
poderosos deste mundo.
Jesus confirma o ministério de João. Pois ele foi o
maior de todos os profetas que anunciaram a vinda de Jesus. Na verdade, o maior
de todos os homens, o que preparou o coração de muitos para o Senhor.
Ele honra a João Batista. Aos olhos de Deus, o
pequeno, sofrido e encarcerado João era grande. E ainda assim, ó profundidade,
tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus, no reino dos céus, o mais
pequenino é ainda maior do que João. O “menorzinho” no reino dos céus conhece
Jesus como nenhum dos antigos profetas teve o privilégio de conhecer. E dele dá
testemunho como jamais qualquer deles pôde dar.
Aplicações
Eu gostaria de trazer algumas implicações práticas
destas coisas para nós
1. Primeiramente, em relação ao nosso Deus
Quando olhamos para a atitude do Senhor Jesus em
relação ao seu predecessor, conhecemos mais da fidelidade, da compaixão, da
sabedoria do nosso Deus. A maneira como ele reconhece os que são seus, e os
defende, e lhes dá valor, e os consola. Mesmo quando os homens possam estar
pensando mal dos servos de Deus, ele não pensa. Então o Senhor se torna ainda
mais doce ao nosso coração. E devemos admirá-lo, amá-lo mais, nos deleitarmos
mais ainda nele.
2. Segundo, em relação a nós mesmos
2.1.1. Não há homem que
não tenha momentos difíceis.
Às vezes estes momentos nos constrangem tanto que,
como Asafe, não temos coragem nem mesmo de dizer para alguém. Mas existe alguém
de quem não precisamos esconder nossas dificuldades. Não precisamos nem
podemos. E aquele que conhece todas as coisas conhece o nosso coração. Conhece
o nosso amor e a nossa perseverança. Não joga fora toda a nossa vida dedicada
se nalguma vez houver um esfriamento espiritual em nós. Ele não desiste de nós.
Então, se nalgum momento você vacilar, não se
desespere do amor de Deus. Ele é fiel e justo. Ele não desmerece os que são
seus. Simplesmente conte tudo a Deus, e você será amado, perdoado, querido,
reconhecido, restaurado.
2.1.2. Isto também deve fazer com que nos tratemos
uns aos outros desta mesma maneira como Deus nos trata.
Não podemos ser diferentes do nosso Pai. Às vezes,
nos relacionamentos humanos tudo vai indo muito bem, até que haja um pecado, uma
falha de um dos lados. Se uma pessoa não anda com Deus, o nome daquele que
falha fica escrito no “caderno negro”, e não existe mais retorno. Quantas
pessoas são condenadas ao ostracismo nas amizades, ou no ministério, porque um
dia cometeram um vacilo! Ou porque alguém achou que ele cometeu. Mas Deus não
faz assim, e aquele que anda com Deus aprende com o seu Pai a ser um
restaurador de vidas, e não um condenador e destruidor. Aquele que anda com
Deus é constante no seu amor.
2.2. Ter um nome célebre diante deste mundo é uma
aspiração insensata
Entre
outras coisas, porque aquele que se louva a si mesmo somente revela seu problema de autoestima.
Ele não dá a si mesmo o valor que Deus lhe dá, e então precisa fazer afirmações
buscando fortalecer o seu pobre ego.
Também, aquele que busca as
boas graças da opinião pública não está buscando a opinião de Deus. As pessoas
são volúveis, inconstantes - e digo isto não como quem despreza ou condena os
seres humanos, pois sou humano, mas apenas constatando os fatos. As mesmas
pessoas que num dia estão aclamando: “Bendito
o que vem em nome do Senhor”, alguns dias depois podem estar clamando: “Crucificai-o”. Os mesmos que dizem
agora: “Ele é um profeta”, daí algum
tempo podem estar dizendo: “Tem demônio”.
Mas Deus não muda. Ele é constante, fiel. Que
busquemos um bom nome diante daquele que é santo, eterno, constante. Sem deixar
de amar as pessoas, simplesmente sigamos o caminho de Deus, e esperemos que ele nos chame “servo bom e fiel”.
2.3. O caminho do reino é através da humildade
A humildade é uma condição de alma que nos cai
bem, pois desde a criação somos dependentes de Deus. Mesmo que nunca houvesse
pecado a humildade seria sempre uma atitude muito apropriada a nós, mas muito
mais agora, que não podemos fazer qualquer bem de nós mesmos. Nós devemos
entender que sem a graça de Deus revelada na cruz de Jesus Cristo não somos
nada. Somente os pobres de espírito, somente os que abraçam a cruz, é que
entram no reino dos céus.
Adorei a explicação ❤
ResponderExcluirMuito bom este estudo!
ResponderExcluir🙌
ResponderExcluirBoa explicação, que Deus abençoe.
ResponderExcluirGlória a Deus
ResponderExcluirMuitíssimo obrigado pela explicação que Deus lhe deu através do Espírito Santo, qur Deus continue te usando na pregação!!!!.
ResponderExcluirQue palavra abençoada
ResponderExcluirMuito bom o estudo, edificante! Min ajudou muito há entender essa passagem! Muito obrigada! Deus Abençoe! Por mais conteúdos da palavra de Deus assim!
ResponderExcluirComo Deus é maravilhoso, que estudo abençoado. Deus contenue te abençoando.
ResponderExcluirMuito bom mesmo
ResponderExcluirQue explicação maravilhosa 🙏 Glória a Deus
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