Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. Jeremias 15:16

domingo, 10 de dezembro de 2017

Aos trabalhadores da seara - Lc 10:1-20

Lc 10:1-20
Seminário Presbiteriano Conservador
Sexta-feira, 01 de dezembro de 2017
Pr. Plínio Fernandes
Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir.  2 E lhes fez a seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.  3 Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. 5 Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa! 6 Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós. 7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do que vos for oferecido. 9 Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus. 10 Quando, porém, entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e clamai: 11 Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que está próximo o reino de Deus. 12 Digo-vos que, naquele dia, haverá menos rigor para Sodoma do que para aquela cidade. 13 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza. 14 Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. 15 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno. 16 Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou. 17 Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! 18 Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. 19 Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano. 20 Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.
No cap. 9, v. 51 aqui deste Evangelho, Lucas nos diz que os dias de Jesus subir ao céu estavam se aproximando.
Então ele manifestou em seu rosto a firme e corajosa resolução de ir para Jerusalém, onde seria entregue à morte para a nossa salvação.
Mas nosso Senhor decidiu também que, a caminho de Jerusalém, passaria por várias cidades, inclusive samaritanas, anunciando mais uma vez a chegada do reino de Deus.
Então, mais uma vez, como já fizera antes, ele enviou seus discípulos, de dois em dois, desta vez um grupo de setenta, de cidade em cidade, para que o precedessem.
Eles deveriam curar os enfermos, libertar os oprimidos de espíritos malignos, e chamar as pessoas ao arrependimento, anunciando que o reino de Deus está próximo.
O tempo era curto, e precioso demais para ser desperdiçado. Havia muita gente a ser alcançada com a mensagem.
Então deveriam orar, pedindo a Deus que enviasse mais trabalhadores para sua seara, mais pregadores do Evangelho.
E não deveriam se embaraçar com nada.
Quando ele diz: – “A ninguém saudeis pelo caminho”, não está ensinado que devem ser descorteses, mas que agora não é hora para se perder tempo.
Que eles fossem pregando de cidade em cidade. Se fossem bem recebidos, que ali ficassem o tempo necessário, se não, que sacudissem o pó de seus pés e fossem adiante.
– “Não leveis bolsa (onde colocavam o dinheiro) nem alforje (onde colocavam alimento e roupas para viagem), nem mais um par de sandálias”, isto é, não se preocupem com o que comer, ou beber, não se preocupem com dinheiro ou outras necessidades, não se embaracem com estas coisas, pois tudo o que vocês precisarem lhes será dado. –“Digno é o trabalhador do seu salário”.
Jesus também deixou claro que não seria uma tarefa sem dificuldades. Haveria quem os recebesse, hospedasse e suprisse. Mas outros os rejeitariam. Por isto também estavam sendo enviados como se fossem ovelhas para o meio de lobos, que enfrentariam perigos.
Não obstante, deveriam avançar intrepidamente, abençoando, curando, libertando os oprimidos, chamando ao arrependimento e anunciando a salvação eterna, bem como o dia do juízo de Deus.
Com estas coisas todas, meus irmãos, o Senhor está dando aos discípulos a consciência de quem eles são, do que devem fazer, e do que devem esperar pela frente.
Então eles partem, e algum tempo depois voltam de sua missão; e como estão felizes, pois tal como o Senhor disse, assim aconteceu. Até os demônios submetiam-se a eles, por causa do nome de Jesus. O que também fez o Senhor exultar de alegria no Espírito Santo, e dar graças a Deus.
Meus irmãos, no v. 2, o Senhor diz a eles que deveriam orar. Deveriam pedir a Deus que enviasse mais trabalhadores para sua seara, isto é, que Deus enviasse mais pregadores assim como agora estava enviando a eles.
Uma instrução que segundo Mateus, Jesus já havia dado também anteriormente, antes de enviar os doze numa missão semelhante.[1]
E na Primeira Carta a Timóteo, cap. 5, vs. 17 e 18, Paulo deixa claro que esta é uma oração que Deus tem respondido.
Ali, ele ensina que os presbíteros docentes, os pastores que se dedicam ao ensino da Palavra, devem ser remunerados pelo seu trabalho, e cita as palavras de Jesus aqui do v.7: – “Digno é o trabalhador do seu salário”.
Quero dizer: os ministros da Palavra estão entre os trabalhadores da seara a quem Jesus se refere aqui.
Assim, eu desejo destacar algumas verdades que o Evangelho aqui nos fala sobre os pregadores do Evangelho.
Verdades que formam em nós a consciência, as convicções de quem somos.
1. Os pregadores têm a santa e humilde convicção de que são homens de Deus
No v. 1 está escrito que estes homens foram “designados” por Jesus, isto é anunciados publicamente como escolhidos para aquela missão.
No v. 3, o Senhor diz: – Eis que eu vos envio...
E no v. 16 ele diz:
– Quem vos der ouvidos ouve-me a mim, e quem vos rejeitar a mim me rejeita; quem, porém, me rejeitar, rejeita aquele que me enviou.
Portanto, os pregadores são homens que, antes tudo, pertencem a Deus, e por isto escolhidos, e enviados. Ou como também dizem o profeta Jeremias e o apóstolo Paulo, homens dados por Deus à igreja.[2]
Mais tarde, na mesma carta em que Paulo cita as palavras do Senhor Jesus aqui em Lucas 10, ele também ensina quais são os critérios que a igreja deve usar para reconhecer e designar um homem como ministro do Evangelho:
Primeiramente este homem deve aspirar, ter um intenso e profundo desejo de superintender, de cuidar do rebanho do Senhor.
Mas também deve ser apto para ensinar, isto é, possuir os dons necessários para ministrar a Palavra.
E também dever ser um homem reconhecido por sua vida santa e ordeira, pelo seu bom testemunho, tanto dentro de casa, no ambiente familiar, como fora dele.
Se ele tiver estas qualificações deve ser primeiramente experimentado, e depois designado como presbítero sobre o rebanho de Deus.[3]
Agora, embora a igreja empregue estes critérios todos para eleger seus ministros, não podemos esquecer que nestas coisas todas estão se manifestando os propósitos de Deus, pois em Atos 20 o apóstolo, falando aos presbíteros de Éfeso, também diz que “o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, que ele comprou com seu sangue”.[4]
Por isto também “importa que os homens nos considerem ministros de Cristo, despenseiros dos mistérios de Deus”.[5]
Assim, irmãos, embora não sejamos dados a experiências místicas, a sonhos e visões; através da comunhão com Deus que usufruímos pela meditação na sua Palavra, pela oração, pela comunhão da igreja, pelos dons que se evidenciam, pelo amor que temos à mensagem do Evangelho, no amor pela igreja, entendemos que, se somos ministros da Palavra, é porque o Senhor da seara nos tem designado para isto, e tem realizado todas estas coisas, todos estes movimentos em nossa alma e na vida da igreja.
Cremos que temos sido chamados por ele, que nos escolheu para isto desde o ventre materno,[6] ou ainda mais: antes mesmo da criação do mundo,[7] e a seu tempo manifestou seu propósito para nós.
2. Os pregadores também têm a firme convicção de que são homens sustentados por Deus
O Senhor lhes disse que haveria lugares em que seriam bem recebidos, hospedados; mas também haveria lugares em que seriam rejeitados.
Mas qualquer que fosse a reação das pessoas em relação a eles, que não perdessem a convicção que falavam em nome de Deus.
“Quem vos der ouvidos, ouve-me a mim; quem vos rejeitar, a mim me rejeita; quem porém, me rejeitar, rejeita aquele que me enviou”.
O Senhor lhes disse que, se bem recebidos, ali permanecessem o necessário, anunciando o reino de Deus; mas, se rejeitados, que não perdessem seu precioso tempo, e seguissem adiante.
Pois de qualquer modo, ou trazendo salvação, ou trazendo juízo, a palavra por eles pregada era a Palavra de Deus.
O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios sobre a maravilha de alguém ser um pregador do Evangelho.
Ele diz:
– Haja o que houver, por meio de Cristo nós sempre seremos conduzidos em triunfo, a nossa mensagem sempre surtirá efeito, tanto nos que se salvam como nos que se perdem. Para alguns, seremos como cheiro de morte, mas para outros, aroma de vida.
– Pois nós somos ministros de uma nova aliança, não da letra, que mata; mas do Espírito que dá vida.
E diante desta tarefa tão grandiosa a certa altura ele pergunta:
Quem, porém, é suficiente para estas coisas?
E também responde:
Não que nós sejamos, capazes, por nós mesmos, de fazer alguma coisa; mas a nossa suficiência vem de Deus.[8]
Da mesma maneira nós vemos neste texto diante de nós: a nossa suficiência vem de Deus.
Quero destacar dois sentidos:
2.1. Primeiro, digamos assim, no sentido mais “prosaico”: ele concede tudo o que à manutenção das coisas essenciais para a vida neste mundo.
v. 4 – Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias...
Não se preocupem em levar dinheiro, nem alimento para a viagem, nem mesmo um par extra de sandálias, isto é, não se preocupem nem com as coisas mais essenciais.
v. 7 – Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, porque digno é o trabalhador do seu salário.
Agora, meus irmãos, eu gostaria de comparar com o texto que se encontra no cap. 22, v. 35.
Faz parte de um diálogo do Senhor com os discípulos, momentos antes dele ser preso em Jerusalém, e entregue à morte pelos nossos pecados.
A seguir, Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles.
Irmão, não está escrito em lugar algum do Evangelho que os pregadores precisam ser homens “endinheirados”.
Para que você tenha autoridade espiritual não é necessário que os homens vejam que você está “bem de vida”, ou que você tenha um belo carro ou casa. E você não é chamado para amar ou buscar estas coisas.
Claro que não estou dizendo que possuir bens materiais ou dinheiro seja pecado. O que desejo enfatizar é que o reino de Deus não é comida ou bebida.
Você se lembra da história do profeta Eliseu?
Tudo o que ele tinha quando passava pela cidadezinha de Suném, era um pequeno quarto com uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro, que uma família temente a Deus e carinhosa lhe oferecia.
Mas quando passava pelo lugar, as pessoas diziam: – Vejo que este que passa por nós é santo homem de Deus.[9]
Por outro lado, embora o Senhor não diga que você deve se envolver no ministério por dinheiro (porque ele mesmo não promete que você terá muito dinheiro), ele promete que não lhe faltará o necessário.
Simplesmente busque em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas necessárias lhe serão acrescentadas.
2.2. O segundo sentido que desejo destacar, é que ele nos concede toda a capacidade, toda a autoridade, todos os dons necessários para o ministério
v. 16 – Quem vos der ouvidos, ouve-me a mim; quem vos rejeitar, a mim me rejeita
v. 17 – Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome...
v. 19 – Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões...
Nós reconhecemos que nem todos os pregadores se defrontam, no dia a dia, com pessoas “endemoniadas”.
Mas irmãos, pregar o Evangelho é dia a dia se esforçar para implantar o reino de Deus no coração dos homens.
Em relação aos que já fazem parte da igreja do Senhor, esforçar-se para que Cristo seja dia a dia formado em seus corações.[10]
Em relação aos incrédulos, falar em nome de Cristo para que se reconciliem com Deus.[11]
É como que penetrar no império das trevas, a fim de tirar os que lá estão cativos, e transportá-los, em nome de Deus, para o reino do Filho do seu amor.[12]
E quanto a isto Jesus faz esta promessa: as portas do inferno não prevalecerão, não resistirão ao avanço de sua igreja.[13]
O Senhor nos dá autoridade; concede-nos capacidade, concede-nos todos os dons necessários a fim de que, por nosso intermédio, as pessoas sejam colocadas diante da eternidade.
Não que sejamos capazes, por nós mesmos, mas a nossa suficiência vem de Deus
3. Os pregadores são homens amados por Deus
v. 20 – Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.
Sem dúvida o fato de “expulsar demônios”, ser um instrumento de Deus para a libertação dos oprimidos do diabo é uma grande alegria.
Mas existe uma alegria maior ainda que se abriga no coração de um verdadeiro discípulo de Jesus, e aqui, no caso de um homem verdadeiramente chamado por Deus para o ministério da Palavra: é a alegria de saber que o seu nome está arrolado no céu, escrito no livro da vida.
Conforme o livro do Apocalipse, existem aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, e assim existem aqueles cujos nomes estão escritos, e isto desde a fundação do mundo.[14]
É um modo de se referir à nossa eterna salvação.
Ora, esta salvação eterna é um dom de Deus aos seus escolhidos, àqueles a quem ele em amor elegeu para uma vida de santidade por meio da fé, a quem, antes da criação do universo, o Senhor predestinou para a adoção de filhos, os salvou e chamou com santa vocação, não segundo as obras humanas, mas pela sua determinação e graça.[15]
Aqueles que tendo nele crido, foram selados com o Santo Espírito da promessa, que é a garantia de pertencem a Deus.[16]
Na carta aos filipenses, Paulo menciona um homem chamado Clemente, e outros companheiros de ministério, cujos nomes, diz ele, estão escritos no livro da vida.[17]
E meus irmãos, esta é uma das nossas grandes motivações: eu prego o evangelho da salvação, do arrependimento e fé para com Deus mediante Jesus Cristo, porque o meu próprio coração está pleno de alegria pela minha própria salvação.
Eu sei que há um mandamento, e também por isto eu prego, pois conheço o temor do Senhor, e “ai de mim se não pregar o evangelho”.[18]
Eu sei que os homens são almas necessitadas, também prego com o desejo de ganhar as pessoas para Deus, e apresentar suas vidas diante do Senhor.[19]
Mas também prego porque a boca fala do que o coração está cheio, e o meu coração está pleno da alegria da minha própria salvação, que o faz transbordar de amor pela Palavra.
Como quando Davi orou pedindo a restauração de sua própria alma, dizendo:
[Senhor,] Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. 13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.[20]
Se eu estou salvo, sei que não é por minhas obras; sei que sou amado, escolhido por Deus, desde antes da criação do mundo. [21]
Sei que o Filho de Deus me amou, e a si mesmo se entregou por mim.[22]
Sei que o amor de Deus foi derramado em minha vida, pelo Espírito Santo que me foi outorgado.[23]
Conclusão e aplicações
De acordo com o ensino de nosso Senhor, os pregadores do Evangelho são homens de Deus: escolhidos e enviados por Deus, para falar em nome de Deus.
Os pregadores também são homens sustentados por Deus. Tanto nas coisas mais simples, como o comer e beber e o vestir-se, como nas coisas maiores: a consagração, a autoridade, a capacidade e os dons para o serviço do reino.
Os pregadores são amados de Deus, homens cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro, desde antes da fundação do mundo.
Eu quero fazer algumas aplicações gerais:
1. Primeiramente à igreja
Primeiramente, a igreja deve sempre estar cônscia da importância primordial do ministério da Palavra.
E deve pedir que o Senhor da seara lhes dê mais trabalhadores. 
Além disto, como eu disse, a igreja é instrumento ordinário através do qual o Espírito Santo age a fim de designar um homem como pregador do Evangelho.
Mas o Espírito Santo também estabelece critérios sobre os quais a igreja deve se basear para reconhecer e fazer a vontade de Deus.
Então precisa escolher seus ministros com seriedade, dirigida pelo temor do Senhor, instruída pela Palavra de Deus.
Além disto, a igreja, assim como os pregadores, deve ser se alegrar por tomar parte nos propósitos de Deus para divulgar a Palavra.
E deve se alegrar pelos homens a quem o Senhor tem escolhido, e reconhecê-los, e acolhê-los sempre, e receber com mansidão a mensagem, pois é de Deus.
A igreja deve se entender como instrumento através de quem o Espírito Santo, que a usou para designar os pregadores; mas também como o instrumento do qual o mesmo Espírito Santo se utiliza para sustentar estes mesmos pregadores.
Sustentar com suas orações,[24] e sustentar também financeiramente. Como o apóstolo Paulo pergunta: se os ministros da Palavra, repartem com a igreja bens espirituais, eternos, será muito receber bens materiais como retribuição?[25]
2. Aos trabalhadores da seara, os chamados para o ministério da Palavra:
Se fomos chamados pela graça de Deus que nos alcançou antes da criação do mundo, antes de tudo, humildade.
Por nós mesmos não somos capazes de nada, e nada fizemos para merecer este privilégio.
Estes dias eu li uma frase muito interessante que dizia: –“Deus é incrível. Você não precisa ser incrível. Precisa somente ser obediente”.
Então trabalhemos com humildade, sem vanglória, com amor, dedicação.
Trabalhemos com responsabilidade, com fidelidade à Palavra, pois ela é de Deus, e não nossa, e esta Palavra coloca a vida de cada ser humano diante de Deus e da eternidade.
Trabalhemos com modéstia, simplicidade, sem amor às glórias deste mundo, sem amor aos bens deste mundo, sabendo o que necessitarmos, o nosso pastor suprirá.[26]
Trabalhemos com oração, pois dependemos do Senhor da seara. Ele é quem nos envia, e quem nos sustenta, e quem nos torna úteis. Peçamos ao Senhor da seara que envie mais trabalhadores, pois ainda somos poucos diante da necessidade.
Trabalhemos com destemor e alegria, sabendo que no final de tudo receberemos a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.



[1] Mt 9:37, 38.
[2] Jr 3:15; Ef 4:11
[3]
Tm 3:1-13
[4] At 20:28
[5] 1ª Co 4:1
[6] Jr 1:4, 5; Gl 1:15, 16
[7] Ef 1:11
[8] 2ª Co 2:14-3:11
[9] 2º Rs 4:8 e segs.
[10] Gl 4:19
[11] 2ª Co 5:20
[12] Cl 1:13
[13] Mt 16:18
[14] Ap 13:8; 7:8; 20:15
[15] 2ª Tm 1:9
[16] Ef 1:13, 14
[17] Fp 4:3
[18] 1ª Co 9:16
[19] 1ª Co 9:22
[20] Sl 51:12, 13
[21] Ef 1:4,5
[22] Gl 2:20
[23] Rm 5:5
[24] Ef 5:18, 19
[25] 1ª Co 9:11
[26] Sl 23:1

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